quinta-feira, 2 de outubro de 2014

PNEUMONIA É CONTAGIOSA? COMO SE PEGA PNEUMONIA?

PNEUMONIA É CONTAGIOSA? COMO SE PEGA PNEUMONIA?

Vamos começar respondendo logo a pergunta do título: pneumonia é contagiosa?

Na verdade, não existe uma resposta simples. Em geral, não, a pneumonia não é uma doença contagiosa. Porém, existem exceções. Há alguns tipos especiais de pneumonia que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, como as pneumonias de origem viral e algumas formas de pneumonia bacteriana.
É importante destacar, porém, que a maioria das pessoas que entra em contato com algum paciente que esteja doente com uma forma contagiosa de pneumonia não desenvolve pneumonia.
Neste artigo vamos explicar como se “pega pneumonia” e quais são os tipos de pneumonias contagiosas. Se você quiser saber mais sobre a pneumonia, incluindo os seus sintomas, diagnóstico e tratamento, acesse o seguinte link: PNEUMONIA | Sintomas e tratamento.

COMO SE PEGA PNEUMONIA?

Pneumonia é o nome dado à infecção do tecido pulmonar, principalmente dos alvéolos, que são as microscópicas bolsas de ar responsáveis pela passagem do oxigênio dos pulmões para o sangue. Cada pulmão possui milhões de alvéolos, que são estruturas completamente estéreis, ou seja, livres da presença de qualquer microrganismo causador de doenças.
Para que alguém desenvolva pneumonia é preciso que um fungo, vírus ou bactéria chegue até os alvéolos. Em geral, isso é muito difícil, pois o trato respiratório possui um complexo sistema de defesa, que incluem desde cílios que “varrem” constantemente as vias respiratórias até milhões de anticorpos e células do sistema imunológico espalhadas por toda a sua superfície. O próprio espirro e o reflexo da tosse são mecanismos de defesa, ativados para expulsar qualquer estrutura das porções mais internas do sistema respiratório.
Pneumonia contagiosaOs indivíduos que contraem uma pneumonia são geralmente expostos a dois fatores: um germe altamente virulento e uma falha no sistema de defesa das vias respiratórias.
A pneumonia pode ser transmitida pelo ar após o contato com secreções de pessoas contaminadas. Esta via de transmissão, porém, é uma das menos comuns e só ocorre em alguns tipos de pneumonia, como veremos mais à frente. Na maioria dos casos, o germe que provoca a infecção pulmonar vem da cavidade nasal ou da orofaringe do próprio paciente. São as bactérias que habitualmente colonizam as vias aéreas superiores as responsáveis pela maioria dos casos de pneumonia. Enquanto o sistema imunológico do paciente encontra-se forte, essas bactérias são impedidas de migrarem para o pulmão. Porém, ao primeiro sinal de fraqueza, elas podem conseguir ultrapassar a barreira de defesa e se instalar no tecido pulmonar.
Existem mais de 100 germes, entre vírus, bactérias, parasitos e fungos, que podem provocar pneumonia. Contudo, a imensa maioria dos casos é provocada por apenas 4 ou 5 germes, que habitualmente colonizam nossas vias respiratórias superiores.
Pessoas idosas, crianças muito pequenas, fumantes, indivíduos desnutridos, portadores de doenças crônicas, portadores de doenças pulmonares ou pacientes imunossuprimidos são o grupo com maior risco de desenvolverem pneumonia, pois costumam apresentar um sistema imunológico mais fraco e/ou um pulmão cronicamente doente. Viroses respiratórias, como aquelas causadas pelo vírus da gripe ou do resfriado, também aumentam o risco de pneumonia (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).
Fator gripe na transmissão da pneumonia
A gripe e outras viroses respiratórias aumentam o risco de pneumonia de duas formas: a primeira é através da inflamação das vias aéreas, que atrapalha o funcionamento das células de defesa e favorece a invasão do pulmão por bactérias da orofaringe. Uma das complicações mais comuns da gripe é exatamente a pneumonia bacteriana, que surge geralmente dias após o início dos sintomas da gripe. Nestes casos, o que costuma ocorrer é um paciente que, passados alguns dias de virose, começa a apresentar sinais de melhora da gripe, mas subitamente volta a piorar, com subida febre, agravamento da tosse e queda do estado geral. A segunda forma na qual a gripe aumenta o risco de pneumonia é através de uma infecção pulmonar pelo próprio vírus Influenza. Na maioria dos casos, o Influenza se restringe às vias áreas superiores, mas em determinados indivíduos, o próprio vírus da gripe pode ser a origem da pneumonia.
Portanto, a gripe é um fator de risco tanto para pneumonia bacteriana quanto para pneumonia viral.
Para saber mais sobre a gripe, acesse os seguintes artigos:
– GRIPE | Sintomas, Tratamentos e Vacina
– GRIPE H1N1 – Gripe Suína

