quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ENJOOS E VÔMITOS NA GRAVIDEZ


ENJOOS E VÔMITOS NA GRAVIDEZ | Tratamento e causas

Náuseas e vômitos no primeiro trimestre da gravidez são eventos tão comuns que podem quase ser considerados como uma manifestação fisiológica. Neste texto vamos abordar as causas e tratamentos para os simples enjoos da gravidez e para a chamada hiperêmese gravídica.

Este texto é específico sobre enjoo na gravidez. Se está à procura de um texto sobre outros sintomas de gravidez ou sobre o diagnóstico de gravidez, leia:
SINTOMAS DE GRAVIDEZ | TESTE DE GRAVIDEZ.
PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ

Enjoo matinal


O enjoo matinal é tão comum e tão típico do início da gestação, que perde apenas para o atraso menstrual como o sintoma que mais faz as mulheres irem a uma farmácia para comprar um teste de gravidez. Cerca de 70% a 80% das mulheres sofrem de enjoo matinais no primeiro trimestre. As náuseas podem vir com ou sem vômitos; ocorrem principalmente na parte da manhã, mas podem se manifestar a qualquer momento do dia.

Enjoos na gravidez
Enjoo na gravidez
Os enjoos da gravidez normalmente surgem na 5ª ou 6ª semanas, durando, geralmente, até a 12ª semana, data que marca o início do 2º trimestre de gestação.

Algumas mulheres com menos sorte permanecem com náuseas até a 18ª semana, época em que 90% das gestantes já não as tem mais. Destas, cerca de 10% mantêm os enjoos durante períodos mais avançados da gravidez, podendo durar até o 3º trimestre.

A gravidade dos enjoos na gravidez varia muito. Algumas mulheres quase nada sentem; outras queixam-se de náuseas leves em curtos períodos, muitas vezes sem vômitos; há também os casos onde os enjoos e os vômitos são frequentes, tornando o primeiro trimestre muito penoso; no final do espectro existe ainda os casos de hiperêmese gravídica, um quadro de náuseas e vômitos tão frequentes que impedem a alimentação e levam a gestante à desidratação. Abordarei a hiperêmese gravídica mais à frente neste texto.

Por que surgem enjoos na gravidez?

O mecanismo exato que leva mulheres grávidas a sentir enjoos durante todo o primeiro trimestre da gestação é desconhecido. Sabe-se, porém, que as rápidas alterações hormonais do início da gravidez (estrogênio, progesterona e hCG) desempenham um papel importante no quadro. Alguns trabalhos mostraram que quanto mais alto os níveis do hormônio hCG, maior a incidência de náuseas durante a gravidez.

Os hormônios da gravidez, principalmente a progesterona, agem também na motilidade do trato gastrointestinal. Mulheres grávidas apresentam um "estômago preguiçoso", que demora a se esvaziar, o que além de favorecer o aparecimento das náuseas, provoca também uma sensação de saciedade precoce, impedindo a ingestão de grandes quantidades de alimento. A gestante sente-se "empanturrada" com muita facilidade.

Fatores de risco para enjoos na gravidez

Apesar das causas para os enjoos não estarem completamente elucidadas, alguns fatores são amplamente reconhecidos como de risco para o desenvolvimento das náuseas e vômitos:

- Mulheres que antes da gravidez já apresentam náuseas com mais facilidade, como durante movimentos ou após estímulos a cheiros e sabores fortes, apresentam maior risco de enjoos fortes na gravidez (leia: CINETOSE | ENJOO DE MOVIMENTO).
- Mulheres ansiosas ou gestantes muito jovens também apresentam maior incidência e intensidade de enjoos.
- Gestantes com antecedentes de enxaqueca apresentam maior risco (leia: DOR DE CABEÇA - ENXAQUECA, CEFALÉIA TENSIONAL).
- Alguns estudos sugerem a hipótese de que mulheres que possuem a bactéria Helicobacter pylori possam apresentar maior risco de náuseas durante a gravidez. (leia: H.PYLORI (Helicobacter pylori) | Sintomas e tratamento).
- Mulheres grávidas de gêmeos apresentam maior incidência e maior intensidade de enjoos.

Sintomas dos enjoos na gravidez 

Na maioria das mulheres grávidas os enjoos são intermitentes. É comum haver uma alternância entre fome e enjoos ao longo do dia. O ideal é que a gestante procure fazer suas refeições sempre que os enjoos desparecem.

