segunda-feira, 14 de outubro de 2013

FOLATO PREVÊ A RESPOSTA NA ARTRITE REUMATOIDE

Reumatologia

Folato prevê a resposta na AR

Publicado em: 11 outubro de 2013 | Atualizado em: 12 de outubro de 2013
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Pacientes com artrite reumatóide que tinham baixos níveis basais de folato em seus glóbulos vermelhos eram menos sensíveis ao tratamento com metotrexato, continuando a ter a doença mais ativa em 3 meses, pesquisadores holandeses encontrado.
Em uma coorte de derivação de 285 pacientes, os níveis mais baixos de folato dos eritrócitos foram associados com maior pontuação na escala de atividade da doença em 28 articulações (DAS28) após 3 meses de tratamento (beta padronizado = -0,15, P = 0,037), de acordo com Maurício CFJ de Rotte, MD, do Centro Médico da Universidade Erasmus , em Roterdã, e colegas.
Maior atividade da doença também foi observada em pacientes com baixa de folato dos eritrócitos em uma coorte de validação de 102 pacientes (beta = -0,20, P = 0,048), os pesquisadores relataram em linha no Arthritis & Rheumatism.
Metotrexato permanece a pedra angular da terapia para a artrite reumatóide, mas um número substancial de pacientes ou não respondem ou não clinicamente podem tolerar o medicamento.
O ponto de tempo de 3 meses é quando os médicos normalmente considerar a possibilidade de continuar o metotrexato ou para adicionar ou mudar para um agente biológico, mas a evidência foi acumulando para sugerir que o tratamento precoce e agressivo pode influenciar profundamente o curso da artrite reumatóide.
Portanto, a identificação de preditores de não-resposta ou falta de tolerância no início seria muito útil "para garantir que apenas os pacientes que não respondem ao metotrexato receber tratamento adicional cedo com produtos biológicos e os produtos biológicos caros resposta ao metotrexato são poupados", afirmou de Rotte e colegas.
O metotrexato é um antagonista de folato, que compartilha uma via metabólica com a vitamina B essencial folato , com acções inibidoras contra a actividade enzimática de um carbono folato mediada que são responsáveis ​​por ambos os efeitos terapêuticos e efeitos adversos.
Vários biomarcadores refletem as ações intracelulares de folato mediada metabolismo de um carbono, incluindo a vitamina B6 e folato nas células vermelhas do sangue, ácido fólico e vitamina B12 no soro, e de homocisteína no plasma.
Para explorar a possibilidade de que esses marcadores poderiam prever a resposta ao metotrexato, o grupo de Rotte analisaram dados de duas coortes prospectivas em Roterdão.
A coorte de derivação iniciado o tratamento com 25 mg de metotrexato semanal, e os pacientes foram randomizados para o tratamento com ou sem terapias modificadoras da doença adicionais, tais como a hidroxicloroquina ou sulfassalazina.
Para a coorte de validação, os médicos que tratam escolheu a dose de metotrexato e tratamentos concomitantes.
Não-resposta foi definida como uma pontuação DAS28 acima de 3.2, ou como Liga Européia Contra o Reumatismo (EULAR) nonresponse (versus resposta moderada ou boa) , que avalia o grau de mudança na pontuação DAS28 mais o grau de melhoria.
Em ambos os grupos, mais de dois terços dos pacientes eram mulheres ea idade média foi de 53. Basal média DAS28 foi de 4,94 na coorte de derivação e 4,26 na coorte de validação.
