quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MITOS E VERDADES SOBRE VITAMINAS

MITOS E VERDADES SOBRE VITAMINAS

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 1 de março de 2009 | 00:05


Leia sobre as verdadeiras funções das vitaminas e descubra o que é verdade e o que é mito.

As vitaminas são compostos orgânicos encontrados em plantas e animais. São necessárias em pequenas quantidades para o metabolismo normal do corpo. Os seres humanos não sintetizam vitaminas (exceto vitamina D) e por isso dependem exclusivamente da alimentação para prover os níveis necessários.

Cada vitamina tem estrutura e função diferente no organismo. São 13 as vitaminas essenciais:
    Vitaminas
  • Vitamina A - Retinol
  • Vitamina B1 - Tiamina
  • Vitamina B2 - Riboflavina
  • Vitamina B3 - Niacina
  • Vitamina B5 - Ácido pantotênico
  • Vitamina B6 - Piridoxina
  • Vitamina B7 - Biotina
  • Vitamina B9 - Ácido fólico
  • Vitamina B12 - Cianocobalamina
  • Vitamina C - Ácido ascórbico
  • Vitamina D - Calciferol
  • Vitamina E - Tocoferol
  • Vitamina K - Filoquinona
As vitaminas são divididas em hidrossolúveis e lipossolúveis.

As lipossolúveis são armazenadas no tecido gorduroso (adiposo) para que o organismo possa usá-las quando necessitar. Praticamente não há excreção destas vitaminas, tudo que é ingerido e não aproveitado no momento, é estocado para momentos de escassez. São vitaminas lipossolúveis as A,D,E e K.

As hidrossolúveis como o próprio nome indica, diluem-se na água e são facilmente excretadas na urina. Praticamente não há armazenamento destas no organismo e todo o excesso é eliminado. São vitaminas hidrossolúveis a família da vitamina B e a vitamina C.

Se por um lado as vitaminas lipossolúveis têm a vantagem de poder serem armazenadas, por outro, como não são eliminadas pela urina, uma ingestão em excesso pode levar a um quadro de hipervitaminose, que em última análise, pode causar a morte. Portanto, existem doenças devido a falta, mas também ao excesso de vitaminas.

A deficiência de vitaminas pode ocorrer por falta de ingestão adequada ou por algum distúrbio que impeça a sua absorção e utilização, ocasionando sua eliminação nas fezes.

Antes de falar especificamente sobre cada vitamina é importante esclarecer alguns mitos, muito propagados na mídia:
  • Vitaminas não dão "energia" ou "força".
  • Vitaminas não combatem o estresse.
  • Vitaminas não previnem gripe.
  • Vitaminas não estimulam o apetite sexual.
  • Vitaminas não estimulam o cérebro.
  • Vitaminas não combatem o colesterol.
  • Vitaminas não melhoram cansaço físico ou mental.
  • Vitaminas não previnem doenças além daquelas causadas pela sua falta.
  • Vitaminas não melhoram o apetite.
  • Vitaminas não substituem exercícios físicos.
  • Vitaminas não engordam ou emagrecem.
  • Vitaminas não substituem uma refeição.
  • A maioria das pessoas consegue todas as vitaminas necessárias na alimentação e não precisam de suplementação.
1.) Vitaminas lipossolúveis:

VITAMINA A

- Fontes: Encontrada em cenouras, ovos , leite, peixes, frutas amarelas, brócolis, espinafre e fígado.

- Deficiência: Causa cegueira, lesões de pele e alterações no crescimento ósseo.

- Intoxicação: Náuseas, vômitos, distúrbios neurológicos, hepatite, queda de cabelo.

- Recomendações: não há indicações para suplementação de vitamina A a não ser que haja evidências de sua deficiência ou doenças que predisponham a mesma como Fibrose cística, Doença de Crohn, insuficiência pancreática e Doença celíaca.

