sexta-feira, 15 de março de 2013

DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE



Posted: 14 Mar 2013 07:45 PM PDT
A dor de garganta, um dos sintomas mais comuns da prática médica, tanto em adultos quanto em crianças, surge geralmente devido a um quadro de faringite e/ou amigdalite (infecção da faringe e/ou amígdalas, respectivamente).

Neste artigo vamos abordar as seguintes questões sobre dor de garganta - faringite - amigdalite:
  • O que é faringite e amigdalite.
  • Diferenças entre faringite viral e faringite bacteriana.
  • Sintomas da faringite.
  • Causas de garganta inflamada.
  • Complicações da faringite.
  • Tratamento da dor de garganta.
Após a conclusão deste texto, não deixe de ler: DOR DE GARGANTA | Perguntas mais comuns
Se você está à procura de informação sobre as adenoides, leia: O QUE É A ADENOIDE? 

O que são a faringite e a amigdalite?


Faringite é o nome dado à inflamação da faringe; amigdalite é a inflamação das amígdalas. Ambas apresentam como principal sintoma a dor de garganta. Como estão anatomicamente próximas, é muito comum a faringe e as amígdalas inflamarem simultaneamente, um quadro chamado de faringoamigdalite. Apesar de inflamarem juntas, algumas pessoas tem predominantemente amigdalite, enquanto outras, faringites. Ao longo do texto vou alternar os termos faringite e amigdalite, mas o que vale para uma, também serve para a outra.

A faringoamigdalite pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. A maioria dos casos é de origem viral. Vários tipos de vírus podem levar à faringite e/ou amigdalite. A gripe é um exemplo comum de dor de garganta de origem viral (leia:DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).

As faringites virais são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das faringites ou amigdalites bacterianas que podem levar a complicações, como abscessos e febre reumática. A dor de garganta causada por bactérias deve ser sempre tratada com antibióticos (explico o porquê adiante).

Faringite não infecciosa


Nem toda faringite é causada por uma agente infeccioso, como vírus ou bactérias, como por exemplo:
- Alergias (leia: RINITE ALÉRGICA | Sintomas e tratamento).
- Refluxo gastroesofágico (leia: HÉRNIA DE HIATO | Refluxo gastroesofágico).
- Irritação da garganta provocada por fumaça de cigarro ou álcool.
- Frio e baixa umidade do ar.

Como distinguir uma amigdalite viral de uma amigdalite bacteriana?

 
Estruturas dentro da orofaringe
Orofaringe
O modo mais correto é através da coleta de material da garganta por swab ou Zaragatoa, uma vareta com algodão na ponta usada para colher material da área inflamada para posterior avaliação laboratorial. A análise do material colhido pelo swab consegue identificar o agente infeccioso, seja ele uma bactéria ou um vírus.

Apesar da ajuda do swab, há um problema de ordem prática: a identificação do agente infeccioso demora pelo menos 48-72h. Por isso, muitas vezes, os médicos optam por iniciar o tratamento baseado em achados clínicos. Até já existem testes laboratoriais mais rápidos para se identificar bactérias, mas nem sempre há facilidade para colher e enviar o material para análise.

Portanto, se nem sempre temos à mão exames complementares que nos ajudam a identificar o germe causador de uma dor de garganta, é importante sabermos pelo menos distinguir pelos sinais e sintomas uma faringite viral de uma faringite bacteriana.

Sintomas da faringite e amigdalite


Os sintomas da amigdalites/faringite, em geral, são:

- Dor de garganta.
- Dor para engolir. 
- Febre.
- Dores pelo corpo.
- Dor de cabeça.
- Prostração.

Todos os sintomas citados acima são comuns tanto em infecções virais quanto bacterianas. São necessários, portanto, outros elementos para distinguir uma da outra.

Sinais e sintomas da faringite viral


Foto de uma faringite viral
Faringite viral - Inflamação sem edema de úvula, sem pus ou petéquias.
Normalmente, as faringites virais vêm acompanhadas de outros sinais de infecção das vias respiratórias, como tosse, espirros, constipação nasal, conjuntivite, rouquidão, inapetência ou dores pelo corpo. Não comum uma faringite viral atacar somente a garganta. O paciente habitualmente tem um quadro que sugere uma gripe ou resfriado. Outra dica é que na faringite viral, apesar da garganta ficar muito inflamada, não é comum haver pus.

Alguns pacientes com alergia podem acabar tendo um quadro parecido com faringite viral, com rinossinusite, espirros, dor de cabeça e mal estar geral. A garganta pode ficar inflamada, mas o paciente não tem febre nestes casos.

Sinais e sintomas da faringite bacteriana


Foto de uma amigdalite bacteriana
Amigdalite bacteriana -  pontos de pus nas amígdalas e inchaço da úvula
Já as amigdalites causadas por bactérias, além de não apresentarem os sintomas virais, típicos, como espirros e congestão nasal, costumam causar pontos de pus nas amígdalas e aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço. A faringite bacteriana também pode causar edema da úvula e pontos hemorrágicos (chamados petéquias) no palato (céu da boca). A febre da infecção bacteriana costuma ser mais alta que na viral, mas isso não é uma regra, já que há casos de gripe com febre bem alta.
 
