sábado, 31 de agosto de 2013

COMO TRATAR PICADA DE MOSQUITO

COMO TRATAR PICADAS DE MOSQUITO

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O mosquito, também chamado de pernilongo, muriçoca, carapanã ou melga, é um inseto voador que se alimenta de sangue de animais vertebrados, incluindo o ser humano. Existem centenas de espécies de mosquitos, algumas delas capazes de transmitir doenças para o homem.

Doenças transmitidas por mosquitos

a) Existentes no Brasil:
- Dengue (leia: DENGUE | Sintomas e tratamento).
- Malária.
- Febre Amarela (leia: FEBRE AMARELA | Vacina e sintomas).
- Leishmaniose (leia: LEISHMANIOSE | Sintomas e tratamento).
- Filariose (elefantíase).
Mosquito
b) Não existentes no Brasil:
- Febre do Nilo Ocidental.
- Febre de Rift Valley.
- Febre de Ross River.
- Encefalite japonesa.
- Encefalite de St. Louis.
- Encefalite La Crosse.

Picada de mosquito

Os mosquitos alimentam-se basicamente do néctar das plantas, mas a fêmeas da espécie podem também alimentar-se de sangue de animais. Os mosquitos não dependem de sangue para sobreviver, porém, o sangue é necessário na produção e desenvolvimento dos seus ovos. A maioria dos mosquitos é mais ativa nos períodos da manhã e no final da tarde, quando há menos calor, sendo estes horários os mais prováveis para se receber uma picada.
Os mosquitos são capazes de reconhecer odores e apresentam predileção por alguns tipos de pessoas em relação a outras. Geralmente são substâncias presentes no suor e na pele que atraem os mosquitos. Uma substância já reconhecida é o dióxido de carbono. Não é impossível que duas pessoas permaneçam em um mesmo local povoado por mosquitos e apenas uma delas sofra picadas, ou ainda, uma sofra inúmeras picadas e a outra apenas uma ou duas. Não se sabe bem por que, mas os mosquitos têm predileção por homens, pessoas obesas, grávidas e pessoas com sangue tipo O. O corpo quente e suado também parece atrair mais os mosquitos.
Antes de sugar, os mosquitos injetam sua própria saliva, que apresenta propriedades anticoagulantes, impedindo a coagulação do sangue que será ingerido. É esta saliva que costuma causar as reações alérgicas típicas das picadas de mosquito. Na maioria dos casos, a reação à picada é pequena e localizada, sendo os sintomas da picada de mosquito apenas uma pequena elevação avermelhada na pele com intenso prurido (coceira). Os sintomas da picada costumam surgir dentro de 20 minutos e podem ficar causando coceira por até 2 dias. Quanto mais sensível a pessoa é à saliva do mosquito, mais extensa e mais intensa costuma ser a reação à picada. Ao longa da vida vamos ganhando resistência às picadas, fazendo com as reações tornem-se menos intensas. É nas crianças que as picadas de mosquito costumam causar mais sintomas.
Raramente uma picada de mosquito pode levar a quadros alérgicos mais graves como anafilaxia (leia: CHOQUE ANAFILÁTICO | Causas e sintomas).
Além das reações alérgicas e da possível transmissão de doenças por algumas espécies de mosquito, uma outra complicação passível da picada é a infecção secundária causada pelo ato de cocar as lesões. Se o indivíduo coçar a pele com muita força, pode causar lesões, abrindo portas de entrada para as bactérias da pele em direção ao interior do organismo. Diabéticos, por exemplo, são um grupo de risco para desenvolverem infecções de pele secundárias a picadas de mosquitos, como impetigo, celulite ou erisipela. (leia: IMPETIGO COMUM e IMPETIGO BOLHOSO | Sintomas e tratamento e ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento).
Estrófulo
Estrófulo

Prurigo estrófulo (Alergia à picada de mosquito)

O prurigo estrófulo, também chamado de prurigo agudo simplex ou prurigo agudo infantil, é um processo alérgico da pele que surge geralmente após picadas de mosquitos em pessoas alérgicas. Comum em crianças, o estrófulo pode eventualmente surgir também em adultos. O quadro clínico é de várias lesões semelhantes às picadas comuns de mosquito, muito pruriginosas (coçam muito) e com o desenvolvimento de uma minúscula bolha em seu centro. Uma única picada é capaz de desencadear várias lesões, como se a criança tivesse recebido várias picadas. As lesões podem durar por até 1 mês.

