terça-feira, 3 de setembro de 2013

ALERTAS = 10 SINTOMAS DOS RINS

10 SINTOMAS DOS RINS

O rim é um órgão localizado na porção posterior do abdômen, paralelamente à coluna vertebral. A maioria de nós possui dois rins, um em cada lado da coluna, mas há pessoas que nascem apenas com um.
Os rins são órgãos essenciais à vida, sendo responsáveis por diversas funções, entre elas, filtragem do sangue, controle dos níveis de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio…), da pressão arterial, da quantidade de água do corpo, estimulo à produção de glóbulos vermelhos, produção de vitamina D, etc.
Muitas doenças dos rins apresentam pouco ou nenhum sintoma nas suas fases iniciais. Boa parte dos pacientes só descobre ser portador de doença renal em estágios avançados, quando já não há muito o que fazer para salvar a função dos rins.
Localização dos rins
A melhor maneira de se identificar precocemente as doenças renais é através de exames de sangue e urina. A dosagem da creatinina sanguínea nos permite calcular a taxa de filtração sanguínea dos rins, enquanto que o exame simples de urina, chamado de Urina 1 ou EAS, pode identificar a presença de sangue, proteínas, glicose ou outras substâncias que apontam para uma possível doença renal.
Para saber mais sobre esses dois exames, leia:
CREATININA e UREIA
EXAME DE URINA | Leucócitos, nitritos, hemoglobina…
O grande problema é que, apesar de serem exames baratos e amplamente disponíveis para a população, o desconhecimento dos sintomas que indicam doenças renais faz com que boa parte das pessoas não procurem atendimento médico para avaliação dos seus rins.
Portanto, a seguir vamos falar de dez sinais e sintomas comuns das doenças dos rins. Se você reconhecer qualquer um desses sintomas, procure um médico para fazer uma avaliação dos rins.

