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segunda-feira, 6 de agosto de 2012
DELIRIUM / CONFUSÃO MENTAL
DELIRIUM | Confusão mental
16 DE MAIO DE 2012 DR. PEDRO PINHEIRO NENHUM COMENTÁRIO
O delirium, também chamado de estado confusional agudo, é uma perturbação grave da função mental do paciente, caracterizado por distúrbios da consciência, com reduzida capacidade de concentração, alterações da memória, confusão mental e alteração da percepção do ambiente. O início do delirium é geralmente súbito, evoluindo dentro de horas ou alguns dias.
Quandros de confusão mental são extremamente comuns em idosos, principalmente durante infecções ou internações hospitalares.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre o delirium:
Delirium vs. delírio
Sintomas do delirium.
Causas de delirium.
Estados confusionais em pacientes internados.
Prevenção e tratamento do delirium.
Delirium tremens
Delirium é diferente de delírio
Apesar de terem nomes muito semelhantes, delirium e delírio são coisas diferentes. O delírio é um sintoma de doença psiquiátrica, habitualmente transtornos psicóticos. O delírio é uma crença ou uma forte convicção sobre fatos absurdos ou que vão contra a razão. Como exemplo, podemos citar aquelas pessoas que se julgam a reencarnação de Jesus Cristo, que afirmam ter sido abduzidas por alienígenas, que acham que a televisão conversa com elas ou que juram que alguém implantou um chip dentro do seu cérebro para vigiar seus pensamentos. É importante separar charlatões de pessoas com delírio. O paciente com delírio realmente acredita no absurdo que está relatando, e por mais que você use argumentos válidos, nunca o convencerá de que seu delírio não é real.
Sintomas do delirium
O delirium é bem diferente do delírio. O paciente com delirium fica confuso e desorientado, tanto temporalmente quanto espacialmente, tendo dificuldades de saber onde está e de reconhecer a atual data (quando questionado em que ano estamos, ele pode responder algo como 1958). O paciente com delirium pode estar mais sonolento e com discurso letárgico.
Há uma perda na capacidade de concentração, fazendo que o paciente não consiga prestar atenção por muito tempo em nada. Isto é evidente quando tenta-se conversar com o paciente, pois o mesmo distrai-se facilmente, não conseguindo manter uma conversação. Alterações da memória recente também são comuns, fazendo com que o paciente não consiga se lembrar de situações que ocorreram há poucas horas ou dias.
Distúrbios de percepção são comuns. Os pacientes podem não reconhecer o seu médico ou familiares. Episódios de delírio podem ocorrer durante o delirium, como imaginar que está sendo perseguido ou que a equipe médica quer lhe fazer mal. Podem haver alucinações simples, com sombras ou formas; ou complexas, como ver pessoas que não existem ou que já morreram. As alucinações podem ser visuais e/ou auditivas.
Durante o delirium, os pacientes podem perder a capacidade de escrever ou falar uma segunda língua. Um estrangeiro que vive há anos no Brasil pode perder a capacidade de falar português durante o estado confusional.
O delirium surge de modo súbito e desenvolve-se ao longo de poucas horas, podendo persistir por dias ou meses. O fato de surgir subitamente é a característica mais útil na distinção com a demência, que é um quadro de instalação lenta e progressiva. Além disso, o delirium é flutuante, tornando-se mais intenso durante a tarde e a noite. Não é incomum um paciente com delirium parecer relativamente lúcido durante as visitas matinais, ficando mais confuso conforme o dia passa. A troca do dia pela noite também é típico do delirium. O paciente fica acordado e agitado durante toda noite e passa boa parte do dia dormindo.
Ao contrário da demência, o delirium é transitório e melhora com o passar do tempo.
Causas de delirium
Não se sabe exatamente por que surge o delirium, mas o fato é que ele parece ser uma doença de origem multifatorial. O paciente que desenvolve estados confusionais costuma apresentar mais de um dos fatores de risco listados abaixo:
- Doença neurológica prévia, como Parkinson (leia: DOENÇA DE PARKINSON | Sintomas e tratamento), Alzheimer (leia: MAL DE ALZHEIMER | Sintomas e diagnóstico) ou AVC (leia: 7 SINTOMAS DO AVC).
- Idade avançada.
- Internação hospitalar prolongada.
- Uso de vários medicamentos, principalmente sedativos, ansiolíticos, antidepressivos ou antipsicóticos.
