sábado, 11 de agosto de 2012

O QUE SÃO OS TRIGLICERÍDIOS?


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O QUE SÃO OS TRIGLICERÍDEOS?

Os triglicerídeos, também chamados de triglicérides ou triglicéridos, são as principais gorduras do nosso organismo e compõem a maior parte das gorduras de origem vegetal e animal.

Os triglicerídeos presentes no nosso corpo podem ser adquiridos através da alimentação ou produzidos pelo nosso próprio organismo pelo fígado. Os triglicérides são importantes, pois servem como reserva energética para os momentos de jejum prolongado ou alimentação insuficiente. Quando há um excesso de triglicerídeos circulando no sangue, damos o nome de hipertrigliceridemia.

Neste artigo vamos explicar os triglicerídeos e a hipertrigliceridemia, abordando os seguintes pontos:
  • O que são os triglicerídeos.
  • Níveis sanguíneos adequados de triglicerídeos.
  • Causas de hipertrigliceridemia.
  • Dieta e triglicerídeos.
  • Sintomas dos triglicerídeos altos.
  • Complicações da hipertrigliceridemia.
  • Tratamento para baixar os triglicerídeos.
Neste texto abordaremos exclusivamente os triglicerídeos, se você está à procura de informações sobre o colesterol, temos dois texto mais apropriados:
COLESTEROL HDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS
DIETA PARA BAIXAR O COLESTEROL.

O que são os triglicerídeos?

Os triglicéridos são a forma de gordura mais comum no nosso corpo, sendo usados ​​para fornecer energia para o organismo. Quando a quantidade de triglicérides está elevada, eles são armazenados nos tecidos adiposos (tecidos gordurosos) para o caso de serem necessários no futuro. Quando você desenvolve aquelas gordurinhas pelo corpo, como nos quadris ou na barriga, você está na verdade armazenando os triglicérides que estão em excesso.

Os triglicéridos estão presentes em vários alimentos comuns da nossa dieta, mas a maior parte costuma ser produzida pelo nosso fígado. Quando comemos carboidratos em excesso (doces, massas, pães, etc.), o fígado pega esses açúcares a mais e os transforma em triglicerídeos, para que eles possam ser estocados nos tecidos adiposos, servindo como reserva energética.

Os triglicerídeos viajam pela corrente sanguínea acoplados a uma proteína chamada VLDL, uma lipoproteína semelhante ao HDL e LDL que transportam o colesterol pelo sangue.

Níveis sanguíneos de triglicerídeos 

Como veremos adiante, excesso de triglicerídeos no sangue está associado à deposição de gorduras nos vasos e aterosclerose, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

Todo indivíduo acima dos 20 anos deve medir seus níveis de colesterol e triglicerídeos pelo menos uma vez a cada 5 anos. Em relação aos níveis sanguíneos de triglicérides, classificamo-nos assim:
  • Normal - abaixo de 150 mg/dL.
  • Moderado - entre 150 e 199 mg/dL.
  • Alto - entre 200 e 499 mg/dL.
  • Muito alto - maior ou igual a 500 mg/dL.
O que causa triglicerídeos altos?

Os níveis de triglicerídeos podem se elevar por vários motivos. Algumas pessoas apresentam alterações genéticas que predispõem à hipertrigliceridemia, outras desenvolvem triglicerídeos altos secundariamente a uma dieta hipercalórica ou à presença de determinadas doenças. Entre as condições que mais frequentemente provocam hipertrigliceridemia estão:

- Obesidade (leia: OBESIDADE | Síndrome metabólica).
- Diabetes mellitus (leia: O QUE É DIABETES?).
- Hipotireoidismo (leia: SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO).
- Insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA).
- Síndrome nefrótica (leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA).
- Dieta hipercalórica
- Consumo excessivo de álcool (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL | Tratamento do alcoolismo).
- Gravidez.

O uso regular de alguns medicamentos também pode provocar um aumento dos triglicerídeos:

- Tamoxifeno.
- Corticoides (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES).
- Betabloqueadores (propranolol, atenolol, carvedilol, bisoprolol, metoprolol...)
- Diuréticos (leia: DIURÉTICOS).
- Anticoncepcionais.
- Ciclosporina.
- Antirretrovirais.
- Isotretinoína (Roacutan).

O aumento dos triglicerídeos pode ou não vir acompanhado de alterações no colesterol. As duas situações mais comuns são triglicerídeos e LDL (colesterol ruim) elevados ou triglicerídeos elevados e HDL (colesterol bom) baixo. A elevação isolada dos triglicérides, sem alterações do colesterol não é muito comum.

Existem algumas formas de hipertrigliceridemia familiar, que são alterações de origem genética, que fazem com que o paciente produza triglicerídeos em excesso, independentemente da sua dieta. Nestes caso é possível que o paciente apresente níveis graves de triglicerídeos, às vezes acima dos 1000 mg/dL.

Dieta e triglicerídeos

Uma dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos é uma importante fator de risco para hipertrigliceridemia. Pessoas com triglicerídeos elevado devem evitar o consumo regular de:

- Refrigerantes ou qualquer outra bebida rica em açúcar.
- Bebidas alcoólicas.
- Doces.
- Chocolate.
- Pão.
- Biscoitos.
- Massas.
- Pizzas.
- Batata.
- Sorvetes.
- Frozen yogurt.
- Tortas.
- Bolos.
- Leite integral.
- Frituras.
- Queijos gordurosos.