Como evitar picadas de mosquito?

É essencial reduzir a população e mosquitos ao seu redor. Jogue fora qualquer tipo de água parada que possa servir como reservatório para os ovos de mosquitos. Evite deixar as janelas abertas no início da manhã e no final da tarde. Se o calor for grande, use telas para evitar a entrada de mosquitos. Se a temperatura do ambiente permitir, evite andar com pouca roupa no final da tarde.
Os repelentes servem para diminuir a atração do mosquito pela sua pele. Dê preferência aos que possuem DEET em sua fórmula. O DEET já é usado há mais de 40 anos como repelente e ainda é o mais efetivo de todos. A fórmulas com DEET 10% podem ser usadas em crianças acima de 2 anos. Os repelentes podem ser aplicados na pele e na roupas. O DEET 10% confere proteção por cerca de 2h enquanto o DEET 30% o faz por até 5h. Este repelente não deve ser administrado mais do que 3x por dia e deve-se evitar uso diário e prolongado do mesmo.
Uma opção para quem prefere produtos naturais é o óleo de eucalipto limão, que apresenta eficácia semelhante ao DEET 10%.
Durante a década de 1960 um trabalho mostrou que o consumo de vitamina B1 poderia produzir odores na pele que manteriam as fêmeas do mosquito afastadas. Até hoje, entretanto, não foi publicado mais nenhum outro trabalho científico que confirmasse tal resultado, o que significa que não há evidências claras de que a vitamina B1 seja efetiva contra as picadas de mosquitos
Procutos eletrônicos e por ultrassom vendidos como repelentes não apresentam comprovação científica da sua eficácia. Apenas os aparelhos de tomada que liberam inseticida (líquido ou pastilha) são eficazes em ambientes fechados, mas devem ser evitados em quartos com bebês, devido ao risco de intoxicação.
Aparelhos elétricos que emitem luz ultravioleta e eletrocutam os insetos atraídos também não funcionam, pois atraem muito mais insetos inofensivos do que propriamente os mosquitos, podendo causar desequilíbrios no ecossistema se usados em massa.

Como tratar as picadas de mosquito

A picada de mosquito na imensa maioria dos casos não acarreta em maiores complicações, porém, pode ser muito incômoda, principalmente se forem múltiplas. O mais importante é evitar ficar coçando frequentemente, pois as unhas podem causar feridas na pele, facilitando a infecção secundária por bactérias.
Se a coceira estiver muito forte, tente colocar uma compressa de gelo no local. Se não for suficiente, é possível usar algumas substâncias tópicas que aliviam a coceira. Uma simples é a mistura de bicarbonato de sódio com água, de forma a criar uma pasta. Algumas alternativas incluem a solução de calamina ou o creme Caladril®. Pomadas com corticoides também podem ser usadas. Se as picadas forem múltiplas ou houver estrófulo, o uso de anti-histamínicos orais é uma solução.

RINITE ALÉRGICA | Sintomas

RINITE ALÉRGICA | Sintomas


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Rinite alérgica é um quadro de inflamação das mucosas da cavidade nasal causada por uma reação exagerada do sistema imune a partículas alérgenas do ar.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a rinite alérgica:
  • O que é alergia.
  • O que é rinite alérgica.
  • Fatores de risco para rinite alérgica.
  • Sintomas da rinite alérgica.
  • Tratamento da rinite alérgica.

O que é alergia?