Apesar de incômodo, os enjoos da gravidez raramente causam algum problema ao feto. A maioria das gestantes conseguem se alimentar durante os períodos de alívio das náuseas, mantendo assim um adequado consumo de nutrientes.

Associado aos enjoos é possível que a gestante apresente alterações no seu olfato e paladar. Alimentos antes adorados podem perder todo o seu apelo. Por outro lado, é comum surgirem desejos de comer alimentos que outrora nunca eram escolhidos. Pode acontecer, por exemplo, de mulheres que não comam carne vermelha passem a ter desejos por hambúrgueres, ou de gestantes que eram aficcionadas por chocolate, simplesmente não conseguirem mais comer um único bombom.

Quando procurar um médico 

Ao contrários dos outros tipos de náuseas e vômitos, no enjoo típico da gravidez não há outros sintomas gastrointestinais ou sistêmicos associados, como febre, diarréia e intensas cólicas. A presença destes sintomas deve ser informada ao médico.

Outro sinal de gravidade são vômitos incoercíveis, fazendo com que a grávida não consiga se alimentar ou beber líquidos. Os enjoos da gravidez podem ser tão intensos que causam perda de peso e desidratação da gestante. Se você está grávida, apresenta vômitos frequentes e já perdeu pelo menos dois quilos por conta destes, procure um médico, pois podemos estar diante do diagnóstico de hiperêmese gravídica

Hiperêmese gravídica

A hiperêmese gravídica é uma apresentação anormal dos enjoos matinais. É uma forma grave das náuseas e vômitos da gravidez. A hiperêmese gravídica ocorre em 0,5% a 2% das gestações e se caracteriza por vômitos frequentes, não responsivos ao tratamento, associado a desidratação, alterações hidreletrolíticas e perda de peso. Como a grávida não consegue se alimentar nem ingerir líquidos, o internamento hospitalar pode ser necessário para que se possa administrar fluidos e alguns nutrientes por via intravenosa.

Tratamento para os enjoos da gravidez


O primeiro trimestre da gravidez é o mais importante, pois é quando o feto está se formando. Nesta fase é imperativo evitar tomar qualquer tipo de remédio ou substância sem a explicita autorização do seu obstetra.

Na maioria das gestantes os enjoos matinais não necessitam de medicamentos, apenas algumas alterações na dieta e de alguns hábitos de vida:

- Evite grandes refeições. O estômago da grávida esvazia mais lentamente, por isso, pequenas porções são mais bem toleradas. Comer demais e ficar com a estômago cheio pode precipitar os enjoos.
- Os enjoos da gravidez costumam ser intermitentes ao longo do dia. Procure se alimentar sempre que estiver se sentindo bem. A fome pode desencadear as náuseas. Não deixe de se alimentar por medo de vomitar.
- Evite comer e deitar-se logo após. Evite comer perto da hora de dormir.
- Coma o que tiver vontade. É melhor comer qualquer coisa do que nada.
- Peça para alguém preparar a comida. Algumas grávidas perdem a fome e começam a ter enjoos quando precisam preparar a própria refeição.
- Procure estar sempre bem hidratada. Se você tem vômitos, procure repor os líquidos perdidos quando o enjoo tiver desaparecido. Mais uma vez, ingira pequenos volumes de cada vez. Líquidos frios são mais bem tolerados.
- Reconheça os gatilhos dos enjoos e evite-os. Cheiros fortes, por exemplo, costumam ser mal tolerados. Outros gatilhos comuns são o calor, umidade, barulho e estar em movimento, tipo andar de carro ou avião.
- Evite a fadiga. É comum haver intolerância ao exercício no primeiro trimestre. Se você é uma pessoa ativa, não tente manter a mesma carga de exercícios que você executava antes de estar grávida. Não é preciso ficar completamente sedentária, mas o ideal é não se cansar nesta fase.
- Gengibre, limão ou melancia costumam ser muito bem tolerados pelas grávidas. Evite comidas apimentadas e muito gordurosas.
- Se o seu enjoo não surge quando você acorda, mas sim logo após o levantar da cama, mantenha um pacote de biscoito tipo crackers na cabeceira para comer um ou dois antes de se levantar. Isso "acalma" o estômago.