Sinais e sintomas de doenças renais

Sintomas dos rins #1 – Sangue na urina (hematúria)
Hematúria é o nome que damos à presença de sangue na urina, seja ela visível a olho nu ou apenas detectável em análises de urina.
A presença de sangue visível na urina recebe o nome de hematúria macroscópica. Urinar sangue costuma assustar os pacientes, pois é senso comum que este é um sinal de que há algo errado nas vias urinárias. Dificilmente uma pessoa com sangue na urina não toma a iniciativa de procurar atendimento médico.
O grande problema é quando a perda de sangue é imperceptível. A hematúria microscópica é aquela que só é identificada através de exames de urina. Este tipo de sangramento na urina pode passar despercebido por anos, já que não é detectável a olho nu.
A presença de sangue na urina, seja visível ou não, pode ser causada por várias doenças, entre elas:
- Câncer renal.
- Câncer de bexiga.
- Câncer de próstata (leia: CÂNCER DE PRÓSTATA | Sintomas e tratamento).
- Cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL | PEDRA NOS RINS | Sintomas da cólica renal).
- Infecção urinária (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | CISTITE).
- Hiperplasia benigna da próstata (leia: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA | Sintomas e tratamento).
- Doenças do glomérulo (leia: GLOMERULONEFRITE | O que é, sintomas e tratamento).
- Anemia falciforme.
- Doença policística renal (leia: RINS POLICÍSTICOS | Doença policística renal).
- Trauma renal.
- Medicamentos.
- Tuberculose urinária (leia: TUBERCULOSE | Sintomas e tratamento).
- Esforço físico.
- Excesso de cálcio na urina.
- Endometriose (leia: ENDOMETRIOSE | Sintomas e tratamento).
Para saber mais detalhes sobre hematúria, leia: HEMATÚRIA | URINA COM SANGUE
Sintomas dos rins #2 – Urina espumosa
É perfeitamente normal que surja um pouco de espuma no vaso sanitário quando urinamos devido ao turbilhonamento do jato de urina na água. Entretanto, se você notar uma mudança no padrão da espuma da urina, principalmente se houver aumento na quantidade e no tempo que ela leva para desaparecer, isso pode indicar doença dos rins.
O aumento da espuma costuma surgir quando há perda de proteínas na urina, uma alteração chamada de proteinúria. A proteinuria é um sinal de doença renal e costuma surgir nas seguintes doenças:
- Diabetes Mellitus (leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS).
- Lúpus (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO).
- Doenças do glomérulo (leia: GLOMERULONEFRITE | O que é, sintomas e tratamento).
- AIDS (leia: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA)).
- Eclâmpsia (leia: ECLÂMPSIA E PRÉ-ECLÂMPSIA).
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA).
- Hipertensão arterial (leia: HIPERTENSÃO ARTERIAL | Sintomas e tratamento).
- Mieloma múltiplo (MIELOMA MÚLTIPLO | Sintomas e tratamento).
Para saber mais detalhes sobre proteinúria, leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA.
Sintomas dos rins #3 – Edemas (inchaços)
Os rins são os órgãos que controlam o volume de água e sódio (sal) em nosso organismo. Na insuficiência renal em fases avançadas há uma redução da eliminação de sódio pelos rins e acúmulo de água, o que leva à formação de edemas (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento).
Os edemas também ocorrem quando há grandes perdas de proteínas na urina, um quadro chamado de síndrome nefrótica.
Os inchaços costumam surgir nos pés e tornozelos, subindo em direção às coxas conforme a doença progride. Em casos mais graves, pode haver retenção de líquidos nos pulmões, o que pode levar a um quadro chamado de edema agudo do pulmão.
Para saber mais detalhes sobre doenças que causam edema, leia: INCHAÇOS E EDEMAS | Causas e tratamento.
Sintomas dos rins #4 – Hipertensão
A retenção de sódio e água não provoca só edemas, mas também leva à hipertensão arterial. Tanto a insuficiência renal crônica quanto as glomerulonefrites frequentemente cursam com elevação da pressão arterial.
É sempre bom lembrar que a hipertensão arterial é uma das doenças mais comuns na população e que mais de 95% dos pacientes com hipertensão não apresentam doença renal. Deve-se suspeitar de doença dos rins no paciente que desenvolve hipertensão subitamente, geralmente associada a um ou mais dos sinais e sintomas descritos neste texto. Pacientes cuja a hipertensão arterial sempre foi bem controlada com medicamento, mas que de repente apresentam piora da mesma, também devem ser investigados para doença renal.
Outra causa de hipertensão de origem renal é uma doença chamada estenose da artéria renal, que nada mais é do que uma obstrução parcial da artéria renal, responsável por levar sangue ao rins.