Foto de uma faringite bacteriana
Amigdalite bacteriana - petéquias no palato
A presença de pus e gânglios aumentados na região do pescoço fala fortemente a favor de uma faringite bacteriana. Entretanto, algumas infecções virais, como a mononucleose infecciosa também podem cursar com estes achados.

A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr e costuma se apresenta com febre, amigdalite purulenta e aumento de linfonodos na região posterior do pescoço (ao contrário da amigdalite bacteriana que apresenta aumento dos linfonodos da região anterior do pescoço). Saiba mais em: (leia: MONONUCLEOSE - DOENÇA DO BEIJO).

Complicações das amigdalites bacterianas


As faringoamigdalites virais costumam melhorar espontaneamente após poucos dias, não provocando nenhum tipo de problema maior. Por outro lado, as faringoamigdalites bacterianas podem causar diversas complicações se não tratadas adequadamente com antibióticos. Entre elas podemos citar:

Tratamento da amigdalite | Tratamento da faringite


Para se evitar as complicações das amigdalites bacterianas descritas acima, o tratamento deve ser sempre feito com antibióticos. Na maioria dos casos, em 48h já há uma grande melhora dos sintomas. A pesquisa pelo germe na garganta com swab deve ser feita sempre que possível.

O tratamento com antibióticos derivados da penicilina, como amoxacilina, deve ser feito por 10 dias. Nos pacientes alérgicos à penicilina uma opção é Azitromicina por 5 dias. Naqueles pacientes com intenso edema da faringe, que não conseguem engolir comprimidos, ou naqueles que não desejam ficar tomando remédio por vários dias, uma opção é a injeção intramuscular de penicilina Benzatina, o famoso Benzetacil, administrado em dose única.

Se os sintomas da faringite bacteriana forem muito fortes, enquanto espera-se o efeito dos antibióticos, pode-se usar anti-inflamatórios para aliviar a inflamação da garganta. Mas atenção, os anti-inflamatórios são apenas sintomáticos, eles não tratam a infecção bacteriana. 

A faringites virais normalmente duram apenas quatro ou cinco dias e se curam sozinhas. Não é preciso, nem é indicado, o uso de antibióticos. Se os sintomas forem muito incômodos, pode-se usar anti-inflamatórios por dois ou três dias. De resto, bastam repouso e boa hidratação.

Tratamentos naturais para a dor de garganta:

  • Mel: Não há nenhum trabalho que tenha conseguido demonstrar um real benefício do mel.
  • Própolis: Apresenta efeito anti-inflamatório pequeno. Funciona muito menos que qualquer anti-inflamatório comum.
  • Papaína: Além de não melhorar, em grandes quantidades pode piorar a inflamação.
  • Não há trabalhos que provem a eficácia da homeopatia ou fitoterapia no tratamento das faringites. O tempo de doença e a incidência de complicações é igual ao placebo.
Quem quiser alívio sintomático sem tomar muitos remédios, o ideal é realizar vários gargarejos diários com água morna e uma pitada de sal.

Retirada das amígdalas


A retirada das amígdalas (amigdalectomia) é uma opção nas crianças que apresentam mais de seis episódios de faringite estreptocócica por ano. Já nos adultos, como a incidência das complicações é muito menor, a indicação de amigdalectomia é mais controversa, pois existe a possibilidade de não haver melhora, fazendo apenas com que o paciente deixe de ter crises de amigdalites e passe a ter crises de faringites, o que no final dá no mesmo.

A amigdalectomia também pode ser feita nos casos de amígdalas muito grandes, que atrapalham a respiração e causam roncos à noite, mau hálito intratável ou quando há abscesso nas amígdalas. 

Amigdalite caseosa


Em pacientes com infecções de garganta de repetição podem-se formar criptas (pequenos buracos) nas amígdalas. Estas acumulam cáseo (ou caseum), uma substância branca ou amarelada, parecida com pus, que é na verdade restos celulares de processos inflamatórios antigos. O cáseo pode causar mau hálito em pessoas com amigdalite/faringite crônica (leia: SAIBA COMO ACABAR COM O MAU HÁLITO).

Complemente as informações deste texto lendo também: DOR DE GARGANTA | Perguntas mais comuns 

CARCINOMA BASOCELULAR/CÂNCER DE PELE

Posted: 12 Mar 2013 05:14 PM PDT
O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo de câncer de pele mais comum no ser humano, sendo também aquele com maior taxa de cura. Apesar de ser o tipo histológico de 3 em cada 4 cânceres de pele diagnosticados, o carcinoma basocelular tem uma taxa de mortalidade abaixo de 2%.

Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre o carcinoma basocelular:
  • O que é o carcinoma basocelular.
  • Fatores de risco para o carcinoma basocelular.
  • Sintomas do carcinoma basocelular.
  • Tratamento do carcinoma basocelular.
Se você está à procura de informações sobre o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele, o seu texto é esse:MELANOMA | Câncer de pele.