Suplementação em excesso de vitamina A parece estar relacionado ao aumento da incidência de alguns cânceres, como o de pulmão em fumantes.

VITAMINA D

- Fontes: Peixes, leite, ovos, fígado e através da exposição ao sol.

- Deficiência: Osteomalácia (ossos fracos) no adultos e raquitismo nas crianças.

- Intoxicação: Excesso de cálcio sanguíneo, lesão renal, lesão óssea.

- Recomendações: Pessoas com pouca exposição solar, principalmente nos países fora dos trópicos e idosos normalmente apresentam deficiência de vitamina D, uma vez que a principal fonte é a produção da pele pelo estímulo solar. Nestes casos indica-se doses de até 800UI dia. Pode se acompanhar os valores de vitamina D através de análises de sangue.

A vitamina D é produzida na pele mas é ativada pelos rins. Doentes com insuficiência renal necessitam de suplementos da forma ativada. A forma vendida nos multivitamínicos é a inativa, que precisa de um rim saudável para funcionar.

Para saber detalhes sobre a vitamina D, leia: VITAMINA D | Deficiência e suplementos

VITAMINA E

- Fontes: Óleos vegetais, nozes, castanha, avelã, espinafre, leite, arroz, pão, massas.

- Deficiência: Alterações musculares, neurológica e morte prematura dos glóbulos vermelho(hemácias).

- Intoxicação: Não existe nenhuma síndrome bem caracterizada pela excesso de vitamina E. Porém, alguns trabalhos demonstraram uma maior mortalidade em pacientes que faziam complementação com vitamina E. Não há nenhuma causa específica de morte, as pessoas simplesmente vivam menos que o grupo sem suplementação com vitamina E.

- Recomendações: A vitamina E é das vitaminas mais facilmente encontrada em alimentos e por isso sua deficiência é rara. Só indica-se suplementação naqueles com doenças que impedem a absorção da vitamina ingerida: Fibrose cística, Doença de Crohn (leia: ENTENDA A DOENÇA DE CROHN E A RETOCOLITE ULCERATIVA), insuficiência pancreática e Doença celíaca.

A vitamina E parece estimular a produção de espermatozoides e pode ser indicada no tratamento de infertilidade masculina.

VITAMINA K

- Fontes: Folhas verdes, queijos, chocolate, frutas

- Deficiência: A vitamina K é um importante fator na cascata da coagulação e sua deficiência causa hematomas, equimoses e hemorragias. Excesso de vitamina A e E podem inativar a vitamina K.

- Intoxicação: Lesão no fígado e anemia.

- Recomendações: A deficiência de vitamina K em adultos é rara e está relacionado a longos cursos de antibióticos e as doenças que impedem a absorção das vitaminas lipossolúveis já descritas acima.

Em pacientes anticoagulados com varfarina que apresentam sangramentos , podem ser tratados com doses de vitamina K (leia: INTERAÇÕES COM A VARFARINA (MAREVAN, VARFINE, COUMADIN))

2.) Vitaminas hidrossolúveis:

A família das vitaminas B e a vitamina C são hidrossolúveis e não acumulam no organismo. Por isso é muito raro quadros de intoxicação. Como não são estocadas no corpo, faz-se necessário o consumo constante destas vitaminas. Como são nutrientes ricos em vários alimentos, sua deficiência ocorre principalmente em desnutridos e alcoólatras.

As principais doenças por falta de vitaminas hidrossolúveis são:

Vitamina C

- Escorbuto.

Muito comum na época dos descobrimentos, quando os viajantes passavam vários meses no mar, o escorbuto é hoje doença de desnutridos, alcoólatras e toxicodependentes.

Manifesta-se como hemorragias gengivais, alterações na cicatrização, lesões de pele e dores articulares.

Não há comprovação que a vitamina C previna gripes e resfriados (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO), muito menos cânceres.