Para saber mais sobre doenças que podem levar à hipertensão arterial, leia: CAUSAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO ALTA).
Sintomas dos rins #5 – Anemia
O rins produzem um hormônio chamado eritropoietina, que é responsável por estimular a medula óssea a produzir hemácias (glóbulos vermelhos). Quando a função renal fica comprometida, como em fases avançadas da insuficiência renal crônica, há uma queda na produção de eritropoietina, fazendo com que o paciente desenvolva anemia.
Para saber mais sobre anemia, leia: ANEMIA | Sintomas e causas
Sintomas dos rins #6 – Cansaço
O cansaço na insuficiência renal pode ter várias causas. A mais comum é a presença da anemia, explicada acima. Porém, o acúmulo de toxinas no organismo, assim como o aumento da acidez no sangue (chamado de acidose), também podem causar inapetência.
O paciente insuficiente renal crônico em fases avançadas cansa-se com facilidade e tem pouco ânimo. Se o paciente for idoso, o mesmo pode torna-se apático.
A retenção de líquidos nos pulmões citada no item 3. também pode causar cansaço e falta de ar.
Para saber mais sobre causas de cansaço, leia: CANSAÇO | FADIGA | Principais causas
Sintomas dos rins #7 – Perda do apetite, náuseas e vômitos
Do mesmo modo que o aumento da acidez e a retenção de toxinas no sangue causam cansaço, eles também são responsáveis pela perda de apetite. Em fases avançadas, a insuficiência renal faz com o paciente apresente um gosto metálico na boca e um hálito ruim. É comum o paciente não tolerar mais carnes e começar a emagrecer por desnutrição.
Náuseas e vômitos, principalmente na parte da manhã, também podem ser um sinal de doença renal terminal.
Quando o paciente insuficiente renal apresenta os sintomas descritos acima, o médico nefrologista costuma indicar o início da hemodiálise (leia: HEMODIÁLISE | Como funciona, cateter e fístulas).
Sintomas dos rins #8 – Dor nas costas
É muito comum o pacientes, principalmente os mais idosos, associarem uma dor na região lombar com uma possível doença renal. Na verdade, a maioria das doenças renais, incluindo a insuficiência renal crônica, não causa dor nas costas. Dor lombar é na imensa maioria dos casos causada por problemas osteoarticulares da coluna.
Existem, porém, algumas exceções. A presença de uma pedra em um dos rins ou nas vias urinárias pode causar uma intensa dor lombar, que costuma irradiar para virilha. A dor lombar do cálculo renal é excruciante e não tem relação com movimentos do tronco. Essa característica é importante para distingui-la das dores de coluna que não costumam ser tão intensas e pioram quando o paciente move o tronco.
Outra causa de dor lombar de origem renal é a infecção urinária, principalmente a pielonefrite (leia:PIELONEFRITE | INFECÇÃO URINÁRIA | Sintomas e tratamento).
A doença policística renal também pode causar dor lombar, devido a cistos gigantes que comprimem estruturas adjacentes. O sangramento, rutura ou infecção de um cisto também costuma causar dor.
Sintomas dos rins #9 – Acordar a noite para urinar
Acordar durante a noite para urinar é um sintoma muito comum de doenças da próstata (leia: SINTOMAS DA PRÓSTATA), todavia, também pode ser um sinal inicial de doença renal.
Quando a insuficiência renal crônica começa a progredir, o rim começa a perder capacidade de concentrar a urina. É fácil notar que a primeira urina da manhã é sempre mais concentrada, pois como ficamos várias horas sem ingerir líquidos, o rim reduz a eliminação de água na urina durante a noite. Os pacientes com doença renal perdem essa capacidade de concentrar a urina e acabam precisando interromper o sono para urinar.
Sintomas dos rins #10 – Ausência de urina
A maioria das pessoas acha que urinar é um sinal inequívoco de saúde dos rins. O raciocínio é simples: se eu urino é porque meus rins funcionam bem. Isto é um equívoco. Na urina há muito mais do que água e é impossível a olho nu saber se as toxinas do corpo estão sendo eliminadas pelo rins.
Urinar significa apenas que os rins ainda conseguem excretar água. Na verdade, a maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica avançada que precisa iniciar hemodiálise ainda urina pelo menos um litro por dia. A maioria destes só deixa de urinar um ou dois anos depois de terem iniciado programa regular de hemodiálise. Portanto, urinar, mesmo grandes volumes, não é uma garantia de que os rins estejam saudáveis.
A interrupção da urina ocorre geralmente por obstrução das vias urinárias, como nas doenças da próstata. Algumas glomerulonefrites cursam com insuficiência renal aguda, causando uma redução rápida do volume de urina (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA | Sintomas e tratamento).