O que é o carcinoma basocelular


A epiderme é a camada mais superficial da pele (as outras camadas são a derme e a hipoderme, esta última também é chamada de tecido subcutâneo), chegando a ter 1,5cm de espessura em áreas de pele mais grossa, como as solas dos pés e as palmas das mãos. A epiderme é subdividida em 5 camadas, sendo a mais profunda composta pelas células basais. As células basais estão constantemente se multiplicando, gerando células de pele novas, que vão empurrando as antigas para cima, de forma a renovar constantemente a epiderme. Conforme as células velhas se desprendem e descamam, as células mais novas que estão subindo vão ocupando o seu lugar.

O carcinoma basocelular é o câncer que surge das células basais. O seu aparecimento geralmente ocorre após uma lesão do DNA desta célula, fazendo com que as mesma mude suas características, tornando-se um câncer. O principal fator de agressão ao DNA das células da pele é o excesso de exposição solar (explicaremos melhor na próxima parte do texto).

Para entender melhor o processo que leva ao surgimento de um célula cancerígena, leia:
O QUE É O CÂNCER?
O QUE É UM CARCINOMA?

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum e, felizmente, o menos mortal. Apesar de localmente ser um tumor agressivo, capaz de destruir camadas da pele e de invadir tecidos ao redor, a sua relativa benignidade está no fato de ser um câncer com baixo potencial de causar metástases. Na verdade, menos de 1% dos casos de carcinoma basocelular metastizam. Os tumores não tratados continuam a crescer, causando significativa destruição das camadas da pele, que podem provocar lesões desfigurantes. Porém, mesmo nestes casos, o tratamento curativo é possível.

Fatores de risco para o carcinoma basocelular


A exposição crônica ao sol é o principal fator de risco para o desenvolvimento do carcinoma basocelular. Ao contrário do melanoma que surge habitualmente após um episódio de exposição excessiva ao sol, o CBC surge em pessoas que se expõem frequentemente ao sol durante anos, em geral, desde os primeiros anos de vida. Em relação à exposição solar, os seguintes fatores aumentam o risco do carcinoma basocelular:
  • Ter pele muito clara.
  • Ter olhos claros.
  • Ser ruivo ou naturalmente loiro.
  • Ter tido muitos episódios de queimadura solar ao longo da vida.
  • Ter mais de 50 anos (o dano ao DNA surge na juventude, mas o câncer só aparece décadas depois).
  • Fazer bronzeamento artificial.
  • Viver em áreas tropicais e com alta exposição solar ao longo de todo o ano.
  • Ter familiares próximos com história de câncer de pele.
  • Já ter tido um carcinoma basocelular anteriormente (o risco de novo tumor é 40% maior que na população em geral).
O excesso de sol ao longo da vida é um fator de risco importante, mas há outros fatores que também podem levar ao aparecimento do carcinoma basocelular, como:
  • Exposição excessiva à radiação, como raio X.
  • Imunossupressão (por doença ou por uso de drogas imunossupressora).
  • Exposição a arsênico.
  • Algumas raras doenças genéticas facilitam o aparecimento do CBC, como a síndrome de Goltz ou xeroderma pigmentoso.

Sintomas do carcinoma basocelular


As lesões do carcinoma basocelular habitualmente se apresentam em locais da pele mais expostos à radiação solar. Na maioria dos casos, a lesão ocorre na face. A seguir, o tronco é o local mais acometido. Eventualmente o CBC pode surgir em áreas não expostas ao sol, como órgãos genitais ou região ao redor do ânus.

Na maioria dos casos, a lesão de pele do carcinoma basocelular apresenta-se como um pequeno nódulo ou uma pápula (uma lesão com relevo, tipo uma bolinha meio achatada), da cor da pele, meio brilhosa ou perolada, frequentemente com um ou mais diminutos vasos sanguíneos visíveis. Estas lesões se ferem com facilidade, podendo formar pequenas úlceras. A forma nodular surge habitualmente na face e é responsável por 60% dos casos.
Carcinoma basocelular - fotos

Em 30% dos casos, a lesão do CBC é superficial, plana e levemente avermelhada. Esta forma ocorre mais comumente em jovens e acomete principalmente o tronco.

Carcinoma basocelular  superficial

Os 10% dos casos restantes podem apresentar uma variedade de formas. Em geral, são variações da forma nodular e superficial. Algumas lesões podem ser pigmentadas (mais escuras) ou com uma leve depressão. Outras parecem cicatrizes arrendondadas, como se o paciente tivesse tido uma ferida anterior no local.

Nem sempre é fácil para a população leiga notar a presença de um carcinoma basocelular em fase inicial. Por isso, alguns sinais de alerta devem ser conhecidos:

- Uma ferida persistente, principalmente na face, que não se cura após várias semanas.
- Uma mancha vermelha nova, que não desaparece após várias semanas.
- Um nódulo novo, brilhante. Pode ser avermelhado, translúcido ou pigmentado. Também pode haver pequenos vasos sanguíneos visíveis.
- Uma área mais branca ou amarelada, com bordas pouco definidas, parecida com uma pequena cicatriz.

O diagnóstico do carcinoma basocelular é habitualmente confirmado com uma biópsia de pele.