A ingestão de vitamina C aumenta a absorção de ferro pelo trato gastrointestinal e normalmente é indicada em doentes com anemia por deficiência de ferro (leia: O QUE É ANEMIA ?).

Consumo em excesso de vitamina C parece estar associado a uma maior incidência de cálculos renais (CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS) - Por que ele surge ?)

Outras deficiências:

Vitamina B1 - Beriberi
Vitamina B3 - Pelagra
Vitamina B9 (ácido fólico) - leia: GRAVIDEZ E ÁCIDO FÓLICO
Vitamina B12 - Anemia megaloblástica

Conclusão:

Os benefícios das vitaminas são muito superestimados. Elas são necessárias para se ter saúde, mas doses acima do recomendado não trazem nenhum benefício; pelo contrário.

Os multi vitamínicos costumam ter doses baixas de cada vitamina. No final, não fazem mal, mas também não trazem nenhum benefício. São praticamente placebos.

Muitas pessoas confundem os benefícios das vitaminas com os das proteínas, e acham que podem engordar ou ficarem mais fortes aumentando o consumo das mesmas. Vitamina não engorda, vitamina não dá força, vitamina não ajuda a criar músculos.

Uma dieta normal provém quantidades suficientes de vitaminas, com a vantagem de também proporcionar outros nutrientes como proteínas, carboidratos, fibras etc...


Leia o texto original no site MD.Saúde: MITOS E VERDADES SOBRE VITAMINAS http://www.mdsaude.com/2009/03/vitaminas.html#ixzz2Gvf460xm

VITAMINA D / DEFICIÊNCIA E SUPLEMENTOS

VITAMINA D | Deficiência e suplementos

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 1 de janeiro de 2013 | 23:58

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A vitamina D, também conhecida como calciferol, é uma substância essencial para a nossa saúde, sendo uma das responsáveis pelo controle dos níveis de cálcio e fósforo no sangue e nos ossos.  Nos últimos anos, a vitamina D tem ganhado atenção na mídia e no meio médico por suas supostas ações contra infecções, câncer e doenças cardíacas.

Neste artigo vamos fazer uma revisão do papel da vitamina D no organismo, esclarecendo quais são os seus reais benefícios e quais são apenas suposição ainda não comprovadas por estudos científicos. Vamos abordar os seguintes pontos sobre a vitamina D:
  • O que são as vitaminas.
  • O que é vitamina D.
  • Relação entre vitamina D e exposição solar.
  • Alimentos que contêm vitamina D.
  • Benefícios da vitamina D.
  • Deficiência de vitamina D
  • Suplementos de vitamina D.
O que são as vitaminas

As vitaminas são substâncias encontradas nos alimentos, sendo necessárias em pequenas quantidades para o funcionamento normal do metabolismo do corpo. Os seres humanos não conseguem produzir vitaminas (exceto pela vitamina D, como será explicado mais à frente) e, por isso, dependem da alimentação para manter o níveis sanguíneos necessários à saúde.

Existem 13 vitaminas essenciais, cada uma delas com uma ação específica no organismo. As vitaminas são importantes para a saúde, mas o seu real papel costuma ser superestimado. As pessoas tendem a achar que as vitaminas são nutrientes que agem de forma generalizada no corpo, melhorando a força, combatendo cansaço, impedindo infecções, abrindo apetite, etc. Nada disso é real. Cada vitamina tem ação específica e restrita. Por exemplo, a vitamina K é necessária para as reações que ativam a coagulação do sangue; a vitamina B12 é importante na formação das hemácias (glóbulos vermelhos); e a vitamina A é essencial na formação dos tecidos que revestem os olhos.

Nós precisamos de apenas pequenas quantidades de vitaminas no corpo. Algumas vitaminas quando consumidas em excessos, em vez de trazer benefícios, provocam intoxicações, um quadro chamado hipervitaminose.

Em uma artigo à parte, descrevemos de forma sucinta o papel das principais vitaminas: MITOS E VERDADES SOBRE VITAMINAS.

