quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FIBRILAÇÃO ATRIAL


FIBRILAÇÃO ATRIAL

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 23 de setembro de 2012 | 22:43

A fibrilação atrial (chamada de fibrilhação auricular em Portugal) é uma arritmia cardíaca muito comum, que habitualmente provoca batimentos cardíacos acelerados e irregulares.

Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre a fibrilação atrial:
  • O que é o átrio.
  • O que é uma arritmia cardíaca.
  • O que é a fibrilação atrial.
  • Causas da fibrilação atrial.
  • Sintomas da fibrilação atrial.
  • Perigos da fibrilação atrial.
  • Tipos de fibrilação atrial.
  • Tratamento da fibrilação atrial.
Para ler um resumo sobre as arritmias cardíacas mais comuns, visite o link:  PALPITAÇÕES, TAQUICARDIA E ARRITMIAS CARDÍACAS.

Obs: o flutter atrial é um processo muito parecido com a fibrilação atrial. Em boa parte, as informações contidas neste texto também servem para ambas as arritmias.

Átrio do coração

Vamos fazer aqui uma breve revisão da anatomia do coração para que possamos entender melhor o que é a fibrilação atrial (FA).

O nosso coração possui 4 câmaras ou cavidades: átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio direito e ventrículo direito. O lado esquerdo do coração, composto pelo átrio e pelo ventrículo esquerdo, não tem comunicação com o lado direito do coração, composto pelo átrio e pelo ventrículo direito.

O sangue chega ao coração pela veia cava que desemboca no átrio direito (setas azuis). Quando o átrio está cheio, ele se contrai e empurra o sangue para o ventrículo direito. Quando ventrículo se enche, ele também se contrai, bombeando sangue em direção às artérias pulmonares. O sangue passa, então, pelos pulmões, recebe oxigênio e volta para o coração, chegando ao átrio esquerdo (setas vermelhas). Novamente, quando o átrio se enche, ele se contrai e empurra o sangue para o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo quando cheio, bombeia o sangue para artéria aorta, de onde será distribuído para o resto do corpo. Depois de percorrer todo o organismo, o sangue volta ao coração pela veia cava, reiniciando o ciclo.

O que é uma arritmia cardíaca?

Todo esse processo de contração cardíaca e bombeamento do sangue é finamente sincronizado, de modo a que cada evento descrito ocorra com um intervalo de apenas centésimos de segundo. A contração cardíaca é controlada por leves impulsos elétricos gerados por uma estrutura chamada nodo sinusal, localizada no ápice do átrio direito, composta por células capazes de gerar atividade elétrica. Se você quiser entender melhor como funciona a atividade elétrica cardíaca, leia: EXAME ELETROCARDIOGRAMA (ECG).

As arritmias cardíacas são distúrbios que surgem quando há um problema na geração ou na distribuição destes impulsos elétricos pelo coração, fazendo com que a contração das cavidades cardíacas percam esse sincronismo descrito há pouco.

O que é a fibrilação atrial?

Habitualmente, os impulsos elétricos cardíacos são gerados unicamente pelo nodo sinusal, estimulando a contração primeiro do átrio direito, depois do átrio esquerdo e, por último, dos ventrículos. Um único impulso elétrico demora 0,19 segundo para percorrer todo o coração.

Durante uma atividade cardíaca normal, o nodo sinusal dispara impulsos elétricos de forma ritmada, com um intervalo mínimo entre cada novo impulso. Não adianta o coração gerar dois ou mais impulsos elétricos simultâneos, pois o músculo cardíaco precisa de alguns décimos de segundo para se recuperar e poder contrair novamente.

A fibrilação atrial é um arritmia causada pelos surgimento de mais de um ponto nos átrios capaz de disparar impulsos elétricos. Quando há vários impulsos elétricos sendo disparados simultaneamente, de forma caótica, os músculos dos átrios passam a receber várias ordens de contração ao mesmo tempo, sem tempo de descanso, o que acaba por criar o que chamamos de fibrilação atrial. Nesta arritmia, o átrio passa a fazer curtas, sucessivas e ineficazes contrações. Visualmente eles parecem estar tremendo, como se estivessem levando um choque elétrico ou tendo uma convulsão. O átrio normal bate entre 60 e 100 vezes por minuto, que é a frequência cardíaca normal. Na fibrilação atrial ele chega a fazer até 600 contrações (curtas e ineficazes) por minuto.