Tratamento do carcinoma basocelular


O tratamento do carcinoma basocelular é preferencialmente cirúrgico, com retirada completa da lesão, mas uma série de outros tratamentos estão disponíveis, dependendo do tipo, localização e gravidade do tumor. Algumas opções incluem: laserterapia, curetagem, crioterapia, eletrocoagulação e radioterapia. Lesões muito iniciais podem ser tratadas apenas com cremes à base de 5-Fluorouracil (5-FU) ou Imiquimod.

Independentemente do tratamento escolhido, praticamente todos os casos de CBC conseguem ser curados. Todavia, a taxa de recorrência é alta, cerca de 10% após 5 anos.

ATIVIDADES FÍSICAS AJUDAM NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE


Atividades físicas ajudam no tratamento de artrite reumatoide

Pacientes ainda têm medo que os exercícios prejudiquem as articulações

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 04/11/2011
As pessoas que sofrem com artrite reumatoide, mas acreditam que a prática de exercícios físicos ajudará no tratamento, têm mais chances de ser fisicamente ativas e ter melhora nas dores, diz um estudo feito por cientistas da Northwestern University Feinberg School of Medicin, em Chicago. Segundo os especialistas, o medo de sentir dores impede que muitos pacientes pratiquem atividades físicas e tenham uma vida mais sedentária, aumentando o peso corporal e piorando o quadro da doença.

Participaram do estudo 120 mulheres com mais de 60 anos que sofriam com artrite. Todas elas responderam a um questionário sobre o estilo de vida, alimentação, idade e histórico familiar da doença. Após analisar os resultados, os pesquisadores descobriram que muitas participantes declararam não praticar exercícios físicos por que achavam que, fazendo isso, iriam piorar os sintomas da doença e prejudicar as articulações que já foram danificadas. Por outro lado, as mulheres que não tinham medo das dores causadas pela doença praticavam mais atividades físicas e, por isso, tinham maior controle do peso.

Segundo os autores do estudo, este medo pode estar relacionado a antigas condutas adotadas no tratamento da doença que já não são utilizadas há 30 anos, como ficar em repouso constante e evitar usar muito as articulações. Para eles, é importante divulgar o resultado de outros estudos que dizem que a prática de exercícios físicos leves, como caminhada e bicicleta, é importante no tratamento da artrite reumatoide.  
Ioga diminui as dores

Além da caminhada, outros tipos de exercícios ajudam a combater as dores da artrite reumatoide. Um estudo guiado pela Emirates Arthritis Foundation, nos Emirados Árabes Unidos, e apresentado no Congresso Anual da European League Against Rheumatism, mostrou que pacientes com artrite reumatoide tiveram melhoras significativas da dor com a prática da ioga.

Para chegar à conclusão, 47 pacientes foram analisados, sendo que 26 praticaram ioga. A idade média do grupo de pacientes que praticaram ioga foi de 44 anos, enquanto, dos que não praticaram, 46 anos, sendo que 80% eram mulheres.

Antes e depois das sessões, foram documentados os dados demográficos, índices de atividade da doença e qualidade de vida. Depois de 12 sessões de Raj Yoga, que é um dos estilos mais suaves, combinando técnicas de exercícios e respiração, os participantes mostraram melhorias significativas nos índices de atividade da doença. A maioria dos portadores de artrite reumatoide não se exercita regularmente.  
Outro estudo também mostrou resultados positivos da prática da ioga entre pacientes com fibromialgia. Depois de oito sessões de ioga clássica, que combina posições suaves de ioga, técnicas de respiração e meditação, a qualidade de vida e ansiedade desses portadores teve melhora significativa. Como a ansiedade é, muitas vezes, um sintoma-chave em pacientes com essa doença, o estudo representa um passo positivo na melhoria da vida das pessoas que sofrem de fibromialgia. 

ADOTE UMA PODEROSA DIETA CONTRA ARTRITE


Adote uma dieta poderosa contra artrite

Conheça o nutriente que desinflama as articulações e veja 8 sugestões de consumo

POR LAURA TAVARES - PUBLICADO EM 30/10/2011
Bastante chata, a artrite ainda não tem cura. O incômodo para se movimentar, que começa suave e vai se agravando até tornar um martírio o esforço para pegar um livro na estante ou se levantar de uma cadeira, é causado pela inflamação das articulações. "Em geral, o problema surge associado a traumas, desgastes, distúrbios autoimunes ou infecções", explica o reumatologista Geraldo Castelar, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

O acompanhamento médico e a adesão aos cuidados, no entanto, permitem ao paciente levar uma vida normal, sem dores ou limitações físicas. O cenário ideal inclui diagnóstico precoce, prática de exercícios físicos leves ou de fisioterapia em casos menos agudos e alguns ajustes na dieta. "O principal deles é o consumo de alimentos fontes de ômega-3, ácido graxo com ação anti-inflamatória", afirma o médico.

Veja, então, como deixar suas refeições mais nutritivas e proteger seu organismo contra os sintomas doloridos da artrite reumatóide.
  • Salmão - Foto Getty Images
  • Óleo de canola - Foto Getty Images
  • Soja - Foto Getty Images
  • Azeite de oliva - Foto Getty Images
  • Rúcula - Foto Getty Images
  • Espinafre - Foto Getty Images
  • Óleo de linhaça - Foto Getty Images
  • Chia - Foto Getty Images
 
 
DE 8
Salmão - Foto Getty Images
Peixes oleosos de água fria
Peixes como atum, sardinha e salmão são ótimas fontes de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, que impedem um processo de conversão de nutrientes no organismo responsável por originar inflamações. "O alimento também funciona como um grande aliado no controle do colesterol, na regeneração dos tecidos, na prevenção de doenças cardiovasculares e até na amenização dos sintomas da TPM e da menopausa", afirma a nutricionista Daniela Cyrulin, da Nutri & Consult.

