segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FURÚNCULO / CAUSAS E TRATAMENTO

FURÚNCULO | Causas e tratamento

O furúnculo é um abscesso (coleção de pus) que se forma sob a pele quando uma bactéria infecta um folículo piloso, estrutura de onde crescem os pelos. Ao contrário da foliculite, que é uma infecção localizada e restrita ao folículo piloso, o furúnculo surge porque a infecção se alastra pelo tecido subcutâneo ao redor do folículo.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre o furúnculo:
  • O que é um furúnculo.
  • Fatores de risco e causas do furúnculo.
  • Sintomas do furúnculo.
  • Complicações do furúnculo.
  • Tratamento do furúnculo.

O que é um furúnculo

Furúnculo
O furúnculo é uma infecção de pele, em foma de abscesso, que ocorre quando há infecção do folículo piloso por uma bactéria, habitualmente, peloStaphylococcus aureus.
Em geral, a bactéria Staphylococcus aureus está presente na superfície da nossa pele e não consegue penetrá-la, a não ser haja alguma ferida. Qualquer lesão de pele, por menor que seja, pode servir como porta de entrada para bactérias, incluindo picadas de mosquitos, escoriações, feridas por laminas de barbear ou lesões causadas por agulhas.
Para saber mais sobre infecções provocadas pela bactériaStaphylococcus aureus, leia: STAPHYLOCOCCUS AUREUS | quais os riscos desta bactéria?
Os furúnculos ocorrem mais frequentemente em áreas de pelos, úmidas e mais expostas a atritos, como são as nádegas, virilhas, axilas, coxas, face e pescoço. Chamamos de furunculose quando o paciente desenvolve múltiplos e recorrentes furúnculos.
Quando mais de um folículo piloso de uma mesma região se infecta, os vários furúnculos criados podem se fundir, provocando um abscesso bem extenso, que recebe o nome de carbúnculo. Essa lesão ocorre habitualmente nas costas ou na nuca e apresenta vários pontos de drenagem.
É importante destacar que o furúnculo não é uma espinha gigante. Apesar de ambas serem infecções dos folículos pilo-sebáceos, o processo de formação da acne e a bactéria responsável pela infecção são diferentes nas duas doenças. Todavia, cabe ressaltar que, como a acne é uma lesão de pele, ela pode acabar servindo como uma porta de entrada para o Staphylococcus aureus, sendo, portanto, um fator de risco para o desenvolvimento de furúnculos.
Se você quiser saber mais sobre a formação de cravos e espinhas, leia: ACNE (CRAVOS E ESPINHAS) | Causas e tratamento

Fatores de risco para o furúnculo

Todo mundo faz, com alguma razoável frequência, pequenas lesões de pele nas regiões mais propícias à formação dos furúnculos, porém, nem todo mundo desenvolve furúnculos a toda hora. Muitas vezes, o nosso sistema imunológico é capaz de neutralizar a invasão de bactérias para o nosso tecido subcutâneo.
O risco de desenvolver furúnculos é maior em pessoas com elevada colonização de bactérias Staphylococcus aureus na pele e na região dentro das narinas, e em indivíduos com alguma deficiência do sistema imunológico. Fatores genéticos também parecem estar ligados, sendo a história familiar de furunculose um fator de risco importante. Além da predisposição genética, podemos também citar outros fatores de risco já reconhecidos para a formação de furúnculos:
- Diabetes mellitus.
- Insuficiência renal.
- Cirrose.
- Uso de drogas imunossupressoras.
- HIV positivo.
- Doenças crônicas de pele.
- Uso de drogas injetáveis.
- Obesidade.
- Idade avançada.
- Má higiene pessoal.
- Uso de roupas justas.
- Regiões úmidas com excesso de pelo.
O convívio próximo com pessoas que costumam ter furúnculos com frequência parece aumentar o risco. Partilhar roupas de cama, toalhas e roupas pessoais também elevam o risco de furunculose.