Alérgeno é qualquer partícula que tenha capacidade de desencadear uma reação alérgica, que nada mais é do que uma reação do sistema imune a agentes estranhos. Os alérgenos podem entrar em contato com nosso corpo por:
1. inalação, como pólen, fumaça, produtos químicos, poeira, etc.
2. ingestão, como comidas, remédios e suplementos.
3. contato com a pele, como substâncias químicas, perfumes, cremes, látex, plantas, etc.
4. inoculação na pele, como picadas de insetos.
Gatilhos da rinite alérgica
O que causa a reação alérgica não é a ação direta e ativa do alérgeno, mas sim a resposta exagerada do organismo ao contato com o mesmo. Isto explica por que algumas pessoas têm alergia a determinadas partículas e outras não. O pólen, por exemplo, pode ser alérgeno para alguns e inócuo para outros.
Rinite é a inflamação das mucosas da cavidade nasal, causada geralmente por uma infecção viral ou por uma reação alérgica. Neste texto vamos nos ater à rinite alérgica.
Nos próximos dois parágrafos usarei um pouco mais termos técnicos para explicar o mecanismo de inflamação da rinite alérgica, mas não se assuste, procurarei usar analogias e ser o mais didático possível. A informação a seguir será importante para entender como funcionam alguns dos tratamentos.

O que é rinite alérgica?

A rinite alérgica surge quando uma pessoa alérgica inala alguma partícula que estimula o seu sistema imune. Quando criança, nós entramos em contato com diversos potenciais alérgenos sem que tenhamos maiores problemas. As pessoas alérgicas são aquelas que ao entrar em contato com determinadas partículas passam a produzir anticorpos contra elas, como se fossem agentes invasores danosos, tipo vírus, bactérias, etc.
Vamos usar o pólen como exemplo. Pessoas alérgicas ao pólen são aquelas que ao entrar contato com este alérgeno pela primeira vez produzem em grande quantidade um anticorpo chamado IgE. A partir deste momento, a mucosa nasal começa a ficar povoada com uma célula do sistema imune chamada mastócito, que possui vários anticorpos IgE em sua superfície. É como se o corpo pensasse que o pólen era um assaltante e passasse a encher a cavidade nasal de seguranças (mastócitos) altamente armados (IgE). Assim que esta pessoa entra novamente em contato com o pólen, os anticorpos IgE rapidamente o capturam, ativando os mastócitos que liberam vários mediadores químicos para destruir o invasor, sendo o mais importante a histamina, responsável pelos principais sintomas da rinite, que serão explicados mais à frente.
Os sintomas alérgicos da rinite alérgica são, portanto, um efeito colateral da guerra química que o sistema imune trava contra algumas partículas. O pólen em si não causa nenhum mal, mas o sistema imune do alérgico não pensa assim.
Pessoas não alérgicas são aquelas que entram em contato com o pólen, por exemplo, e corretamente não desenvolvem IgE específicas contra ele. Em outras palavras, o corpo reconhece o pólen como partícula estranha, mas não o vê como uma ameaça e não produz anticorpos contra o mesmo.

Fatores de risco para rinite alérgica

Como a rinite alérgica é nada mais do que uma reação alérgica da cavidade nasal, pessoas com outras doenças de origem alérgica, como asma, eczema, conjuntivite alérgica, urticária, etc. apresentam um maior risco de também terem rinite de origem alérgica.
Outros fatores de risco para rinite alérgica incluem:
- Ser do sexo masculino.
- História familiar de alergias.
- Nascimento durante a época do pólen.
- Bebês que pararam o aleitamento materno precocemente .
- Exposição frequente à fumaça de cigarro no primeiro ano (leia: MALEFÍCIOS DO CIGARRO | Tratamento do tabagismo).
- Exposição precoce a antibióticos.
- Viver ou trabalhar em ambientes ricos em potenciais alérgenos.