Recomendação de consumo: um filé de 200g duas vezes por semana
Óleo de canola - Foto Getty Images
Óleo de canola
Além do ômega-3, o óleo de canola também é fonte dos ácidos graxos ômega-6, sendo benéfico na prevenção de doenças do coração e na a manutenção da pressão. "Também está presente em sua composição a vitamina E, antioxidante que combate radicais livres, prevenindo contra o envelhecimento precoce e o aparecimento de doenças degenerativas, como câncer", afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia
Soja - Foto Getty Images
Óleo de Soja
O óleo de soja, assim como os demais óleos vegetais, é um alimento rico em gorduras poliinsaturadas, como ômega-3 e ômega-6, e uma importante fonte da vitamina E. "Ele atua na prevenção de doenças cardiovasculares, no bom funcionamento do sistema nervoso imune e no combate a radicais livres", afirma Daniela Cyrulin. Esse tipo de óleo também possui ação anti-inflamatória e ajuda a regular os níveis de colesterol no organismo.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia
Azeite de oliva - Foto Getty Images
Azeite de oliva
Toque final na preparação de saladas ou até de uma deliciosa pizza, o azeite de oliva é um alimento importantíssimo para a saúde, graças aos ácidos graxos ômega-3, aos polifenois, a vitamina E e ao beta-caroteno nele presentes. "O óleo tem função anti-inflamatória e antioxidante, pois preserva as células, evitando a deterioração delas", aponta Roseli Rossi.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia
Rúcula - Foto Getty Images
Rúcula
"As folhas verde-escuro da rúcula são fonte riquíssima de ômega-3 e das vitaminas A e C, potentes antioxidantes que combatem radicais livres", pontua a nutricionista Roseli. Já outros nutrientes, como potássio e ferro, são importantes para regular o equilíbrio hídrico no organismo e para a formação de células sanguíneas (hemoglobina).

Recomendação de consumo: um prato de sobremesa por dia
Espinafre - Foto Getty Images
Espinafre
O espinafre é um alimento altamente nutritivo, oferecendo em sua composição as vitaminas A, C e E, além de nutrientes como ômega-3, cálcio, ferro, potássio, bioflavonoides e carotenoides, explica a nutricionista Daniela. Suas propriedades antioxidantes previnem alguns tipos de câncer, em especial o de pulmão e o de próstata. Outros dois elementos bastante importantes são o ácido fólico, que combate a anemia, e a luteína, que fortalece o sistema imunológico, evitando problemas como a degeneração macular.

Recomendação de consumo: de duas a três colheres de sopa por dia
Óleo de linhaça - Foto Getty Images
Linhaça
"Rica em ácidos graxos essenciais, vitamina E e fibras, a linhaça é um alimento que proporciona maior fluidez sanguínea, reduz o colesterol ruim, evita a formação de placas de gorduras das artérias e promove efeitos anti-inflamatórios no organismo", afirma Roseli. A semente também melhora o funcionamento do sistema digestivo e ameniza os sintomas da TPM e da menopausa.

Recomendação de consumo: de uma a três colheres de sopa por dia
Chia - Foto Getty Images
Chia
"Semente da vez, originária do sul do México, a chia é uma ótima fonte de ômega-3, ferro, magnésio e cálcio", explica Daniela Cyrulin. Seja em óleo, farinha ou grão, o alimento promove a sensação de saciedade, previne contra doenças cardiovasculares, ajuda na manutenção da massa muscular, reforça o sistema imunológico e ainda tem efeito antiinflamatório no organismo.

Recomendação de consumo: de duas a três colheres de sopa por dia

quinta-feira, 14 de março de 2013

PROBLEMAS DE SONO PODEM ANTECIPAR


Problemas de sono podem antecipar Alzheimer

2013-03-12
Baixos níveis de AB42 no fluido cérebroespinal associados à formação de placas
Baixos níveis de AB42 no fluido cérebroespinal associados à formação de placas
Mesmo antes das primeiras falhas de memória e oscilações de humor, problemas de sono podem ser indicadores de Alzheimer, segundo sugere um estudo recentemente publicado na revista «JAMA Neurology».

A equipa de investigação do Departamento de Neurologia da Universidade de Washington, liderada por David Holtzman, considera que esta anomalia está associada a um depósito de amilóides em estado pré-clínico da doença.
Para o estudo, o grupo de trabalho seguiu 145 voluntários, de meia-idade e mais velhos. No início da investigação não apresentavam qualquer problema cognitivo; mas, entre outros testes, foi-lhes pedido que realizassem um diário com padrões de sonho, durante duas semanas, enquanto a actividade nocturna dos participantes era monitorizada.