- Infecções.
- Desidratação.
- Deficiência visual ou auditiva.
- Doenças crônicas em estágio avançado.
- Abstinência de álcool ou drogas.
- Pouca mobilidade, estando restrito à cama.
- Privação do sono.
- Estresse emocional.
- Dor.
- Uso prolongado de sonda vesical.
Estado confusional em pacientes internados
O delirium pode surgir em qualquer idade em em qualquer tipo de pessoa. Porém, o mais habitual é ele aparecer em idosos que estão internados em hospitais ou em lares da terceira idade. Até metade dos idosos que permanecem internados desenvolvem algum grau de confusão mental. Se o paciente já possui alguma doença neurológica, ou se a internação foi motivada por alguma infecção, como pneumonia ou infecção urinária, o risco de delirium é altíssimo. Quanto mais debilitado estiver o paciente, maior é o risco de desenvolver confusão mental.
O paciente internado, além de obviamente estar doente, o que por si só é um fator de risco para o delirium, sai completamente da sua rotina, perde a noção do tempo, muitas vezes não acompanha o ciclo dia-noite, usa diversos medicamentos e costuma ficar a maior parte do tempo, quando não todo o tempo, restrito ao leito do quarto. A internação hospitalar geralmente é um momento em que vários fatores de risco para o desenvolvimento de um estado confusional estão presentes, tornado o delirium uma situação extremamente comum.
Quando um paciente idoso em bom estado desenvolve delirium em casa, geralmente há alguma causa oculta por trás. Idosos costumam reagir de modo diferente às infecções. Muitos não apresentam febre e podem não ter queixas muito específicas. O aparecimento de delirium pode ser a única dica para um quadro infeccioso em curso, como infecção urinária (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | Pielonefrite) ou pneumonia (leia: PNEUMONIA | Sintomas e tratamento).
Prevenção e tratamento do delirium
Não existe tratamento específico para o delirium. O tratamento deve ser direcionado à doença ou à condição que está precipitando o estado confusional. Porém, mais importante do que tratar o delirium, é tentar prevenir o seu aparecimento. Para isso, deve-se:
- Evitar manter o paciente internado por longos períodos.
- Controlar adequadamente a dor.
- Evitar uso excessivo de medicamentos.
- Evitar uso prolongado de cateteres e sondas.
- Estimular o paciente a não ficar restrito ao leito.
- Tratar infecções em tempo hábil.
Se o paciente estiver confuso e muito agitado, o uso de drogas para acalmá-lo e controlar a agitação podem ser necessárias. Em casos extremos, o paciente pode ficar contido ao leito, principalmente se o mesmo estiver sob risco de queda da cama ou tentando arrancar soros e medicações feitas por via venosa.
Delirium tremens
O delirium tremens é uma condição definida por alucinações, desorientação, hipertensão, taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), febre, agitação e sudorese provocados pela abstinência a drogas, mais comumente ao álcool.
O delirium tremens é uma emergência médica e pode evoluir para colapso cardiovascular ou insuficiência respiratória se não tratado a tempo.
Os quadro de abstinência leve ocorrem dentro de 6-24 horas após a última bebida, sendo caracterizados por tremores, ansiedade, náuseas, vômitos e insônia. Os quadros de abstinência alcoólica grave ocorrem 10-72 horas após a última bebida. Os sinais e sintomas incluem alucinações visuais e auditivas, tremores do corpo inteiro, vômitos, sudorese e hipertensão. Crise convulsiva também pode ocorrer (leia: EPILEPSIA | CRISE CONVULSIVA | Sintomas e tratamento).
Aproximadamente 5% dos pacientes alcoólatras que suspendem, voluntariamente ou involuntariamente, o consumo de álcool sofrem de delirium tremens. O quadro costuma durar de um a cinco dias e a internação hospitalar costuma estar indicado para controle da situação.
Autor do artigo
Dr. Pedro Pinheiro - Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.
