sexta-feira, 4 de julho de 2014

CANSAÇO E EXCESSO DE SONO NA GRAVIDEZ

ARTIGO ATUALIZADO EM 03/07/2014

CANSAÇO E EXCESSO DE SONO NA GRAVIDEZ

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Um dos sintomas mais comuns da gravidez é um intenso e aparentemente inexplicável cansaço, que frequentemente vem acompanhado de sono excessivo. A gestante em seus primeiros meses de gravidez cansa-se por tudo e por nada e a cama parece sempre ser o local em que ela melhor se sente.
Mesmo as mulheres que historicamente sempre dormiram pouco, ou que eram cheias de energia, capazes de acumular múltiplas tarefas profissionais e esportivas, acabam sendo derrubadas pelo cansaço e pelo sono na gravidez. Às vezes, nem um capítulo inteiro da novela elas conseguem assistir sem cair no sono.
Para algumas mulheres, a palavra cansaço pode soar até como um eufemismo, pois o que elas realmente sentem é mais do que cansaço, é uma sensação de exaustão.
As primeiras semanas de gestação  podem ser terríveis para a futura mãe, pois além do cansaço e do sono, também são muito comuns as náuseas e os vômitos (leia:NÁUSEAS E VÔMITOS NA GRAVIDEZ).
Com o fim do primeiro trimestre, os sintomas tendem a desaparecer e a gestante volta a sentir-se bem. Porém, a fadiga volta no terceiro trimestre, momento em que o bebê já está bem grande e a grávida encontra-se, além do barrigão, com, pelo menos, 10 a 12 quilos acima do seu peso habitual.
Neste artigo vamos fazer um revisão sobre o cansaço e o sono que acometem as grávidas no primeiro e terceiro trimestres de gestação. Para saber mais sobre outros comuns sintomas de gravidez, acesse o link: 20 PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DO CANSAÇO NA GRAVIDEZ?

O cansaço e o sono excessivo surgem no primeiro trimestre, não tendo, em um primeiro momento, nada a ver com o peso do feto ou com o tamanho da barriga.
O cansaço e o sono têm origem nas alterações hormonais e fisiológicas que o corpo da mulher começa a sofrer já nas primeiras semanas de gestação. Entre os vários hormônios que se alteram na gravidez, a progesterona é o que se destaca mais. Ao longo da gestação, os níveis deste hormônio chegam a aumentar em mais de 500%. A progesterona é essencial para a manutenção da gravidez e para o desenvolvimento do feto, porém, ela provoca diversos efeitos colaterais, sendo a sensação de cansaço extremo e o sono excessivo um dos seus principais.
Sono na gravidez
Além da ação direta da progesterona no sistema nervoso central, o que provoca intenso sono na gravidez, várias alterações fisiológicas do organismo e do corpo da mulher, muitas delas também estimuladas pela própria progesterona, colaboram para o cansaço.
A grávida nas primeiras semanas, além de desenvolver o feto, precisa gerar a placenta que irá nutrir o bebê ao longo da gravidez. Esse processo demanda muito gasto de energia, fazendo com que o organismo da mulher priorize o desenvolvimento da gravidez em detrimento às suas atividades do dia-a-dia.
A demanda de oxigênio do corpo para manter uma gravidez chega a aumentar em 20%. Um dos efeitos da progesterona é estimular a área cerebral responsável pelo controle da respiração de forma a aumentar a frequência respiratória basal da gestante, compensando, assim, a maior necessidade de oxigênio do corpo.
A grávida, portanto, já respira de forma mais rápida que o habitual e usa parte do oxigênio inspirado para o desenvolvimento do feto e da placenta. Por isso, qualquer atividade física que demande um aumento ainda maior do consumo de oxigênio costuma ser tão mal tolerada, principalmente pelas mulheres que eram sedentárias antes da gravidez e têm uma capacidade cardiopulmonar abaixo da desejada.
O feto e a placenta também demandam sangue, e parte da circulação sanguínea é desviada para o novo ser em desenvolvimento. Além do desvio de sangue, os hormônios da gravidez também estimulam uma redução da pressão arterial,  provocada por vasodilatação das artérias. Logo, na gestante, há uma pressão arterial mais baixa para irrigar uma área tecidual maior que a habitual.
Além de tudo isso, a retenção de líquidos dilui o sangue, fazendo com que a grávida tenha uma anemia relativa, o que colabora ainda mais para o cansaço a para a intolerância aos esforços.

