Testes sanguíneos detectam aparecimento de artrite reumatoide antes do início da doença
“Este estudo oferece uma oportunidade para uma melhor previsão dos riscos de desenvolvimento de artrite reumatóide e, eventualmente, para a prevenção da progressão da doença”, referem os autores.
Já se sabia que um largo número de citoquinas está activo nas articulações de doentes com artrite reumatóide, mas ainda não se conhecia quais e com que funções. Um estudo publicado na edição de Fevereiro do jornal Arthritis & Rheumatism, conclui que indivíduos que desenvolveram mais tarde artrite reumatóide tinham níveis significativamente aumentados de diversas citoquinas, factores relacionados e quimiocinas antes do início da doença, enquanto que em fases mais tardias, o envolvimento e a activação dosistema imunitário é mais abrangente.
Fotos de Pés com artrite reumatoide
O estudo confirma que os níveis de muitas dessas citoquinas aumentam anos antes da doença despoletar. A equipa de investigadores, liderada por Solbritt Rantapää-Dahlqvist do University Hospital in Umea (Suécia) realizou um estudo de caso-controle, no qual analisou amostras de sangue de 86 indivíduos antes do aparecimento dos sintomas de artrite reumatóide (pré-doentes) e de 256 indivíduos no grupo-controlo.Avaliaram-se depois os desenvolvimentos que envolviam o sistema imunitário na progressão da doença. Os níveis plasmáticos de 30 citoquinas, factores relacionados e quimiocinas foram medidos através de um sistema multiplex. A distinção entre indivíduos em que a doença progrediu relativamente ao grupo controlo foi feita pela presença de células Th1, Th2 e células T reguladoras, enquanto que os indivíduos que desenvolveram a doença em fases posteriores apresentavam como marcadores quimiocinas, células do estroma e células endoteliais angiogénicas.“Este estudo exploratório ajuda-nos a compreender melhor o desenvolvimento da artrite reumatóide, em especial quando se trata do papel do sistema imunitário no início da doença. Não podemos concluir qual o agente que inicia a patogénese, mas ficamos elucidados sobre os processos activados.O estudo sugere que nos pré-doentes, comparados com os do grupo-controlo, não há uma produção contínua de medula óssea reforçada de granulócitos e linfócitos pela medula óssea, o que leva ao início do processo inflamatório”, explicam os autores no estudo.
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