segunda-feira, 17 de junho de 2013

Depressão e Ansiedade Podem Atingir Quem Tem Artrite Reumatoide

Depressão e Ansiedade Podem Atingir Quem Tem Artrite Reumatoide

Autoria: LICIA MARIA HENRIQUE DA MOTA
18/07/2012 
Reportagem do jornal Folha de Londrina enfoca a artrite reumatoide e salienta que um em cada três pacientes que sofrem com a doença são atingidos por depressão e ansiedade. Segundo o texto, um artigo recente, publicado no Arthritis Care & Research, diz que 1/3 dos adultos americanos com artrite, com mais de 45 anos de idade, relata ter ansiedade ou depressão. O trabalho destaca que a ansiedade é quase duas vezes mais comum que a depressão entre os pacientes artríticos.

Antes de falar especificamente sobre o tema, é interessante esclarecer o que é artrite reumatoide e as diferenças em relação à osteoartrite. Quem explica é a coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da SBR, a reumatologista Licia Maria Henrique da Mota. Segundo ela, artrite, ou  artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica, inflamatória, cuja principal característica é a inflamação das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam estar comprometidos. “A AR é uma doença auto-imune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia)”, explica Licia, ressaltando que a inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária. “O tratamento adequado e precoce pode prevenir a ocorrência de deformidades e melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença”, diz Licia.

Já a osteoartrite, esclarece a reumatologista, também chamada de artrose ou osteoartrose, é uma doença que se caracteriza principalmente pela degeneração (desgaste) das cartilagens que protegem os ossos, embora também exista um componente de inflamação. “É uma doença osteoarticular muito comum, e sua frequência aumenta com o envelhecimento da população.”

Referindo-se especificamente à presença de ansiedade e depressão em quem sofre de AR, Licia explica que isso acontece porque se trata de uma doença que leva a vários graus de incapacidade e tem um profundo impacto sobre os aspectos sociais, econômicos e psicológicos da vida do paciente. “Pacientes com AR apresentam uma prevalência de transtornos depressivos e ansiosos acima da média habitualmente encontrada na população em geral, variando de 13% a 47%, segundo diversos estudos”, diz Licia, explicando que essa grande diferença provavelmente se deve à variedade das populações estudadas e também ao uso de questionários diferentes para determinação da presença de sintomas depressivos.

“Na Universidade de Brasília, nós temos um ambulatório específico de acompanhamento de pacientes com AR em sua fase inicial (menos de um ano de doenças), a Coorte Brasília de AR inicial”, diz Licia, e o estudo do comportamento desses pacientes gera uma série de informações inéditas sobre a doença no Brasil e assim se conseguiu observar, por exemplo, que 13,8% dos pacientes do ambulatório apresentam diagnóstico de depressão e cerca de 15% de transtorno de ansiedade. “O motivo exato dessa associação não é conhecido, mas é possível que o medo, a angústia do diagnóstico e a limitação ocasionadas pela doença possam influenciar profundamente a presença de sintomas de tristeza e desmotivação”, diz Licia.

Tratamento das Questões Emocionais 

Diante disso, a reumatologista salienta que a assistência adequada a pacientes com AR inclui, necessariamente, a avaliação de aspectos outros que não simplesmente a avaliaçaõ da dor e da limitação física: “O reumatologista, em sua avaliação e proposta de tratamento do paciente, deve sempre considerar, além dos problemas físicos, as questões emocionais, o impacto da dor crônica, da baixa autoestima, da fadiga  e da disfunção sexual que a doença pode causar”. Para tanto, o tratamento dessas condições deve incluir a boa relação médico-paciente, a orientação adequada quanto ao tratamento da doença, o estímulo à prática de atividade física, e, quando necessário, o uso de medicações antidepressivas e ansiolíticas (para reduzir a ansiedade). O apoio de um psicólogo ou psiquiatra algumas vezes também se faz necessário, salienta Licia.

Segundo ela, é importante ainda ressaltar que, tendo em vista que a presença de depressão e/ou ansiedade é determinante de redução de qualidade de vida, questões que abordam estes aspectos merecem estar entre os parâmetros que avaliam o curso da artrite.  “Há necessidade de mais estudos que avaliem a extensão da depressão e ansiedade, para que possam ser oferecidas alternativas terapêuticas que melhorem não somente a saúde física, mas também a qualidade de vida do paciente”, salienta.

Quanto ao estudo publicado no Arthritis Care & Research, Licia diz que, embora seja muito importante pela informação que traz, não é o primeiro a avaliar depressão e ansiedade em pacientes com AR: “Em nossa Coorte Brasília de AR inicial, encontramos sintomas depressivos e/ou quadro compatível com ansiedade em até 15% dos pacientes, o que gera considerável redução na qualidade de vida, além de repercussão no manejo da AR”, ressalta.