Leia o texto original no site MD.Saúde: DELIRIUM | Confusão mental http://www.mdsaude.com/2012/05/delirium-confusao-mental.html#ixzz1vF9W8gd2
FIBROSE CISTICA
Fibrose Cística revela por que as fêmeas saem pior do que machos
ScienceDaily (24 de maio de 2012) - Pesquisadores da Divisão de Pesquisa de Pneumologia do Departamento de Medicina, o Royal College of Surgeons, na Irlanda (RCSI) publicaram um estudo que representa um grande avanço na compreensão porque as mulheres com fibrose cística fazer pior do que os machos. O estudo é o primeiro a mostrar que a hormona feminina estrogénio promove a presença de uma forma particular de bactérias que resulta em sintomas mais graves para fêmeas pacientes com fibrose cística. Além disso, as fêmeas que estavam a tomar o contraceptivo oral, o que diminui a quantidade de estrogénio que ocorre naturalmente no corpo, foram encontrados para ter níveis mais baixos das bactérias problemáticos .
Veja também:
Saúde e Medicina
Fibrose Cística
Asma
Doença Pulmonar
Doenças e Condições
Medicina Alternativa
Forensics
Referência
Cólera
A fibrose cística
Pediatria
Alvéolos pulmonares
O documento foi publicado 24 de maio no New England Journal of Medicine.
A pesquisa revelou que o estrogénio promoveu a presença de uma forma 'mucóide' da bactéria Pseudomonas aeruginosa nos pulmões de mulheres com fibrose cística. Estes tipo mucóide de Pseudomonas aeruginosa bactérias são revestidos com uma camada viscosa que os torna mais difíceis de tratar com antibióticos e mais difícil de limpar com o corpo da própria defesas naturais que leva a inflamação pulmonar significativa, explicando, pelo menos em parte, porque fêmeas com fibrose cística geralmente têm um pior prognóstico.
Professor Gerry McElvaney, Director do Laboratório de Pesquisa Respiratória Hospital RCSI / Beaumont e autor sênior conjunta sobre o papel comentou: "Este estudo abre o caminho para uma nova compreensão e potencialmente novas terapias no tratamento de fibrose cística, uma condição em que a Irlanda tem a maior incidência no mundo. Esta pesquisa está entre os primeiros exemplos que mostra os efeitos dos hormônios de gênero sobre as infecções e, portanto, tem implicações importantes para condições fora de fibrose cística, incluindo outras doenças respiratórias como a asma. "
Dr. Sanjay Chotirmall, um Molecular Medicine Irlanda (MMI) bolseiro Clínico Cientista é o primeiro autor do papel e Dr. Catherine Greene é o co-autor sênior.
A pesquisa clínica foi realizada na Unidade de Fibrose Cística do Hospital Beaumont e os dados utilizados também da Secretaria de Fibrose Cística Nacional da Irlanda.
A fibrose cística é uma doença potencialmente fatal doença hereditária que afeta principalmente os pulmões eo sistema digestivo. A acumulação de muco pode tornar difícil para limpar as bactérias e conduz a ciclos de infecções pulmonares e inflamação, que pode eventualmente conduzir a danos dos pulmões.
A Irlanda tem tanto a alta incidência de CF no mundo em 2,98 por 10.000 ea maior taxa de transportadora do mundo, com 1 em cada 19 indivíduos classificados como portadores. A incidência de fibrose cística neste país é quase duas vezes e meia a taxa média de outros países da UE e dos EUA (1) . Atualmente, existem cerca de 1.200 pessoas com fibrose cística vivo na Irlanda (2) .
A pesquisa da fibrose cística na Divisão de Pesquisa respiratória exemplificado por este trabalho é financiado pelo Conselho de Pesquisa em Saúde, Grupo de Pesquisa Médica instituições de caridade, Fundação Ciência Irlanda, Irlanda Medicina Molecular (IMM), CF Hopesource, irlandês CF Research Trust, juntamente com os doadores individuais, tais como Fergal Somerville, que recentemente nadou o Canal Inglês em apoio da CF pesquisa em Beaumont Hospital.
Este artigo é um excelente exemplo da pesquisa translacional atualmente em andamento em RCSI e ilustra as ligações interdepartamentais e inter-institucional como co-autores no papel incluem os colegas dos Departamentos de Medicina (Dr. Sonya Cosgrove), General Practice (Dr. Borislav Dimitrov ) e Medicina Molecular (Professor Brian Harvey), RCSI; Beaumont Hospital / RCSI (Dr. Cedric Gunaratnam, Professor Shane O'Neill) e da Faculdade de Medicina (Dr. Stephen Smith), do Trinity College, Dublin.