O mais importante é reconhecer o que te faz bem e o que te faz mal. As dicas acima funcionam para a maioria das mulheres, mas pode ser que você tenha que descobrir quais as dicas ideais para o seu caso.

Se suas náuseas não melhoram de jeito nenhum com as medidas habituais, talvez seja necessário usar alguns medicamentos para controlá-las. A lista de drogas possíveis é vasta, porém, como algumas podem ser vendidas sem receita médica, não vou listá-las aqui para não estimular a automedicação, que é ainda mais grave quando feita por uma gestante no primeiro trimestre.

Mitos sobre os enjoos da gravidez

Mulher que não enjoa tem maior risco de abortamento?
Não necessariamente. Teoricamente uma gravidez com problemas não produziria os níveis adequados de hormônios e os sintomas de náuseas e vômitos seriam menos intensos. Porém, é comum ter uma gravidez normal sem ter que passar pelo sofrimento dos enjoos. Portanto, não é correto criar expectativas quanto ao sucesso da gravidez apenas pela presença ou não de enjoos.

Os enjoos da gravidez podem prejudicar o feto?
Não. Exceto nos casos mais graves, com necessidade de internação hospitalar, o feto nada sofre com suas náuseas e vômitos ocasionais.

O enjoo não desaparecer após o fim do 1º trimestre significa algo de errado na gravidez?
Não. Algumas gestantes têm enjoos por toda a gravidez, apesar deste fato não ser o mais comum. Qualquer enjoo que se prolongue além da 20º semana deve ser avaliado pelo obstetra, o que não necessariamente significa que haja algum problema com a gestante.

Chupar gelo com frequência melhora os enjoos?
Sim e não. Como já dito, essas pequenas dicas podem ser a solução para algumas gestantes e uma completo fracasso para outras. A vantagem do gelo é que, em última análise, ele é água em pequenas quantidades, o que favorece a hidratação da grávida sem causar distensão do estômago.

Vérsion en español: NÁUSEAS Y VÓMITOS EN EL EMBARAZO

Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: ENJOOS E VÔMITOS NA GRAVIDEZ | Tratamento e causas http://www.mdsaude.com/2010/07/enjoo-nauseas-vomitos-gravidez.html#ixzz234NdZ4mY

SANGRAMENTOS NO INICIO DA GRAVIDEZ


SANGRAMENTO NO INÍCIO DA GRAVIDEZ | Primeira metade

sangramento vaginal durante a gravidez é um dos problemas mais frequentes na gestação e sempre deve ser considerado motivo de procura por um serviço de saúde.

Existem muitas causas de sangramento, algumas não são de origem vaginal ou uterina, sendo decorrentes de lesões no ânus (fissuras anais, hemorroidas) ou mesmo do trato urinário (infecção urinária). Mesmo quando o sangramento é vaginal, é importante que se saiba que muitas vezes o sangue é de origem materna e não propriamente do feto em desenvolvimento. Assim, algumas características do sangramento, os sintomas associados, o exame físico a ultrassonografia vão orientar o médico a um diagnóstico mais preciso.

sangramento na gravidezAtenção: Quando o sangramento for volumoso ou acompanhado de cólica ou dor intensa a gestante deve procurar o hospital de referência imediatamente!

O que é importante observar em casos de sangramento na gravidez?

Em primeiro lugar a própria gestante pode tentar observar se o sangramento realmente vem da vagina. Na maioria das vezes, quando a origem é anal, como nos casos de hemorroidas, há dificuldade e dor para evacuar e o sangramento ocorre no momento da evacuação (leia: HEMORROIDAS | Sintomas e tratamento). Já quando há uma infecção urinária, como na cistite, pode haver dor ou ardência ao urinar e aumento da frequência das micções (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | CISTITE | Sintomas e Tratamento).

Algumas lesões externas na vulva (parte externa do órgão genital feminino) também causam sangramento. Essas normalmente estão relacionadas a traumas como relação sexual ou depilação. Na hipótese de sangramento vaginal deve-se observar a quantidade, se pequena ou intensa; a cor, se vermelho-vivo ou mais escuro; se é constante ou intermitente e se há dor ou cólica associada.

