domingo, 2 de dezembro de 2012

ALERTA = INFARTO FULMINANTE/ CAUSAS E SINTOMAS

INFARTO FULMINANTE | Causas e sintomas

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 26 de agosto de 2010 | 12:40

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O infarto fulminante é uma das principais causas de morte súbita. Neste texto vamos explicar por que algumas pessoas têm infarto cardíaco e conseguem chegar a tempo ao hospital, enquanto outras apresentam um quadro de infarto fulminante com morte súbita. 

Infarto fulminante

Chamaremos de infarto fulminante aquele que causa o óbito do paciente antes que haja tempo de um atendimento médico; ou seja, o paciente morre antes de chegar ao hospital. Cerca de 15% dos infartos se manifestam com morte súbita, não dando chance ao paciente. Felizmente, os outros 85% conseguem chegar a tempo ao hospital.

Vamos começar pelo básico. Qualquer célula do nosso corpo precisa de sangue para viver; quando uma artéria sofre uma súbita obstrução do fluxo sanguíneo, os tecidos nutridos pela mesma sofrem isquemia e necrose. A esta morte de um tecido damos o nome de infarto. Um infarto pode ocorrer no cérebro, rim, pulmão ou qualquer outro órgão do corpo. Infarto do coração, ou infarto do miocárdio, portanto, significa morte das células musculares do coração (chamadas de miocárdio), por falta de suprimento sanguíneo. 

As artérias que levam sangue aos tecidos do coração se chamam artérias coronárias. Nosso coração possui duas grandes artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo cardíaco: artéria coronária esquerda, que nutre o lado esquerdo do coração, e artéria coronária direita, que nutre o lado direito do coração.

Para que todo o tecido cardíaco receba sangue, essas artérias coronárias precisam se ramificar, formando uma grande teia de vasos sanguíneos ao redor do coração.

Quanto maior for a área infartada, ou seja, que sofreu necrose por falta de nutrição sanguínea, maior a gravidade do infarto. Reparem na ilustração abaixo, o exemplo de 3 localizações diferentes para uma obstrução das artérias coronárias e suas respectivas consequências (clique na imagem para ampliá-la).

Infarto do miocárdio
Diferentes possibilidades de infarto do miocárdio. Sombra avermelhada indica área infartada.

Reparem que quanto mais próximo do nascimento das artérias coronárias ocorre a obstrução, maior é a área afetada. Não é difícil entender por que a obstrução na terceira figura é muito mais grave que na primeira. Todo aquele músculo necrosado torna-se inútil e incapaz de contrair para bombear o sangue. Se subitamente perdemos a nossa bomba de sangue, entramos em choque circulatório (leia: CHOQUE CIRCULATÓRIO | O que é? quais as suas causas?). 

Além do choque circulatório, chamado de choque cardiogênico por ter origem no coração, existe outra importante causa para um óbito rápido após um infarto: arritmias cardíacas. O tecido cardíaco que sofre infarto já não consegue mais transmitir os impulsos elétricos, favorecendo o aparecimento de arritmias cardíacas graves. São as arritmias malignas as principais responsáveis pela morte súbita de origem cardíaca, e mais de 70% destas ocorrem devido a doença isquêmica do músculo cardíaco. 

Na verdade, um extenso infarto é um grande risco, mas não é a única causa para uma parada cardíaca. Vários pequenos infartos ou uma isquemia, mesmo que não muito extensa, em uma área nobre da geração e transmissão dos impulsos elétricos do coração também podem desencadear arritmias malignas, levando a parada cardíaca. Portanto, dois fatores são importantes no prognóstico de um infarto: tamanho e localização da área afetada.

Sugerimos também a leitura do texto: INFARTO DO MIOCÁRDIO | Causas e prevenção 

O que caracteriza uma arritmia maligna? 

Chamamos de arritmia maligna aquela que não produz os impulsos elétricos necessários para o correto batimento cardíaco. O coração funciona de modo muito sincronizado. Se os impulsos elétricos não surgirem no momento certo e não forem transmitidos da forma devida, o coração não conseguirá se contrair e bombear o sangue adequadamente.

A principal arritmia responsável pela morte de origem cardíaca é a fibrilação ventricular.