Os resultados do estudo estão sendo apresentados pelo Dr. Greene na reunião da Sociedade Torácica Americana em San Francisco neste mês e pelo Dr. Chotirmall na reunião European Respiratory Society, em Viena, ainda este ano
(1) Farrell PM. A prevalência da fibrose cística na União Europeia. Journal of Cystic Fibrosis 2008 Set; 7 (5) :450-3.
(2) A Secretaria de Fibrose Cística da Irlanda
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Fonte Story:
A história acima é reproduzida a partir de materiais fornecidos pelo Royal College of Surgeons, na Irlanda (RCSI) , via AlphaGalileo .
Nota: Os materiais pode ser editado para conteúdo e duração. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.
Journal Referência :
Sanjay H. Chotirmall, Stephen G. Smith, Cedric Gunaratnam, Sonya Cosgrove, Borislav Dimitrov D., Shane J. O'Neill, Brian J. Harvey, Catherine M. Greene, Noel G. McElvaney. efeito do estrogênio sobre Pseudomonas e Mucoidy exacerbações em Fibrose Cística . New England Journal of Medicine , 2012;: 120520081514004 DOI: 10.1056/NEJMoa1106126
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Royal College of Surgeons, na Irlanda (RCSI) (2012, 24 de maio). Avanço da fibrose cística revela por que as mulheres se saem pior do que os machos. ScienceDaily . Retirado 27 maio de 2012, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.
Disclaimer : Este artigo não pretende fornecer aconselhamento médico, diagnóstico ou tratamento. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as do ScienceDaily ou seu pessoal.
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ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
A endoscopia digestiva alta, frequentemente chamada apenas de endoscopia, é um exame cujo objetivo é visualizar diretamente a parte superior do trato gastrointestinal, composta pelo esófago, estômago e o duodeno (a primeira porção do intestino delgado).
A endoscopia digestiva é um precedimento habitualmente feito pelo médico gastroenterologista e pode ser usada tanto como meio diagnóstico quanto para tratamento de diversos problemas do sistema digestivo alto.
Neste artigo vamos explicar o exame endoscopia digestiva alta, abordando os seguintes pontos:
A endoscopia digestiva alta (EDA) é um exame que tem como objetivo diagnosticar e tratar algumas das doenças mais comuns do sistema digestivo superior. A endoscopia também pode ser chamada de esofagogastroduodenoscopia, pois é um exame endoscópico que permite a visualização direta do interior do esôfago, estômago e duodeno.
A endoscopia digestiva é feita com um aparelho chamado de endoscópio, um longo e fino tubo flexível, que possui um câmera na sua extremidade, permitindo que o interior dos órgãos digestivos sejam filmados. Os endoscópios atuais têm alta definição de imagem e podem filmar em HDTV.
Os endoscópios atuais têm cerca de 1 metro de comprimento e 8 a 11 milímetros (0,8 a 1,1 cm) de diâmetro. Já existem endoscópio ultrafinos que possuem apenas 0,5 cm de diâmetro, mas ainda não estão tão difundidos.
O endoscópio possui uma câmera de alta resolução e uma fonte de luz própria, que serve para iluminar o interior dos órgãos. O aparelho também é capaz de aspirar e injetar água para limpar secreções que possam estar atrapalhando a visualização direta da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno.
A endoscopia digestiva não serve apenas para ver e filmar o interior do esôfago, estômago e duodeno, ela também pode ser usada para realização de biópsias e tratamento de alguns problemas, como úlceras ou varizes sangrantes. Através do endoscópio é possível introduzir uma série de ferramentas, como pinças de biópsia, laços, agulhas, sondas para escleroterapia ou eletrocautério, balão para dilatação, redes e cestos. Deste modo, uma variedade de procedimentos podem ser realizados durante uma endoscopia digestiva alta.
Indicações para uma endoscopia digestiva alta
A endoscopia digestiva alta é um procedimento habitualmente indicado nas seguintes situações:
Para maximizar os resultados e diminuir os riscos de complicações, todo paciente que será submetido a uma endoscopia digestiva dever realizar uma preparação para o exame.
O paciente que tem uma endoscopia digestiva alta programada não deve se alimentar nas 4 a 8 horas que antecedem o exame. O tempo certo será decidido pelo gastroenterologista, de acordo com a situação clínica do paciente. Água pode ser ingerida até 2 horas antes do procedimento. É importante que o estômago esteja vazio para que não haja risco do paciente vomitar durante o exame e para que o médico possa visualizar todo interior sem ser atrapalhado por restos de alimentos.
