terça-feira, 17 de junho de 2014

7 SINTOMAS DE ANEMIA

7 SINTOMAS DE ANEMIA

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Anemia é o nome dado à redução do número de glóbulos vermelhos no sangue. Os glóbulos vermelhos, também chamados de hemácias ou eritrócitos, são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio pela circulação sanguínea. Neste texto vamos explicar os principais sintomas da anemia.
Se você quiser saber mais sobre anemia, leia também nossos outros artigos sobre este tema:
O QUE É ANEMIA?
ANEMIA FERROPRIVA | Carência de ferro
ANEMIA FALCIFORME | TRAÇO FALCIFORME

POR QUE A ANEMIA PROVOCA SINTOMAS?

Para entender os sintomas da anemia é preciso antes compreender como funcionam os glóbulos vermelhos (hemácias). O sangue não é uma substância puramente líquida, nele estão diluídas milhões de células, sendo as hemácias as mais abundantes. A hemácia é uma célula cuja principal função é transportar oxigênio pelo sangue até os tecidos. Dentro das hemácias existe uma proteína chamada hemoglobina, que é a estrutura responsável pela ligação com a molécula de oxigênio. O oxigênio quando entra na hemácia e se liga à hemoglobina, podendo, assim, ser transportando por todo o corpo.
Portanto, resumindo o processo de funcionamento dos glóbulos vermelhos, podemos dizer que as hemácias vão até o pulmão, captam o oxigênio respirado (ligando-o a hemoglobina), e viajam pelo resto da circulação sanguínea distribuindo oxigênio para as células do corpo poderem funcionam adequadamente.
Quando há anemia, ou seja, uma quantidade reduzida de hemácias no sangue, passamos a ter sintomas devido a maior dificuldade das células receberem quantidades adequadas de oxigênio.
Quanto mais grave for a anemia, ou seja, quanto menor for a concentração de hemácias circulantes no sangue, mais intensos serão os sinais e sintomas.
Obs: a anemia pode ser quantificada no exame de hemograma através dos valores do hematócrito e da hemoglobina. Para entender mais leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados.