Dependendo do tempo de gestação as causas de sangramento serão diferentes. Por isso, elas serão divididas como de primeira ou de segunda metade da gravidez. Neste texto abordaremos os sangramentos no início da gravidez, para sermos mais exatos, na primeira metade da gestação. O sangramentos que ocorrem no final da gravidez (na segunda metade) serão abordados em um texto próprio a ser publicado nas próximas semanas.

Causas de sangramento no início da gravidez (primeira metade da gravidez)

No primeiro trimestre, 20 a 40% das gestantes apresentam sangramento vaginal. As principais causas são:

1. Decorrentes de abortamento
2. Implantação da gestação no útero (a implantação do óvulo fecundado no útero pode causar pequenos sangramentos)
3. Gravidez ectópica (fora do útero, como nos casos de gravidez tubária)
4. Patologia do colo uterino, da vagina ou do útero (lesões por trauma, inflamação/infecção, pólipos)

Muitas vezes o médico não consegue determinar a causa do sangramento. O principal objetivo é excluir os diagnósticos que podem ter uma repercussão negativa para a gravidez em curso.

As causas mais comuns são as decorrentes de abortamento, seja ele só uma ameaça ou inevitável. Já a gravidez fora da cavidade uterina, como na trompa, é o diagnóstico mais importante a ser excluído. Nessa situação, há risco da trompa se romper e causar sangramento intenso, podendo ameaçar a vida da gestante. De modo geral, quanto mais intensos o sangramento e a cólica, ou a dor abdominal, maior a chance de se tratar de uma dessas causas e mais urgente deve ser a avaliação clínica.

Diagnóstico do sangramento na gravidez

a.) História clínica

Gestantes que já tiveram dois ou mais episódios de abortamento estão em maior risco de outro episódio. Da mesma forma, pacientes que já tiveram uma gravidez ectópica ou que tenham fatores de risco como doença inflamatória pélvica, uso de DIU ao engravidar, ou cirurgia pélvica anterior, têm maior chance de uma nova gravidez fora do útero.

É importante informar ao médico se já foi realizada uma ultrassonografia que tenha demonstrado a gravidez dentro do útero, o que torna o diagnóstico de gestação ectópica pouco provável. Caso não o tenha, a dosagem do Beta-HCG confirmando a gravidez deve ser apresentada.

b.) Exame físico

O exame físico completo é o mais importante na avaliação do sangramento. Primeiramente serão avaliadas a pressão arterial e a frequência cardíaca. O exame do abdome pode levar o profissional de saúde a pensar em causas até não ginecológicas ou obstétricas para a dor abdominal, como apendicite (leia: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas e APENDICITE | Sintomas e tratamento).

Até 12 semanas de gestação o útero não pode ser palpado pelo abdome e os batimentos cardíacos fetais (bcf) não são avaliados com o sonnar-Doppler. Quando a gestante tem mais de 12 semanas de gestação, o útero for palpável e o bcf percebido, é tranquilizador. Garante que o abortamento não aconteceu e praticamente exclui o diagnóstico de gravidez ectópica.

Em seguida, a vulva e a região anal são examinadas à procura de lesões que possam ser foco de sangramento. O exame especular irá diagnosticar patologias do colo uterino: lacerações, pólipos, processos inflamatórios/infecciosos (corrimento vaginal), ectopia (fragilidade do colo), verrugas ou tumores. O toque vaginal irá avaliar o tamanho do útero, se compatível com o tempo de gravidez, avaliará as regiões anexiais procurando sinais de gestação fora do útero e se o colo uterino está aberto ou fechado.

c.) Ultrassonografia

A ultrassonografia transvaginal é o principal método de avaliação de sangramento na gravidez, principalmente quando ela ainda não foi realizada na gravidez atual. Confirma a gravidez dentro do útero, ou fora dele, avalia o número de fetos e a presença dos batimentos cardíacos.

É importante notar que gestações com menos de cinco semanas de evolução não podem ser avaliadas pela ultrassonografia e a melhor forma de se avaliá-las nesta fase é pela dosagem do Beta-HCG (leia: SINTOMAS DE GRAVIDEZ | TESTE DE GRAVIDEZ). Quando o nível de Beta-HCG é compatível com o tempo de gravidez devemos esperar até 6 ou 7 semanas para realizar a ultrassonografia. Quando menor que o esperado pode significar abortamento ou gravidez ectópica. Essa dosagem pode ser seriada, quando o nível de Beta-HCG cai trata-se de abortamento, quando sobe de forma lenta sugere a gravidez fora do útero.