A maioria dos medicamentos pode ser mantida até o momento da endoscopia, devendo apenas se ter o cuidado de tomá-los com pequenos goles de água para não chegar na hora do exame com o estômago cheio. Alguns remédios podem necessitar de ajustes na dose, tais como medicamentos para a diabetes, devido ao jejum que deve ser feito por até 8 horas antes da endoscopia.
A decisão de suspender medicamentos antiplaquetários (ex: clopidogrel ou ticlopidina) ou anticoagulantes (ex: heparina ou varfarina) deve ser individualizada, tendo em conta o risco de hemorragia durante a endoscopia. Os pacientes que usam aspirina em dose baixa geralmente não precisam suspendê-la antes do procedimento.
Não é preciso tomar antibióticos antes de se fazer uma endoscopia digestiva, mesmo nos pacientes com risco de endocardite infecciosa (leia: ENDOCARDITE | Sintomas e tratamento).
Obviamente, se a endoscopia for indicada de urgência, como nos pacientes com sangramento digestivo ativo, o exame acaba sendo realizado sem preparo algum.
Sedação e anestesia para endoscopia
A endoscopia digestiva alta pode ser feita com ou sem sedação. Nas maioria dos casos o exame é feito com o paciente acordado, apenas com uma leve sedação e um analgésico opioide (da família da morfina). Um spray anestésico também costuma ser usado na garganta para o paciente tolerar melhor a passagem do endoscópio. Muitos pacientes acabam dormindo durante o exame e outros encontram-se tão relaxados que quase não se incomodam com o procedimento.
Os endoscópios ultrafinos podem ser introduzidos através do nariz e não necessitam de sedação, pois causam mínimo desconforto.Todavia, como já foi dito, eles ainda não são usados em todos os casos.
Ao final da endoscopia, o paciente permanece sendo observado por um curto período de tempo, geralmente inferior a uma hora, enquanto o efeito da medicação sedativa desaparece. Alguns dos medicamentos usados podem causar alguma sensação temporária de cansado ou dificuldade de concentração. O paciente costuma ser instruído a não dirigir e não voltar a trabalhar até o dia seguinte.
O desconforto mais comum após o exame é uma sensação de distensão abdominal, que ocorre como resultado do ar introduzido durante o exame. Este incomodo geralmente se resolve rapidamente. Algumas pessoas podem se queixar de uma leve dor de garganta após o exame. A maioria dos pacientes são capazes de comer logo após chegarem em casa.
Como é feita a endoscopia digestiva alta?
A endoscopia é exame relativamente rápido, com duração total de 10 a 20 minutos. Não é preciso ser internado e o paciente pode voltar para casa logo após o final do exame.
Para se realizar a endoscopia digestiva, o paciente é colocado de lado e uma veia do braço é puncionada para administração de medicamentos sedativos e analgésicos. Um protetor bucal de plástico costuma ser colocado entre a boca e o endoscópio para impedir o paciente de mordê-lo.
O exame inicia-se com a introdução do endoscópio pela boca, sendo empurrado lentamente através da orofaringe, esôfago, estômago e duodeno. Enquanto avança ao longo do sistema digestivo, o gastroenterologista vai avaliando o estado da mucosa e procurando por lesões. O endoscópio é introduzido apenas no trato digestivo, não havendo nenhuma interferência no trato respiratório; o paciente não sente dificuldade alguma em respirar.
Caso encontre lesões suspeitas, o médico pode realizar biópsias, retirando pequenos pedaços da mucosa para posterior avaliação por um médico patologista. A biópsia é procedimento indolor. Se o médico encontrar pólipos, os mesmos podem ser retirados. No caso de lesões sangrantes, o gastroenterologista pode cauterizar a lesão, estancando a perda de sangue. O endoscópio também serve para dilatar constrições do esôfago ou para retirar objetos estranhos que tenham sido engolidos.
Complicações da endoscopia digestiva alta
A endoscopia digestiva é um procedimento bastante seguro, com baixo risco de complicações na maioria dos pacientes. A atual taxa de complicações de 0,0002% nas endoscopias apenas diagnósticas e 0,15% nas endoscopias em que uma intervenção é realizada. O risco de perfuração do esôfago ou estômago é menor que 0,03%.
Se os aparelhos forem devidamente esterilizados, seguindo protocolos internacionais, não há risco de contrair infecções, como hepatite ou HIV após uma endoscopia digestiva.
