quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ARTRITE REUMATOIDE = O DESCONHECIMENTO ATRASA DIAGNOSTICO


DESCONHECIMENTO ATRASA DIAGNÓSTICO DA ARTRITE REUMATOIDE

Última atualização: 28/08/2012
O médico Nílzio Antônio da Silva, Professor Titular de Reumatologia da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Goiás (UFG), dará uma palestra para médicos sobre novos medicamentos para tratar a artrite reumatoide amanhã, na quinta-feira (23).

A artrite reumatoide é uma doença sistêmica e que afeta principalmente pessoas com idade entre 30 a 50 anos. Se não tratada, a artrite reumatoide limita as atividades sociais e profissionais do paciente e diminui a sua expectativa de vida em até 10 anos. Após um ano do diagnóstico, cerca de 35% dos pacientes estão afastados do trabalho por conta das dores e limitações de movimento. Após 20 anos, esse percentual chega a 80%.

Por isso, as mais recentes diretrizes para a doença, publicadas pela Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR) em 2010 e implementadas no Brasil pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, focam no diagnóstico e tratamento precoces eintensivos. Ou seja, o paciente deve ser identificado e tratado o mais cedo possível para evitar ao máximo a destruição da massa óssea e das cartilagens, a fim de preservá-las. Isso significa que todo paciente diagnosticado deve então receber uma das chamadas Drogas Modificadoras da Doença (DMARD) imediatamente. A partir de então, vão sendo feitos ajustes a cada três meses, o que pode incluir a combinação de duas dessas drogas.

Na maioria dos casos, são necessários seis meses de terapia combinada para que o médico consiga avaliar a resposta ao tratamento. Se ainda assim a resposta for inadequada, a opção é combinar uma DMARD com um medicamento da classe dos Anti-TNF (a sigla TNF significa Fator de Necrose Tumoral). Portanto, um dos focos de inovação para a artrite reumatoide reside na abreviação desta resposta ao tratamento.
  
Tratamento intenso e precoce
Até os anos 60, o tratamento da artrite reumatoide era apenas sintomático. Antiinflamatórios e corticoides diminuíam as dores, mas não tinham efeito sob as lesões. Foi somente a partir da década de 80 que os processos desencadeados pela doença foram descobertos e a medicina passou a atuar em pontos específicos desse processo. Ainda assim, os fatores que disparam a doença permanecem desconhecidos, como na maioria das doenças auto-imunes.

Por isso, as mais recentes diretrizes para a doença, publicadas pela Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR) em 2010 e implementadas no Brasil pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, focam no diagnóstico e tratamento precoces e intensivos. Ou seja, o paciente deve ser identificado e tratado o mais cedo possível para evitar ao máximo a destruição da massa óssea e das cartilagens, a fim de preservá-las.

Isso significa que todo paciente diagnosticado deve então receber uma das chamadas Drogas Modificadoras da Doença (DMARD) imediatamente. A partir de então, vão sendo feitos ajustes a cada três meses, o que pode incluir a combinação de duas dessas drogas.

Na maioria dos casos, são necessários seis meses de terapia combinada para que o médico consiga avaliar a resposta ao tratamento. Se ainda assim a resposta for inadequada, a opção é combinar uma DMARD com um medicamento da classe dos Anti-TNF (a sigla TNF significa Fator de Necrose Tumoral).

Portanto, um dos focos de inovação para a artrite reumatoide reside na abreviação desta resposta ao tratamento. A parceria entre AstraZeneca e a belga UCB traz ao mercado brasileiro um novo medicamento que permite a tomada de decisão quanto ao tratamento em 12 semanas. Cimzia (certolizumabe pegol) é um agente biológico injetável com ação Anti-TNF indicado para pacientes adultos com artrite reumatoide moderada a grave, em pacientes com resposta anterior inadequada à terapia com fármacos antirreumáticos não biológicos modificadores do curso da doença (DMARDs). 

FOnte: Medicina em Goiás

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