Licia cita ainda um estudo de Scott com outros autores, que sugeriu que, pelo menos em parte, a dor dos pacientes com AR inicial esteja relacionada à depressão. Outro estudo, de autoria de Sharpe e mais pesquisadores, investigou essa relação em 22 pacientes com AR inicial e encontrou que a dor estava associada com a depressão, além do nível de incapacidade na avaliação inicial, crenças sobre a conseqüência da artrite, além de estratégias de manejo da dor. “Os pacientes do estudo de Sharpe evoluíram com piora significativa da depressão ao longo do tempo. Na avaliação inicial, apenas 15% preencheu critérios de ‘possível depressão’ e, após 15 meses de acompanhamento, 40% dos casos foram classificados como deprimidos, caindo para 35% após 21 meses”.
No estudo feito na Universidade de Brasília, diz Licia, foi feita a pesquisa sistemática sobre a presença de sintomas depressivos apenas na avaliação inicial, “de forma que não pudemos avaliar a evolução dos sintomas depressivos, ou suas possíveis correlações, ao longo do tempo”.

Jornalista Responsável: Maria Teresa Marques

MEDICAÇÃO USADA PARA TRATAR COLESTEROL ALTO PODE CAUSAR TESÕES NOS MÚSCULOS E OSSOS

Medicação usada para tratar colesterol alto pode causar lesões nos músculos e ossos

Estatinas aumentam as chances de dor, entorse e artrite, diz estudo

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 06/06/2013
 A cada ano, os médicos têm prescrito cada vez mais medicamentos da classe das estatinas, com o objetivo de diminuir o colesterol e, consequentemente, tratar doenças cardiovasculares. Os especialistas concordam que, acompanhada da tomada de hábitos saudáveis, o remédio é eficaz em sua função. No entanto, os efeitos adversos dessa medicação ainda são nebulosos. Um estudo publicado dia 3 de junho no site do Journal of American Medical Association (JAMA) traz novas evidências que sugerem que pessoas que tomam as estatinas estão mais suscetíveis a desenvolverem problemas musculoesqueléticos.

Pesquisadores das instituições Brooke Army Medical Centre, Uniformed Service University of Health Sciences, University of Texas, e the South Texas e North Texas Veterans Affairs Health Care Systems analisaram informações de 6.967 usuários de estatinas e um grupo de número semelhante composto por não usuários da medicação. Eles descobriram que os usuários de estatinas tinham maior propensão a desenvolver os seguintes problemas:

- Qualquer problema musculoesquelético
- Luxação, tensão e entorse (torção)
- Dor musculoesquelética
- Osteoartrite e artropatia

Entre os grupos, os usuários de estatinas tiveram razão probabilidade maior para todas as doenças musculoesqueléticas (1.19), para luxação, tensão e entorse (1.13) e para dor musculoesquelética associada à medicação (1.09). Análises secundárias revelaram maior razão de probabilidade para usuários de estatina em todos os efeitos adversos citados anteriormente.

Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que o universo de eventos adversos das estatinas não foi totalmente explorado e indicam a necessidade de mais estudos com esse tema.

Outros hábitos para controlar o colesterol 

Você sabia que mesmo pessoas que já apresentam colesterol alto podem diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentar os de colesterol bom (HDL) com a dieta adequada? Há casos em que os remédios são insubstituíveis, mas mesmo nestes vale apenas adotar bons hábitos. Invista nas trocas saudáveis que sugerimos a seguir:
  • Carnes gordurosas - Getty Images
  • Granola - Getty Images
  • Pão branco - Getty Images
  • Sal - Getty Images
  • Café - Getty Images
  • Feijão - Getty Images
  • Chocolate ao leite - Getty Images
  • Petiscos - Getty Images
 
 
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1. Cortes magros e peixes: opte por cortes magros de carne vermelha e dê uma atenção especial aos peixes. "Os benefícios associados ao consumo de peixes ocorrem pela presença do ômega3. Essa gordura associa-se ao aumento dos níveis de HDL e a redução da agregação de plaquetas, além de possuir efeito protetor para as doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista. Os peixes ricos em ômega3 são os de águas frias e profundas, como arenque, sardinha, salmão e atum.

2. Carnes Gordurosas: evite o consumo de carnes vermelhas com gorduras aparentes, como bacon e picanha, por exemplo. A nutricionista Társia Tormena afirma que esse tipo de carne tem uma quantidade muito elevada de gordura insaturada, contribuindo para o aumento do colesterol.
Granola - Getty Images
1. Aveia: Quando o assunto é cereal, o ideal mesmo é comer frutas com uma boa colherada de aveia. A aveia é um alimento rico em proteínas, vitaminas, amidos complexos e fibras, principalmente a ß-glucanas, um tipo de fibra solúvel presente no farelo da aveia que liga-se às moléculas de colesterol dentro do intestino e inibe sua absorção. "Com isso, o fígado tem que usar mais colesterol para produzir a bile, reduzindo os níveis plasmáticos de colesterol", diz Társia.

