sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

INVESTADORES DESCOBREM O GENE QUE TOTENCIA EFEITO DA QUIMIOTERAPIA

Investigadores descobrem o gene 
que potencia efeito da quimioterapia

Estudo dinamarquês está publicado na «Nature Communications»

2013-01-31
Estudo foi realizado no Biotech Research and Innovation Centre da Universidade de Copenhaga
Estudo foi realizado no Biotech Research and Innovation Centre da Universidade de Copenhaga
A quimioterapia é um dos tratamentos mais comuns para doentes cancerígenos. No entanto, muitos dos pacientes sofrem os agressivos efeitos secundários e uma grande parte não responde positivamente.
Investigadores do Biotech Research and Innovation Centre e do Center for Healthy Aging (Universidade de Copenhaga, Dinamarca) demonstram agora, num estudo publicado na«Nature Communications» que o gene FBH1 “é crucial para que a quimioterapia se torne activa no corpo e mate as células cancerosas. Se conseguirmos encontrar um método viável para potenciar a actividade do gene poderemos utilizar as próprias células para melhorar o tratamento”, diz Claus Sørensen que dirigiu a equipa de investigação.
Os cientistas utilizaram um método chamado RNA de interferência para perceberem se alguns dos genes do nosso DNA são importantes para que as células cancerosas reajam à quimioterapia. Removendo os genes isolados das células doentes e expondo-as à quimioterapia, descobriram que o FBH1 é importante para o efeito do tratamento. “Na verdade, a presença do gene é absolutamente necessária para que as células cancerosas sejam mortas através do tipo de quimioterapia estudada”, explica Kasper Fugger que dirigiu a parte experimental da investigação.
A quimioterapia actua através da exposição das células a um stress extremo quando se dividem. O resultado é a danificação do DNA fazendo com que as células não possam ser reparadas e, assim, morram. O estudo mostra que é o FBH1 que contribui para os danos no DNA durante o tratamento e esse conhecimento pode ser utilizado para se optimizar a terapia,
Na última década tornou-se claro que individualizar o tratamento é essencial para que este seja efectivo e provoque a menor quantidade possível de efeitos secundários. Com o acesso a este gene num tumor, os médicos terão um indicador de como o paciente vai beneficiar com a quimioterapia, podendo mesmo chegar à conclusão de que será necessário administrar outro tipo de tratamento.
O próximo passo será encontrar um método para aumentar a actividade do gene em células cancerosas, uma vez que este vai torná-las mais sensíveis à quimioterapia. Uma alternativa será encontrar uma forma de simular um efeito semelhante ao do gene.

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