Cataratas : o tratamento é cirúrgico
Por Paulo Guerra, médico oftalmologista
2013-05-26
O que é uma catarata?
A catarata corresponde a uma opacificação do cristalino (lente existente dentro do olho que nos permite focar objectos a diferentes distâncias). As cataratas podem ser ligeiras, afectando sobretudo a qualidade de visão, ou então avançadas, com grande opacificação, originando profunda diminuição da qualidade e quantidade de visão.
A catarata é uma doença oftalmológica comum?
É uma das patologias mais frequentes em oftalmologia tipicamente associada a idade ou a diversas e é a causa mais frequente de cegueira reversível (curável) em países desenvolvidos.
Em Portugal, vários estudos permitem estimar que seis em cada dez pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta doença. Podemos dizer que de acordo com a fisiopatologia do cristalino se todos vivessemos até aos 150 anos todos iriamos ter cataratas.
Que tipos de cataratas existem?
Existem diversos tipos. A forma mais frequente é aquela que surge com a idade na ausência de outras doenças. No entanto, as cataratas podem surgir secundariamente a uma doença sistémica como, por exemplo, a diabetes Mellitus, a uma doença ocular como uma alta miopia, a um traumatismo ocular ou até à toma de determinados medicamentos nomeadamente os fármacos à base de cortisona. As suas diferentes causas podem também estar associadas a diferentes tipos morfológicos de catarata, nomeadamente: nucleares, corticais, subcapsulares posteriores..
Quais os sintomas do doente com catarata?
O sintoma mais comum é a diminuição da acuidade visual tipicamente associada a presença de uma visão turva (enevoada). Existem outros sintomas como, por exemplo, alteração da visão das cores, visão dupla de um só olho, diminuição do contraste.
Qual o tratamento das cataratas?
Até à data não existem tratamentos conservadores (médicos) com eficácia comprovada que permitam tratar uma catarata e, portanto, o tratamento é sempre cirúrgico.
Quero salientar, ainda, que é comum pacientes geralmente com mais de 50 anos e que pretendem ser mais independentes dos óculos, recorram a cirurgia refractiva de cristalino para corrigirem erros refractivos elevados, por exemplo miopias ou hipermetropias elevadas. É uma cirurgia em tudo idêntica à cirurgia de catarata, no entanto, aqui ainda não existe catarata.
Quando é que se devem operar as cataratas?
Quando a visão dos pacientes já não é suficiente para permitir realizar a sua atividade diária ou profissional. Geralmente em indivíduos idosos com uma vida mais calma a indicação cirúrgica está situada nos 50 por cento de visão, enquanto, por exemplo, num indivíduo mais jovem, activo, geralmente opera-se com visões superiores de acordo com as suas necessidades e limitações.
A cirurgia está indicada também quando a catarata interfere com a vigilância ou tratamento de outra doença visual.
Em que consiste a cirurgia de catarata?
Na cirurgia de catarata o que cirurgião oftalmológico faz é substituir o cristalino opacificado por uma lente intraocular de elevada qualidade óptica.
Mais sobre a cirurgia da catarata...
Decorre em ambiente estéril, num bloco operatório adequado para o efeito e com recurso a tecnologia específica que utiliza ultrassons para remover o cristalino opacificado.
É realizada habitualmente em regime de ambulatório (alta no próprio dia da cirurgia), e com anestesia local (gotas), sem dor para o doente e é cirurgia associada a uma elevada satisfação do doente uma vez que na ausência de outras doenças oftalmológicas os doentes recuperam totalmente a sua visão
Após a cirurgia ainda é preciso usar óculos?
Depois da cirurgia é habitual serem receitados óculos, sobretudo para corrigir a visão de perto (a lente intraocular introduzida durante a cirurgia retira qualquer capacidade ainda existente de visão para perto uma vez que, ao contrário do cristalino humano, ela não tem essas propriedades acomodativas).