REMÉDIOS QUE PODEM FAZER MAL AOS RINS

REMÉDIOS QUE PODEM FAZER MAL AOS RINS

Os rins são os principais responsáveis pela filtração e eliminação de substâncias tóxicas do sangue. Porém, mesmo o rim pode sofrer efeitos adversos de algumas destas substâncias. Vários medicamentos usados frequentemente na prática médica podem causar lesão nos rins se forem usados de modo inapropriado. Damos o nome de drogas nefrotóxicas todas aquelas que apresentam potencial risco de causar lesão nos rins.
Além da lesão direta de certas substâncias nos rins, existe também um grupo de drogas que são seguras em pessoas sadias, mas se tornam perigosas em pacientes que já apresentam doença prévia nos rins, fazendo com que haja piora da doença renal.
Várias destas drogas são extremamente comuns e muitas vezes vendidas sem prescrição médica. Vou falar um pouquinho das principais drogas nefrotóxicas.
ATENÇÃO: esse texto não tem como objetivo assustar ninguém, nem fazer propaganda contra medicamentos. O objetivo é mostrar como a auto-medicação pode ser perigosa e trazer prejuízos que as pessoas nem imaginam que possam acontecer.
Remédios
1.) ANTI-INFLAMATÓRIOS (leia também: ANTI-INFLAMATÓRIOS | AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS)
O grande vilão dos rins são os anti-inflamatórios não esteróides (AINES). O principal efeito é a redução da filtração renal, ou seja, da capacidade dos rins em filtrar o sangue. Pessoas sadias toleram essa alteração sem maiores complicações. O problema ocorre naqueles que tem insuficiência renal (principalmente em fases avançadas), e portanto, já apresentam a filtração renal diminuída de base. Esse grupo apresenta grande risco de falência renal aguda e, muitas vezes, necessitam de hemodiálise de urgência. O risco cresce a partir do 3º dia de uso. O anti-inflamatório é, portanto, uma droga contra-indicada em pacientes com insuficiência renal.
Outra lesão relacionada aos anti-inflamatórios é a nefrite intersticial, uma espécie de reação alérgica localizada no rim. A nefrite intersticial pode ser causada por várias drogas além dos anti-inflamatórios e se apresenta principalmente como uma insuficiência renal aguda, com rápida elevação da creatinina (VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?). No caso da nefrite intersticial dos anti-inflamatórios ela apresenta uma característica especial que é a presença concomitante de proteinúria e síndrome nefrótica (leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA).
É bom deixar claro que a nefrite intersticial não é uma reação comum, principalmente se levarmos em conta a quantidade de pessoas que tomam anti-inflamatórios no mundo.
Um terceiro tipo de lesão, mais incomum ainda, é o induzido por uso crônico de anti-inflamatórios, mesmo em pessoas normais. Parece que para pessoas com rins normais desenvolverem lesão renal pelo uso prolongado de AINES , são necessários no mínimo 5000 comprimidos ao longo da vida. Isso equivale a 7 anos de anti-inflamatórios diários em um regime de 12/12 horas.
O AAS (aspirina) também é um anti-inflamatório e deve ser usado com cautela em pacientes com doenças renais. Para mais detalhes, leia: ASPIRINA | AAS | Indicações e efeitos colaterais
2.) ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos também são causa de nefrite intersticial. Diferentemente da nefrite pelos anti-inflamatórios, no caso dos antibióticos a proteinúria é pequena, mas outros sintomas como febre e manchas vermelhas pelo corpo associado a insuficiência renal aguda, ocorrem com maior frequência.
Vários antibióticos podem causar nefrite intersticial, principalmente as penicilinas, rifampicina, ciprofloxacino e trimetoprim/sulfametoxazol (Bactrim®)
Alguns antibióticos são nefrotóxicos por natureza e devem ser evitados em doente renais crônicos. São eles:
- Aminoglicosídeos: Gentamicina, Amicacina, Estreptomicina, Tobramicina e Neomicina
- Anfotericina B
- Pentamidina
Leia mais sobre antibióticos em: ANTIBIÓTICOS | Tipos, resistência e indicações
3.) ANALGÉSICOS
A lesão renal renal pelo uso prolongado de analgésicos era muito comum até a década de 80, e caiu vertiginosamente após a retirada da Fenacetina do mercado. Hoje as lesões relacionadas aos analgésicos são causados pelo uso diário e prolongado do Paracetamol (acetaminofeno), principalmente se associado ao ácido acetilsalicílico (AAS). Também são lesões raras, mas que existem.
A Dipirona é muito pouco usada na Europa e nos EUA, por isso existem poucos estudos sobre seu toxicidade renal.
4.) CONTRASTE DE EXAME RADIOLÓGICO
Doentes com insuficiência renal devem evitar contrastes radiológicos sempre que possível. Se o exame for imprescindível, deve-se realizar uma preparação do paciente para minimizar os efeitos. Os principais exames que usam contrastes nefrotóxicos são:
- Tomografia computadorizada
- Cateterismo cardíaco
- Urografia excretora
- Angiografia
- Ressonância magnética (perigoso apenas em insuficiência renal avançada)
5.) OUTRAS DROGAS
- LÍTIO: usada principalmente no distúrbio bipolar ( antigo distúrbio maníaco-depressivo)
- ACICLOVIR: antiviral
- INDINAVIR: anti-retroviral usado na SIDA (AIDS)
- CICLOSPORINA: imunossupressor usado em transplantes e doenças auto-imunes
- TACROLIMUS: igual ciclosporina
- CICLOFOSFAMIDA: imunossupressor usado em doenças auto-imunes e algumas neoplasias
Existem cada vez mais relatos sobre casos de lesão renal induzidas pelas chamadas ervas chinesas tradicionais. Já são mais de 150 casos de pessoas que usavam essas ervas para emagrecer e desenvolveram insuficiência renal aguda com necessidade de hemodiálise.
Poucos são os procedimentos médicos isentos de riscos. A automedicação é perigosa e é importante conhecer os principais efeitos colaterais para poder detectá-los precocemente. Não é a toa que grande maioria dos médico passa por uma formação de pelo menos 10 anos.