Quando for comprar comida, procure ler as informações nutricionais no verso de cada alimento e evite produtos ricos nos seguintes açúcares:

- Sacarose
- Glicose
- Frutose
- Xarope de milho
- Maltose
- Melaço

A lista de alimentos acima está longe de ser completa. Qualquer alimento rico em carboidratos e/ou gorduras saturadas pode causar aumento dos triglicerídeos. Mais à frente, na parte de tratamento da hipertrigliceridemia, daremos algumas dicas sobre a dieta para baixar os triglicerídeos.

Sintomas dos triglicerídeos altos

Xantomas e xantelasma
Xantomas
Via de regra, a hipertrigliceridemia não provoca sintomas. É impossível saber se seus triglicerídeos estão altos ou baixos sem realizar exames de sangue.

Pacientes com as formas familiares de hipertrigliceridemia, geralmente com valores de triglicérides cronicamente acima dos 500mg/dL, podem apresentar xantomas, que são depósitos subcutâneos de colesterol sob a forma de nódulos ou placas amareladas, que ocorrem frequentemente nas palmas, ao redor dos olhos, nos pés ou nas articulações.

Consequências da hipertrigliceridemia

Embora a relação entre triglicérides altos e risco cardiovascular tenha sido questionada no passado, com os atuais estudos tornou-se claro que pacientes com hipertrigliceridemia apresentam um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, particularmente doenças coronarianas. Permanece incerto, porém, se esta associação é causada diretamente pelos triglicerídeos altos ou por outros fatores associados à hipertrigliceridemia, como obesidade, diabetes e níveis elevados de colesterol LDL e níveis baixos de colesterol HDL.

Níveis elevados de triglicerídeos também estão associados a um maior depósito de gorduras no fígado, provocando uma alteração conhecida como esteatose hepática (leia: ESTEATOSE HEPÁTICA | Gordura no fígado).

Quando os valores dos triglicéridos estão acima de 1000mg/dL, o paciente pode apresentar um quadro de pancreatite aguda (leia: PANCREATITE | Causas e sintomas).

Tratamento da hipertrigliceridemia

O principal objetivo do tratamento da hipertrigliceridemia é reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Ainda não se sabe se a simples redução dos valores dos triglicérides é suficiente para obter estes resultados. Por isso, o manejo da hipertrigliceridemia deve sempre incluir modalidades de tratamento que sabidamente são benéficas para pacientes com alto risco cardiovascular, como dieta balanceada, prática de exercícios físicos, perda de peso, controle do diabetes e controle do colesterol LDL e HDL.

Dieta para baixar os triglicerídeos 

Em relação à dieta, como já referido anteriormente neste texto, pacientes com triglicerídeos elevados devem evitar alimentos ricos em carboidratos e gorduras. Dê preferência a alimentos ricos em fibras, peixes e alimentos ricos em gordura insaturada e pobre em gordura saturadas. Escolha pães, biscoitos e cereais que contenham aveia, grãos integrais, cevada, milho, arroz ou trigo como primeiro ingrediente. Dê preferência ao arroz integral e às massas à base de trigo integral. Nas bebidas, evite o álcool e prefira os refrigerantes diet. O leite deve ser desnatado.

Quando pensamos em baixar o colesterol LDL o mais importante é evitar alimentos gordurosos. Quando pensamos em baixar os triglicerídeos, limitar o consumo de carboidratos e calorias é o mais efetivo.

Remédios para baixar os triglicerídeos

Nos pacientes com  triglicerídeos acima de 200 mg/dL, o tratamento com medicamentos deve ser considerado. É importante destacar que o uso de remédios para controlar a hipertrigliceridemia de modo algum exclui a necessidade do paciente mudar hábitos de vida. Se não houver controle na dieta, perda de peso, controle do diabetes e aumento da carga de exercícios físicos, o beneficio do tratamento farmacológico ficará muito aquém do desejado.

Se além da hipertrigliceridemia o paciente também tiver níveis elevados de colesterol, o uso das estatinas, como Sinvastatina, Pravastatina, Rosuvastatina ou Atorvastatina pode ser útil. Estas drogas agem mais sob o colesterol, mas também tem algum efeito sobre os níveis de triglicérides.

Os fibratos (Gemfibrozil ou Fenofibrato) são drogas mais específicas para reduzir níveis de triglicerídeos, podendo alcançar reduções de até 70% em alguns casos. Estas drogas, porém, não agem sobre os valores de colesterol. Se houver necessidade de associar uma estatina a um fibrato, o Fenofibrato deve ser a droga de escolhe pois apresenta menos riscos de interação medicamentosa.