A endoscopia digestiva é um precedimento habitualmente feito pelo médico gastroenterologista e pode ser usada tanto como meio diagnóstico quanto para tratamento de diversos problemas do sistema digestivo alto.
Neste artigo vamos explicar o exame endoscopia digestiva alta, abordando os seguintes pontos:
- O que a endoscopia digestiva alta.
- O que é um endoscópio.
- Quais são as indicações para uma endoscopia digestiva.
- Como é o preparo para uma endoscopia.
- Como é feita a sedação para a endoscopia.
- Como é feita a endoscopia digestiva alta.
- Quais são as complicações possíveis de uma endoscopia digestiva.
A endoscopia digestiva alta (EDA) é um exame que tem como objetivo diagnosticar e tratar algumas das doenças mais comuns do sistema digestivo superior. A endoscopia também pode ser chamada de esofagogastroduodenoscopia, pois é um exame endoscópico que permite a visualização direta do interior do esôfago, estômago e duodeno.
A endoscopia digestiva é feita com um aparelho chamado de endoscópio, um longo e fino tubo flexível, que possui um câmera na sua extremidade, permitindo que o interior dos órgãos digestivos sejam filmados. Os endoscópios atuais têm alta definição de imagem e podem filmar em HDTV.
Endoscópio e o trato gastrointestinal superior |
O endoscópio possui uma câmera de alta resolução e uma fonte de luz própria, que serve para iluminar o interior dos órgãos. O aparelho também é capaz de aspirar e injetar água para limpar secreções que possam estar atrapalhando a visualização direta da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno.
A endoscopia digestiva não serve apenas para ver e filmar o interior do esôfago, estômago e duodeno, ela também pode ser usada para realização de biópsias e tratamento de alguns problemas, como úlceras ou varizes sangrantes. Através do endoscópio é possível introduzir uma série de ferramentas, como pinças de biópsia, laços, agulhas, sondas para escleroterapia ou eletrocautério, balão para dilatação, redes e cestos. Deste modo, uma variedade de procedimentos podem ser realizados durante uma endoscopia digestiva alta.
Indicações para uma endoscopia digestiva alta
A endoscopia digestiva alta é um procedimento habitualmente indicado nas seguintes situações:
- Investigação de quadros de dor ou desconforto inexplicável no abdome superior (leia: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas).
- Avaliação da gravidade da doença do refluxo gastroesofágico, que não responde ao tratamento clínico inicial. (leia: HÉRNIA DE HIATO | Refluxo gastroesofágico).
- Exame de rastreio de câncer em pacientes com diagnóstico prévio de esôfago de Barrett.
- Investigação de quadro de náuseas e vômitos persistentes.
- Avaliação e possível tratamento para quadros de sangramentos do trato gastrointestinal superior (como vômitos com sangue ou sinais de sangue digerido nas fezes, sugerindo o estômago como causa).
- Investigação de varizes de esôfago em pacientes com cirrose e/ou hipertensão portal.
- Investigação de quadros de anemia por carência de ferro sem causa definida (leia: ANEMIA FERROPRIVA | Carência de ferro).
- Investigação de quadros de dificuldade de engolir alimentos ou sensação de comida entalada no esôfago.
- Remoção de corpo estranho acidentalmente engolido.
- Avaliar gravidade da lesão do esôfago em pacientes que ingeriram soda cáustica, água sanitária (lixívia) ou qualquer outra substância corrosiva.
- Avaliar cura ou evolução de pólipos, tumores ou úlceras encontradas em endoscopias anteriores.
Para maximizar os resultados e diminuir os riscos de complicações, todo paciente que será submetido a uma endoscopia digestiva dever realizar uma preparação para o exame.
O paciente que tem uma endoscopia digestiva alta programada não deve se alimentar nas 4 a 8 horas que antecedem o exame. O tempo certo será decidido pelo gastroenterologista, de acordo com a situação clínica do paciente. Água pode ser ingerida até 2 horas antes do procedimento. É importante que o estômago esteja vazio para que não haja risco do paciente vomitar durante o exame e para que o médico possa visualizar todo interior sem ser atrapalhado por restos de alimentos.
A maioria dos medicamentos pode ser mantida até o momento da endoscopia, devendo apenas se ter o cuidado de tomá-los com pequenos goles de água para não chegar na hora do exame com o estômago cheio. Alguns remédios podem necessitar de ajustes na dose, tais como medicamentos para a diabetes, devido ao jejum que deve ser feito por até 8 horas antes da endoscopia.