Em concomitância, a equipa analisou o líquido cefalorraquidiano dos indivíduos, procurando biomarcadores de Alzheimer incipiente, estudando especialmente os níveis de AB42, uma das proteínas precursoras das placas características desta doença – já que estudos percursos tinham mostrado que baixos níveis desta proteína no fluido cérebroespinal estão associados à formação de placas.

No final, detectaram que 12 dos indivíduos tinham sinais pré-clínicos da doença neurodegenerativa. A equipa cruzou os dados com a informação sobre os sonos dos voluntários e observou que esta dozena tinha uma pior qualidade de sono, comparativamente aos restantes.

No entanto, o artigo publicado que “não dormem menos horas”, mas “descansam mais mal e têm tendência para fazer sestas durante o dia”. Os cientistas consideram que existem vários mecanismos que poderiam explicar como os depósitos de amilóides levam à fragmentação do sono, destacando que a agregação de proteínas típica da doença pode interferir directamente no funcionamento neuronal das áreas do cérebro implicadas no sono.

Os autores concluem que esta relação poderá ajudar a desenvolver novas abordagens contra a doença.

terça-feira, 12 de março de 2013



MDSaude. Um Blog médico para pacientes


HEMORROIDAS | Sintomas e tratamento
Posted: 11 Mar 2013 07:42 PM PDT
Hemorroidas são veias dilatadas e inflamadas no ânus e reto, que podem causar dor, coceira e sangramento anal. A hemorroida pode ser interna, ficando escondidas dentro do reto, ou externa, sendo facilmente identificada através do exame físico. O tratamento das hemorroidas depende de diversos fatores, podendo ser desde simples pomadas até cirurgias.

Neste artigo vamos abordar as seguintes questões sobre hemorroidas:
  • O que é hemorroida.
  • Diferenças entre hemorroidas internas e hemorroidas externas.
  • Causas de hemorroidas.
  • Sintomas da hemorroida.
  • Diagnóstico das hemorroidas.
  • Tratamento das hemorroidas.
Para complementar as informações deste texto, veja imagens reais de hemorroidas clicando neste link: FOTOS DE HEMORROIDAS.

O que são hemorroidas?


A porção terminal do intestino é composta pelo reto, pelo canal anal e pelo ânus. Como em qualquer outra parte do nosso corpo, esta região é vascularizada por artérias e veias, que recebem o nome de artérias e veias hemorroidárias. Hemorroida é o nome dado a este conjunto de vasos que fica na região do canal anal. O que é popularmente conhecido como hemorroida é na verdade o que chamamos de doença hemorroidária. Porém, para não haver confusão, vou usar a linguagem popular e chamarei a doença hemorroidária de hemorroidas.

A maioria das nossas veias contém válvulas que ajudam o sangue a seguir sempre em uma mesma direção, impedindo seu retorno, mesmo quando contra a gravidade. Por exemplo, o sangue nas veias da perna corre sempre contra a gravidade, graças às válvulas ele consegue subir sem ficar represado nas pernas. Quando as veias ficam doentes e as suas válvulas param de funcionar, surgem as varizes, veias tortuosas onde o sangue fica congestionado (leia: VARIZES | Causas e Tratamento).

Ao contrário das veias do resto do corpo, as veias hemorroidárias não possuem válvulas para impedir o represamento de sangue. Portanto, qualquer aumento da pressão nessas veias propicia o seu ingurgitamento. As hemorroidas são como varizes das veias hemorroidárias. Assim como em qualquer variz, o sangue represado aumenta o risco de trombose e inflamações das veias.

Portanto, hemorroidas (ou doença hemorroidária) são dilatações das veias do reto e ânus, que podem vir acompanhadas de inflamação, trombose ou sangramento.

Classificação das hemorroidas


Hemorroidas internas e hemorroidas externas
Hemorroidas internas e externas (clique p/ ampliar)
As hemorroidas são classificadas como:

- Hemorroidas internas: quando ocorrem no reto.
- Hemorroidas externas: quando ocorrem no ânus ou no final do canal anal.

As hemorroidas internas são ainda classificadas em quatro graus:

- Hemorroidas grau I: não prolapsam através do ânus.
- Hemorroidas grau II: prolapsam através do ânus durante a evacuação, mas o retornam à sua posição original espontaneamente.
- Hemorroidas grau III: prolapsam através do ânus e só retornam para dentro com ajuda manual.
- Hemorroidas grau IV: estão prolapsadas através do ânus e o retorno não é possível nem com ajuda manual.

As hemorroidas internas grau I não são visíveis e as hemorroidas grau II normalmente passam despercebidas pelos pacientes, já que ninguém fica olhando para o ânus enquanto defeca. Como o reto e o canal anal possuem pouca inervação, este tipo de hemorroida  não costuma causar dor.

As hemorroidas externas, assim como as internas grau III e IV, são facilmente identificadas e costumam inflamar causando dor e/ou prurido (comichão).

Causas de hemorroida


As hemorroidas são um distúrbio muito comum. Estima-se que mais da metade da população acima dos 50 anos sofra de hemorroidas em graus variáveis.