Os possíveis diagnósticos do sangramento vaginal, as características clínicas e os achados à ultrassonografia estão resumidos na tabela a seguir:
 
Diagnóstico
História
Exame físico
Ultrassonografia
Lesões da vulva, vagina, colo uterino
Sangramento vermelho-vivo (se recente), em pequena/média intensidade, sem dor importante.
Visualização da lesão ao exame da vulva ou especular.
Não acrescenta ao diagnóstico. Caso não tenha sido realizada pode ser indicada para confirmar o bem-estar fetal.
Implantação do ovo no útero.
Sangramento em pequena quantidade, sem cólica ou cólica leve.
Normal
Sem achados de gravidez (esse sangramento ocorre com 4-5 semanas). Beta-HCG compatível com tempo de gestação.
Ameaça de abortamento
Sangramento leve a intenso, vermelho-vivo ou escuro se antigo, cólica moderada a intensa.
Visualização de sangramento através do colo pelo exame especular. Útero compatível com tempo de gestação, colo fechado.
Gestação dentro do útero com embrião e bcf presentes. Pode ter área de descolamento do saco gestacional ou não.
Abortamento incompleto
Sangramento leve a intenso, vermelho-vivo ou escuro se antigo, cólica moderada a intensa.
Visualização de sangramento ou partes da gravidez através do colo pelo exame especular. Útero menor que o esperado, colo fechado.
Gestação dentro do útero inviável: saco gestacional irregular, restos ovulares, embrião sem bcf.
Abortamento em curso (inevitável)
Sangramento moderado a intenso, vermelho-vivo cólica moderada a intensa.
Visualização de sangramento ou partes da gravidez através do colo pelo exame especular. Útero menor que o esperado, colo aberto.
Gestação dentro do útero inviável: saco gestacional irregular, restos ovulares, embrião sem bcf.
Abortamento completo
Sangramento leve a moderado, escuro, cólica leve ou moderada (podem estar em fase de melhora).
Visualização ou não de sangramento através do colo pelo exame especular. Útero menor que o esperado, colo fechado.
Sem sinais de gestação, ou imagem sugestiva de sangue no útero.
Gravidez ectópica
Sangramento leve a moderado, escuro, cólica/dor moderada a intensa.
Visualização ou não de sangramento através do colo pelo exame especular. Útero menor que o esperado, colo fechado. Dor à palpação da região dos ovários, pode ser percebida uma massa.
Massa anexial, saco gestacional com ou sem embrião fora do útero. Quando não há sinais de gestação no útero e o tempo de gravidez for > que 5 semanas. Líquido no abdome (sangue).

Tratamento do sangramento na gravidez 

O tratamento vai depender da causa do sangramento. Muitas causas não requerem tratamento específico.

Importante: sempre que se suspeite de sangramento por abortamento ou gravidez ectópica as gestantes com tipo sanguíneo Rh negativo devem receber imunoglobulina anti-Rh.

Quando não conseguimos identificar a causa, o sangramento não põe em risco a vida da gestante, o exame clínico é normal e a ultrassonografia confirma o bem-estar da gravidez são realizadas orientações gerais, principalmente de observação do aparecimento de novos sintomas. Esses casos costumam ter uma evolução favorável e o sangramento normalmente para espontaneamente.

Os sangramentos por implantação da gestação no útero e a maior parte das lesões da vulva, vagina ou colo não requerem tratamento, a não ser que o sangramento seja intenso ou a causa seja, por exemplo, um tumor no colo.

No caso de ameaça de abortamento é difícil avaliar a eficácia de algum tipo de tratamento porque quando é vista a gravidez no útero e embrião com bcf a chance de sucesso sem nenhuma medida específica é de 90 a 96% em gestações entre 7 e 11 semanas e maior ainda se com mais tempo. Muito médicos optam por observação clínica.

Os abortamentos em curso ou incompleto podem ser tratados de forma expectante, com medicamentos ou por métodos cirúrgicos. Essa avaliação é individual e a critério do médico junto com a paciente.

O abortamento completo também não demanda ação específica.

