segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

10 SINTOMAS DA APENDICITE – ADULTOS E CRIANÇAS

10 SINTOMAS DA APENDICITE – ADULTOS E CRIANÇAS

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O apêndice é um órgão com tamanho e localização variáveis, e a sua proximidade com outros órgãos da pelve e do abdômen podem fazer com que os sintomas de apendicite sejam parecidos com os de outras doenças. A dor abdominal do apêndice costuma fazer diagnóstico diferencial com várias outros problemas do abdômen ou da pelve, incluindo diverticulite, torção do ovário, gravidez ectópica e até cálculo renal.
Neste artigo iremos tratar exclusivamente dos possíveis sintomas da apendicite nos adultos e nas crianças. Se você procura informações mais abrangentes sobre a apendicite, incluindo suas causas, meios diagnósticos e formas de tratamento, acesse o seguinte link:APENDICITE | Sintomas, causas e tratamento.
Se você procura informações sobre os tipos e as mais frequentes causas de dor abdominal, acesse: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas.

SINAIS E SINTOMAS DA APENDICITE NOS ADULTOS

Os 10 sinais e sintomas mais comuns na apendicite são os seguintes:
  • Dor abdominal.
  • Enrijecimento da parede do abdômen.
  • Enjoos.
  • Vômitos.
  • Perda do apetite.
  • Febre.
  • Diarreia
  • Prisão de ventre.
  • Distensão abdominal.
  • Leucocitose (aumento do número de leucócitos no hemograma).
Nem todos os sinais e sintomas listados acima estão necessariamente presentes nos pacientes com apendicite aguda. Na verdade, alguns deles, tais como diarreia, prisão de ventre ou distensão abdominal, ocorrem em menos da metade dos casos.
A seguir, vamos falar com mais detalhes sobre cada um desses 10 sintomas, demonstrando a sua importância para o diagnóstico da apendicite. Vamos descrever primeiramente o quadro clínico da apendicite nos adultos e depois nos bebês, crianças e adolescentes.
DOR ABDOMINAL
O sintoma mais típico e presente em praticamente 100% dos casos de apendicite é a dor abdominal.  Como a dor abdominal pode ser causada por dezenas de problemas diferentes, conhecer as características típicas da dor da apendicite é importante para o seu diagnóstico.
a) Dor típica da apendicite
O apêndice em si é um órgão mal inervado, por isso, no início de um quadro de apendicite, quando a inflamação se restringe apenas ao apêndice, o cérebro tem alguma dificuldade em reconhecer o local exato do trato intestinal que está em sofrimento. Apesar do apêndice se localizar no quadrante inferior direito do abdômen, a dor de um quadro de apendicite nas suas primeiras 6 a 8 horas costuma ficar localizada ao redor do umbigo. O paciente não consegue determinar com exatidão o local que dói. Quando questionado, ele faz um movimento circular com o dedo indicador ao redor do umbigo.
Ao longo das primeiras 24 horas, conforme a inflamação se agrava e passa a atingir não só o apêndice, mas também as alças intestinais ao seu redor e o peritônio (membrana que envolve o trato gastrointestinal), o cérebro começa a receber mensagens mais precisas do local afetado, tornando-se claro para o paciente que há algum problema na região inferior direita do abdômen.
Dor da apendiciteEste padrão de dor mal localizada ao redor do umbigo, que em questão de horas migra para o quadrante inferior direito do abdômen, tornando-se restrita a um ponto bem determinado, é o sintoma mais típico da apendicite, ocorrendo em mais de 60% dos casos. Toda vez que um médico atende um paciente com esse tipo de dor abdominal, a hipótese de apendicite deve ser priorizada.
Quando o peritônio é acometido, a dor da apendicite intensifica-se, e a palpação do abdômen torna-se muito dolorosa. A dor costuma também agravar-se quando o paciente tosse, tenta andar ou fazer qualquer movimento brusco com o tronco.
Ao exame físico, há um sinal típico da apendicite aguda chamada dor à descompressão ou sinal de Blumberg. Esse sinal é investigado da seguinte maneira:  pressionamos com a mão a região inferior direita do abdômen e perguntamos ao paciente se ele sente dor. Em geral a resposta é sim.  Em seguida, retiramos de forma súbita a mão que pressionava a barriga e observamos o comportamento do paciente. Quando há uma apendicite, com irritação do peritônio, essa rápida retirada da mão provoca uma intensa dor no local, bem mais forte que a dor provocada pela compressão do abdômen.