2. Granola ou cereais matinais: Muitos acreditam que esses alimentos, principalmente a granola, são as melhores opções de cereal para se comer com frutas ou com leite pela manhã. Porém, Társia conta que a granola é um composto que, apesar de ser riquíssimo em fibras possui grande quantidade de açúcares. O mesmo vale para os cereais. Ingerir alimentos com altas concentrações de açúcar e carboidratos pode provocar aumento temporário de triglicérides e diminuição de HDL.
Pão branco - Getty Images
1. Pães Brancos: quem não gosta de comer um pãozinho no café da manhã ou da tarde? Porém, pessoas ameaçadas pelo alto colesterol devem saber fazer escolhas inteligentes. O pão branco possui uma grande quantidade de carboidratos, além de ter poucas fibras - que tanto ajudam na hora de combater o colesterol.

2. Pães integrais com farinha de linhaça: "A linhaça é uma excelente fonte de ômega3, ômega 6 e ômega 9, que são poderosos aliados na redução do mau colesterol (LDL)", conta a nutricionista. Porém, nos pães integrais, a linhaça geralmente vem na sua forma de semente, e o organismo tem dificuldade de romper sua casca para digerir. Por isso opte por receitas que contenham a farinha de linhaça. E mesmo que os pães integrais não tenham a linhaça, eles ainda são mais benéficos que o pão branco, pois possuem mais fibras. 
Sal - Getty Images
1. Alho, cebola e azeite: os temperos naturais são melhores na hora de preparar uma refeição, além de darem o sabor da comida caseira. Segundo a nutricionista, o azeite do tipo extra virgem é rico em gordura monoinsaturada, que ajuda a manter o nível de colesterol nos eixos, além de ser rico em substâncias antioxidantes, que contribuem para saúde das artérias. Já o alho e a cebola possuem uma substância chamada alicina, que atua equilibrando as taxas de colesterol sanguíneo e reduzindo as taxas de LDL.

2. Sal e temperos industrializados: Társia afirma que esses temperos possuem muito sódio e aditivos desnecessários, que em excesso não são recomendados para a saúde de ninguém, mas principalmente para quem luta contra o colesterol. "O sal pode ser consumido, mas com moderação. Procure sempre orientação médica", diz a especialista.
Café - Getty Images
1. Chá: entretanto, aos chás possuem algumas vantagens em relação ao café. A segunda bebida mais consumida no mundo são os chás. O chá verde é rico em polifenóis, principalmente catequinas. Este associado à redução da gordura corporal, estimulação do metabolismo lipídico, diminuição das taxas do LDL e fortalecimento de artérias e veias.

2. Café: há a suspeita de que o café não filtrado (como o café turco, por exemplo) faz aumentar o colesterol total e a fração LDL. Assim como, um composto encontrado no café, o cafestol, que eleva o colesterol através do sequestro de um receptor intestinal. O café possui substâncias capazes de alterar o perfil lipídico, porém os estudos são bem controversos. Para ser vilão ou mocinho, depende da quantidade de ingestão, do modo de preparo, do exagero do açúcar, entre outros. 
Feijão - Getty Images
1. Arroz e Feijão: diversos estudos mostram que o feijão reduz o nível do colesterol sanguíneo. Em um dos estudos, pessoas que consumiram o feijão de corda reduziram em 49% o nível de colesterol total. "Essa redução é devido ao percentual de proteína e fibra presente no grão, que promove uma "varredura" da gordura tanto no fígado e no coração", afirma Társia. Todos os tipos de feijão são benéficos contra o colesterol, porém o feijão de corda é o campeão.

2. Arroz: o arroz sozinho, embora seja uma delícia e muito nutritivo, não traz grandes benefícios para quem quer abaixar os níveis de colesterol. Porém, nada que um bom acompanhamento não possa resolver esse problema!
Chocolate ao leite - Getty Images
1. Chocolate amargo: Társia conta que uma substância presente no cacau chamada ácido esteárico é convertido em ácido monoinsaturado durante a digestão, reduzindo o colesterol da mesma forma que o azeite de oliva. Além disso, o chocolate amargo é um alimento rico em antioxidantes, e por isso possui uma maior capacidade de prevenir a oxidação do LDL. Porém, a nutricionista alerta: "preste atenção nos rótulos, pois os chocolates 'diets' costumam apresentar mais gordura do que os convencionais, aumentando assim seu valor calórico".

2. Chocolate ao leite: Muitos estudos comprovam que o cacau traz diversos benefícios a nossa saúde, inclusive baixar os níveis de colesterol. Porém, os chocolates ao leite possuem uma taxa de gordura muito alta, causando o efeito contrário e aumentando as taxas de colesterol no organismo.
Petiscos - Getty Images
1. Oleaginosas: Por que não optar por uma porção de castanhas, por exemplo, em vez dos salgadinhos? Társia conta que as oleaginosas são alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas, responsáveis por "retirar" as moléculas de colesterol das artérias, diminuindo o colesterol total e protegendo contra as doenças cardiovasculares. "Porém, apesar dos benefícios, elas devem ser consumidas com moderação, já que possuem elevado teor calórico e podem levar ao aumento de peso", completa.

2. Petiscos: comer aquele salgadinho industrializado, mesmo nas opções mais saudáveis, como os assados, pode ser um perigo para quem precisa cuidar do coração. Ainda que seja consumido em pequenas quantidades ou apenas no fim de semana, esses produtos possuem uma enorme quantidade de sódio, açúcar e outros componentes nocivos a nossa saúde.