Por sorte, esses impulsos elétricos caóticos não conseguem chegar aos ventrículos, pois eles obrigatoriamente tem que passar por uma estrutura chamada nodo átrio ventricular (nodo AV). Esta estrutura, localizada na fronteira entre os átrios e os ventrículos, é capaz de filtrar as centenas de impulsos caóticas que chegam, permitindo a passagem de apenas 100 a 170 impulsos por minuto (o que provoca uma frequência cardíaca de 100 a 170 batimento por minuto). O paciente fica com o coração acelerado, mas ao contrário do que ocorre no átrio, há um intervalo mínimo entre um impulso e outro para que os ventrículos mantenham sua capacidade de contração intacta.

Como o átrio em fibrilação não se contrai adequadamente, a passagem de sangue para o ventrículo fica prejudicada e não ocorre de forma linear. O sangue acaba criando um turbilhonamento dentro do átrio, fazendo com que parte dele fique represada, o que favorece a formação de coágulos (explicarei as consequências destes coágulos mais à frente).

Causas da fibrilação atrial

A idade é um dos fatores de risco mais importantes, sendo a fibrilação atrial uma arritmia muito comum em idosos. Em mais de 70% dos casos de FA o paciente tem mais 65 anos. Apenas 0,1% da população abaixo dos 55 anos tem fibrilação atrial.

Além da idade, outro importante fator de risco é a presença de doenças cardíacas; hipertensão arterial e doença coronariana são as duas mais importantes. O paciente hipertenso de longa data costuma ter os átrios dilatados, o que favorece a desregulação do sistema elétrico cardíaco. Já o paciente com doença coronariana pode apresentar um isquemia das células que geram e conduzem os impulsos elétricos, favorecendo o aparecimento de arritmias.

Para ler sobre hipertensão e doença coronariana:
HIPERTENSÃO ARTERIAL | Sintomas e tratamento
SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Também são fatores de risco para o desenvolvimento da fibrilação atrial:

- Insuficiência cardíaca (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA | Causas e sintomas).
- Doenças das válvulas do coração.
- Hipertireoidismo (leia: HIPERTIREOIDISMO | Sintomas e tratamento).
- Consumo excessivo de álcool (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL | Tratamento do alcoolismo).
- Apneia do sono.
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (leia: DPOC | Enfisema pulmonar e bronquite crônica).
- Infecções agudas.
- Embolia pulmonar (leia: EMBOLIA PULMONAR | Sintomas e tratamento).
- Drogas e medicamentos.
- Consumo excessivo e cafeína.
 
Sintomas da fibrilação atrial

Se a fibrilação atrial não provocar uma aceleração importante dos batimentos cardíacos, chamada taquicardia, ela pode até passar despercebida. Na maioria dos casos, porém, a fibrilação atrial costuma vir acompanhada de frequências cardíacas ao redor de 120-130 batimentos por minutos, o que provoca sintomas, como palpitações, desconforto no peito, tonturas, cansaço e/ou falta de ar.

Um achado típico da FA é um coração acelerado, acima das 100 pulsações por minutos associado a um ritmo de batimento totalmente irregular.

Se você sente palpitações ou qualquer um dos sintomas de fibrilação atrial citados acima, coloque o dedo no próprio pulso para avaliar os seus batimentos cardíacos. O coração normal bate de modo regular, com intervalos de tempo iguais entre cada batimento. A frequência cardíaca encontra-se habitualmente entre 60 e 100 batimos por minuto.

Um coração com ritmo regular bate com o seguinte padrão:
tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.....tum.

Já um coração com fibrilação atrial tem um ritmo irregular, algo mais ou menos assim:
tum...tum....tum.tum.tum...........tum..tum....tum...tum.tum.tum.tum..........tum....tum......tum.tum...tum.

Pacientes mais idosos, com o coração já enfraquecido, podem não tolerar a taquicardia que a fibrilação atrial produz, que em alguns casos ultrapassa os 150 batimentos por minutos, apresentando queda da pressão arterial, falta ar importante e/ou intenso mal estar.  Se o paciente já tiver doença isquêmica do coração, a taquicardia pode agravar a isquemia, provocando um quadro de angina de peito ou até infarto do miocárdio.

AVC provocado por Fibrilação atrial
Êmbolo cardíaco provocando AVC
Complicações da fibrilação atrial

O grande problema da fibrilação atrial é o aumento do risco de AVC (derrame cerebral). Como o átrio não se contrai adequadamente, o sangue pode criar uma espécie de turbilhonamento dentro do mesmo, o que favorece o aparecimento de coágulos.

