segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

NOVA TERAPIA QUE PROMOVE CICATRIZAÇÃO NATURAL


Cientistas desenvolvem nova terapia
que promove cicatrização de feridas

Equipa de Heather Maynard estabilizou molécula bFGF, agente envolvido no processo da cicatrização natural

2013-02-21
Heather Maynard, investigadora e professora de Química e Bioquímica na UCLA
Heather Maynard, investigadora e professora de Química e Bioquímica na UCLA
Investigadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA, EUA), dirigidos por Heather Maynard, professora de Química e Bioquímica e membro do Instituto de Nanosistemas da Califórnia, estão a basear-se na capacidade que o corpo humano de cicatrização para desenvolverem novas terapêuticas biomiméticas que podem ser utilizadas para tratar feridas.
Entre os vários agentes envolvidos na cicatrização natural está a molécula de sinalização factor de crescimento básico do fibroblasto (bFGF) que é segregada pelas células para desencadear os processos de cicatrização, mas também contribui para o desenvolvimento embrionário, a regeneração de tecidos, dos ossos, o desenvolvimento e manutenção do sistema nervoso e a renovação de células estaminais
A bFGF tem sido largamente estudada como uma ferramenta que a medicina podem utilizar para promover ou acelerar esses processos, mas a instabilidade fora do corpo tem sido um obstáculo significativo ao seu uso generalizado, diz Maynard. A novidade é que a equipa de Maynard descobriu como estabilizar a bFGF baseando-se no princípio da mimética. O artigo, publicado na «Nature Chemistry».
Baseando-se na capacidade do factor de crescimento para se ligar a heparina – um açúcar complexo que se encontra na superfície das nossas células – a equipa sintetizou um polímero que mimetiza a estrutura de heparina. Quando ligado ao bFGF, o novo polímero torna a proteína estável ao stress que normalmente a inactivam, tornando-a uma candidato mais adequada para aplicações médicas.
Os investigadores admitem que o que motivou a investigação foi uma “necessidade clínica”. Pois em pessoas com diabetes, por exemplo, as feridas cicatrizam muito mais devagar. As feridas crónicas são debilitantes e podem levar a uma perda de membros ou mesmo à morte. No entanto, apesar da necessidade de tratamentos que possam estimular o organismo a curar as feridas, muito poucos são efectivos.

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