MELHORA NO 2ª TRIMESTRE E RETORNO DO CANSAÇO NO 3º TRIMESTRE

Ao final do primeiro trimestre, os níveis hormonais se estabilizam e a placenta já se encontra formada. O cansaço e o sono melhoram bastante. Muitas mulheres voltam a se sentir bem-dispostas. O segundo trimestre é conhecido como o “trimestre feliz”, pois todo aquele “desespero” das primeiras semanas costuma desaparecer.
Porém, infelizmente, o bem-estar dura pouco. Conforme o útero e a barriga começam a crescer, o peso do bebê, associado à compressão dos vasos sanguíneos da pelve e do abdômen e à restrição à movimentação do diagrama voltam a deixar a gestante fisicamente esgotada.
A gestante no terceiro trimestre é obrigada a carregar um excesso de peso. O bebê por si só pesa ao redor de 3 quilos.  Só de água corporal e líquido aminótico são mais 6 a 8 quilos. Placenta e útero juntos pesam quase 2 quilos. Portanto, uma gestante, ao final da gravidez, é obrigada a carregar cerca de 12 quilos a mais do que estava acostumada a carregar meses antes. É muito ganho de peso em um intervalo muito curto, não havendo tempo para o corpo de adaptar. Além disso, a progesterona, sempre ela, também atua nos músculos, tendões, ligamentos e articulações do corpo, alterando o seu funcionamento normal, o que predispõe a gestante a dor e lesões osteo-musculares.
Além do cansaço, o sono volta a incomodar a grávida no terceiro trimestre, desta vez não somente por ação direta da progesterona no sistema nervoso central, mas porque o imenso útero impede que a gestante tenha uma boa noite de sono. Na fase final da gravidez, dormir de barriga para cima ou para baixo é impossível e desaconselhado. A grávida precisa passar a noite de lado e tem grande dificuldade de mudar de posição durante o sono.
Para piorar, a ação direta da progesterona e a compressão da bexiga pelo útero fazem com que a grávida precise urinar a toda hora. Algumas mulheres precisam levantar mais de uma vez durante a noite para fazer xixi, interrompendo o seu já difícil sono.
Portanto, além de todo o cansaço acumulado ao longo do dia pelo excesso de peso, pelas dores, pelo xixi frequente e pela dificuldade de respirar (devido a um útero gigante que comprime o diafragma), a grávida ainda tem dificuldade de repor suas energias durante o sono noturno.

COMO ATENUAR O CANSAÇO DA GRAVIDEZ

Antes de mais nada é preciso entender que o sono e o cansaço da gravidez são, na verdade, uma forma do seu corpo lhe avisar que ele precisa de descanso e energia de sobra para desenvolver o bebê. O ponto mais importante é compreender e aceitar isso. As primeiras semanas de gravidez são mesmo para descansar ao máximo e evitar esforços desnecessários.
O sono e a exaustão duram pouca semanas e depois melhoram muito. Durante esse período, evite situações sociais ou profissionais que não sejam essenciais. Dê um descanso para o seu corpo.
O mais importante é dormir sempre que o corpo pede. Obviamente, por questões profissionais, nem sempre isso é possível. Infelizmente, vivemos em uma sociedade que pouco respeita os contratempos de uma gravidez. Se a grávida não tem um barrigão de final de gestação, é pouco provável que algum chefe vá permitir qualquer tipo de alteração nos horários ou na jornada de trabalho, por mais que a gravidez inicial esteja deixando a mulher exausta. De qualquer forma, converse com o seu chefe, veja se você consegue ao longo do dia um ou dois períodos de 15 a 20 minutos para não fazer nada e tentar tirar um cochilo. Pode parecer pouco, mas já ajuda muito.
Se não for possível dormir durante o dia, vá para a cama cedo à noite. Se você já tem filhos, peça ajuda ao marido ou a familiares. Entenda que você precisa dormir mais do que o que estava habituada antes da gravidez. A partir da 16ª semana de gravidez, dê preferência a dormir de lado, principalmente do lado esquerdo; você terá um sono mais agradável.
Evite longos períodos de jejum, pois estes podem piorar o cansaço e os enjoos, e procure se hidratar bem. Beba mais água durante o dia do que à noite para não sentir tanta vontade de urinar de madrugada. Evite bebidas que contenham cafeína, pois esta pode atrapalhar o seu sono.
Coma frutas, verduras, proteínas e carboidratos complexos. Evite alimentos gordurosos. Se você tiver anemia, reposição de ferro costuma ajudar.
Pratique atividades físicas leves, como caminhadas, Yoga ou natação. Por mais que você esteja cansada, leves atividades físicas ajudam a liberar endorfina e melhoram o seu condicionamento cardiorrespiratório, o que, ao longo dos dias, fará você se sentir muito melhor e menos cansada.
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TRANSPLANTES DE CÉLULAS ESTAMINAIS PARA ESCLEROSE SEVERA, MELHORA A SOBREVIVÊNCIA A LONGO PRAZO