SINAIS E SINTOMAS DA ANEMIA

Sintomas da anemia 1# – Cansaço e falta de energia
Quando a quantidade de células que transportam oxigênio está reduzida, a capacidade do organismo de fornecer oxigênio para todos os tecidos fica comprometida. Como o oxigênio é um combustível essencial para as células funcionarem, a redução do mesmo provoca sintomas como cansaço, fraqueza, tonturas, falta de ânimo, dificuldade de concentração, sonolência e dor de cabeça.
Pessoas jovens e sadias toleram melhor o cansaço da anemia, sentindo estes sintomas apenas quando precisam realizar esforços. Já as pessoas mais idosas costumam se queixar muito de cansaço e falta de energia, tornando difícil a realização de tarefas simples, como se vestir, tomar banho e andar pela casa.
O cansaço é o sintoma mais comum e mais típico da anemia.Quanto mais rápida for a queda da concentração de hemácias, mais intenso é o sintoma de cansaço.
Para saber sobre outras causas de cansaço, leia: CANSAÇO | FADIGA | Principais causas
Sintomas da anemia 2# - Falta de ar
A falta de ar costuma ocorrer em casos graves de anemia ou nos pacientes que já apresentam algum grau de mau funcionamento cardíaco e/ou pulmonar.  Como a quantidade de oxigênio que chega às células é insuficiente, a resposta do organismo é acelerar a frequência respiratória, na tentativa de aumentar a oxigenação do sangue.
Portanto, o paciente com anemia pode queixar-se de falta de ar e apresentar uma respiração mais acelerada.
Para saber mais sobre todas as causas de falta de ar, leia: FALTA DE AR | Causas e tratamento
Sintomas da anemia 3# - Taquicardia – coração acelerado
Assim como há um aumento da frequência respiratória, há também um aumento da atividade do coração. O coração acelera tentando aumentar a quantidade de sangue que chega nos tecidos. A lógica é simples, se o sangue está pobre em oxigênio, é preciso chegar mais sangue para as células poderem receber uma quantidade aceitável de oxigênio.
A taquicardia também pode provocar o aparecimento de sopro no coração (leia:SOPRO NO CORAÇÃO | Causas, sintomas e tratamento).
Sintomas da anemia 4# - Dor no peito
Nos pacientes com doenças cardíacas, a redução da oxigenação dos tecidos e a aceleração dos batimentos cardíacos podem não ser bem toleradas. Se o paciente já tem o coração doente, ele terá dificuldades de aumentar o seu funcionamento, e mesmo uma anemia leve pode ser a gota d’água que faltava para desencadear uma isquemia cardíaca.
Em pacientes com doenças do coração, valores de hematócrito abaixo de 10g/dl costumam ser perigosos.
Para saber mais sobre dor no peito e angina, leia: SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO.
Sintomas da anemia 5# - Palidez cutânea
A palidez da pele e das mucosas ocorre por dois motivos. O principal é redução da circulação de sangue que ocorre nos tecidos periféricos (como a pele), já que o organismo passa a dar prioridade aos órgãos nobres do corpo, desviando o fluxo de sangue para os mesmos. Como a pele recebe menos sangue, ela torna-se mais pálida. Além disso, conforme há uma queda no número de hemácias circulantes, o sangue torna-se mais diluído, assumindo uma cor menos viva. Portanto, na anemia, a pele e as mucosas passam a receber menos sangue, e o sangue que chega está diluído por haver falta de hemácias. Além da palidez, a pele também pode ficar mais fria.
Conjuntiva pálida
Conjuntiva pálida é um sinal de anemia
Em pessoas de pele mais escura, esta palidez da pele é mais difícil de ser notada. Para identificar uma anemia, é preciso olhar a cor da boca e da conjuntiva dos olhos, que apresentam-se mais pálidas em casos de anemia.
A palidez cutânea pode não ser notada até que a hemoglobina caia para valores ao redor de 10g/dl. Portanto, somente a ausência de palidez não descarta uma anemia.
Sintomas da anemia 6# - Câimbras
As câimbras ocorrem pelos mesmos motivos do cansaço e da palidez cutânea. A falta de oxigenação dos músculos, associado à redução efetiva da circulação de sangue, provoca distúrbios no funcionamento normal da musculatura, podendo surgir contrações involuntárias.
Para saber mais sobre câimbras, leia: CÂIMBRAS | Causas e tratamento.
Sintomas da anemia 7# - Hipotensão
A hipotensão é um sintoma comum nas anemias que surgem por conta de perdas sanguíneas. Quando o paciente apresenta uma hemorragia, ele perde não só hemácias, mas também volume de sangue circulante, o que leva à queda da pressão arterial.
A hipotensão se manifesta clinicamente como fraqueza extrema, dificuldade de ficar em pé, tonturas e sensação de desmaio.
Anemia com hipotensão é uma emergência médica, havendo indicação para transfusão de sangue assim que possível.

ANEMIA AGUDA X ANEMIA CRÔNICA

A intensidade dos sintomas da anemia depende de dois fatores: o tempo de instalação da anemia e a gravidade da mesma. Anemias crônicas, que se instalam de forma lenta e gradual, ao longo de várias semanas ou meses, não costumam causar sintomas até fases bem avançadas. Como o processo é lento, as hemoglobinas existentes têm tempo de se adaptar, passando a ser mais efetivas na captação e distribuição do oxigênio pelo corpo.
Os valores normais de hemoglobina são maiores que 13g/dl para homens e maiores que 12g/dl para mulheres. Devido à capacidade de adaptação das hemácias, os pacientes com anemia crônica conseguem se manter assintomáticos em repouso até níveis de 8 ou 9g/dl de hemoglobina. Logicamente, o estado de saúde anterior conta. Se o paciente já tem outras doenças, principalmente de origem pulmonar ou cardíaca, sua capacidade de adaptação à anemia é bem mais reduzida. Pacientes jovens e em ótimo estado físico podem só sentir os sintomas da anemia em casos graves, com hemoglobina ao redor de 6g/dl. Já pessoas idosas podem começar a sentir os efeitos assim que os níveis de hemoglobina desçam abaixo de 10g/dl.
Nos casos de anemias agudas, com instalação rápida, como as que ocorrem por hemorragias, o paciente sente os sintomas mesmo que a queda da hemoglobina não seja muito acentuada. Uma hemoglobina que cai abruptamente de 14g/dl para 10g/dl é suficiente para provocar  muitos dos sintomas de anemia descritos acima.
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PRIMEIROS SINTOMAS DO DIABETES