Ainda no exame físico, outro achado comum é um enrijecimento da musculatura abdominal. Quando o paciente tem um processo inflamatório intra-abdominal, a tendência é que haja uma contratura involuntária dos músculos naquela região, uma sinal que chamamos de “defesa abdominal”. Ao se palpar o abdômen de um paciente com apendicite, nota-se que a parede abdominal à direita encontra-se endurecida e bastante dolorosa.
b) Outros padrões de dor da apendicite
Na verdade, quando o paciente apresenta-se ao serviço de emergência com a típica dor da apendicite, poucos são os médicos que têm dificuldades em estabelecer o diagnóstico. O problema ocorre quando o paciente apresenta um padrão atípico de dor, ou quando o mesmo não consegue descrever os seus sintomas de forma adequada, como nos casos de crianças muito pequenas ou idosos com demência. Pacientes imunossuprimidos, que não desenvolvem processos inflamatórios exuberantes, também podem ter apresentações atípicas da apendicite.
Em cerca de 15% das pessoas o apêndice localiza-se mais posteriormente, fazendo com que o local da dor da apendicite seja diferente. Em vez da típica dor no quadrante inferior direito, o paciente pode queixar-se de dor lombar  à direita, dor no quadrante superior direito ou dor em todo o flanco direito.
Há também aqueles pacientes com apêndices mais baixos, cuja ponta se estende até a região da pelve. Nestes casos, a dor pode ser na virilha à direita, no ânus ou na região púbica. Evacuar ou urinar podem provocar exacerbações da dor.
c) apendicite com dor no lado esquerdo do abdômen
Como vocês já devem ter notado, mesmo nos casos atípicos, a dor da apendicite costuma ficar restrita ao lado direito do abdômen. Apesar de raro, não é impossível que o paciente com apendicite tenha dor do lado esquerdo do abdômen, caso o apêndice seja mais comprido que o habitual e estenda-se até o lado esquerdo da cavidade abdominal. Porém, apendicite não deve ser a primeira hipótese diagnóstica nos pacientes com dor abdominal no lado esquerdo, exceto nos raros casos de situs inversus (condição rara na qual os pacientes apresentam órgãos do tórax e abdômen em posição oposta àquela esperada).
NÁUSEAS, VÔMITOS E PERDA DO APETITE
Náuseas, vômitos e perda do apetite são três sintomas que costumam vir em conjunto logo após o início da dor abdominal. Este mal-estar costuma ocorrer em até 90% dos casos de apendicite.
Como todos sabem, náuseas, com ou sem vômitos, e perda do apetite são sintomas muito inespecíficos, que podem surgir em uma enormidade de problemas médicos distintos. Porém, quando associados a um padrão de dor abdominal periumbilical que se agrava e migra para o quadrante inferior direito dentro de 24 horas, eles tornam a hipótese diagnóstica da apendicite extremamente provável.
A tríade clássica de sintomas da apendicite é dor abdominal, vômitos e perda do apetite.
FEBRE
A febre não costuma estar presente nas primeiras horas de evolução, principalmente nas crianças e nos idosos. Algumas pessoas, porém, podem ter febre baixa, com temperaturas ao redor de 37,5ºC e 38ºC.
Febre elevada não costuma ocorrer nos quadros de apendicite, exceto nas situações mais graves, quando há perfuração do apêndice e extravasamento de material fecal dos intestinos para dentro da cavidade abdominal, o que gera uma intensa reação inflamatória e grave infecção.
DIARREIA OU PRISÃO DE VENTRE
Diarreia significativa é um sinal incomum na apendicite. Quando presente, o médico deve considerar outros diagnósticos prioritariamente, embora não deva excluir totalmente a possibilidade de apendicite.
Pacientes que possuem um apêndice numa localização mais pélvica podem ter diarreia, caso a inflamação da apendicite acometa também o reto. Em geral, porém, o que o paciente tem não é propriamente uma diarreia, mas sim um aumento na frequência das evacuações, sem necessariamente haver grandes perdas de fezes líquidas.
Assim como ocorre na diarreia, a constipação intestinal não é um sintoma típico da apendicite. A maioria dos pacientes não o tem, mas isso não significa que ela não possa fazer parte do quadro clínico de uma apendicite.
LEUCOCITOSE
A leucocitose é um sinal laboratorial que significa um aumento do número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são uma das mais importantes células de defesa do nosso sistema imune. Quando há uma infecção ou processo inflamatório extenso em curso, uma das primeiras previdências que o nosso sistema imunológico toma é aumentar a produção dos leucócitos.
Mais de 80% dos pacientes com apendicite aguda apresentam leucocitose no exame de hemograma. Quanto mais intensa é a leucocitose, em geral, mais extenso é o processo inflamatório.
Se você quiser entender melhor os resultados do seu hemograma, leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados

SINAIS E SINTOMAS DA APENDICITE EM BEBÊS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O quadro clínico da apendicite em adolescentes é basicamente o mesmo dos adultos. Já nas crianças com menos de 12 anos, os sintomas podem ser um pouco diferentes.
a) Sintomas da apendicite em crianças entre 5 e 12 anos
Assim como nos adultos, a dor abdominal e os vômitos são os sintomas mais comuns nas crianças em idade escolar, embora a característica migração da dor da região periumbilical para o quadrante inferior direito possa não ocorrer.
A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:
  • Dor no quadrante inferior direito do abdômen – 82%
  • Náuseas – 79%
  • Perda do apetite – 75%
  • Vômitos – 66%
  • Febre – 47%
  • Diarreia- 16%
b) Sintomas da apendicite em crianças entre 1 e 5 anos
A apendicite é incomum em crianças com menos de 5 anos. Febre, vômitos, dor abdominal difusa e rigidez abdominal são os sintomas predominantes, embora irritabilidade, respiração ruidosa, dificuldade para andar e queixas de dor na região direita do quadril também possam estar presentes.
A típica migração da dor para o quadrante inferior direito do abdômen ocorre em menos do que 50% dos casos. Diarreia e febre, todavia, são bem mais comum que nos adultos. As crianças pequenas costumam apresentar febre baixa (ao redor de 37,8ºC) e ruborização das bochechas.
A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:
  • Dor abdominal – 94%
  • Febre – 90%
  • Vômitos – 83%
  • Dor à descompressão – 81%
  • Perda do apetite – 74%
  • Rigidez abdominal – 72%
  • Diarreia- 46%
  • A distensão abdominal – 35%
b) Sintomas da apendicite em crianças com menos de 1 ano
Se a apendicite em crianças com menos de 5 anos é incomum, a apendicite em recém-nascidos e no primeiro ano de vida é ainda mais rara. A baixa frequência de apendicite nesta faixa etária deve-se provavelmente ao formato mais afunilado e menos propenso à obstrução do apêndice, em oposição ao formato mais tubular do órgão nos adultos e crianças mais velhas.
Apesar de rara, infelizmente, a mortalidade neonatal de apendicite é de quase 30%, pois o diagnóstico precoce é muito difícil, já que o quadro clínico costuma ser bem atípico. A distensão abdominal é mais comum que a própria dor abdominal, fato provocado provavelmente porque bebês não conseguem se comunicar adequadamente.
A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:
  • Distensão abdominal – 75%
  • Vômitos – 42%
  • Perda do apetite – 40%
  • Dor abdominal – 38%
  • Febre – 33%
  • Inflamação da parede abdominal – 24%
  • Irritabilidade ou letargia – 24%
  • Dificuldade respiratória – 15%
  • Massa abdominal – 12%
  • Sangramento nas fezes – 10%
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Ácidos graxos de segmentação pode ser estratégia de tratamento para a artrite, a leucemia

Ácidos graxos de segmentação pode ser estratégia de tratamento para a artrite, a leucemia

Data:
06 janeiro de 2015
Fonte:
Universidade de Washington em St. Louis
Resumo:
As enzimas ligadas à diabetes e obesidade parecem desempenhar um papel chave na reumatóide e leucemia, potencialmente abrindo novos caminhos para o tratamento destas doenças diversas, de acordo com pesquisadores.

