sexta-feira, 7 de novembro de 2014

COLPOSCOPIA E BIÓPSIA DO COLO UTERINO

COLPOSCOPIA E BIÓPSIA DO COLO UTERINO

A colposcopia é um procedimento realizado através de um aparelho chamado colposcópio, que permite ao ginecologista ter uma visão ampliada e iluminada da vulva, da vagina e do colo uterino. A colposcopia é frequentemente utilizada quando o médico pretende realizar uma biópsia do colo do útero.

Neste artigo vamos explicar o que é a colposcopia, como ela é feita, quais são as suas indicações e quais são as complicações possíveis deste exame.

O QUE É A COLPOSCOPIA?

Colposcopia é uma palavra de origem grega, que pode ser traduzida como “visualizar a vagina” ou “examinar visualmente a vagina”. A colposcopia é, na verdade, um exame que permite ao médico examinar não só a vagina, mas também a vulva (parte externa da genitália feminina) e o colo do útero, de forma muito mais minuciosa que no exame ginecológico comum, que é feito a olho nu.
Colposcópio
Colposcópio
Apesar do nome sugerir alguma semelhança com exames mais invasivos, como a colonoscopia ou a endoscopia digestiva, na colposcopia não há introdução de nenhum dispositivo na vagina da paciente. O colposcópio é um aparelho que se parece mais uma câmera ou um binóculo, como é possível ver na foto ao lado. Não há em momento algum contato do colposcópio com a região genital, ficando este sempre a cerca de 30 centímetros de distância da paciente.
A vantagem da colposcopia em relação ao exame ginecológico comum é o fato dele conseguir iluminar adequadamente o canal vaginal e permitir que o ginecologista possa visualizar a região através de lentes de aumento, o que permite a identificação de lesões na mucosa da vagina e do colo do útero que o olho nu não é capaz de perceber. O colposcópio também permite ao ginecologista utilizar filtros de cores, como luz verde ou azul, para destacar alterações na vascularização na região do colo do útero.

PARA QUE SERVE A COLPOSCOPIA?

A colposcopia é um exame que serve para complementar o exame ginecológico comum, sendo habitualmente indicada quando o ginecologista acha necessária uma avaliação mais detalhada do aparelho genital. Em geral, duas situações indicam a realização da colposcopia: quando o exame do Papanicolau apresenta alguma alteração sugestiva de lesão pré-maligna ou quando durante o exame ginecológico comum o ginecologista reconhece alguma lesão suspeita na mucosa da vagina ou do colo do útero. Em ambos os casos, a colposcopia é utilizada para que o ginecologista possa fazer uma biópsia da região suspeita.
Se você quiser entender um pouco sobre o exame do Papanicolau, acesse o seguinte artigo: EXAME PAPANICOLAU – ASCUS, LSIL, NIC1, NIC 2 e NIC 3

COMO É FEITA A COLPOSCOPIA?

A colposcopia não difere muito do exame ginecológico comum. A doente deita-se na maca com as pernas abertas e o ginecologista introduz o espéculo, também conhecido como bico de pato, na vagina para poder visualizar o seu interior. Até aqui é tudo igual ao que a paciente está habituada.
Colposcopia
Com o auxílio do colposcópio, que como já dissemos costuma ficar a cerca de 30 cm de distância da vulva, o médico faz uma cuidadosa avaliação de toda a mucosa da vagina e do colo uterino. Em geral, uma ou mais biópsias da mucosa da vagina ou do colo do útero são realizadas.
Se o médico conseguir detectar pelo colposcópio alguma lesão suspeita, ele irá realizar uma biópsia desta lesão. Se não houver lesões óbvias, o ginecologista pode utilizar um corante para facilitar a identificação de tecidos com alterações nas suas células. As duas técnicas mais utilizadas são o teste de Schiller, que utiliza uma solução à base de iodo, ou o teste do ácido acético, que conforme o próprio nome diz, utiliza uma solução de ácido acético. Se houver alterações a nível celular, com esses corantes elas se tornam mais aparentes, ajudando o ginecologista a escolher quais são as áreas do colo uterino que devem ser biopsiadas.
Explicamos com mais detalhes como funciona o teste de Schiller e do ácido acético no seguinte artigo: TESTE DE SCHILLER | TESTE DO ÁCIDO ACÉTICO.
Se o último Papanicolau da paciente já tiver mais de 6 semanas, uma nova curetagem do colo uterino pode ser realizada para que a amostra seja enviada junto com o material da biópsia.
O exame completo dura entre 15 a 20 minutos e é indolor. Algumas pacientes sentem algum desconforto na hora da passagem do espéculo ou durante a biópsia, mas, em geral, não é nada de mais. Não é preciso anestesia nem sedação para a realização da colposcopia. Também não é necessário nenhum preparo espacial para o exame.

CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS EM RELAÇÃO À REALIZAÇÃO DA COLPOSCOPIA

Não existe nenhuma contraindicação absoluta à realização da colposcopia. Todavia, alguns cuidados devem ser observados para que a performance da colposcopia seja otimizada.
O primeiro ponto é não realizar a colposcopia durante o período menstrual. O melhor momento para a realização da colposcopia é na primeira metade do ciclo, poucos dias após o fim da menstruação.
Também não é indicado realizar a colposcopia em mulheres sabidamente com infecção vaginal ou cervical. A inflamação, o corrimento e o sangramento podem atrapalhar a correta visualização da vagina e do colo do útero. A inflamação também pode fazer com que a passagem do espéculo seja dolorosa, tornando o exame mais incômodo do que o esperado. Por isso, sugere-se o tratamento de qualquer infecção ginecológica antes da realização do exame.
A colposcopia pode ser realizada sem nenhum problema nas grávidas. Porém, tanto a biópsia quanto a curetagem devem ser evitadas, devido ao risco maior de sangramentos e complicações para a gestação.
A biópsia também não deve ser realizada em pacientes que estejam tomando anticoagulantes. Se possível, o medicamento deve ser interrompido antes do exame para minimizar o risco de hemorragias.
A paciente que irá se submeter a uma colposcopia deve evitar relações sexuais nos 2 dias que antecedem o exame. Também não se aconselha a introdução de nenhum objeto na vagina, seja ele um absorvente interno, cremes, pomadas ou supositórios vaginais nas 48 horas anteriores.

COMPLICAÇÕES DA COLPOSCOPIA

Se respeitadas as condições descritas no tópico anterior, o risco de complicações da colposcopia é muito baixo. Na verdade, a colposcopia em si não acarreta em nenhum risco. O que pode causar complicações é a biópsia e a curetagem, que podem provocar sangramento ou infecção.
A taxa de complicações é muito baixa. O risco de sangramento em pacientes não grávidas e sem alterações da coagulação é muito pequeno. A após a biópsia, o ginecologista costuma usar uma solução chamada de Monsel, que ajuda a cicatrizar a lesão, estancando qualquer sangramento que possa ocorrer.
A colposcopia com biópsia não interfere em nada com a fertilidade da paciente.

CUIDADOS APÓS A COLPOSCOPIA

Algum incômodo vaginal pode ocorrer nos 2 ou 3 primeiros dias após o exame. Pequenos sangramentos podem surgir por até uma semana. Corrimentos também são comuns e podem ser de coloração escura se o médico tiver usado a solução de Monsel.
Sugere-se evitar exercícios nas primeiras 24 a 48 horas após o procedimento. Relações sexuais devem ser evitadas por pelo menos 1 semana. Ducha vaginal e tampão também não devem ser utilizados.
O seu ginecologista deve ser contactado caso você note: sangramento abundante, febre, intensa dor abdominal ou na região vaginal e corrimentos com odor muito forte.
É importante saber que o resultado da biópsia costuma demorar, podendo só estar disponível após 2 ou 3 semanas.
 
19
 
0
 
Esse texto foi útil?
 "COLPOSCOPIA E BIÓPSIA DO COLO UTERINO"5 out of 5 based on18 ratings.