PRIMEIROS SINTOMAS DO DIABETES

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O diabetes mellitus é a doença causada pelo excesso de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Existem basicamente dois tipos de diabetes, chamados de diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2:
- O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas produz muito pouca ou nenhuma insulina. A insulina é um hormônio que ajuda o corpo a absorver e utilizar glicose dos alimentos. Sem insulina, os níveis de glicose tornam-se mais elevados que o normal.
- O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que ocorre por uma combinação de produção insuficiente de insulina e resistência do corpo à mesma. Explicando melhor, o paciente produz menos insulina do que deveria e ela ainda funciona mal. O diabetes tipo 2 está intimamente ligado ao sedentarismo e ao excesso de peso.
Neste texto vamos explicar os principais sintomas iniciais do diabetes.

SINTOMAS DO DIABETES NA FASE INICIAL

Sintomas do diabetes #1: excesso de urina
DiabetesO excesso de urina, chamado em medicina de poliúria, é um dos primeiros sinais e sintomas do diabetes. Quando há uma elevada concentração de glicose no sangue, geralmente acima de 180mg/dl, o corpo precisa arranjar meios de eliminar este excesso; o caminho mais fácil é pelos rins, através da urina. Como não podemos urinar açúcar puro, o rim precisa dilui-lo com água para poder eliminá-lo. Portanto, quanto maior for a glicemia (concentração de glicose no sangue), mais urina o paciente eliminará.
Se você quiser saber sobre todas as causas de urina em excesso, leia: URINA EM EXCESSO | O que pode significar?
Sintomas do diabetes #2: sede excessiva
Se o paciente diabético urina em excesso, ele perderá mais água do que era suposto, ficando desidratado. A sede é principal mecanismo de defesa do organismo contra a desidratação.
O paciente diabético que não controla sua glicemia, seja por má aderência ao tratamento ou simplesmente porque ainda não descobriu que tem diabetes, acaba por entrar em um ciclo vicioso. O excesso de glicose aumenta a quantidade de água perdida na urina, fazendo o paciente urinar com grande frequência. A perda de água causa desidratação, que por sua vez desencadeia uma sede excessiva. O paciente bebe muita água, mas como a glicose continua muito alta no sangue, ele mantem-se urinando a toda hora.
Sintomas do diabetes #3: cansaço
O cansaço crônico é outro sintoma comum do diabetes e ocorre por dois fatores:
a. Pela desidratação: explicada no tópico anterior.
b. Pela incapacidade das células em receber glicose: a glicose é a principal fonte de energia das células; é o combustível do nosso organismo. Quem promove a entrada de glicose do sangue para dentro das células é a insulina, que no diabetes tipo 1 é inexistente e no diabetes tipo 2 não funciona bem. Portanto, o diabetes mellitus se caracteriza essencialmente pela incapacidade do organismo em transportar glicose para as células, reduzindo a capacidade de produção de energia do corpo.
Sintomas do diabetes #4: perda de peso
A perda de peso é um sintoma muito comum no diabetes tipo 1. Pode também ocorrer no diabetes tipo 2 mas não é tão frequente.
A insulina também é o hormônio responsável pelo armazenamento de gordura e pela síntese de proteínas no organismo. Como no diabetes tipo 1 há ausência de insulina, o paciente para de armazenar gordura e de produzir músculos. Além disso, como não há glicose para gerar energia, as células acabam tendo que gerá-la a partir da quebra de proteínas e dos estoques de gordura do corpo. Portanto, o corpo sem insulina não gera músculos nem gorduras e ainda precisa consumir as reservas existentes.