Na maioria dos casos, a gravidez ectópica é uma emergência médica, necessitando de cirurgia de urgência. Algumas vezes pode-se optar com tratamento com medicamento ou por
observação clínica.

Este texto foi escrito pela Dra. Fernanda Campos da Silva, ginecologista e obstetra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Secretária da Comissão Nacional de Perinatologia da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).


Leia o texto original no site MD.Saúde: SANGRAMENTO NO INÍCIO DA GRAVIDEZ | Primeira metade http://www.mdsaude.com/2011/08/sangramento-inicio-gravidez.html#ixzz234M3Vu00

FOTOS DE HEMORROIDAS


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FOTOS DE HEMORROIDAS

Hemorroidas são veias dilatadas e inflamadas no ânus e reto que podem causar dor, coceira e sangramento anal.

Esta é uma página de fotos de hemorroidas, complemento do texto HEMORROIDAS | SINTOMAS E TRATAMENTO, que aborda causas, sintomas, diagnóstico e tratamento das hemorroidas.

Antes de mostrarmos as fotos, uma rápida explicação sobre hemorroidas.

As hemorroidas são classificadas em:

- Hemorroidas internas: quando ocorrem no reto (parte final do intestino grosso).
- Hemorroidas externas: quando ocorrem no ânus.

As hemorroidas externas são mais facilmente identificáveis, pois podem ser detectadas através de um simples exame da região anal. Já as hemorroidas internas só são vistas pelo exame físico quando são grandes o suficiente para saírem pelo ânus, caso contrário ficam "escondidas" dentro do canal anal.

As hemorroidas internas são classificadas em quatro graus:

- Hemorroidas internas grau I: não prolapsam através do ânus.
- Hemorroidas internas grau II: prolapsam através do ânus durante a evacuação mas o retornam à sua posição original espontaneamente.
- Hemorroidas internas grau III: prolapsam através do ânus e a sua redução só é conseguida manualmente.
- Hemorroidas internas grau IV: estão prolapsadas através do ânus e a sua redução não é possível.

Texto: Fotos de hemorroidas
Clique nas imagens para ampliá-las. Atenção: estas imagens contêm fotos de ânus com hemorroidas, o que pode ser considerado ofensivo para algumas pessoas.



Para saber mais informações sobre hemorroidas, leia: HEMORROIDAS | SINTOMAS E TRATAMENTO
Pedro PinheiroAutor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: FOTOS DE HEMORROIDAS http://www.mdsaude.com/2010/05/fotos-hemorroidas.html#ixzz234KFPVAA

FIBROMIALGIA


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Fonte: Especialista Opin Pharmacother  | Enviado 1 semana atrás

Pregabalina para o tratamento da fibromialgia ; Smith MT, Moore BJ; parecer sobre Farmacoterapia 13 (10), 1527-1533 (Jul 2012)

Introdução: A fibromialgia (FM) é a causa mais comum de dor crônica generalizada corpo em seres humanos. Co-morbidades incluem distúrbios do sono, fadiga, funcionamento deficiente físico, o humor alterado e os efeitos negativos sobre a saúde relacionados com qualidade de vida. Pregabalina inibe a liberação pré-sináptica de neurotransmissores pronociceptive no SNC, o que sustenta a provável o seu benefício terapêutico em pacientes com FM. Áreas abrangidas: Esta revisão aborda farmacocinética da pregabalina, eficácia e eventos adversos (AE) perfis de estudos randomizados controlados e estudos abertos de extensão em pacientes com FM. Estes efeitos são comparados com os da norepinefrina serotonina, a duloxetina e milnaciprano que também têm a aprovação da FDA para o tratamento da fibromialgia. Opinião de especialistas: nas doses aprovadas, pregabalina tem no máximo um benefício moderado terapêutica superior à do placebo com efeitos colaterais toleráveis, em não mais que 50% dos pacientes com FM.Durabilidade de alívio da dor clinicamente significativo (≥ 30%) em pregabalina-respondedores foi demonstrada durante pelo menos 6 meses, mas a longo prazo são necessários estudos como a maioria dos pacientes tem sintomas durante décadas.Exclusão de pacientes com co-morbidades comum a partir dos ECRs pregabalina em FM levanta dúvidas sobre a generalização dos resultados RCT para o paciente típico observado na prática clínica e para investigação adicional é necessária.