A dose de metotrexato, foi significativamente superior na coorte de derivação (25 versus 15 mg por semana), enquanto os doentes na coorte de validação tomaram medicamentos anti-inflamatórios não esteróides mais.
Os níveis basais dos biomarcadores do metabolismo de um carbono foram semelhantes nos dois grupos, com a excepção de folato dos eritrócitos, que é 844 nmol / L na coorte de derivação e 1079 nmol / L ( P <0,001) na coorte de validação.
Durante os 3 meses do estudo, DAS28 pontuação diminuiu em ambos os grupos, a 3,12 na coorte de derivação e de 2,92 na coorte de validação.
Sobre os critérios de resposta EULAR, 46% da coorte de derivação foram considerados bons respondedores, 38% eram respondedores moderados, e 16% eram não-respondedores.
Os números correspondentes na coorte de validação foram de 43%, 39% e 18%.
Em uma análise de regressão logística com quintis de folato dos eritrócitos como variáveis ​​independentes e DAS28 superior ao ponto de corte de 3,2 sendo a variável dependente, houve uma tendência linear para as concentrações de folato dos eritrócitos, tanto derivação ( P = 0,049) e de validação ( P = 0,021 ) coortes.
Nenhuma associação foi visto por qualquer um dos outros biomarcadores e DAS28 resposta.
Os eventos adversos foram similares nos dois grupos, com 78% da coorte de derivação e de 80% da coorte de validação de relatar qualquer evento. Nenhuma associação foi observada entre os biomarcadores da linha de base e eventos adversos.
Quanto ao por níveis baixos de folato dos eritrócitos pode ser relacionado com falta de resposta ao tratamento com metotrexato, os investigadores observaram ", indivíduos com concentrações mais baixas de folato pode ser menos eficaz na absorção, o transporte, a absorção celular, e retenção dos folatos."
Em outras palavras, eles explicado, "Base de eritrócitos folato é um tipo de ensaio funcional para a capacidade do corpo para se acumular e reter folato celular e, assim, prevê quanto metotrexato será feita e acumuladas durante a terapia."
Anna Broder, MD , do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, observou que os resultados deste primeiro estudo prospectivo a olhar para a associação entre os níveis de folato e resposta metotrexato são "muito interessante e intrigante."
No entanto, ela comentou: "Enquanto os autores fornecem alguma evidência experimental para apoiar a sua hipótese, eles também apontam que a atividade da doença maior é associado com maior atividade do sistema imunológico. Este, por sua vez, pode causar o uso de ácido fólico maior por células e resultam em níveis mais baixos de folato no interior das células. Portanto, grandes quantidades de folato dos eritrócitos pode ser visto em indivíduos que têm doença mais activo (e mais difícil de controle), em vez de metotrexato não respondedores ".
Broder, que não esteve envolvido no estudo, disse que ele tinha várias limitações, incluindo o curta duração, relativamente pequena magnitude da associação, e somente holandês população, o que limita a generalização dos resultados.
O estudo foi financiado por uma subvenção irrestrita da Pfizer e pela artrite Associação Holandesa.
Os autores não relataram conflitos financeiros.