Como no diabetes tipo 2 há insulina circulante, estes efeitos são menos evidentes. Além disso, no tipo 2 a resistência à ação da insulina vai se estabelecendo lentamente ao longo de anos, ao contrário do diabetes tipo 1, que cessa a produção de insulina de modo relativamente rápido. Na verdade, o diabetes tipo 2 está associado ao excesso de peso, que é a principal causa da resistência à insulina.
Sintomas do diabetes #5: fome excessiva
Como as células não conseguem glicose para gerar energia, o corpo interpreta este fato como se o paciente estivesse em jejum. O organismo precisa de energia e o único modo que ele conhece para obtê-la é através da alimentação.
Uma das características do emagrecimento do diabetes é que ele ocorre apesar do paciente alimentar-se com frequência. O problema é que a glicose ingerida não é aproveitada e acaba sendo perdida na urina.
No diabetes tipo 1 inicialmente há aumento da fome, mas em fases mais avançadas o paciente torna-se anorético, o que contribui ainda mais para a perda de peso.
Sintomas do diabetes #6: visão embaçada
Um sintoma muito comum do diabetes é a visão turva. O excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino, a lente do olho, mudando sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco, o que torna a visão embaçada. A visão costuma ficar turva quando a glicemia está muito elevada, voltando ao normal após o controle do diabetes.
Esta alteração nos olhos não tem nada a ver com a retinopatia diabética, a complicação oftalmológica que pode surgir após anos de diabetes. Esta será explicada na segunda parte deste artigo.
Sintomas do diabetes #7: cicatrização deficiente
O excesso de glicose no sangue, quando corre de modo crônico, causa inúmeros distúrbios no funcionamento do organismo. A dificuldade em cicatrizar feridas ocorre por uma diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos, diminuição da proliferação celular e dificuldade em se gerar novos vasos sanguíneos.
Sintomas do diabetes #8: infecções
Assim como explicado no tópica acima, o diabetes também leva a distúrbios no sistema imunológico, por alterar o funcionamento das células de defesa. O diabético pode ser considerado um paciente imunossuprimido e apresenta maior risco de desenvolver infecções, nomeadamente infecção urinária (leia: INFECÇÃO URINÁRIA | Sintomas da cistite), infecções de pele (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento), candidíase (leia: CANDIDÍASE | Sintomas e tratamento) e pneumonia (leia: PNEUMONIA | Sintomas e tratamento).
Sintomas do diabetes #9: cetoacidose diabética
A cetoacidose diabética é uma complicação do diabetes tipo 1, sendo muitas vezes o primeiro sinal da doença. Como há ausência de insulina, as células não recebem glicose e precisam arranjar outra fonte para gerar energia. Como já explicado acima, a solução é queimar gordura e músculos. O problema é que estas duas fontes alternativas não geram tanta energia como a glicose e ainda produzem uma quantidade imensa de ácidos (chamados de cetoácidos), o que leva à cetoacidose.
A cetoacidose diabética costuma ocorrer quando os níveis de glicose no sangue ultrapassam os 500mg/dl e é uma emergência médica porque faz com que o pH do sangue caia a níveis perigosos, podendo levar à morte. Os sinais e sintomas da cetoacidose são náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental, prostração e dificuldade respiratória.
Vérsion en español:  SÍNTOMAS DE LA DIABETES
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TESTE DE SCHILLER | RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO

TESTE DE SCHILLER | RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO

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O teste de Schiller é um teste que pode ser usado durante o exame ginecológico para auxiliar o médico a encontrar áreas com lesões suspeitas no colo do útero.
O teste de Schiller foi batizado em homenagem ao médico Walter Schiller, que ao redor 1930 descreveu o método de pesquisar células cancerígenas no colo do útero através da coloração do mesmo com uma solução à base de iodo, chamada de solução de lugol ou solução de Schiller.
Uma forma alternativa de realizar o teste de Schiller pode ser feito substituindo o lugol por uma solução de ácido acético (vinagre).
Neste artigo vamos explicar o que é o teste de Schiller, quais são as suas aplicações atualmente no rastreio do câncer do colo do útero e o que significam os resultados teste de Schiller positivo e teste de Schiller negativo.

O QUE É O TESTE DE SCHILLER?

Um dos objetivos do exame ginecológico é visualizar diretamente o colo do útero, também chamado de cérvix uterino. Em muitos casos, apenas a olho nu é possível notar a presença de lesões no colo do útero, sejam elas lesões inflamatórias típicas das cervicites, úlceras, feridas, etc.  O teste de Schiller e o teste do ácido acético são feitos de forma a aumentar a nossa capacidade de identificar áreas com lesões do colo uterino, que muita vezes podem parecer normais ao olho nu.
O teste é feito com uma zaragatoa, uma espécie de cotonete muito comprido. O ginecologista encharca a ponta da zaragatoa, que é revestida de algodão, com iodo (ou ácido acético) e “pinta” toda a região do colo do útero, como se usasse um pincel. Após um minuto de espera, o médico volta a visualizar o colo do útero para tentar identificar áreas que ficaram pouco coradas.
A  lógica por trás do exame é a seguinte: as células normais do colo uterino e da vagina são ricas em glicogênio, uma grande molécula feita de várias pequenas moléculas de glicose. O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo-os escuros (pintados). Já as células cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em glicogênio e, por isso, não se impregnam com o iodo, mantendo-se mais claras, geralmente amareladas, e facilmente distinguíveis do resto do tecido saudável, que permanecesse corado de marrom (cor do iodo).
Chamamos de teste de Schiller positivo toda vez que houver alguma área amarelada do colo uterino, que não fica corada com o lugol, sugerindo a presença de células atípicas. Por outro lado, o teste de Schiller negativo ocorre quando todo o cérvix uterino se cora de marrom, evidenciando a presença de tecido rico em glicogênio e, portanto, saudável, por toda a área pintada. Quando há áreas que não se coram, mas não ficam amareladas, em geral, consideramos que o teste é negativo.
O teste do ácido acético tem uma lógica semelhante, mas o mecanismo é diferente. O ácido acético desidratada as células de forma heterogênea, sendo o seu efeito mais pronunciado nas células atípicas que nas células sadias. O resultado final é uma coloração brancacenta em todo o tecido que for composto por células suspeitas.
Teste de Schiller positivo
Não há grandes diferenças de resultado entre ambos os testes.  A coloração com o ácido acético deve ser o teste de escolha para as mulheres com história de alergia ao iodo.
A presença de manchas brancas no colo uterino após o uso do ácido acético ou a ausência de impregnação do iodo em certas áreas coradas com o lugol indicam a realização de colposcopia ou biópsia do tecido, caso existam alterações visíveis da morfologia do tecido não corado. Um teste de Schiller positivo não indica necessariamente a existência de um câncer. Ele é apenas o primeiro passo no rastreio de tumores.

UTILIDADE DO TESTE DE SCHILLER

O teste de Schiller e do ácido acético foram muito utilizados durante décadas pelos ginecologistas. Entretanto, nos últimos anos,  o seu uso tem se tornado menos frequente, principalmente em áreas com fácil acesso a novos recursos médicos e laboratoriais, que são mais sensíveis e específicos para o rastreio do câncer do colo do útero.
O teste de Schiller e do ácido acético podem estar falsamente positivo nas mulheres na menopausa ou nos casos de cervicite (inflamações/infecções do colo uterino). Também é bom lembrar que nem todas as células pobres em glicogênio são necessariamente malignas ou pré-malignas.
Atualmente, a forma mais comum de rastrear o câncer de colo uterino é através do exame de Papanicolau, chamado também de exame de citologia cervical. Durante o exame ginecológico, o médico colhe material do colo uterino e do seu orifício com uma espátula e uma escova de forma a captar células para que um médico patologista possa visualizá-las em um microscópio, à procura de células malignas. O material colhido no Papanicolau também pode ser usado para pesquisa do HPV, que é o vírus que causa o surgimento do câncer do colo do útero (leia: HPV | CÂNCER DO COLO DO ÚTERO).
Muitos médicos já não consideram necessária a coloração do cérvix uterino como lugol ou ácido acético, pois o papanicolau é um exame mais confiável e com menores taxas de falsos positivos e falsos negativos.
O teste de Schiller ou do ácido acético, portanto, podem auxiliar no rastreio do câncer de colo do útero, mas eles não devem nunca serem usados como substitutos do exame de papanicolau, pois são inferiores.
A grandes vantagem do teste de Schiller é o fato dele ser muito barato, estando disponível mesmo em áreas com poucos recursos técnicos.  Outra vantagem é a ausência de efeitos colaterais relevantes e de contra-indicações absolutas (as pacientes com alergia ao iodo podem usar o ácido acético).
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