O que é a vitamina D


A vitamina D é uma substância cuja maior ação se dá no controle dos níveis de cálcio no sangue e na saúde dos ossos. A vitamina D possui uma particularidade em relação às outras vitaminas: além de ser adquirida através dos alimentos, ela também pode ser produzida pelo nosso próprio organismo, através da exposição solar. Portanto, enquanto todas as outras vitaminas só podem ser adquiridas na dieta, uma adequada exposição à luz do sol consegue prover quantidades suficientes de vitamina D para o nosso organismo.

Nos próximo parágrafos vou explicar com mais detalhes a formação e a ativação da vitamina D no nosso corpo. Esta parte apesar de parecer muito técnica e de ter nomenclaturas complicadas será importante mais à frente quando falarmos da deficiência e da reposição de vitamina D. Tentarei ser o mais didático possível.

Metabolismo da vitamina D no organismo

Existem duas formas básicas de vitamina D: colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2). Ambas podem ser obtidas através de alimentos ou suplementos vitamínicos. A vitamina D3, porém, pode também ser produzida pelo nosso corpo. Através do colesterol que é consumido nos alimentos, conseguimos obter uma substância chamada 7-dehidrocolesterol. Este colesterol se deposita nas células da pele e, quando exposto à luz solar (raios UV-B), se transforma colecalciferol (vitamina D3).

Metabolismo da vitamina D

Tanto o colecalciferol (vitamina D3) quanto o ergocalciferol (vitamina D2) são formas inativas da vitamina D. Para que a vitamina D possa exercer seus efeitos no organismo, mais duas metabolizações são necessárias.

O processo se dá da seguinte maneira: as vitaminas D3 e D2 obtidas na alimentação e/ou exposição solar são transportadas para o fígado, onde serão transformadas em calcidiol (25-hidroxivitamina D). O calcidiol é a forma que o corpo usa para armazenar a vitamina D. Por isso, quando queremos saber se o paciente tem níveis adequados de vitamina D no corpo, dosamos no sangue os níveis de 25-hidroxivitamina D (25OH vit D).

Quando o organismo sente necessidade de agir sobre os níveis de cálcio do sangue e dos ossos, uma parte desta 25-hidroxivitamina D é transportada até o rins, onde sofrerá o último processo de metabolização, transformando-se em calcitriol (1,25-hidroxivitamina D), esta sim a forma ativa da vitamina D.

Portanto, resumindo, a obtenção e ativação da vitamina D podem seguir dois caminhos:
  • Alimentos » fígado » rim.
  • Pele » fígado » rins.

Exposição solar e vitamina D


O colecalciferol (vitamina D3) formado após exposição solar é a melhor e mais fácil fonte de vitamina D que podemos obter. A variedade de alimentos ricos em vitamina D é pequena, por isso, uma exposição solar frequente é necessária para que o corpo consiga ter reservas adequadas de vitamina D.

Populações que vivem em países de clima temperado são as que mais sofrem com a falta de vitamina D. Além da menor incidência de sol nos meses de inverno e outono, o frio faz com que as pessoas saiam menos de casa, e quando o fazem, precisam usar roupas grossas e compridas, impedindo o contato da pele com o sol, mesmo em dias ensolarados. Na Europa, cerca de metade da população chega ao final do inverno com níveis baixos de calcidiol (25-hidroxivitamina D), caracterizando deficiência de vitamina D.

Para quem vive em países com elevada exposição solar, como o Brasil, o risco de deficiência de vitamina D deveria ser bem baixo, mas não é. Na verdade, a quantidade de sol que uma região recebe por ano é importante, mas há outros fatores que influenciam na capacidade da pele de produzir vitamina D a partir dos raios UV-B. Exemplos:

- No Oriente Médio, a exposição solar anual é bem elevada, entretanto esta região apresenta altas taxas de carência de vitamina D. O principal motivo é cultural, devido ao costume de se usar roupas compridas, que cobrem toda a superfície corporal, limitando o contato da pele com os raios solares.

