segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ESTRONGILOIDÍASE | Strongyloides stercoralis

ESTRONGILOIDÍASE | Strongyloides stercoralis

A estrongiloidíase é uma verminose causada pelo nematoide (helminto)Strongyloides stercoralis, muito comum nas regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil. OStrongyloides stercoraliscostuma habitar o intestino delgado dos indivíduos infectados e, na maioria dos pacientes com sistema imunológico sadio, não provoca sintomas relevantes.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a estrongiloidíase:
  • Transmissão e ciclo do Strongyloides stercoralis.
  • Sintomas da estrongiloidíase.
  • Fatores de riso para estrongiloidíase grave.
  • Diagnóstico da estrongiloidíase.
  • Tratamento para estrongiloidíase.

Transmissão e ciclo de vida do Strongyloides stercoralis

A infecção humana ocorre quando há penetração da pele por larvas filarioides deStrongyloides stercoralis, geralmente por contacto direto com o solo contaminado por fezes humanas. Andar descalço é um dos fatores de risco mais importantes para se contaminar. Além da invasão da pele, a estrogiloidíase também pode ser adquirida pela via oral, através da ingestão de água contaminada ou quando o paciente ingere alimentos preparados por mãos infectadas, não adequadamente lavadas após uma evacuação.
Strongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralis
Após a penetração na pele, as larvas migram para os pulmões. Uma vez nos pulmões, elas migram em direção à parte superior das vias aéreas, sendo inconscientemente engolidas ao chegarem próximos à faringe, caindo no sistema gastrointestinal.
Quando chegam ao intestino delgado, as larvas amadurecem e evoluem exclusivamente para a forma de fêmeas adultas, que medem cerca 2 mm de comprimento. Cada fêmea adulta pode viver até 5 anos, produzindo ovos e liberando novas larvas ainda dentro dos intestinos. As novas larvas são excretadas juntos com as fezes, reiniciando o ciclo de transmissão o verme.
As larvas lançadas ao ambiente junto com as fezes podem contaminar outras pessoas ou evoluir para vida adulta no meio ambiente, desta vez, tornando-se macho ou fêmeas (quando dentro do intestino, a larva torna-se sempre uma fêmea na fase adulta).
Do momento da contaminação até a liberação de novas larvas pelas fezes costuma haver um intervalo de 3 a 4 semanas. Portanto, uma vez infectado, o paciente passa a ser um potencial transmissor em cerca de 1 mês.
Auto-infecção
Strongyloides stercoralis é o único helminto capaz de completar seu ciclo de vida dentro do seu hospedeiro. Nem todas as larvas nascidas no intestino serão excretadas nas fezes. Algumas delas conseguem penetrar a mucosa do cólon ou a pele da região perianal e retornar à circulação sanguínea, indo em direção aos pulmões. Deste modo, o paciente fica se auto-infectando, tornando possível a perpetuação da parasitose.
Em pacientes com sistema imunológico intacto, esse ciclo de auto-infecção é limitado. Todavia, se o paciente for imunodeprimido, pode haver processo de auto-infecções maciças, provocando um quadro de hiperinfecção pelo Strongyloides stercoralis e estrongiloidíase disseminada.
A estrongiloidíase disseminada é aquela que o verme consegue acometer órgãos extra-intestinais, como o sistema nervoso central, coração, trato urinário, glândulas, etc. Todos os órgãos e tecidos podem ser invadidos.

Sintomas da estrongiloidíase

A maioria do pacientes infectado pelo Strongyloides stercoralis não apresenta sintomas relevantes. Em alguns casos, a única pista para a verminose é um aumento do número de eosinófilos (eosinofilia) no hemograma (leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados.).
Quando há sintomas de estrongiloidíase, o quadro mais comum é de dor abdominal, geralmente ao redor do estômago, semelhante a uma dor de gastrite (leia:SINTOMAS DE GASTRITE), que pode ou não vir acompanhada de vômitos, enjoos, diarreia ou perda de apetite.
Lesões na pele no local da penetração das larvas também são um achado comum. O local mais habitual são os pés. Estas lesões são pequenas inflamações que podem coçar bastante. Em alguns casos, as lesões têm forma de serpente, evidenciando o caminho de migração da larva sob a pele.
Sintomas respiratórios ocorrem em cerca de 10% dos pacientes durante a fase de migração das larvas pelos pulmões. Tosse, garganta irritada, falta de ar, febre e até expectoração sanguinolenta são alguns dos sintomas possíveis. Quadros semelhantes à asma ou pneumonia também podem ocorrer.
Os quadros graves costumam ocorrer em pacientes com sistema imunológico debilitado. O paciente com síndrome de hiperinfecção apresenta vários dos sintomas descrito acima e de forma mais severa. A mortalidade nestes casos é bem alta. Apesar de ser um parasita, a estrongiloidíase, nestes casos, pode favorecer a ocorrência de infecções generalizada por bactérias naturais dos intestinos.

Fatores de riso para estrongiloidíase grave

Como já explicado, pacientes saudáveis costumam apresentar quadros brandos da estrongiloidíase com nenhum ou poucos sintomas. Porém, nos pacientes imunossuprimidos, a infecção por Strongyloides stercoralis pode se tornar um quadro dramaticamente grave. Entre as pessoas sob maior risco estão:
  • Alcoólatras.
  • Pacientes com câncer.
  • Pacientes em uso de drogas imunossupressoras.
  • Pacientes em uso de corticoides (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | efeitos colaterais).
  • Pacientes HIV positivos.
  • Pacientes com diabetes mellitus (leia: O QUE É DIABETES?).
  • Pacientes transplantados.
  • Idosos.
  • Diabéticos com doença mal controlada.

