sábado, 14 de setembro de 2013

AFINAL, TOMAR ANTICONCEPCIONAL ENGORDA?

TOMAR ANTICONCEPCIONAL ENGORDA?

Um dos maiores mitos acerca do uso da pílula é em relação a um suposto ganho de peso que as mulheres apresentam após iniciarem o anticoncepcional. Infelizmente, queixas de ganho de peso talvez sejam o principal motivo para o abandono das pílulas.
Mas, afinal, a pílula anticoncepcional engorda? A resposta curta e grossa é: não, a pílula anticoncepcional não engorda.
Bom, aposto que você não está convencida. Quando dizemos que o ganho de peso relacionado ao uso da pílula é um mito, muitas mulheres torcem o nariz. Provavelmente, a sua experiência própria lhe diz exatamente o oposto. Se for o caso, você não está sozinha, milhares de mulheres juram que engordaram após terem iniciado o uso de anticoncepcionais hormonais. Mais que isso, há muitos médicos que também acreditam nesta relação e contribuem para a perpetuação do mito.
Porém, é importante destacar que milhares de mulheres também afirmam que o seu peso não se alterou com a pílula, e outras milhares garantem que até emagreceram com o anticoncepcional. E agora, baseado em experiências pessoais, podemos dizer que anticoncepcional engorda, emagrece, ou será que o efeito é individual?
A verdade é que o assunto é polêmico. Não bastam relatos pessoais. Não é assim que a ciência funciona. Precisamos dissecar um pouco mais a questão e apresentar o que os estudos científicos já nos mostraram. Vou citar alguns estudos e, ao final, farei breves comentários, resumindo os seus resultados.
Neste artigo abordaremos apenas o ganho de peso relacionado ao uso da pílula anticoncepcional. Se você quiser ler sobre outros efeitos colaterais da pílula, acesse: EFEITOS COLATERAIS DOS ANTICONCEPCIONAIS

Estudos sobre a relação entre ganho de peso e o uso de anticoncepcionais

Nas últimas décadas, dezenas de estudos foram publicados tentando esclarecer a relação entre ganho de peso e uso de pílulas anticoncepcionais.
Um famoso estudo realizado pelo departamento de obstetrícia e ginecologia da Hebrew-University Hadassah Medical School, em Jerusalém, Israel, resolveu acompanhar 80 mulheres jovens e magras que nunca haviam tomados anticoncepcionais antes. Essas mulheres foram divididas em 2 grupos. O primeiro, com 31 mulheres, continuou sem tomar nenhum medicamento. O segundo grupo, composto por 49 mulheres, passou a tomar uma pílula contendo 30 mcg etinilestradiol mais 75 mcg de gestodeno, uma formulação bastante comum no mercado. A quantidade de estrogênio presente nessas pílulas é semelhante a que existe em marcas como o Yasmin, e menor do que em outras, como Diane e Selene.
Depois de 6 meses, os médicos responsáveis pelo estudo foram avaliar peso, índice de massa corporal, percentual de gordura, percentual de água e tamanho da circunferência do quadril e do abdômen. Pois bem, os resultados foram os seguintes:
- 30,6% das mulheres que iniciaram a pílula ganharam mais de 0,5 kg de peso neste intervalo.
- 35% das mulheres que não iniciaram os anticoncepcionais ganharam mais de 0,5 kg de peso neste intervalo.
- 20,4% das mulheres que iniciaram a pílula haviam perdido pelo menos 0,5 kg de peso.
- 19,3% das mulheres que não iniciaram os anticoncepcionais  haviam perdido pelo menos 0,5 kg de peso.
Em ambos os grupos, cerca de metade das mulheres mantiveram o mesmo peso que tinham 6 meses antes.
A comparação entre percentual de gordura, tamanho do quadril e abdômen, percentual de água, IMC e variação do peso foram semelhantes em ambos os grupos. Portanto, neste estudo, o uso de pílulas anticoncepcionais com doses de estrogênio semelhantes àquelas contidas nas marcas mais famosas não pôde ser considerada responsável por ganhos ou perdas de peso.
Uma grande revisão feita com 49 estudos publicados até 2011 chegou à mesma conclusão. Apesar da percepção de muitas mulheres, e até de médicos, de que o uso da pílula anticoncepcional esteja relacionado a ganho de peso, quando se vai estudar a sério a questão, com criteriosa observação do peso e de outros índices relacionados ao ganho de gordura, como percentual de gordura e IMC, conclui-se que não há bases científicas para culpar a pílula por relevantes ganhos de peso. Mesmo naquelas mulheres que ganharam 1 ou 2 quilos, não se conseguiu provar que a culpa era da pílula, pois os grupos que não tomavam o anticoncepcional também apresentaram mulheres com ganhos de peso dessa magnitude.
O que os estudos mostram é que as mulheres podem engordar ou emagrecer por diversos fatores. Ao longo de 6 a 12 meses é muito comum haver variações no peso das pacientes, estejam elas tomando ou não contraceptivos hormonais. O problema é que quando essas variações ocorrem em quem está tomando a pílula, o medicamento acaba recebendo a culpa injustamente.