Se um destes coágulos formados sair do átrio esquerdo, ele será lançado diretamente para algum ponto do corpo (coágulos lançados na circulação são chamados de êmbolos).

Se este êmbolo saído do coração subir em direção ao cérebro, assim que alcançar uma artéria mais fininha, ele ficará impactado, obstruindo imediatamente a chegada de sangue por esta artéria, provocando, assim, uma isquemia em parte do cérebro (veja a ilustação ao lado).

O êmbolo pode também ir para outros pontos do corpo, podendo provocar trombose e isquemia nos olhos, rins, intestinos, coluna ou até nos dedos dos pés, caso o êmbolo seja bem pequeno e consiga viajar até as extremidades do corpo sem impactar antes.

Tipos de fibrilação atrial

A fibrilação atrial é classificada de 4 modos:  recém diagnosticada, paroxística, persistente ou permanente.

a. Fibrilação atrial recém diagnosticada: toda FA quando é detectada pela primeira vez é classificada como recém diagnosticada. Em algumas situações, baseado nos sintomas de palpitação, é possível determinar o momento exato do seu início. Porém, há casos de fibrilação atrial assintomáticos, fazendo com que muitos pacientes tenham a arritmia e não saibam. Estes casos geralmente são descobertos acidentalmente durante um exame médico de rotina.

b. Fibrilação atrial paroxística: são pacientes com episódios de FA recorrentes e de curta duração. Habitualmente o paciente apresenta pelo menos 2 episódios por semana, com duração de menos de 24 horas e resolução espontânea do quadro.

c. Fibrilação atrial persistente: são os casos de FA que não desaparecem espontaneamente e precisam ser tratados com drogas antiarrítimicas ou cardioversão elétrica para serem revertidos (explico a seguir na parte de tratamento).

d. Fibrilação atrial permanente: são os casos de FA que duram mais de um ano e não desaparecem espontaneamente nem com tratamento médico.

Diagnóstico da fibrilação atrial

O diagnóstico da fibrilação atrial é feito facilmente através do eletrocardiograma (leia: EXAME ELETROCARDIOGRAMA (ECG)). Em casos de fibrilação atrial paroxística, um exame chamado Holter pode ser necessário. Neste exame o paciente fica com um aparelho de eletrocardiograma acoplado em seu corpo por 24 a 48 horas, sendo possível detectar o surgimento de curtos períodos de FA ao londo deste intervalo de tempo.

O ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) também é capaz de detectar a fibrilação atrial. Sua grande vantagem é poder também avaliar o tamanho dos ventrículos e dos átrios. Pacientes com coração muito dilatado geralmente não respondem bem aos tratamentos que visam reverter a FA.

Tratamento da fibrilação atrial

O tratamento da fibrilação atrial pode ter 3 linhas de ação:
1- Reverter a fibrilação
2- Não reverter a fibrilação mas controlar a frequência cardíaca.
3- Impedir a formação de coágulos dentro dos átrios.

Cardioversão

A cardioversão é o termo usado para a reversão da fibrilação atrial. A cardioversão elétrica é realizada com um aparelho que provoca choques, parecido com o que é feito em alguns casos de parada cardíaca. A cardioversão elétrica só é geralmente feita em casos mais graves, quando o paciente encontra-se com hipotensão ou risco de infarto agudo do miocárdio. A cardioversão farmacológica é aquela que é obtida com uso de drogas antiarrítmicas por via venosa.

A cardioversão, seja elétrica ou farmacológica, está indicada nos casos de FA de início recente, quando o risco de haver coágulos formados no átrio esquerdo é baixo.  Todavia, se o paciente for idoso e já tiver um coração muito grande ou doente, a taxa de sucesso da cardioversão é muito baixa, não sendo indicada a sua realização. A cardioversão funciona melhor em pacientes não tão idosos e com coração ainda saudável.

O grande risco da cardioversão é a embolização de um coágulo para o cérebro no momento em que o átrio volta a se contrair normalmente. Nos casos de FA com mais de 24 horas,  o ideal é tratar o paciente com anticoagulantes por pelo menos 3 semanas antes da cardioversão, para minimizar o risco de embolização. Uma alternativa é  fazer um ecocardiograma através do esôfago para procurar por coágulos no átrio esquerdo. Se não houver coágulos visíveis, a cardioversão pode ser feita mesmo que o paciente não tenha tomado anticoagulantes por pelo menos 3 semanas.