A decisão de suspender medicamentos antiplaquetários (ex: clopidogrel ou ticlopidina) ou anticoagulantes (ex: heparina ou varfarina) deve ser individualizada, tendo em conta o risco de hemorragia durante a endoscopia. Os pacientes que usam aspirina em dose baixa geralmente não precisam suspendê-la antes do procedimento.
Não é preciso tomar antibióticos antes de se fazer uma endoscopia digestiva, mesmo nos pacientes com risco de endocardite infecciosa (leia: ENDOCARDITE | Sintomas e tratamento).
Obviamente, se a endoscopia for indicada de urgência, como nos pacientes com sangramento digestivo ativo, o exame acaba sendo realizado sem preparo algum.
Sedação e anestesia para endoscopia
A endoscopia digestiva alta pode ser feita com ou sem sedação. Nas maioria dos casos o exame é feito com o paciente acordado, apenas com uma leve sedação e um analgésico opioide (da família da morfina). Um spray anestésico também costuma ser usado na garganta para o paciente tolerar melhor a passagem do endoscópio. Muitos pacientes acabam dormindo durante o exame e outros encontram-se tão relaxados que quase não se incomodam com o procedimento.
Os endoscópios ultrafinos podem ser introduzidos através do nariz e não necessitam de sedação, pois causam mínimo desconforto.Todavia, como já foi dito, eles ainda não são usados em todos os casos.
Ao final da endoscopia, o paciente permanece sendo observado por um curto período de tempo, geralmente inferior a uma hora, enquanto o efeito da medicação sedativa desaparece. Alguns dos medicamentos usados podem causar alguma sensação temporária de cansado ou dificuldade de concentração. O paciente costuma ser instruído a não dirigir e não voltar a trabalhar até o dia seguinte.
O desconforto mais comum após o exame é uma sensação de distensão abdominal, que ocorre como resultado do ar introduzido durante o exame. Este incomodo geralmente se resolve rapidamente. Algumas pessoas podem se queixar de uma leve dor de garganta após o exame. A maioria dos pacientes são capazes de comer logo após chegarem em casa.
Como é feita a endoscopia digestiva alta?
A endoscopia é exame relativamente rápido, com duração total de 10 a 20 minutos. Não é preciso ser internado e o paciente pode voltar para casa logo após o final do exame.
Para se realizar a endoscopia digestiva, o paciente é colocado de lado e uma veia do braço é puncionada para administração de medicamentos sedativos e analgésicos. Um protetor bucal de plástico costuma ser colocado entre a boca e o endoscópio para impedir o paciente de mordê-lo.
O exame inicia-se com a introdução do endoscópio pela boca, sendo empurrado lentamente através da orofaringe, esôfago, estômago e duodeno. Enquanto avança ao longo do sistema digestivo, o gastroenterologista vai avaliando o estado da mucosa e procurando por lesões. O endoscópio é introduzido apenas no trato digestivo, não havendo nenhuma interferência no trato respiratório; o paciente não sente dificuldade alguma em respirar.
Caso encontre lesões suspeitas, o médico pode realizar biópsias, retirando pequenos pedaços da mucosa para posterior avaliação por um médico patologista. A biópsia é procedimento indolor. Se o médico encontrar pólipos, os mesmos podem ser retirados. No caso de lesões sangrantes, o gastroenterologista pode cauterizar a lesão, estancando a perda de sangue. O endoscópio também serve para dilatar constrições do esôfago ou para retirar objetos estranhos que tenham sido engolidos.
Complicações da endoscopia digestiva alta
A endoscopia digestiva é um procedimento bastante seguro, com baixo risco de complicações na maioria dos pacientes. A atual taxa de complicações de 0,0002% nas endoscopias apenas diagnósticas e 0,15% nas endoscopias em que uma intervenção é realizada. O risco de perfuração do esôfago ou estômago é menor que 0,03%.
Se os aparelhos forem devidamente esterilizados, seguindo protocolos internacionais, não há risco de contrair infecções, como hepatite ou HIV após uma endoscopia digestiva.
Leia o texto original no site MD.Saúde:ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTAhttp://www.mdsaude.com/2012/08/endoscopia-digestiva-alta.html#ixzz22mnsTQel
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