INFORMAÇÕES SOBRE O IBUPROFENO

INFORMAÇÕES SOBRE IBUPROFENO

O Ibuprofeno é uma droga da classe dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), com ações anti-térmicas (contra febre), analgésicas (contra dor) e anti-inflamatórias. O ibuprofeno é indicado para uma série de condições, principalmente para casos de dor de origem inflamatória, como artrites, dores traumáticas, inflamações dentárias, etc.
Neste artigo vamos fornecer as seguintes informações sobre o ibuprofeno:
  • Nomes comercias mais comuns.
  • Para que serve o ibuprofeno.
  • Posologia.
  • Efeitos colaterais.
  • Contra-indicações.
  • Interações medicamentosas.
Neste artigo falaremos especificamente sobre o ibuprofeno. Se você deseja informações  sobre todas as drogas da classe dos anti-inflamatórios não esteroides, leia: ANTI-INFLAMATÓRIOS | Ação e efeitos colaterais.

Nomes comerciais do ibuprofeno

No Brasil e em Portugal, o ibuprofeno já é vendido como medicação genérica, sendo muito fácil encontrá-lo nas farmácias. Em relação aos nomes comerciais disponíveis no mercado nestes dois países, os principias são:
Ibuprofeno simples:
- Advil.
- Algy-Flanderil.
- Alivium.
- Artril.
- Buprovil
- Brufen.
- Capfen.
- Dalsy
- Danilon.
- Doraplax.
- Ibufran.
- Ibupril.
- Lombalgina.
- Maxifen.
- Motrin.
- Nurofen.
- Spidufen.
- Vantil.
Compostos ibuprofeno + outras drogas:
- Algifen: ibuprofeno + paracetamol.
- Algi-Danilon: ibuprofeno + paracetamol.
- Fymnal: ibuprofeno + fenoterol.
- Reuplex: ibuprofeno + paracetamol.