Controle da frequência cardíaca

Em casos de fibrilação atrial de longa duração ou nos pacientes idosos, com coração já muito doente, a cardioversão não costuma ser usada, pois sua taxa de sucesso é baixa. Nestes casos, o tratamento visa apenas controlar a frequência cardíaca. Como a maioria dos sintomas da FA são por causa da taquicardia, quando mantemos o paciente com frequências abaixo de 100 batimentos por minuto, a sua fibrilação atrial torna-se assintomática.

O controle da frequência cardíaca é alcançado com medicamentos. Os mais usados são a amiodarona, propafenona, digoxina, diltiazem, verapamil ou metoprolol.

Anticoagulação

Todo paciente com fibrilação atrial deve ser medicado com drogas anticoagulantes, para impedir a formação de coágulos no átrio esquerdo. A medicação mais usada é a Varfarina (leia: VARFARINA (Marevan,Varfine, Coumadin)). O grande problema da Varfarina é o risco de hemorragias e a necessidade de fazer exames de sangue frequentemente para controlar o seu nível sanguíneo.

Recentemente forma lançadas no mercado três novas drogas que são boas alternativas à Varfarina por não precisarem de controle com exames de sangue. São elas: Dabigatrana, Apixabana e Rivaroxabana.

Nos pacientes muito idosos ou que tenham dificuldades de controlar seus próprios remédios, o uso de anticoagulantes pode ser perigoso, pois o risco de hemorragia é alto. Nestes casos, o médico pode optar por apenas prescrever drogas que inibam as plaquetas, como a aspirina.  A prevenção dos coágulos não tão eficaz, mas o risco de hemorragias é muito mais baixo.


Leia o texto original no site MD.Saúde: FIBRILAÇÃO ATRIAL http://www.mdsaude.com/2012/09/fibrilacao-atrial.html#ixzz27hWl3nj2

MEDULA ÓSSEA GUARDA SEGREDOS PARA O TRATAMENTO DA COLITE E DOENÇA DE CHOHN


Medula Óssea guarda segredos para o tratamento da colite e doença de Crohn

ScienceDaily (24 de setembro de 2012) - Michigan State University pesquisadores têm segredos desbloqueados na medula óssea que pode levar a melhores tratamentos para a doença de Crohn e colite.
Os resultados, apresentados na edição atual da Proceedings, da Academia Nacional das Ciências , mostra que a devastação doenças inflamatórias intestinais provoca sobre o trato digestivo é espelhado na medula óssea. As primeiras indicações mostram também que os distúrbios do intestino poderiam ser tratados através da medula óssea, disse Pam Fraker, MSU professor universitário emérito de bioquímica e biologia molecular.
"É possível que se poderia reduzir a capacidade da medula óssea de produzir células inflamatórias que poderia reduzir a gravidade da colite e doença de Crohn", disse Fraker, que co-autor do estudo com os colegas MSU Laura McCabe, professor de fisiologia e de radiologia, e Mark Trottier, especialista em pesquisa. "Isto pode limitar os danos que a doença causa e reduzir o número de pacientes que necessitam de cirurgia."
Colite e doença de Crohn afeta mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos, incluindo um número crescente de crianças. Não existem tratamentos preventivos, no entanto, os esteróides são frequentemente prescritos para reduzir a dor das doenças 'e inflamação. O efeito secundário deste curso é o dano de tecido, o que poderia levar a cirurgia e as complicações adicionais.
Assistindo a um jovem paciente sofrer com a dor da colite grave reforçado necessidade Fraker para pesquisar esta doença devastadora.
"Ela estava muito frágil, doente, viciado em drogas para anestesiar a dor e teve várias cirurgias intestinais, sem sucesso", disse Fraker. "Isso se tornou um motivador enorme para mim como foi para casa como ajuda real pouco está disponível para esses pacientes."
Fraker focada na medula óssea, que é um tecido grande, altamente activo e responsivo. Quando a colite foi induzida em ratos, ela se surpreendeu com as mudanças significativas e rápidas que ocorreram em sua medula óssea. Os sintomas de colite, tais como inchaço, anemia e aumentos pouco saudáveis ​​em monócitos e neutrófilos, (células que combatem a infecção, mas exacerbar o inchamento excessivo no intestino) foram reflectidos na medula óssea.
Reações da medula óssea, na verdade atiçar as chamas das doenças inflamatórias intestinais, em vez de ajudar a curá-lo.Quando amps de medula óssea até a produção de monócitos e neutrófilos, fá-lo à custa de tornar os linfócitos e células vermelhas do sangue, as chaves para a defesa imunológica.
A pesquisa foi financiada em parte pela Fundação de Crohn e Colite.
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Fonte da história:
A história acima é reproduzida a partir de materiaisfornecidos pela Michigan State University .
Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