DOR NO RIM

DOR NO RIM

A dor no rim, caracterizada por uma dor na região lombar, é uma queixa muito comum na população em geral. Entretanto, ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a grande maioria dos casos de dor nas costas não é provocada pelos rins, mas sim pela coluna e estruturas adjacentes.

A lombalgia por problemas da coluna e a dor renal são completamente diferentes e possuem causas distintas. Neste texto vamos falar sobre as principais características e causas da dor no rim, abordando os seguintes pontos:
  • Anatomia do rim.
  • Causas de dor no rim.
  • Insuficiência renal causa dor nos rins?
  • Características da dor no rim.
  • Diferenças entre dor no rim e dor na coluna.
Para saber mais sobre outros sintomas dos rins, além da dor, leia: 10 SINTOMAS DOS RINS.

 Anatomia do rim

A maioria das pessoas possui 2 rins, que se localizam paralelamente à coluna vertebral, habitualmente entre a 12ª vértebra da coluna torácica (T12) e a 3ª vértebra da coluna lombar (L3). O rim esquerdo fica, normalmente, localizado um pouco mais alto que o direito. Os rins são órgãos retroperitoniais, ou seja, ficam localizados mais próximos das costas, atrás da cavidade abdominal, protegidos pela porção posterior das costelas.
Dor no rim
Os rins e ureteres (canais tubulares que levam urina dos rins à bexiga) são altamente inervados, o que permite sentirmos dor quando os mesmos sofrem alguma agressão ou inflamação. Esta rica inervação renal, porém, cruza-se com as fibras nervosas vindas de outras estruturas e órgãos próximos, incluindo nervos vindos da pele. Como resultado, o cérebro tem dificuldade de precisar a origem da dor. Por isso, não é incomum que a dor de uma lesão renal ou dor ureter possa surgir em locais distantes, como barriga, testículos ou ovários.
Em geral, a dor dos rins é mal definida e difusa, acometendo lateralmente a região lombar e um dos flancos.

Causas de dor no rim

A dor renal pode ser precipitada por isquemia renal (redução do aporte de sangue), inflamação/infecção dos rins, tração ou distensão da pelve renal ou distensão da cápsula que recobre os rins.
Na prática, isso significa que as seguintes lesões e doenças renais costumam ser as causas mais comuns de dor nos rins:
- Cálculo renal (leia: CAUSAS E SINTOMAS DO CÁLCULO RENAL).
- Infecção dos rins (pielonefrite) (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | Pielonefrite).
- Doença policística renal (leia: RINS POLICÍSTICOS | Doença policística renal).
- Hidronefrose (obstrução da passagem de urina, resultando em dilatação dos rins).
- Trombose da veia renal.
- Isquemia renal.
- Câncer renal.
- Trauma nos rins.
Em geral, as três primeiras doenças citadas acima correspondem pela imensa maioria dos casos de dor renal.

Insuficiência renal causa dor nos rins?

Ao contrário da crença popular, a insuficiência renal, seja ela crônica ou aguda, não causa dor nos rins. Mesmo em fases avançadas, a dor no rim não faz parte dos sintomas do paciente com insuficiência renal. Esse dado é importante, já que a maioria dos pacientes com insuficiência renal é idosa, faixa etária na qual problemas de coluna são muito frequentes. É muito comum o paciente insuficiente renal ter problemas de coluna, mas culpar injustamente os rins pela sua dor.
A insuficiência renal crônica é uma doença silenciosa até fases bem avançadas. Mesmo os pacientes já sob tratamento com hemodiálise não sentem dor nos rins, a não ser que também tenham algum dos problemas listados acima.
Para saber mais sobre a insuficiência renal, leia:
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
O QUE É HEMODIÁLISE

Sintomas da dor no rim

A dor no rim tem características próprias dependendo da doença responsável pelo seu aparecimento. Além da dor em si, os sintomas associados ajudam muito no esclarecimento da causa.
Exemplos:
- A dor do cálculo renal, chamada de cólica renal, é uma excruciante dor lombar unilateral, talvez a pior dor que o paciente já tenha sentido na vida. Ela surge repentinamente, vai piorando ao longo das próximas horas e não melhora com nada, deixando o paciente extremamente inquieto. Não adianta levantar, deitar, sentar, curvar-se, massagear as costas…  nada funciona! O paciente fica “enlouquecido” com a dor.  É comum haver vômitos e presença de sangue na urina (leia: URINA COM SANGUE | Hematúria). A dor do cálculo renal pode irradiar para flancos ou para região da virilha.
- A dor da infecção dos rins, chamada pielonefrite, é uma dor lombar unilateral que geralmente vem associada à febre, calafrios, queda do estado geral, náuseas e vômitos. A dor lombar não tem a ver com posição do tronco ou movimentos da coluna. Sentar, deitar ou levantar não interferem com a dor. Porém, leves socos na região lombar podem agravar a dor, sendo esta uma manobra que os médicos usam durante o exame físico.
- A dor lombar dos pacientes com rins policísticos é mais difícil de ser distinguida. Além dela poder ter características semelhantes às das dores de coluna, como agravamento ao andar ou após movimentos do tronco, se o rim for muito grande, ele próprio pode causar sobrecarga dos músculos e ligamentos da coluna lombar, levando à lombalgia crônica.
Pacientes com rins policísticos podem ter dor renal devido a várias causas, incluindo aumento do tamanho dos cistos, rotura ou sangramento de um cisto, infecção renal, pedra nos rins, etc. Além disso, o rim policístico também pode causar dor abdominal se for muito grande (leia: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas).