Os principais fatores de risco são:

- Constipação intestinal (prisão de ventre).
- Esforço para evacuar.
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA).
- Diarreia crônica (leia: DIARREIA. SINAIS DE GRAVIDADE E TRATAMENTO).
- Prender as fezes com frequência, evitando defecar sempre que há vontade.
- Dieta pobre em fibras.
- Gravidez.
- Sexo anal.
- História familiar de hemorroidas.
- Tabagismo (leia: MALEFÍCIOS DO CIGARRO | Tratamento do tabagismo).
- Cirrose e hipertensão portal (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA).
- Ficar longos períodos sentados no vaso sanitário (há quem ache que o próprio design dos vasos propicie a formação de hemorroidas).

O hábito de evacuar agachado, muito comum no Oriente Médio e Ásia, está associado a uma menor incidência de hemorroidas. Aparentemente, evacuar sentado, como a maioria de nós habitualmente faz, pode aumentar a incidência de hemorroidas.

Independente dos fatores de risco, as hemorroidas se formam quando há aumento da pressão nas veias hemorroidárias ou fraqueza nos tecidos da parede do ânus, responsáveis pela sustentação das mesmas.

Sintomas das hemorroidas


As hemorroidas podem ser sintomáticas ou não. Como já dito anteriormente, as hemorroidas internas tendem a ser menos sintomáticas. O único sinal indicativo da sua existência pode ser a presença de sangue ao redor das fezes ao evacuar.

O sangramento das hemorroidas se apresenta tipicamente como uma pequena quantidade de sangue vivo que fica ao redor das fezes. Às vezes, o paciente pode notar  pingos de sangue no vaso após o término da evacuação. É comum também haver sangue no papel higiênico após a limpeza.

As hemorroidas internas podem causar dor se surgir uma trombose ou quando o esforço crônico para evacuar causa o prolapso da hemorroida para fora no canal anal. As hemorroidas internas grau III e IV podem estar associadas à incontinência fecal e à presença de um corrimento mucoso, que provoca irritação e comichão anal.

As hemorroidas externas são por via de regra sintomáticas. Estão associadas a sangramentos e dor ao evacuar e ao sentar. Em casos de trombose da hemorroida, a dor pode ser intensa. O prurido é outro sintoma comum. As hemorroidas externas são sempre visíveis e palpáveis.

Apesar de ser uma causa comum de hemorragia anal, é importante nunca assumir que o sangramento é devido às hemorroidas sem antes consultar um médico. Várias doenças, como fissura anal, câncer do reto, doença diverticular e infecções também podem se manifestar com sangue nas fezes (leia: SANGUE NAS FEZES E HEMORRAGIA DIGESTIVA). Além disso, nada impede que o paciente tenha hemorroidas e outra doença que também curse com sangramento anal, como um câncer, por exemplo. Portanto, todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico, de preferência proctologista.

O sangramento das hemorroidas costuma ser de pequena quantidade, mas, ser for frequente, pode até levar à anemia (leia: SINTOMAS DA ANEMIA e ANEMIA FERROPRIVA | Carência de ferro). Sangramentos de grande volumes não são comuns nas hemorroidas, mas podem ocorrer em alguns casos.

Um diagnóstico diferencial importante das hemorroidas é a fissura anal. Ambas causam dor e sangramento, porém, o sangramento da fissura costuma ser menor e a dor ao evacuar mais intensa (leia: FISSURA ANAL | Tratamento e sintomas).

Hemorroidas podem virar câncer?


NÃO! HEMORROIDAS NÃO VIRAM CÂNCER! Entretanto, os sintomas podem ser parecidos com os tumores intestinais, principalmente nos cânceres do reto e ânus. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, especialmente em pacientes maiores de 50 anos. Reforçando a recomendação: todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico.

Diagnóstico das hemorroidas


Nas hemorroidas externas o exame físico é suficiente para o diagnóstico. Nas internas é preciso realizar o toque retal e, caso ainda haja dúvida, a anuscopia (uma mini endoscopia onde se visualiza o reto por vídeo).

Em doentes idosos com sangramento pelo reto, mesmo que se identifiquem hemorroidas, é conveniente realizar a colonoscopia para se descartar outras causas. Como as hemorroidas são muito comuns nesta faixa etária, nada impede que o paciente tenha uma segunda causa para o sangramento, como um câncer do intestino ou um divertículo (leia: DIVERTICULITE | DIVERTICULOSE | Sintomas e tratamento).

Tratamento das hemorroidas

Tratamento não cirúrgico - Remédios para hemorroidas


Durante as crises, os banhos de assento com água morna, duas a três vezes por dia, podem trazer alívio para os sintomas agudos. Nas grávidas sugerimos compressas úmidas mornas. Deve-se também evitar limpar o ânus com papel higiênico, dando preferência ao bidê ou a jatos de aguá morna.

Nas pessoas com constipação intestinal, laxantes então indicados para diminuir a necessidade de fazer força ao evacuar. A passagem de fezes muito volumosas e endurecidas pode causar lesão nas hemorroidas. Beber bastante água é importante, pois ajuda a umedecer as fezes, diminuindo a constipação.

O aumento do consumo de fibras comprovadamente melhora os sintomas das hemorroidas. Os resultados podem ser notados com apenas 15 dias de mudança da dieta. O uso de suplementos à base de metilcelulose ou psyllium apresenta bons resultados. Atenção, o uso de fibras não trata as hemorroidas, mas ajuda no controle dos sintomas, principalmente a coceira e o sangramento.