- A idade é outro fator importante também. Com o passar do anos, a pele vai ficando cada vez menos eficiente em produzir vitamina D, tornado os idosos um grupo com elevado risco para deficiência desta vitamina. Além da baixa eficiência da pele, os idosos costumam ter um consumo mais baixo de vitamina D na dieta, se expõem menos ao sol e muitas vezes passam o dia fechados em casa ou em lares para terceira idade. Em alguns países da Europa, mais de 80% da população idosa apresenta carência de vitamina D. Mesmo no Brasil, estima-se que metade da população idosa sofra de falta de vitamina D.

- Com a maior conscientização da população em relação aos riscos de câncer de pele devido à exagerada exposição solar, é cada vez maior o número de pessoas que evitam tomar banho de sol (leia: MELANOMA | Câncer de pele). Além disso, o uso frequente de protetor solar com elevado fator de proteção bloqueia os raios UV-B, impedindo que os mesmos consigam estimular a produção de vitamina D na pele (leia: PROTETOR SOLAR | FILTRO SOLAR).

- A cor da pele é outro importante fator. A melanina, presente em grande quantidade nas pessoas de pele mais escura, é um pigmento que nos protege contra os raios UV-A e UV-B. A melanina é a responsável pela menor incidência de câncer de pele em pessoas negras e pardas. Porém, a melanina não bloqueia só os efeitos maléficos dos raios ultravioleta. Pessoas de pele mais escura precisam ficar mais tempo ao sol para que sua pele produza mesma quantidade de vitamina D que pessoas mais brancas. A falta de vitamina D em negros é muito comum, principalmente naqueles que vivem em países com baixa incidência solar.

Em geral, pessoas de pele clara precisam de 5 a 10 minutos de exposição solar 2 a 3 vezes por semana. Já pessoas de pele mais escura precisam de 30 minutos, três vezes por semana para obter o mesmo resultado. O melhor horário é entre 10h e 15h. O sol do início da manhã ou no final da tarde é muito fraco, não tendo capacidade de estimular a produção de vitamina D.

Alimentos que contêm vitamina D


Poucos alimentos contêm quantidades relevantes de vitamina D. Naturalmente, os peixes oleosos são as principais fontes, principalmente o óleo de fígado de bacalhau, atum enlatado, salmão e sardinha. Outras fontes de vitamina D são a gema do ovo, cogumelos e o bife de fígado. Atualmente, os derivados de leite também são fontes ricas de vitamina D, mas somente porque eles são artificialmente enriquecidos com a vitamina. Portanto, leite industrializado, queijos e iogurtes também são alimentos que contêm vitamina D.

Ao contrário da crença popular, frutas e vegetais não são fontes de vitamina D.

Benefícios da vitamina D


O principal papel da vitamina D é controlar o metabolismo do cálcio e do fósforo, mantendo os ossos saudáveis. Crianças com deficiência de vitamina D desenvolvem raquitismo e adultos sofrem de osteomalácia e osteoporose. Idosos com falta de vitamina D apresentam também menor força muscular e maior risco de quedas e fratura do colo do fêmur.

Nos últimos anos uma grande quantidade de estudos têm surgido, sugerindo outros benefícios da vitamina D além do controle do metabolismo do cálcio. Entre as doenças que podem estar relacionadas com a falta de vitamina D podemos citar:
É importante frisar que os benefícios cientificamente comprovado da vitamina D são apenas aqueles ligados aos ossos e o metabolismo do cálcio. Todas as outras supostas ações não estão 100% comprovadas. O que existem são estudos preliminares, que parecem ser reais, mas que precisam ainda serem comprovados por estudos em larga escala.