Transplante de células estaminais para a esclerose severa Melhora a sobrevivência a longo prazo

25 de junho de 2014
CHICAGO - 25 junho de 2014 - Entre os pacientes com esclerose sistêmica cutânea difusa precoce, o tratamento com transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) foi associado a um aumento do risco relacionado com o tratamento de morte no primeiro ano, mas melhor sobrevida a longo prazo, comparado com infusão intravenosa de ciclofosfamida, de acordo com um estudo publicado em 25 de junho questão da JAMA .
Anteriormente, pequenos estudos têm demonstrado que a esclerose sistêmica é sensível ao tratamento com transplante autólogo, embora tenha sido claro se o transplante aumenta a sobrevida, de acordo com Jacob M. van Laar, MD, University Medical Center Utrecht, Utrecht, na Holanda, e Dominique Farge MD, Assistance Publique - Hospitais de Paris, Paris, França, e colegas.
No atual estudo de fase 3, os pesquisadores randomizados 156 pacientes com esclerose sistêmica cutânea difusa cedo para receber o transplante (n = 79) ou ciclofosfamida (n = 77; 12 infusões mensais).
HSCT autólogo envolvido um processo de múltiplos passos começando com a infusão de doses elevadas de ciclofosfamida e um anticorpo contra células do sistema imunológico, seguido de reinfusão de células estaminais próprias do paciente que tinha sido previamente recolhidas a partir de sangue e purificadas.
O estudo foi conduzido em 10 países em 29 centros. Os pacientes foram recrutados a partir de março de 2001 a outubro de 2009 e acompanhados até outubro de 2013.
Durante um período de acompanhamento médio de 5,8 anos, 53 eventos adversos ocorreram: 22 no grupo TCTH (19 mortes e 3 falhas irreversíveis de órgãos) e 31 no grupo controle (23 mortes e 8 falhas de órgãos irreversíveis). Os doentes tratados com transplante apresentaram eventos adversos mais (incluindo morte) no primeiro ano, mas tiveram melhor sobrevida livre de eventos de longo prazo do que aqueles tratados com ciclofosfamida.
Os pacientes do grupo HCST experimentado maior mortalidade no primeiro ano, mas tiveram melhor sobrevida global a longo prazo do que aqueles tratados com ciclofosfamida. Durante o ano 1 foram 11 mortes (13,9%, incluindo 8 óbitos relacionados ao tratamento) no grupo de transplante versus 7 (9,1%, não houve óbitos relacionados ao tratamento) no grupo de controle. Após ano 2 de follow-up, houve 12 mortes (15,2%) no grupo de transplante versus 13 (16,9%) no grupo de controle. Após 4 anos de follow-up, houve 13 mortes (16,5%) no grupo de transplante versus 20 (26,0%) no grupo de controle.
Além disso, o transplante também foi mais eficaz do que a ciclofosfamida intravenosa em medidas de avaliação da pele, capacidade funcional, qualidade de vida e função pulmonar.
"Entre os pacientes com esclerose sistêmica cutânea difusa cedo, o transplante foi associada com aumento da mortalidade relacionada com o tratamento no primeiro ano após o tratamento; no entanto, HCST conferia uma vantagem significativa a longo prazo sobrevida livre de eventos ", concluíram os autores.
Em um editorial de acompanhamento, Dinesh Khanna, MD, da Universidade de Michigan, Ann Arbor, Michigan, e seus colegas oferecem sugestões sobre quais pacientes devem receber o transplante.
"Atualmente, a consideração deve ser limitado a pacientes com (1) esclerose sistêmica cutânea difusa nos primeiros 4 a 5 anos de início com ligeira a moderada envolvimento de órgãos internos ou (2) esclerose sistêmica cutânea limitada com envolvimento de órgãos internos progressista" eles escreveram. "Esta consideração também geralmente deve ser restrito a pacientes que não conseguiram melhorar ou pioraram em agentes imunossupressores convencionais e que não são fumantes ativos."
"Por último, o custo-benefício de transplante precisa ser estabelecido, e são necessários modelos multidisciplinares de tomada de decisão de tratamento juntamente com ferramentas de decisão do paciente", concluíram. "Essas abordagens proporcionará um quadro para avaliar e entender o trade-off entre os benefícios de longo prazo e da morbidade e mortalidade de transplante em pacientes com esclerose sistêmica relacionada com o tratamento de curto prazo."
FONTE: JAMA
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HIPERTENSÃO ARTERIAL, MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA E O RISCO DE PSORIASE