Sintomas da rinite alérgica

 Sinais de rinite alérgica
Sinais de rinite alérgica
Os sintomas da rinite alérgica incluem espirros, coriza nasal, entupimento nasal, lacrimejamento e coceira nos olhos, nariz e palato (céu da boca). A ocorrência de sinusite também é frequente, caracterizando um quadro de rinossinusite (rinite + sinusite). Falamos mais especificamente da sinusite neste texto: SINUSITE | Sintomas e tratamento). Outros sintomas comuns são dor de garganta, rouquidão, tosse e diminuição do paladar e olfato.
Dois sinais típicos da rinite alérgica são o acentuamento das linhas das pálpebras inferiores (sinal chamado de linhas de Dennie-Morgan) e o escurecimento da pele abaixo dos olhos, tipo uma olheira. A foto acima ilustra bem esses dois sinais.
A rinite alérgica em algumas pessoas pode ser sazonal, ocorrendo apenas em determinadas épocas do ano. Entretanto, muitos pacientes apresentam um quadro quase constante de rinite alérgica, como numerosos episódios ao longo de todo o ano. Estes geralmente são aqueles que ficam expostos a alérgenos constantemente, seja em casa ou no trabalho.
Se o paciente convive em um meio onde está exposto ao alérgeno de forma frequente, a tendencia é de que os sintomas fiquem cada vez piores e cada vez mais uma menor quantidade de alérgeno seja capaz de desencadear as crises. Algumas pessoas se tornam tão sensíveis que outros fatores podem passar a desencadear a rinite, como exposição ao frio, fumaça ou cheiro forte.

Tratamento da rinite alérgica

Além do controle dos sintomas, o tratamento da rinite alérgica deve sempre visar a redução da exposição aos alérgenos desencadeadores das crises. Se o alérgeno for desconhecido, existem testes de alergia de pele que podem identificá-lo.
a.) Solução salina: a lavagem das narinas com soro fisiológico ou outras soluções salinas é eficiente para eliminar os alérgenos aderidos na mucosa nasal naqueles casos mais leves. A lavagem pode ser feita várias vezes ao dia e pode ser usada para limpar a cavidade antes da aplicações de outros medicamentos.
b.) Descongestionantes nasais: durante muitos anos os descongestionantes nasais foram as drogas mais populares no tratamento da rinite. As substâncias mais usadas são pseudoefedrina, fenilefrina e oximetazolina. Estas drogas causam uma constrição dos vasos nasais, diminuindo a secreção de muco e aliviando os sintomas. Entretanto, esses sprays nasais NÃO devem ser usados por mais do que três dias seguidos, pois costumam causar dependência, fazendo com que o nariz volte a ficar entupido a não ser que os descongestionantes voltem a ser usados repetidamente. Esta dependência é difícil de ser revertida.
c.) Anti-histamínicos: como a histamina é a substância que causa os sintomas da rinite alérgica, drogas anti-histamínicas podem ser usadas para o tratamento. Entretanto, os anti-histamínicos apesar de melhorarem os espirros, a coceira e a coriza, não são tão efetivos contra a congestão nasal, sendo um descongestionante normalmente necessário. É muito comum no mercado a associação de uma solução nasal que combine um anti-histamínico e um descongestionante.
Os anti-histamínicos também podem ser tomados em comprimidos, mas geralmente causam alguma sonolência. Os mais comuns são: Loratadina, desloratadina, cetirizina, levocetirizina, difenidramina , clemastina e fexofenadina.
d.) Corticoides nasais: os corticoides por via nasal são atualmente a droga de primeira linha no tratamento da rinite alérgica. Existem várias opções no mercado: fluticasona, mometasona, budesonida, flunisolida, triancinolona e beclometasona. São todos semelhantemente eficazes. Pacientes com quadro de congestão nasal muito intensa às vezes precisam usar descongestionantes nasais e anti-histamínicos por um ou dois dias antes de iniciarem o corticoide, para que este tenha maior eficácia.
Os corticoides nasais são efetivos no tratamento e na prevenção da rinite alérgica, podendo ser usados mesmo fora das crises.
Ao contrário dos corticoides sistêmicos, os corticoides nasais são drogas seguras que podem ser usadas seguidamente por muitos anos (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | Indicações e efeitos colaterais). Aconselha-se apenas que os pacientes que estão usando corticoides nasais por prolongados períodos tenham sua cavidade nasal examinada por um otorrinolaringologista periodicamente para evitar as raras complicações, como lesões da mucosa e infecções.
e.) Imunoterapia: chamada também de “vacinas”, a imunoterapia é um tratamento que visa dessensibilizar o paciente aos alérgenos. Consiste na injeção de pequenas doses do alérgeno de modo a acostumar o organismo ao mesmo, diminuindo a resposta à sua exposição. A imunoterapia atualmente só existe para os alérgenos mais comuns, como pólen, ácaros, pelo de animais, etc. O tratamento dura alguns anos e não deve ser interrompido sob o risco da perda de eficácia.