PNEUMONIA CONTAGIOSA X PNEUMONIA NÃO CONTAGIOSA

Como já referido, existem pneumonias contagiosas e pneumonias não contagiosas. As pneumonias provocadas por fungos ou parasitos não são transmitidas diretamente de uma pessoa para outra. Já as pneumonias virais são habitualmente contagiosas. As pneumonias de origem bacteriana não são contagiosas na maioria dos casos, mas existem algumas exceções.
Pneumonia viral
As 4 formas de pneumonia viral mais comuns são provocadas pelos vírus Influenza, Parainfluenza, Adenovírus e Vírus sincicial respiratório. O primeiro é o agente infeccioso da gripe, enquanto os 3 restantes são vírus que provocam resfriado. Em pacientes susceptíveis, essas viroses podem ir além de uma virose respiratória simples, provocando uma pneumonia viral. Esta situação é muito comum em idosos, crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas.
Consideramos as pneumonias virais como de origem contagiosa, mas, na verdade, quem é contagioso é a virose. Se você tiver contato com um paciente portador de pneumonia por Influenza, por exemplo, o seu grande risco é de ficar gripado. Se você tiver um sistema imunológico fraco, pode também desenvolver pneumonia viral, mas isso será uma complicação da virose que você adquiriu.
Pneumonia bacteriana
A maioria dos casos de pneumonia bacteriana não é contagiosa. Os principais agentes bacterianos que provocam pneumonia são: Streptococcus pneumoniaeHaemophilus influenzaeKlebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Nenhuma dessas bactérias é habitualmente transmitida de uma pessoa para outra, são bactérias já presentes no nosso organismo.
Em algumas situações, porém, germes como o Streptococcus pneumoniae podem ser contagiosos. Apesar de não ser a forma mais comum de contaminação, crianças pequenas e pacientes imunossuprimidos podem adquirir pneumonia após o contato direto com pessoas infectadas. É importante salientar que o Streptococcus pneumoniae é muito menos contagioso que qualquer um dos vírus respiratórias descritos anteriormente, sendo necessário contato próximo e prolongado para haver transmissão.
Existe também um grupo de bactérias que são responsáveis por um tipo de pneumonia conhecida como pneumonia atípica. Essa forma de pneumonia é chamada de atípica porque as manifestações clínicas são habitualmente diferentes. O quadro clínico costuma ser mais brando e arrastado que o da pneumonia tradicional. Mycoplasma pneumoniae eChlamydophila pneumoniae são duas bactérias desse grupo, que podem ser transmitidas diretamente de uma pessoa para outra através de secreções respiratórias, da mesma forma que viroses comuns são transmitidas.
Apesar do Mycoplasma pneumoniae ser uma bactéria bastante contagiosa, a maioria das pessoas que a adquire não desenvolve doença ou apresentam apenas sintomas respiratórios brandos. A pneumonia só costuma ocorrer em pacientes clinicamente mais vulneráveis e com fatores de risco para pneumonia.
A tuberculose não é considerada exatamente uma pneumonia, mas é uma forma de infecção pulmonar altamente contagiosa (leia: DIFERENÇAS ENTRE PNEUMONIA E TUBERCULOSE).

ISOLAMENTO DO PACIENTE COM PNEUMONIA

A grande parte dos pacientes internados com pneumonia não precisa ficar em isolamento respiratório, pois o risco de transmissão para a equipe médica ou para outros pacientes é muito baixo. Medidas simples de higiene, como lavar as mãos e evitar o contato direto de um paciente com o outro são suficientes. Apenas nos casos de pneumonia por Mycoplasma pneumoniae é que sugere-se que o paciente fique em quarto separado e a equipe médica deve vestir máscaras respiratórias.
Pacientes com pneumonia por gripe, principalmente quando a infecção ocorre durante quadros de epidemias de novas cepas, como ocorreu recentemente com a Influenza H1N1, também costumam ficar em isolamento. Máscaras devem ser utilizadas pela equipe de saúde e pelos familiares que vêm para visita.
No caso da tuberculose, a transmissão de uma pessoa para outra é bem mais comum, e o isolamento respiratório deve ser ainda mais rigoroso. O paciente precisa ficar isolado em um quarto especial, com pressão atmosférica negativa e renovação do ar. A equipe médica só pode entrar no quarto vestindo máscaras com filtros.
 
9
 
0
 
Esse texto foi útil?
 "PNEUMONIA É CONTAGIOSA? Como se pega pneumonia?"5 de 5baseado em 8 votos.