Hipertensão arterial, medicação anti-hipertensiva, o risco de psoríase

Data:
02 de julho de 2014
Fonte:
Os JAMA Rede Journals
Resumo:
As mulheres com pressão sanguínea elevada a longo prazo parece ser um risco aumentado para o estado da pele psoríase, e o uso a longo prazo de medicamentos beta (p)-bloqueador para tratar a hipertensão pode também aumentar o risco de psoríase. A psoríase é uma doença crônica relacionada com imune que afeta cerca de 3 por cento da população dos EUA. Os autores sugerem dados prospectivos sobre o risco de psoríase associada à hipertensão está faltando.

As mulheres com pressão sanguínea elevada a longo prazo (hipertensão) parecem ter um risco aumentado para o estado da pele psoríase, e o uso a longo prazo de beta (β)-bloqueador de medicação para tratar a hipertensão pode também aumentar o risco de psoríase.
A psoríase é uma doença crônica relacionada com imune que afeta cerca de 3 por cento da população dos EUA. Os autores sugerem dados prospectivos sobre o risco de psoríase associada à hipertensão está faltando. Medicamentos anti-hipertensivos, especialmente β-bloqueadores, têm sido associados à psoríase.
Autores analisaram psoríase diagnóstico médico em um grupo de 77.728 mulheres que faziam parte do Estudo de Saúde das Enfermeiras 1996-2008. Autores identificou um total de 843 casos incidentes de psoríase.
Mulheres com hipertensão durante seis anos ou mais estavam em maior risco de desenvolver psoríase em comparação com mulheres com pressão arterial normal. O risco de psoríase também foi maior, tanto entre as mulheres com pressão alta que não tomavam medicação e entre as mulheres com pressão arterial elevada, que fez uso de medicação em comparação com mulheres com pressão arterial normal. Um maior risco de psoríase foi encontrado entre as mulheres que usaram regularmente β-bloqueadores por seis anos ou mais. Não foi encontrada associação entre outros medicamentos anti-hipertensivos eo risco de psoríase.
"Estes resultados fornecem novas perspectivas sobre a associação entre hipertensão, medicamentos anti-hipertensivos e psoríase. No entanto, mais trabalho é necessário para confirmar nossos resultados e esclarecer os mecanismos biológicos que estão por trás dessas associações", pesquisadores notaram.
Comentário: Psoríase Provocado ou agravadas pela medicação
Num comentário relacionado, April W. Armstrong, MD, MPH, da Universidade do Colorado, Denver, escreve: "A diferença prática crítica existe na identificação das causas de erupções da psoríase, especialmente causas relacionadas com a medicação Alguns médicos não podem consistentemente examinar. medicamentos para a sua contribuição para flares psoríase. No entanto, uma análise cuidadosa do papel dos medicamentos no tratamento da psoríase exacerbação pode melhorar o controle da psoríase de longo prazo. "

Notícia:
A história acima é baseada em materiais fornecidos pelo JAMA Rede Journals .Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão.

Jornal Referências :
  1. Shaowei Wu, Jiali Han, Wen-Qing Li, Abrar A. Qureshi. Hipertensão, medicação anti-hipertensiva Uso e Risco de Psoríase . JAMA Dermatologia , 2014; DOI:10.1001/jamadermatol.2013.9957
  2. . Abril W. Armstrong Psoríase Provocado ou exacerbados por medicamentosJAMA Dermatologia , 2014; DOI: 10.1001/jamadermatol.2014.1019