Câncer de pulmão tem 10 vezes mais chances de se desenvolver em fumante
Foto: 37prime/Flickr/Creative Commons
A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte. Ao final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão.
A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Outras doenças relacionadas ao tabagismo são: hipertensão arterial, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, trombose vascular, osteoporose, Catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez.
No Brasil em dias atuais o tratamento do tabagismo tem como referência o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo regulado por Portarias do Ministério da Saúde (Portaria nº 1.035/2004 e Portaria nº 442/2004) que ampliam o acesso da abordagem nos 3 níveis de atenção à saúde (básica, média e alta complexidade). Esse modelo de tratamento é baseado na abordagem cognitivo comportamental possibilitando que o tratamento seja realizado em grupo ou individualmente, e tem como objetivo auxiliar o fumante a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar.
O apoio medicamentoso, quando necessário, é outro recurso usado no tratamento do tabagismo e disponibilizado na rede SUS.
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado no próximo dia 29 de agosto, alerta a população sobre o câncer de pulmão que está associado ao consumo de derivados de tabaco, em 90% dos casos diagnosticados. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de pulmão foi responsável por 21.867 mortes em 2010. Conforme o diretor-técnico do Instituto de Hematologia e Oncologia da Bahia (IHOBA), Alberto Nogueira, “não fumar é imprescindível para prevenir a doença porque, comparado com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão”, acentuou.
Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. “Nos fumantes, o ritmo da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença”, explica Nogueira. Para identificar antecipadamente a enfermidade também é importante que as pessoas que fumaram por mais de 10 anos façam raios-X de pulmão ou uma tomografia a cada um ou dois anos.
Altamente letal, a sobrevida de cinco anos para quem possui câncer de pulmão é baixa e varia, entre 7 e 10%, nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis, uma vez que investe-se em prevenção. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.
Luta da Tribuna
Há 33 anos, a Tribuna da Bahia foi pioneira na luta contra o fumo. O jornal iniciou sua militância antitabaco em 1980, lançando a primeira campanha pública na Bahia contra o fumo e passou a recusar qualquer publicidade em favor do tabagismo e a fazer uma série de matérias sobre os males do fumo.À época, Walter Pinheiro, então diretor-superintendente do jornal, foi convidado pelo médico pneumologista e fundador do IBIT,José Silveira, para assumir a vice-presidência da Associação Bahiana contra o Fumo.
Desde 1840 o cigarro passou a ser industrializado, proporcionando um grande aumento de pessoas que fumam por todo o mundo. Antes, os cigarros eram feitos manualmente, como os cigarros de palha. Fumar faz mal porque o fumo quando queimado produz mais de quatro mil substâncias químicas, sendo que sessenta delas são cancerígenas. A dependência é causada pela nicotina, um dos elementos presentes no tabaco ou fumo. Após a ingestão da fumaça, o cérebro é estimulado ao prazer, porque a nicotina cai na corrente sanguínea. Com isso, o fumante tem sensação de bem-estar, atenua a ansiedade, diminui a fome, perde peso, sente-se relaxado, etc.
O fumo é uma planta variável em mais de sessenta espécies, que podem ser preparadas para mascar, cheirar ou fumar. Porém, apenas algumas delas são cultivadas para o processo de industrialização.O fumante, com o passar do tempo, adquire uma doença denominada tabagismo, que se caracteriza pelo excesso de nicotina no organismo. O tabagismo não é facilmente curado, pois os efeitos do cigarro são processados pelo cérebro e causam prazer. Com isso, o tratamento volta-se para psicoterapias, acupuntura, uso de adesivos e chicletes de nicotina (que juntam pequenas quantidades da mesma no organismo até que a pessoa chegue à baixa taxa). Informações Tribuna da Bahia.
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