Suplementos ricos em óleo de peixe (ômega 3) também são efetivos para redução da hipertrigliceridemia. Para haver efeito, as doses devem ser elevadas, acima de doses 3 gramas por dia de ácido eicosapentaenoico/ácido docosaexaenoico (EPA/DHA), o que significa pelo menos 4 cápsulas por dia. Alguns pacientes não toleram doses muito altas de óleo de peixa, apresentando diarreia e cólicas abdominais.
Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: O QUE SÃO OS TRIGLICERÍDEOS? http://www.mdsaude.com/2012/08/triglicerideos-alto.html#ixzz23GUJwjBv

TAI-CHI, MOSTRADO PARA MELHORAR A CAPACIDADE DE EXERCICIOS


Tai Chi mostrado para melhorar a capacidade de exercício DPOC

ScienceDaily (08 de agosto de 2012) - Tai Chi pode ser usado como uma forma eficaz de exercícios terapêuticos para pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), de acordo com novas descobertas.
A pesquisa, que foi publicado on-line 09 de agosto de 2012 antes da impressão no European Respiratory Journal , sugere que esta forma de exercício pode melhorar a capacidade de exercício e qualidade de vida em pessoas com DPOC e pode ser tão benéfico quanto de reabilitação pulmonar.
É sabido que as formas moderadas de exercício pode ajudar pacientes com DPOC de melhorar a sua tolerância ao exercício, sintomas de falta de ar e sua qualidade de vida global. Este novo estudo destinado a investigar se dom estilo de Tai chi poderia ser usado como uma forma eficaz de terapia de exercício.
Esta forma de Tai Chi (Sun-style) foi mostrado para ajudar as pessoas com condições crônicas, como artrite e envolve menos movimentos difíceis permitindo que as pessoas de todas as idades para executar esta arte marcial.
Pesquisadores do Hospital Concord Repatriação Geral e da Universidade de Sydney, Sydney, Austrália, trabalhou com 42 pessoas com DPOC. Metade do grupo frequentado aulas de Tai Chi Chuan duas vezes por semana, bem como realizar Tai Chi em casa, enquanto a outra metade seguiu a sua gestão médicos habituais que não incluem o exercício.
Os pesquisadores testaram a capacidade de exercício de todos os participantes através de um teste de caminhada e também pediu a todos os participantes para preencher o questionário doença respiratória crônica, o que dá uma indicação de como a doença afeta sua qualidade de vida. A intensidade do exercício de Tai Chi foi medida em os participantes que completaram o treinamento Tai Chi para avaliar se ela preenche os requisitos de treino sugerido para pacientes com DPOC.
Comparado com o grupo completar a gestão médico usual, os participantes que completaram o Tai Chi treinamento físico poderia andar muito mais tempo no teste de caminhada. Eles também tiveram uma pontuação maior no questionário, indicando uma melhor qualidade de vida.
Os resultados também mostraram que a intensidade do Tai Chi foi moderada, que se reuniu as recomendações para o treinamento de exercício para pessoas com DPOC.
O autor, Regina Wai Man Leung da Repatriação Concord General Hospital, disse: "Com um número crescente de pessoas que estão sendo diagnosticadas com DPOC, é importante oferecer opções diferentes para o exercício que podem ser adaptados para atender cada indivíduo Os resultados deste pequeno. amostra fornece evidências convincentes de que o Tai Chi é um programa de treinamento eficaz para pacientes com DPOC, e poderia ser considerado como uma alternativa aos programas de exercícios habituais de formação que estão disponíveis na reabilitação pulmonar. "
Título: simplificada dom estilo de Tai Chi como uma modalidade de treinamento físico em pessoas com DPOC Autores: Regina Leung, Zoe McKeough, Matthew Peters e Jennifer Alison DOI: 10.1183/09031936.00036912
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Fonte Story:
A história acima é reproduzida a partir de materiaisfornecidos pela Lung Foundation Europeia , através de EurekAlert!, um serviço da AAAS.
Nota: Os materiais pode ser editado para conteúdo e duração. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Journal Referência :
  1. . Regina Leung, Zoe McKeough, Matthew Peters e Jennifer Alison forma curto-Sun estilo de Tai Chi como uma modalidade de treinamento físico em pessoas com DPOC . European Respiratory Journal , 2012 DOI:10.1183/09031936.00036912
 APA

 MLA
Europeu Lung Foundation (2012, 08 de agosto).Tai Chi mostrado para melhorar a capacidade de exercício DPOC. ScienceDaily . Recuperado em 11 agosto de 2012, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.
Disclaimer : Este artigo não pretende fornecer aconselhamento médico, diagnóstico ou tratamento. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as do ScienceDaily ou seu pessoal.

PRIMEIROS SINTOMAS DA GRAVIDEZ


PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ

Saber precocemente que está grávida é importante para que a mulher procure inciar o seu seguimento pré-natal o mais cedo possível. Além disso, a mulheres que ficam sabendo da gravidez em estágios bem inicias podem tomar medidas imediatas que beneficiam o feto, tais como melhorar o controle de glicose no sangue, da pressão arterial, tratar infecções precocemente e/ou evitar álcool e drogas potencialmente nocivas ao bebê no primeiro trimestre.

Os primeiros sintomas da gravidez são importantes para alertar a futura mãe, fazendo com que a mesma procure logo um dos métodos para o diagnóstico de gravidez, seja através do exame de sangue ou do simples teste de gravidez de farmácia (leia:TESTE DE GRAVIDEZ DE FARMÁCIA).