Fibrilação ventricular
Eletrocardiograma mostrando o momento exato do início de uma fibrilação ventricular
Durante uma fibrilação ventricular, os estímulos elétricos se tornam caóticos, sendo incapazes de gerar uma contração do músculo cardíaco de forma sincronizada; o coração simplesmente começa a tremer e não já não bombeia mais nenhum sengue. Um coração em fibrilação ventricular é basicamente um coração parado sujeito a uma tempestade de impulsos elétricos inúteis.

Depois de alguns minutos em fibrilação ventricular, os tecidos do resto do corpo começam a morrer, incluindo o cérebro. Uma pessoa em fibrilação ventricular está tecnicamente morta e precisa ser ressuscitada imediatamente, antes que o cérebro morra por falta de circulação sanguínea. Se não revertida prontamente com um desfibrilador (choque elétrico), o paciente vai ao óbito em questão de minutos.

Sintomas do infarto fulminante 

O paciente normalmente inicia um quadro de cansaço, sudorese e dor no peito, exatamente como em qualquer infarto. Se a área cardíaca afetada for muito grande, o paciente pode entrar em choque cardiogênico que se caracteriza por hipotensão e intensa falta de ar, devido a edema pulmonar. Se o paciente entra em arritmia maligna, ele perde a consciência e para de respirar. O quadro é dramático pois, como já dito, uma fibrilação ventricular é um tipo de parada cardíaca.

É importante frisar que a arritmia pode surgir a qualquer momento; em alguns pacientes ela surge logo após o início dos sintomas; em outros, pode aparecer somente após algumas horas do início do infarto, muitas vezes com o paciente já dentro do hospital, o que aumenta muito as chances de sobreviver.

Todo quadro de dor no peito deve ser avaliado por um médico. É impossível, sem avaliação médica, prever qual infarto evoluirá bem ou mal, apenas baseado nos primeiros sintomas.

Há como prever uma infarto cardíaco fulminante antes do infarto surgir?

Nem sempre é possível prever com grande antecedência quem está sob risco de infarto fulminante. Os principais fatores de risco são os mesmos para qualquer infarto:

- Idade acima dos 50 anos
- Diabetes Mellitus (leia: DIABETES MELLITUS | DIAGNÓSTICO E SINTOMAS)
- Tabagismo (leia: MALEFÍCIOS DO CIGARRO)
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA)
- Consumo de cocaína (leia: COCAÍNA | CRACK | Efeitos e complicações)
- Colesterol elevado (leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL))
- Alcoolismo (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO)

Quanto mais fatores de risco um pessoa tiver, maior a chance de ter doença nas suas coronárias, aumentando o risco de um infarto mais extenso. Pacientes com muitos fatores de risco, principalmente se forem homens acima dos 50 anos, devem ser avaliados por um cardiologista.

Quando a obstrução das coronárias vai se dando de modo lento, o paciente começa a sentir os sintomas de uma progressiva diminuição do aporte de sangue ao coração. É a chamada angina, uma dor no peito que surge ao esforço e desaparece em repouso. Os pacientes com angina normalmente procuram atendimento médico antes que haja obstrução completa das coronárias, conseguindo através do cateterismo cardíaco identificar e corrigir as obstruções a tempo. Para saber mais sobre angina, sugiro a leitura do texto SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA.

Através do cateterismo, chamado de angiografia coronariana, é possível mapear todos os vasos do coração. Se o médico encontra, por exemplo, uma artéria com 80% ou 90% de obstrução, já sabemos de antemão que este paciente está a beira de um infarto. Esta obstrução precisa ser corrida através de uma angioplastia Alguns pacientes apresentam lesões tão graves nas coronárias que precisam de uma cirurgia, a famosa ponte de safena, para substituir as artérias doentes. 

Pacientes que já apresentaram infartos prévios, possuindo várias áreas de tecido cardíaco necrosado, apresentam grande risco para arritmias malignas. Já existem exames capazes de identificá-los. Nestes casos, o cardiologista pode indicar a colocação de um desfibrilador implantável, que é um pequeno aparelho, semelhante ao marca-passo, capaz de reconhecer uma arritmia cardíaca, liberando uma descarga elétrica imediatamente após o início da mesma.

Porém, nem todos os pacientes apresentam algum tipo de sintoma antes do infarto. Por isso, repito, uma avaliação eventual de um cardiologista é sempre necessária em pessoas com fatores de risco.

Qual o tratamento para um infarto fulminante?