Sintomas do furúnculo

O furúnculo inicia-se geralmente como um nódulo subcutâneo inflamado, doloroso e bem avermelhado ao redor. Os furúnculos, em geral, são pequenos, sendo um pouco maiores que um grão de feijão ou ervilha.  Porém, em alguns casos, eles podem ser bem grandes, chegando a ficar maiores que uma bola de ping-pong.
Conforme a infecção vai evoluindo, dentro do folículo vão se acumulando pus e células mortas, causando um grande aumento de pressão no tecido subcutâneo. Esse aumento de pressão faz que com que surja no centro da lesão um ponto amarelado ou esbranquiçado, que é o pus sendo empurrado para fora do folículo. Em alguns casos, o acúmulo de material purulento no abscesso é tão grande que o furúnculo “estoura” sozinho, drenando espontaneamente grande quantidade de pus. Muitas vezes, porém, o furúnculo não se rompe espontaneamente, e ajuda médica é necessária para drenar o abscesso.
Foto de furúnculos
Abscessos muito volumosos e profundos podem deixar cicatrizes. Algumas lesões podem também formar pequenos buracos na pele após serem drenadas. Nas lesões maiores, uma massa de tecido morto, com formato mais moldado e pastoso, conhecida como carnegão, pode ser expelida. A retirada desse carnegão é essencial para a cura da infecção.
Na maioria dos casos, os furúnculos não provocam maiores complicações e desaparecem logo após serem drenados. Lesões pequenas podem se curar sozinhas, sem precisar de drenagem mecânica. Contudo, a presença de bactérias virulentas como o Staphylococcus aureus no tecido subcutâneo é um risco para disseminação das mesmas pela corrente sanguínea. A invasão da circulação sanguínea por bactérias é chamada de bacteremia e pode levar a quadros graves, como endocardite (leia: ENDOCARDITE| Sintomas e tratamento), sepse (leia: O QUE É SEPSE / CHOQUE SÉPTICO?), abscesso cerebral e osteomielite.
Habitualmente, a presença de um furúnculo não provoca febre nem grande comprometimento do estado geral. Quando presentes, estes sinais indicam que a infecção pode não estar mais restrita à pele e complicações podem surgir.
Um abscesso na região do cóccix, porção final da coluna, já próximo ao ânus, pode não ser um furúnculo, mas sim um cisto pilonidal (leia: CISTO PILONIDAL | Causas e cirurgia).

Tratamento do furúnculo

Não se deve nunca espremer um furúnculo. O processo de drenagem, quando indicado, tem que ser feito de forma asséptica e pouco traumática para reduzir o risco de cicatrizes esteticamente indesejáveis e evitar que novas bactérias penetrem para dentro da pele. A drenagem feita de forma equivocada pode facilitar uma nova infecção da área e a propagação de bactérias para a corrente sanguínea.
Em geral, os furúnculos se rompem espontaneamente após alguns dias. Na maioria dos casos, compressas úmidas com água quente, pelo menos 3 vezes por dia, são suficientes para acelerar a drenagem espontânea. Não utilize pomadas para tratar furúnculos por conta própria. Na maioria dos casos elas não são necessárias. A limpeza da lesão pode ser feita apenas com água e sabão neutro. Antibióticos também não costumam ser necessários.
Nos casos de grandes abscessos, que não drenam espontaneamente após alguns dias, uma pequena incisão feita pelo médico pode ser indicada para acelerar o processo de cura. A drenagem médica costuma ser feita nos casos de furúnculos que:
- Duram mais de 10 dias.
- Apresentam extensa área inflamada ao redor.
- São de grande volume (maior que  5 cm).
- Estão localizados em áreas de risco para complicação, como a face e regiões próximas da coluna vertebral.
- Provocam febre.
- São lesões múltiplas (carbúnculos).
Nestes casos, a prescrição de um antibiótico por via oral também costuma ser indicada.