Os primeiros sintomas de gravidez surgem geralmente três semanas após a fecundação. Porém, em alguns casos, a gravidez já mostra sinais tão cedo quanto o sexto dia após a concepção.

Neste texto vamos abordar os primeiros sintomas da gravidez.

Antes de seguirmos, é importante salientar que os sintomas de gravidez não são os mesmos para todas as mulheres. Na verdade, uma mesma mãe pode ter sinais e sintomas completamente diferentes entre duas gravidezes distintas. Os sintomas da gravidez também podem variar em sua intensidade, frequência e duração.

Tenha em mente que muitos dos sintomas precoces da gravidez podem parecer semelhantes aos desconfortos pré-menstruais que você está habituada. As mulheres que não estão tentando engravidar não ficam muito atentas aos sinais do seu corpo, e os primeiros sintomas da gravidez podem passar despercebidos, sendo confundidos com os sinais de uma menstruação a caminho.

Sinais e sintomas da gravidez

Sintomas da gravidez 1# - Pequeno sangramento vaginal

Uma vez fecundado o óvulo por um espermatozoide, o agora embrião percorre as trompas e se implanta na parede do útero após 6 a 12 dias. Esta implantação pode causar um pequeno sangramento uterino, que muitas vezes é confundido com uma menstruação que está para chegar. Cerca de 10% das grávidas apresentam algum sangramento vaginal nas primeiras semanas de gestação, às vezes sendo necessário o uso de um absorvente.

Como esse sangramento costuma ocorrer próximo ao período em que a menstruação é esperada, algumas mulheres o tratam como uma menstruação que veio fraca.

Portanto, se você está tentando engravidar e apresenta uma menstruação diferente da usual, fique atenta, pois este pode ser um sinal de gravidez inicial.

Sintomas da gravidez 2# - Cólicas ou dor abdominal

Além de um sangramento leve, a gravidez inicial pode causar algum desconforto na parte inferior do abdômen, às vezes uma sensação de inchaço na barriga, mimetizando os sintomas que surgem dias antes da menstruação. É comum também uma sensação de peso na parte inferior do ventre. Este incômodo quando associado a um sangramento vaginal dias depois, pode muito bem enganar as grávidas, fazendo-as pensar que menstruaram.

Atenção: tanto as cólicas quanto o sangramento vaginal nas fases inicias da gravidez costumam ser muito menos intensos do que aqueles que ocorrem na menstruação de verdade.

Sintomas da gravidez 3# - Atraso menstrual

O atraso da menstruação é o sinal clássico de uma gravidez. É geralmente o sinal que faz com que a mulher procure fazer um teste de gravidez.

Todavia, nem todas as mulheres sentem facilidade em reconhecer este sintoma de gravidez. Algumas mulheres têm ciclos menstruais muito irregulares, apresentando, inclusive, períodos de anovulação (não ovulam durante um determinado mês), fazendo com que haja quase dois meses entre uma menstruação e outra. Além disso, como explicado acima, o sangramento da implantação do embrião pode confundir algumas grávidas, fazendo que esta não note a interrupção da menstruação em um primeiro momento.

É importante ressaltar que a menstruação pode atrasar por vários outros motivos que não uma gravidez, entre eles, estresse, infecções, troca de anticoncepcional, alterações o peso, cansaço... A própria expectativa pela menstruação, quando a mulher não quer de jeito nenhum engravidar, mas se descuidou tendo relações sexuais desprotegidas, pode causar um atraso menstrual.

Se quiser saber mais sobre o ciclo menstrual, leia: CICLO MENSTRUAL | PERÍODO FÉRTIL.

Sintomas da gravidez 4# - Aumento dos seios

Outro típico sintoma da gravidez, o aumento dos seios pode surgir com apenas uma ou duas semanas de gestação. Além de maiores, as grávidas podem sentir os seios mais sensíveis e com sensação de inchaço. Pode haver também escurecimento do mamilo e aparecimento de veias ao redor dos seios.

O aumento dos seios ocorre por alterações hormonais que promovem a estimulação das glândulas mamárias. Em algumas mulheres estas alterações ocorrem precocemente, enquanto outras só notam alterações nos seios após várias semanas de gravidez.

Sintomas da gravidez 5# - Náuseas e vômitos

As náuseas e vômitos da gravidez costumam surgir entre a 6ª e a 12ª semana de gestação. Entretanto, há mulheres que apresentam estes sintomas já na 2ª ou 3ª semana de gravidez.

Náuseas e vômitos são sintomas típicos do primeiro trimestre de gravidez e tendem a desparecer no segundo trimestre.

Temos um artigo específico sobre este sintoma da gravidez: ENJOOS E VÔMITOS NA GRAVIDEZ | Tratamento e causas.

Sintomas da gravidez 6# - Cansaço

Uma sensação de cansaço desproporcional às suas atividades diárias é um sintoma precoce de gravidez muito comum. Esta fadiga pode já surgir com apenas uma semana de gestação.

Se você já tem uma rotina cansativa durante o dia, ela pode se tornar exaustiva.

Aumento do sono também é muito comum. O seu corpo dá sinais de que precisa descansar com mais frequência. Você pode começar a querer ir para a cama mais cedo e ter mais dificuldade do que o habitual para acordar pela manhã. Durante o dia, uma boa soneca parece ser tudo o que você mais deseja.