 APA

 MLA
Michigan State University (2012, 24 de setembro). A medula óssea mantém segredos para o tratamento. Colite e doença de CrohnScienceDaily . Retirado 27 de setembro, 2012, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.
Disclaimer : Este artigo não pretende fornecer aconselhamento médico, diagnóstico ou tratamento. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente os da ScienceDaily ou sua equipe.

FASCITE PLANTAR


FASCITE PLANTAR

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 26 de setembro de 2012 | 21:57


A fascite plantar (fasceíte plantar em Portugal) é uma das causas mais comuns de dor nos pés, sendo provocada pela inflamação da fáscia plantar, uma espécie de ligamento localizado na sola do pé.

Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre a fascite plantar:
  • O que é fáscia plantar.
  • O que é a fascite plantar.
  • Causas da fascite plantar.
  • Sintomas da fascite plantar.
  • Diagnóstico da fascite plantar.
  • Tratamento da fascite plantar.
O que a fáscia plantar

Fascite plantar
A fáscia plantar, também chamada de aponeurose plantar, é um ligamento que corre ao longo da parte inferior do pé, conhecida como sola ou planta do pé. A fáscia plantar é uma faixa de tecido espesso, intimamente ligada à pele e com propriedades elásticas, capaz de se esticar ligeiramente conforme a movimentação dos pés. Este tecido recobre toda base do pé, estendendo-se desde o osso do calcanhar, chamado osso calcâneo, até a ponta do pés, local onde se divide em cinco ramos, um para cada dedo.

A fáscia plantar age como um elástico. Ela cria uma tensão de modo a manter o pé sempre levemente arqueado. Quando andamos, no momento em que levantamos o calcanhar do chão e ficamos apenas com a ponta dos pés encostada ao solo, a fáscia plantar age como uma espécie de guincho, diminuído pressão que os dedos sofrem ao receber grande parte do peso do corpo.

O que é a fascite plantar 

A fascite plantar é uma inflamação da fáscia plantar. Habitualmente, o local onde há maior inflamação da fáscia é próximo à sua ligação com o osso calcâneo.

Causas de fascite plantar

A fascite plantar surge após repetitivos estresses na região da planta dos pés, causados normalmente por tensão e esgarçamento da fáscia plantar, que levam a micro traumas neste tecido e, consequentemente, inflamação da área lesionada.

A fascite plantar ocorre habitualmente em pessoas entre 40 e 60 anos, que ao longo de sua vida tiveram atividades ou problemas que provocaram repetido estresse sobre a fáscia plantar, como por exemplo:
  • Obesidade(leia: OBESIDADE | Síndrome metabólica).
  • Pé chato.
  • Pé cavo.
  • Trabalhar muito tempo em pé, como seguranças, professores, cirurgiões, trabalhadores de fábrica, etc.
  • Uso excessivo de salto alto.
  • Uso de calçados pouco apropriados para os pés, como sapatos apertados, largos ou velhos.
  • Alterações da marcha, como pisar com o pé torto, principalmente com a parte de dentro dos pés.
A fascite plantar também é muito comum em pessoas que praticam determinadas atividades, como corridas, ballet, levantamento de peso e dança. Caminhada sem tênis adequado também pode causar estresse sobre a sola dos pés e levar à lesão da fáscia plantar. Estas atividades podem provocar o aparecimento precoce da fascite plantar, antes dos 40 anos.

Obs: esporão do calcâneo não é atualmente considerado uma causa de fascite plantar.

Sintomas da fascite plantar

O sintoma mais comum da fascite plantar é a dor, tipo pontada, na planta do pé, especialmente na região logo abaixo do calcanhar. A dor é tipicamente pior durante os primeiros passos, como ao sair da cama de manhã ou levantar-se depois de estar sentado por algum tempo. A dor da fascite plantar costuma acometer apenas um dos pés, apesar de não ser impossível ter a lesão em ambos os pés ao mesmo tempo.