Qual anticoncepcional engorda mais?

Junto com o mito que diz que anticoncepcional engorda, há também o mito de que certas marcas de contraceptivos orais fazem engordar mais que outras. Segundo essa crença popular, se você engordou tomando uma pílula, basta trocar de marca até encontrar aquela que não vai lhe fazer ganhar peso.
Anticoncepcional engorda
Essa teoria também não tem nenhum sustentação científica. Na verdade, lá no início da década de 1960, quando as primeiras pílulas anticoncepcionais começaram a ser comercializadas, as doses de estrogênio e progesterona chegavam a ser 10 vezes maiores que as de hoje. Naquela época, os anticoncepcionais realmente engordavam. E não só isso, a taxa de efeitos colaterais e complicações era elevadíssima. Muitos dos medos que as mulheres têm dos contraceptivos orais vêm de problemas causados por estas drogas há décadas atrás.
Dentre os 49 trabalhos científicos revisados que não mostraram nenhuma relação entre ganho de peso e uso da pílula, as doses de estrogênio (etinilestradiol) estudada variava de 20 mcg a 50 mcg, o que engloba praticamente todas as pílulas do mercado, incluindo as famosas, Diane, Selene, Yasmin, Belara, Cerazette, Yaz, Nordete e outras.
Portanto, não foi possível reconhecer nenhum benefício particular em relação às atuais formulações dos anticoncepcionais. Você pode até ter a impressão que determinado anticoncepcional engorda mais que outro, porém, essa afirmação carece de sustentação científica.

O que fazer se o anticoncepcional provocar ganho de peso

É possível que você ainda não esteja convencida, principalmente se o seu peso tiver aumentado enquanto você tomava anticoncepcionais.
Portanto, alguns passos podem ser tomados. O primeiro é saber que a maioria dos efeitos colaterais da pílula desaparece após 3 meses de uso. Se você jura que ganhou peso, não desista da pílula com menos de 6 meses de uso. A tendencia é que o seu peso se estabilize e você note que a interferência do contraceptivo oral não foi tão grande quanto você imaginou nos primeiros meses.
É sempre bom lembrar que os anticoncepcionais podem provocar alguma retenção de líquido nos primeiros meses, sendo esta a responsável por discretos ganhos de peso. Neste caso, você ganhou peso, mas não engordou. A tendência é a retenção desparecer após o 3º mês e o peso retornar ao seu valor anterior.
O segundo passo é fazer uma honesta auto-crítica. Algumas perguntas podem ajudar a entender o que aconteceu. Durante o seu ganho de peso você estava praticando atividades físicas de forma regular? Estava controlando corretamente a ingestão de calorias? Você tem feito uma dieta equilibrada? Tem dormido pelo menos 7 horas por noite? Tem evitado beliscar doces ou outras fontes de carboidratos durante o dia, fora das refeições? Essa é a primeira vez na vida que seu peso se altera? Você nunca engordou antes, mesmo sem estar tomando a pílula?
É muito mais fácil e cômodo culpar a pílula pelo ganho de peso do que fazer uma auto-crítica e perceber que o fato de ter engordado provavelmente ocorreu por culpa dos hábitos de vida e alimentares da própria paciente.
Nas décadas anteriores, quando os anticoncepcionais realmente engordavam, a causa era um aumento do apetite. Portanto, o que engordava não era a pílula em si, mas o aumento do consumo de calorias ao longo do dia. Logo, se ao mesmo tempo que você jura que a pílula lhe engordou, também jura que não está comendo mais do que antes, há algo que não fecha na sua história. No final das contas, a pessoa só engorda se estiver constantemente ingerindo mais calorias do que consegue gastar. Isso é uma regra (leia: Calorias para emagrecer).
Como já foi dito, as pessoas podem engordar de um mês para o outro sem ter muita noção do motivo. Às vezes, pequenos hábitos do dia-a-dia, como beliscar, passam despercebidos e o paciente jura que tem controlado sua ingestão de caloria.
Portanto, concluindo, a pílula anticoncepcional não engorda. Não há como culpar a pílula por ganhos de peso acima de 2 kg e ganhos mais discretos costumam desaparecer após alguns meses de uso.


Leia o texto original no site MD.Saúde: TOMAR ANTICONCEPCIONAL ENGORDA? - MD.Saúde http://www.mdsaude.com/2013/09/anticoncepcional-engorda.html#ixzz2etEJ1PGw
Reprodução do artigo autorizada sem modificações (não retire os links do texto). 