O cansaço também é um sintoma do início da gravidez que habitualmente desaparece no segundo trimestre.

Para saber mais sobre outras causas de fadiga e cansaço, leia: CANSAÇO | FADIGA | Principais causas.

Sintomas da gravidez 7# - Aumento da urina

Após cerca de seis semanas de gravidez, a grávida começa a sentir vontade de urinar com maior frequência. Estas viagens ao banheiro podem ocorrer inclusive durante a madrugada, atrapalhando o sono da gestante.

Este é um sinal de gravidez que surge precocemente, e que, infelizmente, dura até o final da gestação.

É importante notar que se o aumento na frequência urinária vier acompanhada de urina mais escura e/ou ardência para urinar, uma infecção urinária pode ser a causa (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | Cistite).

Para saber mais sobre outras causas de urina em excesso, leia: URINA EM EXCESSO. O QUE SIGNIFICA?

Sintomas da gravidez 8# - Desejos alimentares

O desejo por certas comidas nas primeiras semanas de gestação é um dos sintomas mais cliché da gravidez. O desejo por alguns alimentos pode até fazer mulheres vegetarianas sentirem vontade de comer hamburguer.

Do mesmo modo que surgem desejos, as grávidas também podem apresentar aversões a certas comidas e/ou cheiros. Aquele restaurante japonês que você adora, durante uma gravidez pode lhe causar náuseas só de passar pela porta.

Sintomas da gravidez 9# - Aversão a odores intensos
Primeiros sintomas de gravidez: aumento dos gases
Sintomas inicias da gravidez: aumento dos gases

Assim como alguns alimentos causam enjoos nas primeiras semanas de gravidez, odores intensos, mesmo que agradáveis, como os de perfumes ou comidas, podem fazer você se sentir enjoada. Odores ruins ou muito fortes, como fumaça de cigarro, gasolina, álcool, produtos de limpeza, etc., causam o mesmo efeito.

Sintomas da gravidez 10# - Aumento dos gases

Algumas mulheres experimentam um aumento dos gases intestinais nas primeiras semanas de gravidez. Este pode ser um sintoma embaraçoso no casos em que a gestante precisa ficar horas presa dentro de um escritório ou sala com outras pessoas. Há aumento na necessidade de arrotar e de soltar flatos (vulgarmente chamado de pum).

Para saber mais sobre gases intestinais, leia: GASES INTESTINAIS.

Os sinais e sintomas descritos acima sugerem a existência de uma gravidez, mas de modo algum servem para confirmar ou descartar uma gestação. Algumas mulheres apresentam apenas um ou dois sintomas inicias de gravidez, enquanto outras podem apresentar todos os sintomas descritos acima. O diagnóstico definitivo, porém só é obtido com a dosagem do BhCH sanguíneo (leia: Diagnóstico da gravidez).

Se você está na dúvida quanto a possibilidade de estar grávida, leia: POSSO ESTAR GRÁVIDA?
Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologi


Leia o texto original no site MD.Saúde: PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ http://www.mdsaude.com/2012/01/sintomas-gravidez.html#ixzz23GRIkDv1

REMÉDIOS QUE PODE FAZER MAL AOS RINS


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REMÉDIOS QUE PODEM FAZER MAL AOS RINS

Saiba quais são os remédios que podem lesionar os rinse são contraindicados para quem tem doença renal

Os rins são os principais responsáveis pela filtração e eliminação de substâncias tóxicas do sangue. Porém, mesmo o rim pode sofrer efeitos adversos de algumas destas substâncias. Vários medicamentos usados frequentemente na prática médica podem causar lesão nos rins se forem usados de modo inapropriado. Damos o nome de drogas nefrotóxicas todas aquelas que apresentam potencial risco de causar lesão nos rins.

Além da lesão direta de certas substâncias nos rins, existe também um grupo de drogas que são seguras em pessoas sadias, mas se tornam perigosas em pacientes que já apresentam doença prévia nos rins, fazendo com que haja piora da doença renal.

Várias destas drogas são extremamente comuns e muitas vezes vendidas sem prescrição médica. Vou falar um pouquinho das principais drogas nefrotóxicas.

ATENÇÃO: esse texto não tem como objetivo assustar ninguém, nem fazer propaganda contra medicamentos. O objetivo é mostrar como a auto-medicação pode ser perigosa e trazer prejuízos que as pessoas nem imaginam que possam acontecer. 

Remédios
1.) ANTI-INFLAMATÓRIOS (leia também: ANTI-INFLAMATÓRIOS | AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS)

O grande vilão dos rins são os anti-inflamatórios não esteróides (AINES). O principal efeito é a redução da filtração renal, ou seja, da capacidade dos rins em filtrar o sangue. Pessoas sadias toleram essa alteração sem maiores complicações. O problema ocorre naqueles que tem insuficiência renal (principalmente em fases avançadas), e portanto, já apresentam a filtração renal diminuída de base. Esse grupo apresenta grande risco de falência renal aguda e, muitas vezes, necessitam de hemodiálise de urgência. O risco cresce a partir do 3º dia de uso. O anti-inflamatório é, portanto, uma droga contra-indicada em pacientes com insuficiência renal.