REMISSÃO DA DROGA, UMA REALIDADE NA ARTRITE REUMATOIDE

Remissão da droga, uma realidade na Artrite Reumatoide

Publicado: 06 de novembro de 2014
|
A
A
A probabilidade de manter sustentada remissão livre de drogas entre os pacientes com artrite reumatoide (AR) foi mais do que duplicou entre aqueles que inicialmente alcançaram a remissão com abatacept (Orencia) em comparação com aqueles que receberam apenas metotrexato, um estudo multinacional encontrado.
Um total de 14,8% dos pacientes que estavam em remissão após 12 meses de tratamento com abatacept mais metotrexato também estavam em remissão seis meses após todos os medicamentos foram retirados, em comparação com apenas 7,8% dos que tinham sido tratados por 12 meses com metotrexato, de acordo com Paul Emery, MD , da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e colegas.
Isso deu um odds ratio de 2,51 (IC 95% 1,02-6,18, P = 0,045) para a remissão sustentada com abatacept, os pesquisadores relataram on-line em Annals of the Rheumatic Diseases .
"Considerando alguns estudos examinaram a estratégia de alcançar o controle da doença, seguido por vários de-escalada aproxima reduzindo tanto esteróides, metotrexato, ou biológicos, este é o primeiro estudo a investigar a possibilidade de alcançar a remissão absoluta livre de drogas depois de remover todas as terapias com AR , "Emery e colegas observou.
Abatacept é um modulador selectivo de um sinal co-estimulatório necessário para a activação de células T e tem um impacto particular sobre as células T ingénuas. O seu mecanismo de acção resulta em efeitos a jusante sobre a produção de auto-anticorpos e mediadores inflamatórios.
Para explorar a possibilidade de que o uso de abatacept pode permitir remissão sustentada na AR inicial, os investigadores registraram 351 pacientes de 72 centros, randomização-los para receber abatacept mais metotrexato, abatacept sozinho, ou metotrexato por 12 meses.Abatacept foi administrada em doses subcutâneas de 125 mg por semana, e metotrexato foi titulada para 15 a 20 mg por semana.
Aos 12 meses, os pacientes cuja doença atividade pontuação em 28 articulações (DAS28) estava abaixo de 3,2 podem entrar na fase de retirada de um ano, com a retirada imediata de abatacept e afinando de metotrexato e esteróides durante um mês. Pacientes que deflagrou durante a fase de retirada poderia re-iniciar abatacept e metotrexato.
Idade média dos pacientes foi de 47 anos, e mais de dois terços eram mulheres. A duração média dos sintomas foi de 0,56 anos, e cerca de um terço tinha sintomas de duração inferior a três meses ".
Apesar da duração dos sintomas breve, os pacientes tinham doença altamente ativa, com terno e contagens de articulações inchadas de 13,6 e 11,1, respectivamente. Nível de proteína C-reativa foi de 17,5 mg / L, significa DAS28 foi de 5,4, ea Disability Index Questionário de Avaliação de Saúde foi de 1,4.
Eles também tinham fatores de mau prognóstico, em que mais de 95% eram soropositivos tanto para fator reumatóide e anticorpos de proteínas citrulinadas anti-cíclicas.
"Esses pacientes tinham doença ruim", disse o principal autor Emery durante este ano o anual Congresso Europeu de Reumatologia reunião, onde apresentou alguns dados iniciais do estudo.
Aos 12 meses, 60,9% dos pacientes do abatacept mais metotrexato grupo tinha alcançado remissão DAS28, definida como uma pontuação abaixo de 2,6, em comparação com 45,2% daqueles no grupo metotrexato em monoterapia ( P = 0,010).
Entre os pacientes que entraram na fase de retirada do estudo e já estavam em remissão em 12 meses, 24,7% do abatacept mais metotrexato grupo ainda estavam em remissão DAS28 ao mês 18, assim como 28% das pessoas no grupo abatacept em monoterapia e 17% aqueles no grupo da monoterapia com metotrexato.
"Os dados indicam que, com abatacept mais metotrexato tratamento, um em cada quatro pacientes foi capaz de manter a remissão livre de drogas por meio de seis meses", informou os investigadores.
Alterações articulares estruturais como medido com ressonância magnética constatou que abatacept, com ou sem metotrexato, foi associada com maiores mudanças na sinovite e osteíte pontuações, e em combinação com metotrexato levou a uma menor agravamento da pontuação da erosão, em comparação com metotrexato.
Eventos adversos graves foram relatados em 6,7% dos pacientes que receberam abatacept mais metotrexato, 12,1% daqueles que receberam abatacept sozinho, e 7,8% dos que receberam apenas metotrexato. Um paciente na combinação braço interrompido por causa de eventos adversos graves ou infecções, assim como quatro no grupo da monoterapia abatacept, e nenhum do grupo metotrexato.
"Estes resultados suportam a hipótese de que o tratamento precoce com um imunomodulador de células T que pode ter impacto na activação de células T naive pode induzir a remissão livre de drogas em alguns pacientes", Emery e colegas indicado.
Ser capaz de se retirar do tratamento, especialmente com terapias biológicas caros, é "um objetivo altamente desejável para os pacientes e médicos no tratamento a longo prazo da AR e de outras investigações com abatacept são garantidos", concluíram.
"Trate-a-remissão é agora um objetivo bem aceito de terapia RA", acrescentaram.
O estudo foi patrocinado pela Bristol-Myers Squibb (BMS), e vários dos autores são funcionários da empresa.
Outros autores divulgados relações relevantes com várias empresas, incluindo a BMS, AbbVie, Merck, Pfizer, Roche, UCB, Amgen, Actelion, Novartis, Sanofi-Aventis, Abbott e Schering-Plough.