POTENCIAL ALVO NOVO DA DROGA PARA FIBROSE CISTICA

Potencial alvo novo da droga para a fibrose cística



13 de setembro de 2013 - Cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), em Heidelberg e da Universidade de Regensburg, ambos na Alemanha, e da Universidade de Lisboa, em Portugal, ter descoberto um alvo da droga potencial promissor para a fibrose cística. Seu trabalho, publicado on-line hoje em celular , também revela um grande conjunto de genes não previamente associadas à doença, demonstrando como uma nova técnica de triagem pode ajudar a identificar novos alvos terapêuticos.

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A fibrose cística é uma doença hereditária causada por mutações num único gene chamado CFTR. Estas mutações causar problemas em vários órgãos, principalmente fazendo com que o revestimento dos pulmões secretam muco anormalmente espesso. Isto leva a infecções recorrentes do pulmão com risco de vida, o que torna cada vez mais difícil para os pacientes a respirar. A doença é estimada a afectar 1 em cada 2500-6000 recém-nascidos na Europa.
Em pacientes com fibrose cística, as mutações de CFTR torná-lo incapaz de realizar as suas tarefas normais. Entre outras coisas, isso significa CFTR perde a capacidade para controlar uma proteína chamada do canal de sódio epitelial (ENaC).Lançado a partir do controle da CFTR, a ENAC se torna hiperativo, as células nos pulmões absorvem muito sódio e - como a água segue o sódio - o muco nas vias aéreas dos pacientes se torna mais espessa eo revestimento dos pulmões torna-se desidratado. A única droga atualmente disponível que neutraliza diretamente de uma mutação relacionada à fibrose cística só funciona em três por cento dos pacientes que carregam uma mutação específica fora das quase 2.000 mutações CFTR cientistas descobriram até agora.
Assim, se você estava procurando uma maneira mais eficiente para combater a fibrose cística, encontrar uma terapia que agir de acordo com ENaC em vez de tentar corrigir essa multidão de mutações CFTR parece ser uma boa opção. Mas, infelizmente, as drogas que inibem ENaC, principalmente desenvolvidos para o tratamento da hipertensão, não se transferir bem com a fibrose cística, em que os seus efeitos não duram muito tempo. Então, os cientistas EMBL, Universidade de Regensburg e da Universidade de Lisboa partiu para encontrar alternativas.
"Em nossa tela, que tentou imitar um tratamento medicamentoso", diz Rainer Pepperkok, cuja equipe no EMBL desenvolveu a técnica, "nós derrubar um gene e ver se ENaC ficou inibido."
Começando com uma lista de cerca de 7000 genes, os cientistas silenciados sistematicamente cada uma, usando uma combinação de genética e microscopia automatizada, e analisadas como esta ENaC afectado. Eles descobriram que mais de 700 genes que, quando inibida, derrubaram atividade ENaC, incluindo um número de genes ninguém sabia estavam envolvidos no processo. Entre suas descobertas foi um gene chamado DGKi. Quando eles testaram químicos que inibem DGKi em células pulmonares de pacientes com fibrose cística, os cientistas descobriram que parece ser um alvo da droga muito promissor.
"DGKi inibição parece reverter os efeitos da fibrose cística, mas não bloquear completamente ENaC", diz Margarida Amaral da Universidade de Lisboa ", de fato, DGKi inibição reduz a atividade ENaC suficiente para as células a voltar ao normal, mas não tanto que eles causam outros problemas, como o edema pulmonar. "
Estes resultados promissores já despertou o interesse da indústria farmacêutica e levou os pesquisadores a patente DGKi como um alvo de drogas, como eles estão ansiosos para explorar a questão ainda mais, em busca de moléculas que inibem fortemente DGKi sem causar efeitos colaterais.
"Nossos resultados são encorajadores, mas estes ainda são os primeiros dias", diz Karl Kunzelmann da Universidade de Regensburg. "Temos DGKi em nossas células porque é necessário, por isso precisamos ter certeza de que essas drogas não vão causar problemas no resto do corpo."
A busca de genes que regulam ENaC foi realizado como parte do projeto TargetScreen2 financiado pela União Europeia.
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Notícia:
A história acima é baseada em materiais fornecidos peloLaboratório de Biologia Molecular Europeu (EMBL) .
Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Jornal de referência :
  1. Joana Almaça, Diana Faria, Marisa Sousa, Inna Uliyakina, Christian Conrad, Lalida Sirianant, Luka A. Clarke, José Paulo Martins, Miguel Santos, Jean-Karim Heriché, Wolfgang Huber, Rainer Schreiber, Rainer Pepperkok, Karl Kunzelmann, Margarida D. . Amaral Tela siRNA de alta Content revela ENaC Reguladores globais e potenciais alvos do tratamento da fibrose cística . Célula de 2013, 154 (6): 1390 DOI: 10.1016/j.cell.2013.08.045
 APA

 MLA
European Molecular Biology Laboratory (EMBL), (2013, 13 de Setembro). Alvo da droga novo potencial para fibrose cística. ScienceDaily .Retirado 14 de setembro de 2013, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.