PAPEL DO ANTICORPO OBSCURO EM VARIANTE NA ESCLERODERMIA

Dermatologia

Papel do Anticorpo Obscuro em Variante Esclerodermia

Publicado em: 10 de agosto de 2013
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Embora certos anticorpos foram encontradas mais frequentemente entre os pacientes com esclerodermia do que entre os controlos, o seu papel na doença permanece largamente incerto, os investigadores sugeriram.
Os anticorpos antinucleares (ANA) foram detectados em 34% dos pacientes em comparação com 11% dos controles saudáveis, enquanto os anticorpos antihistone (AHA) estavam presentes em 12% versus 2% ( P <0,001 para ambos), de acordo com Heidi Jacobe, MD , de do Southwestern Medical Center da Universidade do Texas, em Dallas, e colegas.
No entanto, nenhuma diferença na prevalência foi observada para anticorpos de DNA de fita simples (ssDNA) (8% versus 7%, P = 0,17) e não houve correlação entre a presença dos anticorpos ea atividade da doença ", ressaltando sua utilidade clínica limitada, "os pesquisadores relataram on-line em JAMA Dermatologia.
Morféia ou localizada esclerodermia , envolve a deposição de colagénio na pele, e enquanto insuficiência estética e funcional pode resultar, não é tipicamente de poucos danos nos órgãos internos.
Subtipos incluem placas, linear e morféia generalizada.
A condição é geralmente considerado para ser auto-imune, pelo menos em parte, porque anteriormente pequenos estudos tinham encontrado auto-anticorpos em alguns pacientes, mas a prevalência real e significado clínico destes anticorpos tem permanecido incerto.
Para responder a estas perguntas, Jacobe e seus colegas recrutaram 187 pacientes do Morféia em adultos e crianças de coorte e 651 controles.
Entre os 59% que tiveram a doença na idade adulta, o subtipo mais comum era morféia generalizada, enquanto entre os 41% com início na infância morféia, o subtipo linear foi dominante.
Um total de 36 dos pacientes tinham ANA títulos de 1:160 ou superior, que é tipicamente considerado clinicamente significativo.
Além disso, 46 ​​tinham doenças autoimunes concomitantes, tais como psoríase e artrite reumatóide.
Os pesquisadores também considerado se os padrões de auto-anticorpos variou entre os subtipos, e descobriram que o subtipo linear foi associada significativamente mais AHA ( P = 0,04) e nonsignificantly mais ssDNA ( P = 0,06).
Sem padrão específico foi visto para os subtipos generalizado e placa, no entanto.
"Os anticorpos testados eram de importância clínica limitada, com exceção dos pacientes com morféia linear", escreveram os pesquisadores.
Por exemplo, em pacientes com o subtipo esclerodermia linear, deficiências na função, tal como a perda de mobilidade das articulações foram associados com a presença de AHA ( P = 0,006), ou ADNcs ( P = 0,005)
Esse subtipo também foi associada com envolvimento extenso da superfície corporal na presença de ANA ( P = 0,005) ou anti-ssDNA (P = 0,01).
Em pacientes com todos os subtipos, positividade para ANA foi associada com altaspontuações da pele modificadas Rodnan , que refletem o espessamento dos tecidos cutâneos.
A freqüência da presença de auto-anticorpos nesta coorte foi menor do que em relatórios anteriores, que podem ter sido influenciados pelo encaminhamento ou viés de seleção, os pesquisadores notaram.
"No entanto, os nossos resultados confirmam que a ANA está presente com maior freqüência em títulos significativos em uma coorte morféia diversificada contra uma população controle saudável, fornecendo mais evidências para as bases auto-imunes de morféia", eles observaram.
As implicações clínicas dos resultados do estudo foram que a medição desses anticorpos é provável que seja mais útil como um meio para determinar a gravidade da doença em esclerodermia linear, e que as medições em série com o objectivo de avaliar a actividade da doença não são susceptíveis de ser útil.
E embora tenham sido detectados anticorpos Anas, AHAs e ssDNA em alguns pacientes, foi apenas em uma minoria. "Isso ressalta a necessidade de estudos para identificar biomarcadores relevantes para morféia", Jacobe e colegas concluíram.
Uma limitação do estudo foi seus números pequenos, embora tenha sido maior do que os relatórios anteriores.
Este trabalho foi apoiado pelo Instituto Nacional de Artrite e Doenças Osteomusculares e de Pele, da Universidade do Texas, e do Centro Nacional de Pesquisa de Recursos.
Os autores relataram nenhuma divulgação financeira.

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