Diferenças entre dor no rim e dor na coluna

O principal diagnóstico diferencial para a dor no rim é a dor de origem músculo esquelética da coluna lombar, conhecida como lombalgia. Na verdade, a maioria dos casos de dor lombar tem origem na coluna e seus ligamentos e músculos. Apenas uma pequena parte dos casos é realmente de origem renal.
A principal característica da dor doenças musculoesqueléticas da coluna é o fato desta ter características mecânicas, ou seja, é uma dor que piora com o movimento e em determinadas posições, mas costuma aliviar com o repouso.  As dores de origem musculoesqueléticas também podem causar certa rigidez, impedindo o paciente de fazer movimentos com a coluna. Outras características comuns são a irradiação da dor para a perna, podendo ir até a altura do joelho, fraqueza muscular nos pés e perda de sensibilidade em um dos membros inferiores (leia: HÉRNIA DE DISCO | Sintomas e tratamento).
As dores de coluna costumam ser quadros mais arrastados, com dores de intensidade moderada que duram meses ou até anos. Na maioria dos casos não há outros sintomas, como febre, vômitos, sangue na urina, perda de apetite, etc.
Resumindo, em geral, é fácil distinguir uma dor de origem renal de uma lombalgia musculoesqueléticas.  Não só as características da dor costumam ser bem distintas, como também os sintomas associados são completamente diferentes.


Leia o texto original no site MD.Saúde: DOR NO RIM - MD.Saúde http://www.mdsaude.com/2013/10/dor-no-rim.html#ixzz2hjAlNcTK
Reprodução do artigo autorizada sem modificações (não retire os links do texto). 

"BOLSITE" APÓS A CIRURGIA COLITE ULCERATIVA LIGADO A MUDANÇA NA EXPRESSÃO GÊNICA

'Bolsite "Após a cirurgia Colite Ulcerativa ligado a mudanças na expressão gênica



10 de outubro de 2013 - "Bolsite" desenvolver após a cirurgia para a colite ulcerosa (UC) está associada a mudanças na expressão gênica, que aumentam junto com a gravidade da doença, relata um estudo emdoenças inflamatórias intestinais , Jornal Oficial da doença de Crohn e Colite Fundação de América (CCFA). O jornal é publicado por Lippincott Williams & Wilkins, uma parte da Wolters Kluwer Health.