ANEMIA PODE VIRAR LEUCEMIA?

ANEMIA PODE VIRAR LEUCEMIA?

Uma das dúvidas mais comuns na população é quanto ao risco de uma anemia virar leucemia, principalmente se não for corretamente tratada. Mas, afinal, anemia pode virar leucemia?
Publicidade
A resposta é simples: não, anemia não vira leucemia. Mesmo que anemia não seja tratada adequadamente, não há nenhum risco dela virar leucemia nem a curto nem a longo prazo.
Entretanto, a anemia pode ser um dos sintomas de quem tem leucemia, por isso, esta confusão costuma surgir.
Vamos explicar de forma resumida.

O QUE É ANEMIA?

A hemácia, também chamada de eritrócito ou glóbulo vermelho, é o tipo de célula mais abundante no sangue. Só para se ter uma ideia, em apenas 1 ml de sangue podemos encontrar cerca de 5 bilhões de hemácias. A hemácia é a célula que transporta o oxigênio pelo sangue. Ela capta o oxigênio nos pulmões e o leva para todos os tecidos do corpo.
Leucemia e anemia
As hemácias são produzidas de forma contínua na medula óssea e têm uma vida média de 120 dias. Conforme as hemácias velhas vão sendo destruídas no baço, novas hemácias produzidas na medula são lançadas na corrente sanguínea, de forma a manter mais ou menos constante a quantidade de glóbulos vermelhos circulantes.
Quando a quantidade de hemácias presentes no sangue encontra-se reduzida, damos o nome de anemia. A anemia surge quando a perda de hemácias é maior que a produção. Geralmente, isso ocorre por três motivos:
1- A medula óssea está doente e produz poucas hemácias novas.
2- Alguma doença está provocando a destruição precoce das hemácias, antes dos 120 dias de vida.
3- O paciente está perdendo hemácias devido a sangramentos.
Se você quiser saber mais detalhes sobre a anemia, acesse os seguintes artigos:
– ANEMIA | Sintomas e causas.
– 7 SINTOMAS DE ANEMIA.
– ANEMIA POR FALTA DE FERRO.

O QUE É LEUCEMIA?

Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são outro tipo de células do sangue, pertencem ao sistema imunológico e são um dos principais responsáveis pelo combate aos germes invasores do organismo. Assim como as hemácias, os leucócitos também são produzidos na medula óssea.
A leucemia é um tipo de câncer que atinge os leucócitos. A medula óssea acometida pela leucemia passa a produzir leucócitos de forma exagerada. Além disso, esses leucócitos produzidos são defeituosos e não servem para combater infecções.
Se você quiser saber mais detalhes sobre a leucemia, acesse os seguintes artigos:
– LEUCEMIA | Sintomas e Tratamento.
– LEUCEMIA.

RELAÇÃO ENTRE ANEMIA E LEUCEMIA

Os leucócitos malignos produzidos excessivamente na leucemia vão se acumulando dentro da medula óssea, ocupando espaço que antes era reservado para a produção de outras células do sangue, como as hemácias. Por isso, com o passar do tempo, o paciente com leucemia pode começar a ter anemia, que surge por falta de produção de novos glóbulos vermelhos pela medula óssea doente.
Portanto, a leucemia pode provocar anemia, mas a anemia não causa leucemia. Em hipótese alguma. Mesmo as anemias que duram anos não apresentam risco de se transformar em leucemia.
IA? 
26
 
0
 
Esse texto foi útil?
 "ANEMIA PODE VIRAR LEUCEM"5 de 5 basea

DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES

Doença de Legg-Calvé-Perthes

Avaliado setembro 2014

O que é a doença de Legg-Calvé-Perthes?

Doença de Legg-Calvé-Perthes é uma doença óssea que afeta os quadris. Normalmente, apenas um quadril está envolvido, mas em cerca de 10 por cento dos casos, ambos os quadris são afetados. Doença de Legg-Calvé-Perthes começa na infância, geralmente entre as idades de 4 e 8, e afeta meninos mais frequentemente do que as raparigas.
Nesta condição, a extremidade superior do osso da coxa, conhecida como a cabeça femoral, decompõe.Como resultado, a cabeça do fêmur não é mais redondo e não se move facilmente em encaixe do quadril, o que leva a dor no quadril, mancando, e movimento da perna restrito. O osso, eventualmente, começa a curar-se através de um processo normal chamado de remodelação óssea, através do qual o osso velho é removido e um novo osso é criado para substituí-lo. Este ciclo de discriminação e de cura pode se repetir várias vezes. Os indivíduos afetados são menores do que seus pares, devido às alterações ósseas. Muitas pessoas com doença de Legg-Calvé-Perthes vir a desenvolver uma doença chamada conjunta osteoartrose dolorosa no quadril em uma idade precoce.