A dor pode ser agravada por andar descalço em superfícies duras ou subir escadas. Em atletas, ela pode ser particularmente agravada pela corrida. Profissionais que permanecem em pé por muito tempo costumam se queixar de piora do quadro ao final do dia.

Um elemento importante na história clínica é o período que antecede o início da fascite plantar. Os pacientes podem relatar que antes do aparecimento da dor haviam aumentado a quantidade das atividades físicas, mudado o tipo de calçado habitual ou sofrido algum trauma no pé.

Diagnóstico da fascite plantar

O diagnóstico pode ser feito através da história clínica do paciente e do exame físico dos pés. O médico irá procurar por sinais de lesão nos pés, pontos dolorosos e alterações anatômicas, como pé chato.

Em caso de dúvida, a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico. A radiografia do pé é geralmente solicitada quando queremos descartar outras causar para a dor.

Tratamento da fascite plantar

O tratamento é inicialmente feito de forma conservadora, com repouso e gelo local. Outros tratamentos para fascite plantar  incluem:

- Fisioterapia, com execícios e alongamentos específicos para os pés e panturrilhas
- Calçados com palmilhas especiais. São importantes para quem trabalha muito tempo em pé.
- Em alguns casos, o uso por poucos dias de um anti-inflamatório pode ser necessário para controlar a dor (leia: ANTI-INFLAMATÓRIOS | Ação e efeitos colaterais).
- O uso de talas noturnas também é uma opção.
- Pessoas com excesso de peso devem emagrecer.

Injeções de corticoides no calcanhar pode ser utilizada nos casos em que não há resposta satisfatória ao tratamento conservador (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | efeitos colaterais).

Em geral, mais de 80% dos pacientes respondem a esses tratamentos. A cirurgia é última opção, sendo  raramente necessária.


Leia o texto original no site MD.Saúde: FASCITE PLANTAR http://www.mdsaude.com/2012/09/fascite-plantar.html#ixzz27hQgNSie

NOVOS DADOS SOBRE FUNCIONALIDADE DE PROTEÍNA NA FIBROSE CÍSTICA


Novos dados sobre funcionalidade de proteína Fibrose Cística

ScienceDaily (26 de setembro, 2012) - CFTR é uma importante proteína que, quando mutado, faz com que a vida em risco de fibrose cística doença genética. Um estudo realizado no The Journal of Physiology Gerais ( JGP ) detalhes de como uma descoberta acidental prestou novo entendimento sobre a funcionalidade de CFTR.
Do ponto de vista científico, a CFTR é único na medida em que é o canal de ião só conhecido - uma poro de proteínas, que permite a difusão passiva de iões através das membranas celulares - na superfamília enorme de proteínas ABC, que normalmente funcionam como transportadores activos. Como transportadores activos, proteínas ABC utilizam a energia derivada da hidrólise de ATP para mover substratos através da membrana celular contra um gradiente de concentração. Embora CFTR está equipado com os mesmos elementos estruturais, bem como a dos seus familiares ABC "irmãos", que tem sido claro se a canais de iões também funciona da mesma maneira.
Na edição de outubro de 2012 JGP , Tzyh-Chang Hwang (Universidade de Missouri-Columbia) e colegas efetivamente demonstram que o mecanismo através do qual as funções CFTR é realmente parecido com o dos transportadores ABC.Especificamente, a equipe usou um canal CFTR mutante que exibe dois diferentes estados abertos para determinar que subjaz a hidrólise de ATP do ciclismo unidirecional de CFTR através de seus estados aberto e fechado. Esse insight fornece novas evidências sobre a funcionalidade de uma proteína que desempenha um papel importante em uma doença muito prevalente humana, e continua a ser de grande interesse para os pesquisadores.
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Fonte da história:
A história acima é reproduzida a partir de materiaisfornecidos pela Rockefeller University Press , através de EurekAlert!, um serviço da AAAS.
Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Journal Referência :
  1. K.-Y. Jih, Y. Sohma, T.-C. . Hwang estequiometria Nonintegral em gating CFTR revelado por uma mutação poros forro . Jornal de Fisiologia Geral , 2012; 140 (4): 347 DOI: 10.1085/jgp.201210834
 APA

 MLA
Rockefeller University Press (2012, 26 de setembro). Novos dados sobre a funcionalidade da proteína fibrose cística. ScienceDaily .Retirado 27 de setembro, 2012, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.
Disclaimer : Este artigo não pretende fornecer aconselhamento médico, diagnóstico ou tratamento. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente os da ScienceDaily ou sua equipe.