Pomadas e cremes para hemorroidas, como o Proctyl ou Xyloproct, podem ser usados temporariamente, já que servem de lubrificante para a passagem das fezes e contém anestésicos em sua fórmula. Algumas pomadas, como Ultraproct, também contêm corticoides em sua fórmula, que ajudam a diminuir a inflamação. O alívio com cremes ou pomadas é apenas temporário e não devem ser usados sem orientação médica.

Supositórios com corticoides (o Ultraproct também existe em forma de supositório) são outra opção quando há muita dor ou comichão, porém, é um tratamento que não deve ser usado por mais de uma semana devido aos seus possíveis efeitos colaterais (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | Indicações e efeitos colaterais).

Dos remédios para hemorroidas em comprimidos, aquele que parece ter melhor efeito é o Daflon. Ainda assim, ele apenas melhora os sintomas, não trata definitivamente as hemorroidas. Outros remédios, como o Varicell, não apresentam eficácia comprovada.

Evitar alimentos picantes é uma dica muito famosa para quem tem hemorroidas, todavia, não há provas de que a pimenta realmente piore os sintomas. Isto deve ser avaliado individualmente. Há pacientes com hemorroidas que comem pimenta à vontade e não sentem nenhuma piora, enquanto outros juram que um pouquinho de pimenta é suficiente para "irritar" suas hemorroidas.

Tratamento cirúrgico das hemorroidas


Se o tratamento não cirúrgico não for suficiente para controlar os sintomas, tratamentos minimamente invasivos podem ser tentados.

Nas pequenas hemorroidas externas com trombos, o tratamento pode ser feito no consultório médico com uma pequena incisão, sob anestesia local, para retirada dos coágulos. Isto é suficiente para o alívio dos sintomas.

Ligadura elástica das hemorroidas

Escleroterapia de hemorroidas
Escleroterapia
Em casos mais graves, que não conseguem ser controlados com medidas simples, pode ser necessária a laqueação elástica da hemorroida. Uma borracha é introduzida na base das hemorroidas, causando estrangulamento e necrose das mesmas. Depois de alguns dias, geralmente entre dois a quatro, a hemorroida "cai", saindo sozinha pelo ânus junto com o elástico. É uma técnica que pode ser feita no próprio consultório do proctologista. Costuma ser indolor e muitas vezes não se usa nem anestesia. A ligadura elástica está indicada para hemorroidas de grau I e II. Eventualmente pode ser usada em algumas hemorroidas grau III. É a técnica mais usada atualmente e apresenta uma taxa de sucesso de 80%.

Outra opção para o tratamento das hemorroidas é a escleroterapia. Consiste na injeção, através de agulhas especiais, de uma solução química que causa necrose das hemorroidas. A substância causa intensa inflamação e faz com que a hemorroida "seque" e seja absorvida. Uma terceira opção é a coagulação à Laser ou por infravermelho. Das três técnicas, a ligadura elástica é a que apresenta os melhores resultados.

Hemorroidectomia

Se as técnicas pouco invasivas não surtirem efeito, ou se a hemorroida for de grau III ou IV, o tratamento deve ser feito com cirurgia tradicional, chamada de hemorroidectomia. Existem duas técnicas populares: 1. Milligan Morgan ou Ferguson, que é uma cirurgia feita sob anestesia peridural, que remove todo o tecido ao redor da região com doença hemorroidária; 2. Técnica de Longo, que usa um dispositivo para realizar o grampeamento das hemorroidas.

A técnica de Longo é mais moderna e costuma ser mais tolerada pelo paciente, pois seu pós-operatório é bem menos doloroso.

Tratamento das hemorroidas - técnica THD
THD - sonda com doppler e agulha para sutura
THD para tratamento das hemorroidas

Uma nova opção de tratamento para hemorroidas é a desarterialização hemorroidária trans anal guiada por Doppler (THD), uma técnica criada em 1995 e aperfeiçoada ao longo dos últimos anos. A técnica consiste na introdução de um pequeno aparelho de doppler (ultrassom) no ânus para identificação das artérias hemorroidarias; através de uma pequena agulha essas artérias são suturadas de modo a reduzir o fluxo de sangue que chega nas regiões onde existem as hemorroidas. Chegando menos sangue, a pressão dentro das hemorroidas diminui, fazendo com elas "sequem".

A técnica THD não tem cortes e o risco de sangramento é muito baixo. O pós-operatório é menos doloroso que nas técnicas com cortes e há baixo índice de recidivas das hemorroidas. O tempo de recuperação é mais curto e o paciente consegue voltar às atividades normais em 48h. O procedimento é feito com anestesia local e uma leve sedação.

O THD é uma técnica relativamente nova e ainda não há trabalhos que comparem sua eficácia a longo prazo com as técnicas mais antigas, porém, a tendência é que se transforme no método de eleição no tratamento das hemorroidas.

Para ver imagens reais de hemorroidas, clique neste link: FOTOS DE HEMORROIDAS.

Vérsion en español:  HEMORROIDES | Síntomas y tratamiento