Se o paciente sofre uma isquemia cardíaca e evolui com uma arritmia maligna fora de um ambiente hospitalar, as chances de sobreviver são muito pequenas. A fibrilação ventricular precisa ser revertida com um desfibrilador em questão de minutos. Depois de 10 minutos de fibrilação, a maioria dos pacientes já não conseguirão mais ser salvos, mesmo que o choque elétrico do desfibrilador venha a ser dado. Além disso, quanto mais tempo o paciente permanece em parada cardíaca sem atendimento médico, maior o risco de lesões irreversíveis do cérebro.

É devido a está urgência no tratamento das arritmias malignas que alguns locais públicos já dispõem de desfibriladores automáticos. Em geral estas máquinas são de manuseio simples e podem ser operadas por pessoas leigas; basta conectar as pás ao peito do paciente conforme estará indicado, ligar a máquina e se afastar. O resto do trabalho ela fará sozinha. Locais públicos como aeroportos, estádios, academias e outros já costumam ter um desfibrilador portátil à disposição. 

Se o paciente já foi previamente avaliado por um cardiologista e tiver um desfibrilador implantável, provavelmente este salvará sua vida, pois o choque virá imediatamente após o início da arritmia.

É importante salientar que a reversão da arritmia é apenas o primeiro passo no tratamento do infarto grave. Este paciente não deixa de ter um infarto só porque a arritmia foi tratada; ele precisa ser internado e pode ainda vir a falecer por várias outras complicações do infarto.


Leia o texto original no site MD.Saúde: INFARTO FULMINANTE | Causas e sintomas http://www.mdsaude.com/2010/08/infarto-fulminante.html#ixzz2DuEjYa6G

SINTOMAS DO INFARTO

Autor do texto: Pedro Pinheiro - 30 de novembro de 2012 | 22:18

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O infarto agudo do miocárdio, mais conhecido como infarto, é um quadro potencialmente grave, que surge quando o fluxo de sangue que irriga o coração através das artérias coronárias é insuficiente, levando à necrose de parte do músculo cardíaco.

O principal e mais clássico sintoma do infarto é uma dor tipo aperto no lado esquerdo do peito, com irradiação para o braço. Porém, o infarto pode ser um evento traiçoeiro, com sintomas atípicos, como dor na boca do estômago, náuseas e vômitos ou dor no pescoço. Além disso, dezenas de outras doenças podem provocar dor na região do tórax, mimetizando um quadro de infarto.

Neste texto sobre os sintomas do infarto vamos abordar os seguintes pontos.
  • Causas de dor no peito.
  • Dor no peito de origem isquêmica.
  • Diferenças entre angina e infarto.
  • Como é a dor do infarto.
  • Sintomas do infarto além da dor.
  • O que valorizar em uma queixa de dor no peito.
  • Sinais que sugerem outra causa que não o infarto para uma dor no peito.
Após a conclusão deste texto, não deixe de ler nossos outros artigos sobre o infarto do miocárdio: 
- INFARTO DO MIOCÁRDIO | Causas e prevenção
- INFARTO FULMINANTE | Causas e sintomas
- CAUSAS DE INFARTO EM JOVENS
- CATETERISMO CARDÍACO | ANGIOPLASTIA | STENT
- EXAME ELETROCARDIOGRAMA (ECG)

Causas de dor no peito

Dor no peito é o sintoma que mais assusta e que mais leva pacientes a procurar um serviço de emergência. O medo de ter um infarto é tão grande que até jovens sem nenhum fator de risco para doença coronariana costumam procurar um hospital por causa de desconforto no peito.

O fato é que existem dezenas de doenças que podem causar dor no peito, algumas delas simples, como dor muscular, e outras graves, como o próprio infarto ou um aneurisma da aorta. 

Mas como saber apenas pelos sintomas se uma dor no peito é infarto ou não?

Na verdade, não existe uma resposta definitiva para a pergunta acima. O que os médicos fazem é avaliar diversas variáveis clínicas, como características da dor, idade do paciente, fatores de risco, etc., para decidir se a dor é de alto ou baixo risco. O diagnóstico mesmo só pode ser confirmado com exames de sangue e um eletrocardiograma.

Como já referido, várias doenças que não são de origem cardíaca podem se apresentar como dor no tórax. Entre as elas podemos citar:
Entre as doenças cardíacas que podem causar dor no peito, ainda temos:
  • Pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que envolve o coração).
  • Endocardite (infecção das válvulas do coração).
  • Estenose mitral ou aórtica (aperto da válvula mitral ou aórtica).
  • Arritmias cardíacas.
  • Fibrilação atrial.
  • Angina de peito.
  • Infarto agudo do miocárdio. 