A medula óssea de ratinhos com a produção de éter lipídico normal (topo) contém mais do que as células brancas do sangue são encontradas na medula óssea de ratos com deficiência de éter lipídico (parte inferior).
Crédito: Faculdade de Medicina da Universidade de Washington
As enzimas ligadas à diabetes e obesidade parecem desempenhar um papel chave na reumatóide e leucemia, potencialmente abrindo novos caminhos para o tratamento destas doenças diversas, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Washington of Medicine, em St. Louis.
Trabalhando com ratos geneticamente modificados, os pesquisadores descobriram que as mesmas enzimas envolvidas na transformação de carboidratos em blocos de construção de gorduras também influenciam a saúde dos glóbulos brancos especializados chamados neutrófilos. Os neutrófilos são a forma mais abundante de células brancas do sangue e uma indicação de inflamação, que é um componente chave da artrite reumatóide. Níveis anormalmente elevados de neutrófilos também são comuns em pacientes com leucemia.
O estudo foi publicado 06 de janeiro na revista Cell Metabolism.
"A ligação entre estas enzimas e neutrófilos foi uma grande surpresa", disse o primeiro autor Irfan J. Lodhi, PhD, professor assistente de medicina. "Nós nunca tinha pensado sobre o tratamento de artrite reumatóide ou leucemia, visando enzimas que produzem ácidos graxos, mas este trabalho apoia essa linha de pensamento."
No estudo, os camundongos que não conseguiam fazer enzimas necessárias para a produção de um determinado tipo de gordura peso abruptamente perdido e contagens de glóbulos brancos extremamente baixos desenvolvidos, com muito poucos neutrófilos. Sem essa gordura, chamado de éter lipídico, os neutrófilos morreu.
Essa descoberta pode levar à segmentação de éteres lipídicos como uma forma de reduzir o número de neutrófilos em doenças inflamatórias e leucemias. Os pesquisadores acreditam que limitar, em vez de eliminar, lipídios éter pode ser a melhor abordagem, porque os neutrófilos são combatentes de infecções importantes.
"Isso pode ser um caminho para limitar a inflamação", disse o pesquisador sênior da argila F. Semenkovich, MD, o Professor Herbert S. Gasser of Medicine. "Se pudermos reduzir a actividade destas enzimas sem eliminá-los completamente, isso poderia reduzir os níveis de lípidos de éter e potencialmente ajudar os doentes com leucemia e doenças inflamatórias, tais como artrite."
Semenkovich, também um professor de biologia celular e fisiologia e diretor da Divisão de Endocrinologia, Metabolismo e Lipid Research, disse que as enzimas visam especificamente neutrófilos sem afetar outras células do sistema imunológico.
"Então, lipídios éter parece ser um alvo muito precisa", disse ele.
Trabalhar com Daniel Link, MD, o Alan A. e Edith L. Wolff Distinguished Professor of Medicine, os pesquisadores descobriram que a inativação de enzimas não prejudicou os precursores dos neutrófilos; só neutrófilos maduros foram mortos.
Isso pode significar estratégias para limitar a produção de éteres lipídicos pode diminuir os níveis de neutrófilos apenas temporariamente, de modo que quando o tratamento interrompido, neutrófilos do paciente contar subiria gradualmente, permitindo que o sistema imunitário para voltar ao normal.

Fonte da história:
A história acima é baseada em materiais fornecidos pela Universidade de Washington em St. Louis . O artigo original foi escrito por Jim Dryden. Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão.

Jornal de referência :
  1. Irfan J. Lodhi, Xiaochao Wei, Li Yin, Chu Feng, Sangeeta Adak, Grazia Abou-Ezzi, Fong-Fu Hsu, Daniel C. Link, Barro F. Semenkovich. Peroxissômicos Lipid Síntese Regulamenta Inflamação, sustentando Neutrophil Membrane Phospholipid Composição e Viabilidade . Cell Metabolism , 2015; 21 (1): 51 DOI: 10.1016 / j.cmet.2014.12.002

Cite esta página :
Universidade de Washington em St. Louis. "Segmentação ácidos graxos pode ser estratégia de tratamento para a artrite, a leucemia." ScienceDaily. ScienceDaily, a 6 de Janeiro de 2015. <www.sciencedaily.com/releases/2015/01/150106171302.htm>.