Tratamento por crioablação
pode matar tumores nos pulmões
Estudo foi apresentado na 38ª reunião científica anual
da Sociedade Norte-americana de Radiologia Intervencionista
2013-04-15
A crioablação percutânea pode matar com segurança os tumores cancerosos que se propagaram nos pulmões, dizem os resultados de um estudo apresentado na 38ª reunião científica anual da Sociedade Norte-americana de Radiologia Intervencionista, que está a decorrer em Nova Orleães (EUA).
“A crioablação tem um grande potencial como tratamento para o cancro que se propagou para os pulmões a partir de outras partes do corpo e pode prolongar a vida dos pacientes que estão a ficar sem opções”, afirma David A. Woodrum, autor do estudo e radiologista da Clínica Mayo (Rochester, EUA). O estudo está publicado no «Journal of Vascular and Interventional Radiology».
“Podemos não ser capazes de curar o cancro, mas com a crioablação podemos, pelo menos, reduzir significativamente a sua velocidade e fazer com que os pacientes possam ter mais qualidade de vida”, diz Woodrum.
A doença pulmonar metastática é difícil de tratar e, com frequência, tem mau prognóstico. Nos resultados iniciais do estudo, intitulado ECLIPSE, 22 indivíduos com um total de 36 tumores foram tratados com 27 sessões de crioablação. Estas foram 100 por cento eficazes na eliminação de tumores em três meses de acompanhamento. Aos seis meses, os tumores tratados de cinco dos 22 pacientes estavam como mortos.
A crioablação realiza-se por um radiologista com uma pequena agulha de sonda. Faz-se uma incisão na pele e insere-se a agulha até esta chegar aos tumores cancerosos no pulmão disseminados de tumores primários. Isto é feito através da orientação de imagens radiológicas.
Quando se encontra na posição certa, o gás faz a ponta do instrumento arrefecer, havendo um abaixamento de temperatura em 100 graus. A auréola de cristais de gelo resultante pode destruir o cancro devido à interrupção da sua função celular, protegendo as imediações saudáveis e o delicado tecido pulmonar.
Os cientistas vão seguir os pacientes durante cinco anos.
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