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"Alterações genéticas na inflamação bolsa e sobreposição doença de Crohn, o que sugere que a doença inflamatória intestinal é um espectro, ao invés de doenças distintas," de acordo com a nova pesquisa do Dr. S. Ben Shachar e seus colegas da Universidade de Tel Aviv, Israel. Eles acreditam que a ocorrência e progressão de mudanças genéticas em intestino previamente normal após a cirurgia UC fornece um modelo útil para estudar o desenvolvimento de doença inflamatória intestinal (DII).
Depois de UC cirurgia, o gene muda de expressão em pacientes com "Bolsite" Os pesquisadores analisaram as mudanças de expressão gênica em diferentes grupos de pacientes submetidos a cirurgia de "bolsa" para a UC. Neste procedimento (proctocolectomia restauradora), todo o intestino grosso é removida e uma porção do intestino delgado (íleo) é utilizado para criar um reservatório, ou bolsa, para restaurar a função do intestino.
Até um quarto dos pacientes com UC precisar de cirurgia por causa de doença incontrolável ou complicações. A cirurgia é eficaz, mas tem uma taxa substancial de complicações - especialmente o desenvolvimento de inflamação na bolsa criada recentemente, denominada bolsite.
Por definição, o intestino delgado é normal na UC - em contraste com a doença de Crohn (CD), que pode afectar qualquer parte do tracto gastrointestinal. O desenvolvimento da UC após a cirurgia bolsite, portanto, fornece uma oportunidade para estudar os acontecimentos moleculares "" associados com o desenvolvimento de IBD no tecido previamente normal.
Os pesquisadores não encontraram mudanças significativas na expressão gênica em amostras normais de íleo de pacientes com UC. Em contraste, nos pacientes submetidos a cirurgia de UC, cerca de 170 mudanças significativas na expressão de genes foram encontrados nas amostras de tecido da bolsa criada cirurgicamente - embora o tecido ainda parecia normal.
Em pacientes que desenvolveram inflamação e outros sinais de bolsite, o número de anormalidades genéticas aumentada para cerca de 500. Para aqueles que progrediram para desenvolver "Crohn's-like" alterações da bolsa de tecido, o número de anormalidades genéticas aumentaram para mais de 1.000.Assim como a gravidade da doença de bolsa aumentado, assim como o número de mudanças na expressão de genes.
Sobreposição de alterações genéticas ligadas ao aumento da inflamação Os tipos de alterações de expressão gênica sobrepunham significativamente entre os grupos. As alterações envolvido genes envolvidos em uma ampla gama de processos inflamatórios, incluindo respostas a estímulos químicos, vários processos metabólicos e sistema imunitário, e as vias relacionadas com certos tipos de infecções. A ligação a processos infecciosos pode ajudar a explicar por que IBD e pouchitis costumam responder bem ao tratamento com antibióticos.
Como o número e extensão das mudanças de expressão gênica construir-se como pouchitis avança, "clusterização" estudos moleculares pode ser uma parte útil de avaliação clínica para IBD, de acordo com o Dr. Shachar e co-autores. Os resultados também sugerem que pouchitis - especialmente mudanças Crohn's semelhantes - pode não ser uma doença diferente separado ", mas sim o fim do espectro IBD".
Talvez o mais importante, o desenvolvimento de bolsite pode proporcionar um modelo único para a compreensão de como o IBD desenvolve e progride. Dr Shachar e seus colegas escrevem, "Sugerimos que a bolsa pode servir para o estudo do início de DII em humanos, com os objetivos finais de alfaiataria intervenção e elaboração de estratégias de prevenção."
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Notícia:
A história acima é baseada em materiais fornecidos pelaWolters Kluwer Health: Lippincott Williams & Wilkins .
Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Jornal de referência :
  1. Shay Ben-Shachar, Henit Yanai, Liran Baram, Hofit Elad, El-Hanã Meirovithz, Amos Ofer, Eli Brazowski, Hagit Tulchinsky, Metsada Pasmanik-Chor, Iris Dotan. perfis de expressão gênica de Doença Inflamatória Intestinal ileal Correlacionar com fenótipo da doença e avançar na compreensão de sua imunopatogênese . doenças inflamatórias intestinais , 2013;: 1 DOI:10.1097/01.MIB.0000437045.26036.00
 APA

 MLA
Wolters Kluwer Health: Lippincott Williams & Wilkins (2013, 10 de Outubro). 'Bolsite' após a cirurgia colite ulcerosa associada a alterações na expressão de genes. ScienceDaily . Página visitada em 14 de outubro de 2013 a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.

PICADA DE ABELHAS E VESPAS

PICADA DE ABELHA E VESPA

Ser picado por uma abelha, vespa ou marimbondo é um evento muito doloroso e assustador, mas na maioria dos casos não provoca complicações mais graves. A picada da abelha é incômoda e dolorosa, mas não evolui além disso. A exceção ocorre nos pacientes que são alérgicos ao veneno das Hymenoptera, ordem que engloba as famílias das abelhas e vespas.
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Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre as picadas de abelha:
  • Biologia das abelhas e vespas.
  • Sintomas da picada de abelha ou vespas.
  • Alergia à picada de abelha.
  • O que fazer quando se é picado por uma abelha.