Diferenças entre angina e infarto

Antes de seguirmos com os sintomas do infarto, é importante explicar o que é a angina.

A angina e o infarto provocam uma dor no peito com características muito parecidas, pois ambas se originam de um inadequado fluxo de sangue nas artérias coronárias. A diferença é que na angina o fluxo está reduzido, mas não o suficiente para causar necrose do músculo cardíaco. A angina é uma sinal de que o coração está no seu limite, trabalhando com um fluxo de sangue que é suficiente apenas para suprir suas demandas básicas.

Imagine um paciente que tenha uma obstrução parcial em uma ou mais das artérias coronárias. Quando este paciente está em repouso ele nada sente porque a demanda cardíaca por sangue está baixa neste momento. Porém, quando este paciente faz um esforço físico, os batimentos cardíacos aceleram e há uma necessidade de aumentar o aporte de sangue para o coração. Como existe uma obstrução ao fluxo, este sangue extra não chega na quantidade necessária, provocando uma isquemia do músculo cardíaco, chamada angina. Se este paciente repousar, após alguns minutos a frequência cardíaca e a demanda por sangue do coração irão voltar ao basal, fazendo com que a isquemia e a dor da angina desapareçam.

Portanto, enquanto o infarto é uma grave falta de sangue para o coração, que provoca a morte de tecido cardíaco, a angina é um estágio anterior, onde há redução do fluxo de sangue nas artérias coronarianas, mas ainda há perfusão suficiente para o músculo cardíaco não sofrer necrose.

Tipos de dor isquêmica do coração

A isquemia cardíaca pode ser dividida em três estágios: angina estável, angina instável e infarto do miocárdio. Vamos resumi-los:

- Angina estável é a isquemia cardíaca causada pelo esforço físico, estresse ou qualquer outra situação que aumente temporariamente a demanda de sangue do músculo cardíaco. Há uma ou mais obstruções nas artérias coronarianas, mas elas não são grandes o suficiente para causar dor em repouso. Quando paciente faz um esforço ele sente dor, mas ela é de curta duração e desaparece alguns minutos após o repouso.

-Angina instável é a isquemia cardíaca que ocorre em repouso ou com apenas mínimos esforços, como pentear o cabelo ou tomar banho. A obstrução é grande o suficiente para que o fluxo de sangue seja inferior ao necessário em situações basais. A angina instável pode ser considerada um pré-infarto, sendo classificada como uma síndrome coronária aguda. Apenas pelos sintomas não é possível distinguir uma angina instável de um infarto.

- Infarto agudo do miocárdio é uma isquemia cardíaca grave que leva à necrose de parte do tecido muscular do coração. Infartos fulminantes são aqueles que ocorrem devido à necrose uma extensa área cardíaca, tornando o coração incapaz de continuar seu trabalho de bombeamento de sangue (leia: INFARTO FULMINANTE | Causas e sintomas).

Como é a dor do infarto?

Tipicamente os sintomas do infarto são uma dor no meio ou à esquerda do peito, tipo aperto, pressão ou peso, muitas vezes com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula e/ou costas. A dor pode ser desencadeada por esforço físico, estresse emocional ou após uma refeição exagerada, mas também pode surgir subitamente em repouso.

A dor do infarto apresenta piora gradual e é normalmente acompanhada de suores, falta de ar, palidez, inquietação e, muitas vezes, náuseas e vômitos. Ao contrário da angina estável, no infarto a dor dura vários minutos e não há alívio com repouso. 

Uma curiosidade é o fato do paciente frequentemente relatar sua dor no peito como um aperto, fechando o punho e encostando a mão ao peito para tentar descrever essa dor opressiva.

As localizações mais típicas da dor do infarto estão ilustradas abaixo. 

Sintomas do infarto - localização da dorSintomas do infarto - localização da dor

Quando o infarto se apresenta com os seus sintomas clássicos que acabamos de descrever, o próprio paciente consegue suspeitar que sua dor tenha origem em uma isquemia do coração. Nestes casos, o paciente costuma procurar atendimento médico rapidamente.