Para que serve o ibuprofeno

O ibuprofeno é uma droga anti-inflamatória não esteroide indicado para o tratamento das dores de leve a moderada intensidade. Entre as condições mais indicadas podemos citar:
- Artrite reumatoide (leia: ARTRITE REUMATOIDE | Sintomas e tratamento).
- Osteoartrose (leia: TRATAMENTO DA ARTROSE | OSTEOARTRITE).
- Dismenorreia (cólica menstrual) (leia: CÓLICA MENSTRUAL | Sintomas e tratamento).
- Gota (leia: ÁCIDO ÚRICO E GOTA).
- Amigdalites (leia: DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE).
- Febre (leia: O QUE É FEBRE?).
- Enxaqueca (leia: DOR DE CABEÇA | Enxaqueca e sinais de gravidade).
- Cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL | Causas e sintomas).
- Inflamações odontológicas.
- Tendinites.
- Lombalgia e outras dores articulares e de coluna.

Posologia do ibuprofeno

O ibuprofeno é habitualmente vendido nas doses de 200 mg, 400 mg e 600 mg
A dose para tratar dores de origem inflamatórias é de 400 a 800 mg de até 6 em 6 horas.
Nos casos de febre a dose recomendada é de 200 mg a cada 4 horas.
A dose diária total máxima é de 3200mg (3.2 gramas), mas o recomendado é não ultrapassar as 2400 mg por dia sem autorização médica, devido ao maior riscos de efeitos colaterais. O uso prolongado, por mais de 1 semana, também deve ser evitado a não que sejam ordens médicas.
Em geral, a posologia de 400 a 600 mg, 2 a 3 vezes por dia é suficiente para controlar a maioria das dores de leve a moderada intensidade.
O efeito analgésico e antitérmico do ibuprofeno inicia-se cerca de 30 minutos após a sua administração e a duração é de 4 a 6 horas.

Efeitos colaterais do ibuprofeno

Sendo um anti-inflamatório não esteroide (AINE), o ibuprofeno partilha de todos os efeitos colaterais da classe.
Ibuprofeno
Ibuprofeno ataca o estômago
Os principais efeitos colaterais do ibuprofeno em ordem decrescente de frequência são: dispepsia (queimação no estômago), náuseas, azia, tonturas, visão turva, zumbidos no ouvidos, retenção de líquidos e edemas, prisão de ventre, excesso de gases, coceiras e diminuição do volume urinário.
Duas complicações graves do ibuprofeno são a úlcera péptica e a insuficiência renal, que podem surgir com o uso prolongado de qualquer AINE. Pacientes que fazem uso crônico de ibuprofeno também apresentam maior risco de complicações cardiovasculares.

Precauções e contra-indicações do ibuprofeno

O ibuprofeno não deve ser administrado a nenhum paciente que já tenha tido reação alérgica ou crise de broncoespasmo (asma) relacionada a qualquer anti-inflamatório não esteroide ou ácido acetilsalicílico (aspirina).
Nos pacientes com cirurgia programada, o ibuprofeno deve ser suspenso pelo menos 48 horas antes.
O ibuprofeno, assim como qualquer outro AINE, não deve ser administrado em pacientes com:
- Insuficiência cardíaca (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA | Causas e sintomas).
- Elevado risco de doenças cardiovascular, como infarto (leia: INFARTO DO MIOCÁRDIO | Causas e prevenção).
- Gastrite ou úlcera péptica (GASTRITE | ÚLCERA GÁSTRICA).
- Insuficiência renal (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA).
- Doença hepática avançada, como cirrose (leia: CIRROSE HEPÁTICA | Sintomas e causas).
- Hipertensão mal controlada (leia: HIPERTENSÃO ARTERIAL DE DIFÍCIL CONTROLE).
- Sangramentos ativos.
- Trombocitopenia (nível sanguíneo de plaquetas muito baixo).
- Hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue).
- Grávidas ou mulheres amamentando.

Interações medicamentosas do ibuprofeno

A associação do ibuprofeno com os seguintes fármacos deve evitada ou feita somente sob orientação médica: varfarina, diuréticos, digoxina, metotrexato, ciclosporina, lítio, citalopram, escitalopram, fluoxetina, paroxetina ou sertralina.
Quem já está tomando um anti-inflamatório não deve utilizar o ibuprofeno. O risco de efeitos colaterais é muito alto quando se associam dois AINE.