Obs: há um grande estudo sobre o assunto em andamento nos EUA, com mais de 20.000 pacientes, que deve ser finalizado até 2016. Espera-se que a partir deste estudo tenhamos dados mais confiáveis sobre a ação da vitamina D em várias partes do corpo.

Deficiência de vitamina D


Como a vitamina D é armazenada no organismo sob a forma de calcidiol (25-hidroxivitamina D), este é o tipo de vitamina D mais abundante no nosso sangue. Por isso, a 25-hidroxivitamina D é a substância que dosamos quando queremos saber se o corpo tem quantidades adequadas de vitamina D.

Umas das grandes dificuldades atualmente na medicina é descobrir quais são os valores ideais de calcidiol (25-hidroxivitamina D). Ao longo dos anos, conforme os estudos vão elucidando o papel da vitamina D no organismo, os valores considerados normais vem se alterando.

Atualmente, os valores mais aceitos como adequados são entre 20 e 40 ng/mL. Porém, é possível encontrar fontes bibliográficas que dizem que os valores ideais de 25-hidroxivitamina D são acima de 50 ng/mL ou até 75 ng/mL.

Níveis superiores a 90 ng/mL costumam ser considerados potencialmente tóxicos.

Suplementos de vitamina D


Como os especialistas ainda não chegaram ao um consenso sobre quais são os níveis adequados de 25-hidroxivitamina D, os critérios para se indicar suplementos de vitamina D mantêm-se confusos. Há médicos que indicam suplementos quando os níveis de 25-hidroxivitamina D estão abaixo de 50 ng/mL, enquanto outros somente quando abaixo de 30 ou 20 ng/mL.

As normas da Sociedade Americana de Endocrinologia sugerem suplementação de vitamina D, visando manter a concentração de 25-hidroxivitamina D acima de 30 ng/mL. Habitualmente, a dose de 600 a 800 UI por dia é suficiente para atingir este alvo. A suplementação com colecalciferol (vitamina D3) é mais indicada que com ergocalciferol (vitamina D2), apesar desta última também ser uma opção aceitável.

Em pessoas com deficiência mais grave, como nos casos de 25-hidroxivitamina D em níveis abaixo de 20 ou 15 ng/dl, doses diárias mais elevadas de vitamina D, como até 2.000 UI, podem ser necessárias.

Se for possível realizar alterações na dieta e no padrão de exposição solar, muitas vezes o paciente consegue alcançar níveis de 25-hidroxivitamina D adequados sem suplementos. É bom lembrar que um prato de salmão chega a fornecer 1.000 UI de vitamina D e 30 minutos de exposição solar pode produzir 10.000 UI de vitamina D.

Os idosos, porém, são o grupo que tem mais dificuldade de corrigir sua deficiência de vitamina D sem a ajuda de suplementos. Quem mora em locais mais frios também costuma precisar de suplementos de vitamina D, principalmente no inverno.

Como os pacientes com doença do fígado ou dos rins são normalmente incapazes de metabolizar adequadamente as vitaminas D2 e D3, a reposição costuma ser feita diretamente com 25-hidroxivitamina D ou 1,25-hidroxivitamina D.


Leia o texto original no site MD.Saúde: VITAMINA D | Deficiência e suplementos http://www.mdsaude.com/2013/01/vitamina-d.html#ixzz2GvcZweQc

APROVADO PRIMEIRO MEDICAMENTO CONTRA A TUBERCULOSE MULTIRESISTENTE

Aprovado primeiro medicamento
contra tuberculose multi-resistente

Bedaquilina tem luz verde da agência norte-americana FDA
- Food and Drug Administration