O problema reside nos infartos que apresentam sintomas atípicos, como é relativamente comum nos pacientes idosos, mulheres ou diabéticos. Muitas vezes não há dor no peito e os sintomas se restringem a cansaço intenso, náuseas e/ou um desconforto inespecífico no peito ou abdômen. Há muitos casos de pacientes que infartam e não ficam sabendo. Se a área necrosada for pequena e os sintomas atípicos, o paciente só costuma descobrir que já infartou quando vai fazer um eletrocardiograma ou um ecocardiograma de rotina.

O que valorizar em uma queixa de dor peito?

Além das características da dor, um outro fator muito importante na avaliação de um possível infarto é conhecer os fatores de risco do paciente. Quanto mais fatores de risco para doença coronariana um paciente tiver, mais importância deve-se dar as suas queixas, mesmo que elas inicialmente não pareçam indicar um quadro de infarto. Pacientes diabéticos, obesos, homens com mais de 45 anos, hipertensos, pessoas com colesterol alto, com insuficiência renal ou tabagistas apresentam maior risco de infarto. Nestes indivíduos qualquer dor ou desconforto na região do tórax deve levantar suspeitas.

Um paciente jovem e sem fatores de risco para doença coronariana, que chegue ao hospital reclamando de dor no peito preocupa menos que um indivíduo de 55 anos, obeso, tabagista e diabético que se queixa de náuseas e apenas um leve desconforto na região do tórax.

Para ler sobre os principais fatores de risco para infarto:
- DIABETES MELLITUS | Diagnóstico e sintomas
- OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA | Definições e consequências
- HIPERTENSÃO ARTERIAL | Sintomas e tratamento
- COLESTEROL HDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS
- INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento
- MALEFÍCIOS DO CIGARRO | Tratamento do tabagismo

Sinais que indicam outra causa para a dor no peito

Toda dor no peito deve ser encarada como potencialmente grave, porém, algumas características nos fazem pensar em outras causas além do infarto do miocárdio. Chamamos de dor atípica toda aquela que não apresenta as características clássicas do infarto, como dor opressiva no centro e/ou lado esquerdo do peito, com ou sem irradiação para o braço esquerdo.

As dores torácicas atípicas geralmente indicam outras doenças que não o infarto. Vamos exemplificar alguns casos de dor atípica que não sugerem infarto:

1. Uma dor no peito que piora ao toque ou à compressão local, à rotação do tronco ou à mobilização dos braços costuma sugerir patologias musculoesqueléticas. A dor da angina ou do infarto não costuma piorar quando se aperta em algum lugar do peito ou quando movimentamos o tórax.

2. Dor no peito que não apresente relação íntima com esforço físico, ou seja, que não piora ao correr, subir escada ou carregar algum peso também não costuma ser de origem isquêmica.

3. Dor em queimação, associada a azia e eructações, normalmente presente há várias semanas e de intensidade leve/moderada, costuma indicar problemas de origem gastroesofágica.

4. A presença de febre, tosse com expectoração, chiado no peito ou piora da dor ao respirar fundo, sugere patologia do pulmão.

5. Pessoas jovens e sem fatores de risco, principalmente mulheres, podem apresentar quadros de ansiedade que se apresentam como dor no peito. Normalmente são pessoas com problemas pessoais recentes ou crônicos, antecedentes de depressão, que choram com facilidade, apresentam nervosismo, tremores nas mãos e muitas outras queixas além dor no peito.

Tipicamente, o paciente que está infartando se queixa de dor no peito. Ele pode até ter outros sintomas, mas dá muito mais importância à dor no peito. Por outro lado, os pacientes com crise de ansiedade que pensam estar infartando geralmente se queixam de dor no coração, mas referem também uma gama de outros sintomas inespecíficos, como tontura, visão embaçada, formigamento na boca, fraqueza nas pernas, dor nos braços, dor de barriga, etc.

Obviamente, nada impede que pessoas ansiosas possam infartar. O ideal é sempre deixar o médico decidir se a dor no peito é angina/infarto ou não. Isso vale principalmente nas pessoas que possuam fatores de risco.

Se você quiser mais sobre dor no peito e suas causas, temos um  texto específico sobre o assunto: DOR NO PEITO | Principais causas e sintomas.


Leia o texto original no site MD.Saúde: SINTOMAS DO INFARTO http://www.mdsaude.com/2009/02/sintomas-infarto-agudo-miocardio-angina.html#ixzz2DuAmCeLu