Biologia das abelhas e vespas

Antes de falarmos das picadas das abelhas, vale a pena uma rápida revisão da biologia das abelhas e vespas. Esta parte está bem resumida e simplificada, não se assuste.
Abelhas e vespas
A ordem Hymenoptera é um dos maiores grupos dentre os insetos, englobando as diversas famílias de abelhas, vespas e formigas. Só para se ter uma ideia, existem mais de 10 mil espécies de abelhas e mais de 25 mil espécies de vespas. Por exemplo, a mamangava é uma espécie de abelha grande, que possui corpo escurecido e parecido com um besouro. Já marimbondo é o nome dado às espécies maiores de vespas, geralmente com o corpo de cor mais escurecida.
Obviamente, não vamos perder tempo discutindo as diferenças biológicas e geográficas de cada uma das espécies da ordem Hymenoptera, pois isso é irrelevante para o objetivo deste artigo.
A maioria das espécies de abelhas e vespas são animais dóceis que não costumam ferroar o ser humano, a não ser que se sintam atacadas.  Ter uma abelha ao seu redor não representa perigo, a não ser que você tente acertá-la ou a esmague acidentalmente contra a sua pele. As abelhas não costumam atacar sem motivo. Em geral, abelhas e vespas longes de suas colmeias não apresentam comportamento agressivo e oferecem pouco perigo aos seres humanos. E mesmo próximo a suas colmeias, a maioria das abelhas não é agressiva.
Há, entretanto, exceções. Algumas poucas espécies, como as abelhas africanas,  são muito sensíveis e podem atacar o ser humano, caso elas sintam que a sua presença põe em risco a sua colmeia. Barulhos e movimentos bruscos podem irritá-las e causar ataques de várias abelhas ao mesmo tempo.
Na prática, a maioria das picadas de abelhas ou vespas ocorre de forma isolada por um único inseto, geralmente uma abelha trabalhadora que se encontra afastada de sua colônia. A picada ocorre quando o inseto insere na pele o seu ferrão como forma de defesa ao se sentir atacado.
As vespas e abelhas que picam são sempre as fêmeas, pois os machos não possuem ferrão. Existem dois padrões de utilização do ferrão: algumas espécies, como as abelhas comuns, sofrem auto-amputação, ou seja, quando atacam, perdem o ferrão e parte das estruturas abdominais, o que as leva à morte. Há espécies, porém, que não sofrem auto-amputação e podem ferroar uma mesma vítima mais de uma vez. A quantidade de veneno injetada costuma ser maior nas espécies que perdem o ferrão.

Sintomas da picada de abelha e vespas

Após a ferroada, o paciente sente uma intensa dor e uma pequena inflamação da região afetada. O local ferroado fica avermelhando e inchado. A lesão costuma ter entre 1,0 e 5,0 cm de diâmetro e desaparece após algumas horas. Na maioria dos casos, a dor e o inchaço desaparecem em no máximo um ou dois dias.
Em 10% dos casos o paciente desenvolve uma reação maior às picadas, com intensa dor e inchaços que podem chegar a 10 cm de diâmetro e demoram até 10 dias para desaparecer. Este tipo de reação não significa que o paciente tenha alergia ao veneno das abelhas.
As picadas isoladas não costumam causar maiores problemas na maioria dos casos. Porém, nos casos de múltiplas picadas por várias abelhas ao mesmo tempo, a quantidade de veneno injetada pode ser grande, levando a sintomas como diarreia, vômitos, dor de cabeça, febre, prostração e confusão mental.
Para haver risco de morte, são, habitualmente, necessárias centenas de ferroadas para que haja inoculação de quantidades letais de veneno. Nestes casos, complicações pela ação do veneno podem surgir, como hemólise (destruição das células do sangue), arritmias cardíacas, insuficiência renal e rabdomiólise (destruição das células dos músculos).