A agência norte-americana para a segurança alimentar e o medicamento (Food and Drug Administration – FDA) aprovou no dia 28 de Dezembro um novo medicamento contra a tuberculose. Trata-se de bedaquilina e é o primeiro fármaco contra a tuberculose que tem como característica estar indicado expressamente para as formas mais resistentes desta doença infecciosa provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
As mutações da bactéria são tão significativas que definem já um novo tipo de tuberculose, a tuberculose multi-resistente, em que microorganismo não responde aos fármacos habituais, a rifampicina e a isoniazida.
A única opção é testar combinações mais agressivas, tratamentos até dois anos com 20 comprimidos por dia, regime que é insustentável em muitos países. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que em 2011 houve 8,7 milhões de casos de tuberculose em todo o mundo e 1,4 milhões de mortes devido à doença. A OMS estima também que se verificam mais de 300 mil casos da variante resistente e apenas 20 por cento recebem tratamento.
A FDA aprovou o fármaco através de um procedimento rápido utilizado para reduzir o prazo de aprovação e que se baseia numa avaliação célere dos riscos do medicamento em relação aos potenciais benefícios. Este medicamento deve ser utilizado em combinação com outros e tem vários riscos, especialmente para o sistema cardiovascular.
Devido à gravidade da infecção, organizações como a Médicos Sem Fronteiras (MSF) receberam a notícia com alegria. “A bedaquilina é o primeiro fármaco activo contra a tuberculose que a FDA aprova desde 1963”, refere aquela organização em comunicado. “É um grande avanço; o facto do medicamento ser eficaz contra as formas resistentes a outros fármacos pode alterar as regras do jogo”, considera Manica Balasegaram, o director da Access Campaign dos MSF.

ALIMENTOS COM PODER ANTI-INFLAMATÓRIOS FAZEM SEU CORPO FUNCIONAR MELHOR


Dieta desintoxicante limpa o organismo e acelera emagrecimento

Alimentos com poder anti-inflamatório fazem seu corpo funcionar melhor


Por Carolina Gonçalves - publicado em 23/11/2012

Ao iniciar uma dieta, algumas pessoas notam que o resultado é mais lento do que o esperado para o emagrecimento e até mesmo algumas mudanças que costumam surgir por causa da alimentação saudável demoram a aparecer, como uma pele mais bonita, cabelos mais brilhantes e um sono tranquilo. Esse é o seu caso? A culpa pode ser de alimentos tóxicos que você consumia antes que causam diversos processos inflamatórios no organismo e fazem com que ele não consiga mais exercer as funções corretamente. "É comum sentirmos sintomas dessa intoxicação, como dor de cabeça, fadiga e problemas intestinais", alerta a nutricionista Izabella Fratezi, consultora da Galgani Farmácia de Manipulação, em Belo Horizonte.

Para evitar esse problema, alguns nutricionistas recomendam adotar uma dieta desintoxicante antes de fazer a reeducação alimentar de fato. "Essa dieta ajuda o corpo a eliminar as toxinas acumuladas por causa do consumo de alimentos industrializados, açúcar refinado, gorduras saturadas e gorduras trans e hidrogenadas, além de vícios como álcool e cigarro", explica a nutricionista. A duração da desintoxicação dependerá de cada organismo. Confira os alimentos que podem ser consumidos sem culpa durante essa desintoxicação: 
de 10
salmão com legumes - Foto: Getty Images

Salmão

Esse peixe é rico ômega 3, ômega 6 e ômega 9, todos nutrientes com poderosa ação anti-inflamatória. "Além disso, durante esse processo de desintoxicação, não é aconselhável comer carne vermelha ou outros tipos muito gordurosos, que têm a digestão muito lenta e provocam inflamação", explica a nutricionista Izabella. O ideal é ingerir peixe de três a cinco vezes por semana. 
frutas e legumes - Foto: Getty Images

Frutas e legumes

Além de terem uma digestão mais fácil, as frutas, legumes e verduras são ricas em vitaminas e minerais que atuam como antioxidantes. "Elas impedem ou neutralizam a formação de compostos denominados radicais livres, que são nocivos ao organismo", explica a nutróloga e dermatologista Cristiane Braga, da Associação Brasileira de Nutrologia. A quantidade diária para ingestão de frutas e legumes é de 3 a cinco porções. 
chá verde - Foto: Getty Images