Outra lesão relacionada aos anti-inflamatórios é a nefrite intersticial, uma espécie de reação alérgica localizada no rim. A nefrite intersticial pode ser causada por várias drogas além dos anti-inflamatórios e se apresenta principalmente como uma insuficiência renal aguda, com rápida elevação da creatinina (VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?). No caso da nefrite intersticial dos anti-inflamatórios ela apresenta uma característica especial que é a presença concomitante de proteinúria e síndrome nefrótica (leia:PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA).

É bom deixar claro que a nefrite intersticial não é uma reação comum, principalmente se levarmos em conta a quantidade de pessoas que tomam anti-inflamatórios no mundo.

Um terceiro tipo de lesão, mais incomum ainda, é o induzido por uso crônico de anti-inflamatórios, mesmo em pessoas normais. Parece que para pessoas com rins normais desenvolverem lesão renal pelo uso prolongado de AINES , são necessários no mínimo 5000 comprimidos ao longo da vida. Isso equivale a 7 anos de anti-inflamatórios diários em um regime de 12/12 horas.

O AAS (aspirina) também é um anti-inflamatório e deve ser usado com cautela em pacientes com doenças renais. Para mais detalhes, leia: ASPIRINA | AAS | Indicações e efeitos colaterais

2.) ANTIBIÓTICOS

Os antibióticos também são causa de nefrite intersticial. Diferentemente da nefrite pelos anti-inflamatórios, no caso dos antibióticos a proteinúria é pequena, mas outros sintomas como febre e manchas vermelhas pelo corpo associado a insuficiência renal aguda, ocorrem com maior frequência.

Vários antibióticos podem causar nefrite intersticial, principalmente as penicilinas, rifampicina, ciprofloxacino e trimetoprim/sulfametoxazol (Bactrim®)

Alguns antibióticos são nefrotóxicos por natureza e devem ser evitados em doente renais crônicos. São eles:

- Aminoglicosídeos: Gentamicina, Amicacina, Estreptomicina, Tobramicina e Neomicina
- Anfotericina B
- Pentamidina

Leia mais sobre antibióticos em: ANTIBIÓTICOS | Tipos, resistência e indicações

3.) ANALGÉSICOS

A lesão renal renal pelo uso prolongado de analgésicos era muito comum até a década de 80, e caiu vertiginosamente após a retirada da Fenacetina do mercado. Hoje as lesões relacionadas aos analgésicos são causados pelo uso diário e prolongado do Paracetamol (acetaminofeno), principalmente se associado ao ácido acetilsalicílico (AAS). Também são lesões raras, mas que existem.

A Dipirona é muito pouco usada na Europa e nos EUA, por isso existem poucos estudos sobre seu toxicidade renal.

4.) CONTRASTE DE EXAME RADIOLÓGICO

Doentes com insuficiência renal devem evitar contrastes radiológicos sempre que possível. Se o exame for imprescindível, deve-se realizar uma preparação do paciente para minimizar os efeitos. Os principais exames que usam contrastes nefrotóxicos são:

- Tomografia computadorizada
- Cateterismo cardíaco
- Urografia excretora
- Angiografia
- Ressonância magnética (perigoso apenas em insuficiência renal avançada)

5.) OUTRAS DROGAS

- LÍTIO: usada principalmente no distúrbio bipolar ( antigo distúrbio maníaco-depressivo)
- ACICLOVIR: antiviral
- INDINAVIR: anti-retroviral usado na SIDA (AIDS)
- CICLOSPORINA: imunossupressor usado em transplantes e doenças auto-imunes
- TACROLIMUS: igual ciclosporina
- CICLOFOSFAMIDA: imunossupressor usado em doenças auto-imunes e algumas neoplasias

Existem cada vez mais relatos sobre casos de lesão renal induzidas pelas chamadas ervas chinesas tradicionais. Já são mais de 150 casos de pessoas que usavam essas ervas para emagrecer e desenvolveram insuficiência renal aguda com necessidade de hemodiálise.

Poucos são os procedimentos médicos isentos de riscos. A automedicação é perigosa e é importante conhecer os principais efeitos colaterais para poder detectá-los precocemente. Não é a toa que grande maioria dos médico passa por uma formação de pelo menos 10 anos.
Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: REMÉDIOS QUE PODEM FAZER MAL AOS RINShttp://www.mdsaude.com/2008/12/remdios-que-podem-fazer-mal-aos-rins.html#ixzz23GPTA4Xk

LIPOASPIRAÇÃO/HIDROLIPO, MINI LIPO E LIPOLIGHT


LIPOASPIRAÇÃO | HIDROLIPO, MINI LIPO e LIPOLIGHT

Hidrolipo, minilipo, lipolaser e lipo light são procedimentos vendidos como formas alternativas de lipoaspiração, porém, apresentam os mesmos riscos e as mesmas indicações. Saiba tudo sobre lipoaspiração e o modo correto de fazê-la.

lipoaspiração é a cirurgia plástica mais realizada no Brasil. Em 2007 foram realizados cerca de 200.000 procedimentos deste tipo em nosso país.