Alergia à picada de abelha

O grande perigo das picadas de abelhas e vespas é a reação alérgica, chamada anafilaxia ou choque anafilático (leia: CHOQUE ANAFILÁTICO | Causas e sintomas). A anafilaxia pode ocorrer após uma única picada de abelha. Cerca de 3% da população é alérgica ao veneno da abelhas e podem desenvolver reações anafiláticas após ferroadas.
Os sinais de reação alérgica grave à picada de abelhas ou vespas surgem rapidamente após a ferroada, geralmente em apenas 5 minutos.  Os sintomas de reação alérgica são: urticárias (leia: URTICÁRIA | Sintomas e tratamento), angioedema (inchaço dos lábios e olhos), hipotensão, vômitos, rouquidão, dificuldade respiratória, desorientação e perda da consciência.
A anafilaxia geralmente surge após uma segunda picada de abelha em pessoas que desenvolveram reações alérgicas quando picados pela primeira vez.  Porém, o choque anafilático pode surgir mesmo em quem nunca havia sido picado por abelhas antes.
Se você foi picado por abelha ou vespa e desenvolveu sintomas que foram além de um simples inchaço local, principalmente se tiver tido urticária angioedema ou crises de asma, procure um médico imunoalergista para investigar a possibilidade de você ser alérgico à picada de abelha. O risco de reação anafilática em uma segunda picada é muito alto.

O que fazer quando se é picado por uma abelha

No casos das abelhas e vespas que sofrem auto-amputação, a primeiro ato do paciente deve ser a retirada imediata do ferrão da pele, pois ele permanece injetando veneno ainda por 1 ou 2 minutos. Cuidado para não espremer a pequena bolsa que vem junto ao ferrão, pois  é ela que contém o veneno.  O ferrão pode ser retirado raspando as unhas na pele ou qualquer objeto rígido, como uma faca ou cartão de crédito.
Mesmo que você não consiga remover o ferrão imediatamente, a tempo de impedir a entrada de todo o veneno, o mesmo deve ser retirado assim que possível, pois a sua simples presença pode causar reação inflamatória da pele. Neste caso, como já não há mais veneno na bolsa, não é preciso tanto cuidado na sua remoção, podendo esta ser feita com os dedos ou com uma pinça.
Uma vez removido o ferrão, o tratamento da picada de abelha é simples. Lave a pele com água e sabão e aplique compressas frias ou gelo local.  Se a dor estiver incomodando, um analgésico simples pode ser utilizado. Se houver intensa coceira, um anti-histamínico ajuda a aliviá-la. Não é preciso passar pomadas nem outras substâncias, como pasta de dente, borra de café, manteiga, etc. Nada disso melhora e ainda pode causar infecção da ferida. A dor e o inchaço da picada somem espontaneamente após algumas horas.
Nos casos de reação local mais intensa, pomadas à base de corticoides e/ou corticoides por via oral, como prednisona, podem ser prescritos para aliviar o inchaço (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | efeitos colaterais). Anti-inflamatórios e anti-histamínicos também são úteis. Se a lesão da picada estiver piorando ao longo dos primeiros um ou dois dias, procure ajuda médica.
Nos casos de reação alérgica, caracterizadas principalmente pelo aparecimento de urticária ou angioedema, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível a um serviço de emergência.  Nos caso de anafilaxia, o tratamento é feito com injeção intramuscular de adrenalina.


Leia o texto original no site MD.Saúde: PICADA DE ABELHA E VESPA - MD.Saúde http://www.mdsaude.com/2013/10/picada-de-abelha.html#ixzz2hj5kJicA
Reprodução do artigo autorizada sem modificações (não retire os links do texto).