Diagnóstico da estrongiloidíase

Na maioria dos casos, o diagnóstico da estrongiloidíase é feito através do exame parasitológico de fezes (leia: VERMES | EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES) à procura de larvas nas fezes. Porém, este teste apresenta elevada taxa de falso negativo.  Exames de sangue podem ser uma alternativa, com taxas de diagnóstico mais elevadas.
Estrongiloidíase no mundo
Casos de estrongiloidíase no mundo

Tratamento para estrongiloidíase

O tratamento com duas doses de Ivermectina, com intervalo de 24 horas entre uma e outra, é o tratamento de escolha para a estrongiloidíase, com taxa de sucesso próxima a 100%. Cambendazol, Albendazol e Tiabendazol são alternativas também eficazes. Após o fim do tratamento, recomenda-se a realização de um exame parasitológico de fezes após nos 7º, 14º e 21º dias.
Se os sintomas persistirem, mesmo se os 3 EPF de controle forem negativos, deve-se pensar em falha do tratamento. Exames de sangue podem ser usados para ajudar a esclarecer a dúvida.

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Volume 19, Number 8-agosto 2013


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ESTUDO SUGERE, ANEMIA PODE AUMENTAR O RISCO DE DEMÊNCIA

Estudo Sugere, Anemia Pode aumentar o risco de demência.

Screening idosos para a condição de sangue faz sentido, diz pesquisador
Quarta-feira, 31 de julho, 2013
Image notícia HealthDay
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Quarta-feira 31 julho (HealthDay News) - Os idosos que sofrem de anemia - inferior vermelhos normais de células sanguíneas níveis - podem estar em maior risco de demência, sugere um novo estudo.
Anemia afeta até 23 por cento dos idosos, dizem os pesquisadores.
"Nós encontramos uma 60 por cento maior risco de demência com anemia. Após o controle de outros fatores, como outra doença médica, demografia, etc, o risco permaneceu elevada de 40 a 50 por cento", disse o principal autor do estudo, Dr. Kristine Yaffe, professor de psiquiatria, neurologia e epidemiologia na Universidade da Califórnia , San Francisco.
"Dado o quão comum tanto anemia e demência estão em adultos mais velhos, mais atenção para a ligação entre os dois é importante, e eu acho que a triagem adultos mais velhos para anemia faz sentido", disse Yaffe.
O estudo de mais de 2.500 homens e mulheres em seus 70 anos na verdade não provar que a anemia provoca demência, no entanto.
"Porque estudamos este prospectivamente, nós pensamos, o melhor que posso dizer, que a anemia está causalmente relacionada à demência, mas com estudos observacionais nunca se pode dizer com certeza. Mas fizemos o nosso melhor para excluir outras explicações", disse Yaffe.
O trabalho de glóbulos vermelhos é transportar oxigênio pelo corpo. Quando você está anêmica, menos oxigênio é fornecido para as células cerebrais, Yaffe explicou. "Acreditamos que a associação é de cerca de baixo oxigênio que está sendo levado para o cérebro", disse ela.
Anemia também pode indicar problemas de saúde em geral, os autores do estudo observaram. Causas da anemia incluem deficiência de ferro e perda de sangue. Cancro, insuficiência renal e certas doenças crónicas, também pode levar a anemia.
O estudo - publicado online 31 de julho, em Neurologia - deve lembrar os médicos que muitas condições podem levar à demência, e tratá-los pode afastar o declínio mental, disse um especialista.
"Uma preocupação com o aumento da visibilidade e da prevalência da doença de Alzheimer é que alguns médicos serão tentados a pular direto para que o diagnóstico sem antes ter seguido a" regra as causas reversíveis "regra", disse o Dr. Sam Gandy, diretor do Mount Sinai Center for Cognitive Saúde em Nova York . A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência.
"Devemos sempre procurar excluir causas tratáveis, reversíveis de demência, tais como depressão, deficiências nutricionais, distúrbios endócrinos e distúrbios metabólicos antes de correr para o diagnóstico da doença de Alzheimer", disse ele.
Durante o estudo, todos os participantes foram testados para a anemia e tomou testes de memória e raciocínio mais de 11 anos.
Quase 400 participantes estavam anêmicas no início do estudo. Ao longo do estudo, cerca de 18 por cento dos participantes - 455 - desenvolveram demência, segundo os pesquisadores.
Dos participantes com anemia, 23 por cento desenvolveram demência, em comparação com 17 por cento daqueles que não estavam anêmicas.
Pessoas que estavam anêmicas no início do estudo tinham um risco 41 por cento maior de desenvolver demência do que aqueles sem anemia após os pesquisadores levaram em conta fatores como idade, raça, sexo e escolaridade.
Pesquisas adicionais são necessários para confirmar esta associação antes de recomendações são feitas a respeito de prevenção de demência, os autores do estudo sugeriram.
FONTES: Kristine Yaffe, MD, professor de psiquiatria, neurologia e epidemiologia da Universidade da Califórnia, em San Francisco , Sam Gandy, MD, Ph.D., diretor do Centro de Mount Sinai for Cognitive Saúde, New York City, 31 de julho de 2013 Neurologia , on-line
HealthDay
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