EXPOSIÃO CRÔNICA A BACTERIA ESTAFILOCOCOS PODE SER FATOR DE RISCO PARA O LÚPUS


Science News

... de universidades, jornais e outras organizações de pesquisa

Exposição crônica a bactérias Staph pode ser fator de risco para Lupus

ScienceDaily (08 de agosto de 2012) - A exposição crônica ao mesmo pequenas quantidades de bactérias estafilococos pode ser um fator de risco para o lúpus doença inflamatória crônica, Mayo Clinic pesquisa mostra. Staph, abreviação deStaphylococcus aureus , é um germe comumente encontrada na pele ou no nariz, às vezes causando infecções. No estudo Mayo, os ratinhos foram expostos a doses baixas de uma proteína encontrada em estafilococos e desenvolveu uma doença semelhante ao lúpus, com doença renal e auto-anticorpos como os encontrados no sangue de pacientes com lúpus.
Os resultados são publicados on-line neste mês em The Journal of Immunology . O próximo passo é estudar pacientes com lúpus para ver se a proteína staph em questão desempenha um papel semelhante em humanos, diz o co-autor Vaidehi Chowdhary, MD, um reumatologista da Clínica Mayo.
"Nós pensamos que esta proteína pode ser uma importante pista para o que pode causar ou agravar o lúpus em certos pacientes geneticamente predispostos", diz Dr. Chowdhary. "Nossa esperança é para confirmar esses achados em pacientes com lúpus e esperamos prevenir as erupções."
Outra questão chave é se o tratamento de pessoas em risco para erradicar o staph pode evitar a formação de lupus, em primeiro lugar. Lupus ocorre quando o sistema imunológico ataca os tecidos e articulações. Ela pode afetar praticamente qualquer parte do corpo e pode ser difícil de diagnosticar porque muitas vezes imita outras doenças. Não há cura, apenas tratamento para controlar os sintomas. Lúpus é mais comumente diagnosticado em mulheres, Africano-americanos, hispânicos, asiáticos e pessoas de 15 a 40.
A causa geralmente é desconhecida, mas aparece pessoas geneticamente predispostas ao lúpus pode se desenvolver quando algo no ambiente aciona-lo, tais como infecções, certos medicamentos ou até mesmo luz solar.
Os médicos realmente não sei o que causa lúpus, por isso a descoberta de possível papel da proteína staph é emocionante, Dr. Chowdhary diz.
Nos ratos estudados, uma proteína conhecida como estafilococos uma enterotoxina B de estafilococos, ou SEB, T auto-reactivas activadas e linfócitos B, um tipo de células brancas do sangue, levando a uma doença inflamatória lúpus espelhamento. A investigação sobre as pessoas tem mostrado que as bactérias por estafilococos que transportam está ligada a doenças auto-imunes tais como a psoríase, doença de Kawasaki e graulomatosis com poliangiite.
O estudo do lúpus foi financiado pelo National Institutes of Health, um American College of Rheumatology Research Foundation e Carreira de Desenvolvimento da Educação concessão do financiamento ponte, um Ronald F. Kinney Executivo Dean Prêmio de Pesquisa de Desenvolvimento de Carreira da Mayo Foundation e Mayo Clinic Research Development Early Career Prêmio.
A equipa de investigação incluiu Ashenafi Tilahun; Chad Clark, José Grande, MD, Ph.D., e Govindarajan Rajagopalan, Ph.D., todos da Clínica Mayo.
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Fonte Story:
A história acima é reproduzida a partir de materiaisfornecidos pela Mayo Clinic .
Nota: Os materiais pode ser editado para conteúdo e duração. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Journal Referência :
  1. . VR Chowdhary, AY Tilahun, CR Clark, JP Grande, G. Rajagopalan exposição crônica ao superantígeno estafilocócico provoca uma imitação Lupus Sistémico Doença Inflamatória . The Journal of Immunology , 2012; 189 (4): 2054 DOI: 10.4049/jimmunol.1201097
 APA

 MLA
Mayo Clinic (2012, 08 de agosto). A exposição crônica a bactéria estafilococo pode ser fator de risco para o lúpus. ScienceDaily . Retirado 09 de agosto de 2012, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.
Disclaimer : Este artigo não pretende fornecer aconselhamento médico, diagnóstico ou tratamento. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as do ScienceDaily ou seu pessoal.