Algumas lentes intraoculares mais modernas e que já utilizamos na Clinica Europa permitem uma visão para longe e perto, obviando a necessidade de óculos – LIO multifocais.
A catarata não volta a aparecer?
Não. O que por vezes acontece alguns anos após a cirurgia, é uma opacificação secundária da cápsula (estrutura que apoia/sustenta a LIO) podendo ser necessário um tratamento com laser para limpar essa cápsula, o qual é bastante eficaz.
Paulo Guerra
A catarata corresponde a uma opacificação do cristalino (lente existente dentro do olho que nos permite focar objectos a diferentes distâncias). As cataratas podem ser ligeiras, afectando sobretudo a qualidade de visão, ou então avançadas, com grande opacificação, originando profunda diminuição da qualidade e quantidade de visão.
A catarata é uma doença oftalmológica comum?
É uma das patologias mais frequentes em oftalmologia tipicamente associada a idade ou a diversas e é a causa mais frequente de cegueira reversível (curável) em países desenvolvidos.
Em Portugal, vários estudos permitem estimar que seis em cada dez pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta doença. Podemos dizer que de acordo com a fisiopatologia do cristalino se todos vivessemos até aos 150 anos todos iriamos ter cataratas.
Que tipos de cataratas existem?
Quais os sintomas do doente com catarata?
O sintoma mais comum é a diminuição da acuidade visual tipicamente associada a presença de uma visão turva (enevoada). Existem outros sintomas como, por exemplo, alteração da visão das cores, visão dupla de um só olho, diminuição do contraste.
Qual o tratamento das cataratas?
Até à data não existem tratamentos conservadores (médicos) com eficácia comprovada que permitam tratar uma catarata e, portanto, o tratamento é sempre cirúrgico.
Quero salientar, ainda, que é comum pacientes geralmente com mais de 50 anos e que pretendem ser mais independentes dos óculos, recorram a cirurgia refractiva de cristalino para corrigirem erros refractivos elevados, por exemplo miopias ou hipermetropias elevadas. É uma cirurgia em tudo idêntica à cirurgia de catarata, no entanto, aqui ainda não existe catarata.
Quando é que se devem operar as cataratas?
Quando a visão dos pacientes já não é suficiente para permitir realizar a sua atividade diária ou profissional. Geralmente em indivíduos idosos com uma vida mais calma a indicação cirúrgica está situada nos 50 por cento de visão, enquanto, por exemplo, num indivíduo mais jovem, activo, geralmente opera-se com visões superiores de acordo com as suas necessidades e limitações.
A cirurgia está indicada também quando a catarata interfere com a vigilância ou tratamento de outra doença visual.
Em que consiste a cirurgia de catarata?
Mais sobre a cirurgia da catarata...
Decorre em ambiente estéril, num bloco operatório adequado para o efeito e com recurso a tecnologia específica que utiliza ultrassons para remover o cristalino opacificado.
É realizada habitualmente em regime de ambulatório (alta no próprio dia da cirurgia), e com anestesia local (gotas), sem dor para o doente e é cirurgia associada a uma elevada satisfação do doente uma vez que na ausência de outras doenças oftalmológicas os doentes recuperam totalmente a sua visão
Após a cirurgia ainda é preciso usar óculos?
Depois da cirurgia é habitual serem receitados óculos, sobretudo para corrigir a visão de perto (a lente intraocular introduzida durante a cirurgia retira qualquer capacidade ainda existente de visão para perto uma vez que, ao contrário do cristalino humano, ela não tem essas propriedades acomodativas).
Algumas lentes intraoculares mais modernas e que já utilizamos na Clinica Europa permitem uma visão para longe e perto, obviando a necessidade de óculos – LIO multifocais.
A catarata não volta a aparecer?
Não. O que por vezes acontece alguns anos após a cirurgia, é uma opacificação secundária da cápsula (estrutura que apoia/sustenta a LIO) podendo ser necessário um tratamento com laser para limpar essa cápsula, o qual é bastante eficaz.
Paulo Guerra
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