segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

DIETA RICA EM FIBRAS PARA IMPEDIR A PROGRESSÃO DO CANCER DE PROSTATA

Dieta rica em fibra pode impedir
progressão de cancro da próstata

2013-01-11
Imagem do estudo tornou-se capa da publicação
Imagem do estudo tornou-se capa da publicação
Uma dieta rica em fibra pode ajudar a controlar a progressão do cancro de próstata em fases mais precoces da doença, segundo revela um estudo da Universidade do Colorado, nos EUA, publicado recentemente na «Cancer Prevention Research» e cuja imagem da investigação se tornou capa da publicação.

A taxa de ocorrência de cancro da próstata em culturas asiáticas é semelhante à das culturas ocidentais; no entanto, no Ocidente, a doença tende a progredir e na Ásia não. Os investigadores consideram que a resposta pode ser uma dieta rica em fibras.
Para a investigação, Komal Raina e os seus colegas alimentaram dois grupos de ratos, uns com hexafosfato de inositol (IP6), um dos principais componentes de dietas ricas em fibra e outro grupo de controlo que não recebeu o composto e monitorizaram os animais através de ressonância magnética.

Os resultados mostraram uma redução drástica no volume do tumor, devido aos efeitos antiangiogénicos do IP6, segundo os investigadores que afirmam que “a alimentação com o ingrediente activo de uma dieta rica em fibras impediu os tumores da próstata de criar novos vasos sanguíneos necessários para abastecê-los com energia e sem esta o tumor não pode crescer".

Os mecanismos possíveis para os efeitos da IP6 contra o metabolismo incluem a redução de uma proteína chamada GLUT-4, que é fundamental para o transporte de glicose. No entanto, a equipa continua a fazer mais estudos e a procurar variações genéticas entre povos asiáticos e ocidentais que poderiam explicar a diferença nas taxas de progressão deste tipo de tumor.

CONHEÇA O "PICHOLEJO"

Pixelejo, azulejos feitos no computador

Tiago Tejo utiliza os pixéis para reproduzir azulejos tradicionais

2013-01-11
Por Sara Pelicano (imagens: Pixelejo)
Tiago Tejo, um artista em píxel art.
Tiago Tejo, um artista em píxel art.
O tradicional azulejo que reveste fachadas de muitos prédios portugueses foi reinventado por Tiago Tejo. Baptizou a sua ideia como Pixelejo, uma mistura de píxel com azulejo que representa bem aquilo que é a sua arte.

“Ambos são muito presentes na minha vida, o azulejo por motivos óbvios vivendo em Portugal, a píxel art [arte feita com píxeis] porque está presente nos jogos e computadores com que convivi desde miúdo”, explica o jovem estudante de História da Arte na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O Pixelejo nasce em 2008 por mero acaso. Na cabeceira estava um livro sobre azulejos, “tema pelo qual começava a interessar-me”, e na secretária o computador onde recuperava um jogo de infância.

Uma parede com Pixelejo no Cais de Gaia.
Uma parede com Pixelejo no Cais de Gaia.
Olhando para um e para outro, resolveu juntá-los porque “o princípio do azulejo é o mesmo do píxel. São quadrados que isolados têm uma função e quando combinados têm outra diferente", afirma Tiago.

Aos olhos de Tiago esta ligação da tecnologia ao tradicional azulejo de cerâmica é “simples”. O primeiro passo é abrir um documento no computador, semelhante a uma tela de pequeníssimos quadrados, os quais são reproduzidos de acordo com o desenho original que está a seguir.

"Também tenho feito desenhos originais, ou seja, sem serem cópias de azulejos que já vi", explica.

Esta nova expressão de arte urbana, que nasce por acaso, foi-se espalhando por vários locais do país. Tiago Tejo, 26 anos, gosta sobretudo de colocar pixelejos nas caixas cinzentas de electricidade.

Imprime o seu trabalho em folhas de papel e cola-as nas caixas porque “não gosto de ver sempre as mesmas coisas. É por isso que gosto muito de colar pixelejos nas caixas da electricidade porque são elementos que estão sempre ali, iguais”.

As sardinhas “vestidas” com os pixelejos de Tiago Tejo.
As sardinhas “vestidas” com os pixelejos de Tiago Tejo.
O Pixelejo foi ganhando visibilidade e, em Maio de 2012, Tiago mostrou o seu trabalho em Toulouse, França. Da impressão no simples papel, o pixelejo ganhou novas aplicações, como em lona com a qual se fizeram sardinhas gigantes. Nesta exposição, Tiago fez também pixelejos com Lego, onde cada peça representava um píxel.

As ideias são muitas, mas o jovem tem claro que o Pixelejo não será a sua “actividade principal”, apesar de ter “condições para ser financeiramente viável. Já houve pessoas que me contactaram para fazer trabalhos e perguntam porque não coloco pixelejos em almofadas e cadernos e assim”.

No entanto, adianta, estas ideias “implicam um comprometimento com coisas que não estou interessado. Não quero estar pendente de financiamentos, de burocracias. Não quero estar preocupado com se há ou não dinheiro para os projectos e qual a melhor forma de vender”.

Para Tiago, Pixelejo é “um campo de experimentação, de colocação de questões, serve para arejar as ideias e ter outros contactos”, conclui.