Quão comum é a doença de Legg-Calvé-Perthes?

A incidência da doença de Legg-Calvé-Perthes varia pela população. A condição é mais comum em (branco) populações caucasianas, em que afeta cerca de 1 a 3 em 20.000 crianças com menos de 15 anos de idade.

O que genes estão relacionados com a doença de Legg-Calvé-Perthes?

Doença de Legg-Calvé-Perthes normalmente não é causada por fatores genéticos. A causa nestes casos é desconhecida. Em uma pequena porcentagem dos casos, as mutações no COL2A1 gene causar o osso anormalidades características da doença de Legg-Calvé-Perthes. O COL2A1 gene fornece instruções para fazer uma proteína que forma o colágeno tipo II. Este tipo de colágeno é encontrado principalmente na cartilagem, um tecido resistente, mas flexível que compõe a maior parte do esqueleto durante o desenvolvimento inicial. Mais cartilagem depois é convertido para o osso, a cartilagem, excepto para que continua a cobrir e proteger as extremidades dos ossos e está presente no nariz e nas orelhas externas. O colagénio do tipo II é essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e outros tecidos conjuntivos que formam o quadro de apoio do corpo.
COL2A1 mutações genéticas envolvidas na doença de Legg-Calvé-Perthes levar à produção de uma proteína alterada; colagénio que contém esta proteína podem ser menos estáveis ​​do que o normal. Os pesquisadores especulam que o colapso da característica óssea da doença de Legg-Calvé-Perthes é causada pelo fluxo sanguíneo prejudicado na cabeça femoral, que leva à morte do tecido ósseo (osteonecrose); Porém não está claro como tipo anormal de colágeno II está envolvido neste processo ou por que os quadris são especificamente afetadas.
Leia mais sobre o COL2A1 gene.

Como as pessoas herdam a doença de Legg-Calvé-Perthes?

Quando associado com COL2A1 mutações genéticas, a condição é herdada em um padrão autossômico dominante, o que significa uma cópia do alteraram COL2A1 gene em cada célula é suficiente para causar a doença.
A maioria dos COL2A1 casos -associated resultam de novas mutações no gene e ocorrem em pessoas sem histórico da doença na família. Estes casos são referidos como esporádica. Em outros casos, a condição é passada através das famílias. Nestes casos, referida como familiar, uma pessoa afectada herda a mutação de um progenitor afectado.

Onde posso encontrar informações sobre o diagnóstico ou o tratamento da doença de Legg-Calvé-Perthes?

Esses recursos abordar o diagnóstico ou o tratamento da doença de Legg-Calvé-Perthes e pode incluir provedores de tratamento.
Você também pode encontrar informações sobre o diagnóstico ou o tratamento da doença de Legg-Calvé-Perthes em recursos educacionais e apoio paciente .
Informações gerais sobre o diagnóstico e gerenciamento de condições genéticas está disponível no Manual.
Para localizar um profissional de saúde, consulte Como posso encontrar um profissional na minha área de Genética? no manual.

Onde posso encontrar informações adicionais sobre a doença de Legg-Calvé-Perthes?

Você pode encontrar os seguintes recursos sobre a doença de Legg-Calvé-Perthes útil. Estes materiais são escritos para o público em geral.
Você também pode estar interessado nestes recursos, que são projetados para profissionais de saúde e pesquisadores.

Que outros nomes que as pessoas usam para a doença de Legg-Calvé-Perthes?

  • Calvé-Perthes
  • LCPD
  • Perthes
Para mais informações sobre a nomeação de condições genéticas, ver a Genetics Home Referencecondição nomeando Diretrizes e Quais são as condições genéticas e genes nomeados? no Handbook.

E se eu ainda tiver perguntas específicas sobre a doença de Legg-Calvé-Perthes?

Onde posso encontrar informações gerais sobre doenças genéticas?

O que definições do glossário ajudar a compreender a doença de Legg-Calvé-Perthes?

autossômica  , autossômica dominante  ; óssea remodeling  ; breakdown  ; cartilage  ; cell  ; collagen  ;familial  ; gene  ; incidence  ; inherited  ; joint  ; mutation  ; population  ; protein  ; sporadic  ; tissue
Você pode encontrar definições para esses e muitos outros termos na Genetics Home ReferenceGlossário .
Referências (5 links)

Os recursos deste site não deve ser usado como um substituto para cuidados médicos profissionais ou aconselhamento. Os usuários que procuram informações sobre uma doença genética pessoal, síndrome ou condição deve consultar com um profissional de saúde qualificado.