A técnica foi criada pelo Cirurgião Plástico francês, Yves Gerard Illouz em 1978. Não demorou muito para a lipoaspiração aterrissar em terras tupiniquins. Em 1980, o próprio Dr. Illouz realizou a primeira lipoaspiração no Brasil, mais precisamente no Hospital Servidores do Estado, na cidade do Rio de Janeiro.

Nos seus primórdios a lipoaspiração era realizada com cânulas muito grossas, que traumatizavam muito o tecido gorduroso e frequentemente originavam irregularidades no contorno corporal. Além disso, pouco se sabia à época sobre os limites de volume aspirado seguros para o paciente.

Desde então a lipoaspiração evoluiu muito. Atualmente as cânulas são muito mais finas, minimizando a agressão cirúrgica e permitindo um trabalho mais delicado e preciso, propiciando um melhor resultado.
Hoje temos um conhecimento muito maior das repercussões de uma lipoaspiração para o organismo, permitindo o estabelecimento de limites que aumentaram enormemente a segurança do procedimento.

O Art. 9º da resolução Nº 1.711 do Conselho Federal de Medicina estabelece que “os volumes aspirados não devem ultrapassar 7% do peso corporal quando se usar a técnica infiltrativa; ou 5% quando se usar a técnica não-infiltrativa. Da mesma forma, não deve ultrapassar 40% da área corporal, seja qual for a técnica usada.”

Cânulas de lipoaspiração
Cânulas de lipoaspiração
Trocando em miúdos, uma pessoa de 60 kg só pode ter 40 % do seu corpo e 4,2 L de gordura lipoaspirados. Ou seja, aqueles que prometem lipoaspirar todo o corpo e tirar 7,8,9, 10 L de gordura ou são mentirosos ou são inconsequentes e levianos, além de descumprirem uma resolução do CFM.

Mas afinal, o que é técnica infiltrativa e técnica não-infiltrativa? Bom, técnica infiltrativa é aquela em que a lipoaspiração é precedida pela injeção, na gordura que será lipoaspirada, de uma solução composta por soro, vasoconstrictores e, às vezes, anestésicos locais. A solução injetada faz com que as células de gordura “inchem”, facilitando a lipoaspiração, e faz com que as artérias e veias se contraiam, diminuindo o sangramento cirúrgico. Devido a essas propriedades, a técnica infiltrativa é a preferida pela grande maioria dos Cirurgiões Plásticos, em detrimento da técnica não-infiltrativa, na qual, obviamente nada é injetado.

Nos últimos anos novas tecnologias vêm sendo incorporadas à lipoaspiração, tais como a utilização de cânulas que vibram em altíssimas frequências (vibrolipoaspiração), que emitem ultrassom ou raios Laser. Todas têm o intuito de facilitar o trabalho do Cirurgião Plástico, diminuir a agressão cirúrgica e permitir um melhor resultado pós-operatório. Na minha humilde opinião, nenhuma dessas novas tecnologias mostrou-se superior à lipoaspiração clássica, além de aumentarem os custos do procedimento, e me parece que este é o pensamento da maioria dos Cirurgiões Plásticos. Porém, é possível que com o seu aperfeiçoamento, essas e ou outras novas tecnologias sejam incorporadas futuramente à lipoaspiração pela maioria dos Cirurgiões Plásticos.

Muito se engana quem pensa que a lipoaspiração é uma cirurgia feita para emagrecer. Seu objetivo é a harmonização do contorno corporal. Estas premissas estão bem explicitadas logo nos 2 primeiros artigos da Resolução Nº 1.711 do Conselho Federal de Medicina, que regulamenta a lipoaspiração:

“CONSIDERANDO o decidido em sessão plenária de 10 de Dezembro de 2003, resolve:

Art. 1º - Reconhecer a técnica de lipoaspiração como válida e consagrada dentro do arsenal da cirurgia plástica, com indicações precisas para correções do contorno corporal em relação à distribuição do tecido adiposo subcutâneo.

Art. 2º - Que as cirurgias de lipoaspiração não devem ter indicação para emagrecimento.”
Trocando em miúdos, a lipoaspiração está indicada para resolver o problema da companheira inseparável de muitas mulheres: a gordura localizada.

Porém, nem toda paciente com gordura localizada é uma candidata à lipoaspiração. O grau de flacidez da pele pode ser um fator impeditivo. A flacidez traduz a redução, ou até mesmo a perda, da elasticidade da pele. Quanto maior a flacidez menor a elasticidade. A presença das famigeradas estrias também é um forte indicador de uma pele pobre em elasticidade (leia: ESTRIAS | Tratamento e prevenção).

Mas qual a importância da elasticidade da pele na lipoaspiração? Eu lhes respondo: toda! Para melhor explicar o quão importante é a elasticidade me utilizo de um momento da vida comum a quase todas as mulheres; a gravidez. Com o desenrolar da gestação, a pele se expande progressivamente para melhor comportar o aumento do volume abdominal. Imediatamente após o parto, o volume retorna ao normal e a pele se retrai lentamente durante as semanas subsequentes para adaptar-se novamente ao volume abdominal de outrora. Aí que entra a elasticidade da pele. Quantos de vocês conhecem mulheres que após o parto nem pareciam que tiveram um filho? E as que ficam com o abdômen flácido? E as que além de flacidez ficam cheias de estrias? O que determina o grau de retração da pele é a sua elasticidade e, analogamente à gravidez, desempenha o mesmo importante papel na lipoaspiração.