Chá-verde

A bebida é rica em catequinas, substâncias que combatem a inflamação e os radicais livres. "As catequinas também possuem efeito termogênico, ajudando a reduzir a concentração de gorduras no sangue", afirma a nutróloga Cristiane. De acordo com a nutricionista, o chá-verde pode ser ingerido várias vezes ao dia, desde que não ultrapasse o limite de um litro diário. 
Gengibre - Foto Getty Images

Gengibre

Devido à presença de duas substâncias chamadas cineol e gingerois, o gengibre é um perfeito anti-inflamatório, antioxidante e antibactericida. "Ele também é rico em vitamina B6, cobre, magnésio e potássio, todos nutrientes com propriedades anti-inflamatórias importantes", diz a nutróloga Cristiane. O gengibre pode ser ingerido cru, fatiado, ralado ou na forma de chás. 
arroz integral - Foto: Getty Images

Alimentos integrais

Por serem ricos em fibras, os alimentos integrais atuam na melhora do funcionamento intestinal. "Com o intestino funcionando melhor, o corpo aumenta a capacidade de excreção de toxinas por meio das fezes, potencializando a desinflamação", explica Cristiane Braga. 
linhaça - Foto: divulgação

Grãos

Além de possuir vitaminas e minerais, os grãos integrais em geral possuem amidos resistentes, isto é, fibras que não são digeridas e agem promovendo a aceleração do trânsito intestinal. "Grãos como a quinua e linhaça também possuem ácidos graxos ômega 3, que são anti-inflamatórios", declara a nutricionista Izabella. Você pode consumi-los em saladas, com frutas e até batidos com sucos. 
lima da pérsia fatiada - Foto: Getty Images

Limão e lima da pérsia

"Por possuir vitamina C, ácido cítrico e uma substância chamada d-limoneno, esses frutos estimulam o funcionamento do fígado e a expulsão das toxinas", explica a nutróloga Cristiane. Durante a desintoxicação, recomenda-se um copo de água com suco de meio limão em jejum, pela manhã, para limpar o organismo. "No entanto, essa prática não é recomendada para quem tem úlceras ou gastrite, pois pode piorar o quadro", lembra a médica. 
shitake - Foto: Getty Images

Shitake

Esse tipo cogumelo é uma importante fonte de ácido pantotênico, uma das vitaminas do complexo B que atua como cofator de outras vitaminas (B1, B2, B3, B6 e biotina) e ajuda na formação de hormônios e neurotransmissores. "O shitake também é rico em oligoelementos que realizam uma limpeza no organismo", diz a nutricionista Izabella. A necessidade diária do ácido pantotênico é de 5 miligramas, encontrados em 100 gramas de shitake. 
dois cocos na areia da praia - Foto: Getty Images

Água de coco

Poderoso antioxidante, a água de coco combate os radicais livres e tem um alto potencial hidratante, o que estimula o funcionamento dos rins. A nutricionista Izabella afirma que a água de coco contém uma composição de minerais que satisfaz as necessidades do organismo quando é necessária uma reidratação. "Além disso, o coco também possui vitaminas A, B1, B2 e B5, que atuam na desinflamação."
mulher bebendo água - Foto Getty Images

Invista na água

A maioria dos desequilíbrios orgânicos acontece no meio ácido. A ingestão de água pode ajudar a restabelecer o pH do organismo, sendo um elemento fundamental para a desintoxicação do corpo. Para combater o problema, a bebida precisa ser dotada de ORP negativo ou pH alcalino (acima de oito). Antes de comprar a sua garrafa, verifique na embalagem qual é o pH da água - se for acima de oito, o ORP já é negativo. "A ingestão adequada de água também aumenta a diurese, facilitando a excreção de toxinas pela urina, além de ajudar no bom funcionamento do organismo como um todo", complementa a nutróloga Cristiane.