Sabemos que em se tratando de lipoaspiração, atuam na retração da pele, além do grau de elasticidade, a contração cicatricial. Ao realizarmos uma lipo, ocorre a lesão do tecido gorduroso pelas cânulas. Essa lesão, como todo ferimento, cicatriza. Acontece que todo processo de cicatrização em nosso organismo evolui com uma retração dos tecidos vizinhos. Isto também é verdade na lipoaspiração, onde a cicatrização do tecido gorduroso acarretará na retração da pele, graças ao fenômeno de contração cicatricial.

Quando há flacidez pequena ou moderada, a lipoaspiração pode ser realizada, pois podemos contar com a elasticidade da pele e com a contração cicatricial. Quando a flacidez da pele é de moderada a grande, a lipo isolada deve ser evitada, sob pena de agravá-la. Nestes casos, a associação da ressecção de pele à lipoaspiração deve ser considerada.

Para saber mais sobre a lipoaspiração, leia: CIRURGIA DE LIPOASPIRAÇÃO | Técnicas, indicações e riscos.

HIDROLIPO, MINI LIPO e LIPO LIGHT

Notem que não são mencionados na resolução do CFM os termos hidrolipoaspiraçãominilipoaspiração, lipoaspiração light e afins. Isso por que simplesmente não existe “hidrolipo”, não existe “mini lipo” nem "lipo light"!

A lipoaspiração é um procedimento único, que compreende as técnicas infiltrativa e não-infiltrativa, onde através de uma pressão negativa originada por um aparelho ou por seringas, a gordura é aspirada por cânulas introduzidas por pequenos cortes na pele

Para melhor explicar o motivo pelo qual os termos “hidrolipo”, “mini lipo”, "lipo light" e afins foram inventados, recorro à seguinte resolução do Conselho Federal de Medicina:

RESOLUÇÃO Nº 1.711, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2003

Art. 1º - Reconhecer a técnica de lipoaspiração como válida e consagrada dentro do arsenal da cirurgia plástica, com indicações precisas para correções do contorno corporal em relação à distribuição do tecido adiposo subcutâneo.

Art. 3º - Que há necessidade de treinamento especifico para a sua execução, sendo indispensável a habilitação prévia em área cirúrgica geral, de modo a permitir a abordagem invasiva do método, prevenção, reconhecimento e tratamento de complicações possíveis.

Art. 5º - Que as cirurgias de lipoaspiração devem ser executadas em salas de cirurgias equipadas para atendimento de intercorrências inerentes a qualquer ato cirúrgico.


Por essa resolução ficou estabelecido que a lipoaspiração é um procedimento cirúrgico habilitado preferencialmente a Cirurgiões Plásticos, com formação prévia em Cirurgia Geral (caso de todos os Cirurgiões Plásticos membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e que só deve ser realizada em centro cirúrgico.

Pois bem, e como ficam, a partir desta resolução do CFM, os médicos de outras especialidades que, desiludidos com suas carreiras, enveredam pelo mundo da “Medicina Estética” atrás do “pote-de-ouro”, atrás do “dinheiro fácil”, após fazerem cursos de fim de semana? Como ficam os médicos que, para baixar os custos da lipoaspiração, realizam o procedimento no consultório? Simples! É só rebatizar a lipoaspiração! “De agora em diante nós não fazemos lipoaspiração, nós fazemos hidrolipoaspiração, fazemos minilipoaspiração, fazemos lipolight”.

A invenção dos termos “hidrolipo”, “mini lipo”, "lipo light" e outros tem um único propósito: burlar a resolução do Conselho Federal de Medicina!

E para piorar a situação a “hidrolipo”, a “minilipo” e a”lipolight” são vendidas para a população como sendo procedimentos mais modernos, que não precisam de internação e que o paciente vai do consultório direto para o trabalho. Na realidade, a lipoaspiração realizada em consultório é muito inferior. Além de infrigir uma resolução do CFM, não fornece a segurança e o ambiente necessários para a realização de um procedimento cirúrgico, o paciente não é sedado, sentindo, na melhor das hipóteses, um incômodo durante todo o procedimento e muitas vezes é mais dispendiosa financeiramente pois tem que ser feita em várias etapas, uma vez que há limites de toxicidade na utilização de anestésicos locais.

Não esqueçam que lipoaspiração é uma CIRURGIA e como tal está sujeita à complicações CIRÚRGICAS, devendo ser realizada em ambiente CIRÚRGICO . Sendo assim, se você deseja realizar uma lipoaspiração, consulte-se com um Cirurgião Plástico, certifique-se que ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e exija que a cirurgia seja realizada em um centro cirúrgico.

Esse texto é de autoria do Dr. Carlos André Meyer. Cirurgião Plástico - O Blog de Plástico
Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: LIPOASPIRAÇÃO | HIDROLIPO, MINI LIPO e LIPOLIGHT http://www.mdsaude.com/2009/02/lipoaspiracao-hidrolipo-minilipo.html#ixzz23GMwwXTS