COMO TRATAR NARIZ ENTUPIDO

COMO TRATAR NARIZ ENTUPIDO

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A congestão nasal, chamada popularmente de nariz entupido ou nariz constipado, é um sintoma muito comum de diversas afecções do sistema respiratório superior.  O nariz entupido em si não é uma doença, mas sim uma manifestação clínica de alguma doença, geralmente rinite e/ou sinusite.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre nariz entupido:
  • O que é congestão nasal.
  • Causas de nariz entupido.
  • Tratamento do nariz entupido.
  • Como tratar o nariz entupido em bebês.
  • Nariz entupido na gravidez.

O que é congestão nasal

Nariz entupido
Nariz entupido
A sensação de nariz entupido surge sempre que a passagem de ar pela cavidade nasal encontra-se parcialmente ou totalmente obstruída.
Como a congestão nasal frequentemente vem acompanhada de coriza, muitas pessoas acham que a causa do entupimento do nariz é um excesso de muco produzido na cavidade nasal. Não é. O muco realmente atrapalha, tanto que quando assoamos ao nariz, há uma sensação de melhora temporária da congestão. Porém, o que diminui o espaço para a passagem do ar dentro da cavidade nasal é um edema (inchaço) das mucosas, causada por inflamação e ingurgitamento dos vasos sanguíneos desta região.
É importante salientar que a coriza é comum, mas nem sempre está presente nos casos de congestão nasal.
A constipação nasal na maioria dos casos não é um problema grave, mas costuma ser muito incômodo. O ato de respirar é, durante a maior parte do tempo, involuntário e inconsciente. Quando o nariz está entupido, a dificuldade do ar passar pela cavidade nasal faz com que a respiração perca essas duas características, deixando o paciente bastante incomodado. Ninguém fica à vontade tendo que respirar de forma consciente. Fora os sintomas que podem vir acompanhados da congestão nasal, principalmente nos casos de viroses respiratórias, como espirros, coceira nos olhos e nariz, tosse, cansaço, dor no corpo, etc.
A congestão nasal é geralmente um mecanismo de defesa das vias áreas. As congestão serve para reduzir o espaço para o fluxo do ar, diminuindo a passagem de estímulos nocivos para o restante das vias áreas.  A dilatação dos vasos sanguíneos da mucosa nasal também serve para aumentar o aporte de sangue e, consequentemente, de anticorpos e células imunológicas para a região, ajudando no combate dos germes invasores nas vias aéreas. O aumento da produção de muco, caracterizado pela presença da coriza, também  age como meio de defesa, servindo para “lavar” e umidificar  a cavidade nasal.

Causas de nariz entupido

Existem dezenas de causas para a congestão nasal. Em geral, as mais comuns acabam sendo derivadas de processos alérgicos ou infecciosos. Viroses respiratórias, como gripes e resfriados (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO), e rinite alérgica são as causas mais comuns (leia: RINITE ALÉRGICA | Sintomas e tratamento).
Entre as causas e estímulos que podem irritar a mucosa da cavidade nasal e causar congestão nasal, com ou sem coriza associada, podemos citar:
- Sinusite (leia: SINUSITE | Sintomas e tratamento).
- Ácaros.
- Poluentes atmosféricos (como fumaça de cigarro).
- Alergia alimentar (leia: ALERGIA ALIMENTAR | Alergia à comida).
- Odores intensos.
- Tempo seco.
- Alimentos picantes.
- Desvio de septo.
- Uso de cocaína inalatória (leia: COCAÍNA | CRACK | Efeitos e complicações).
- Presença de algum corpo estranho na cavidade nasal (como nos casos de crianças que põem grãos de arroz ou feijão dentro nariz).
- Uso abusivo de descongestionantes nasais.
- Adenoides muito grandes (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).
- Pólipos nasais.
- Granulomatose de Wegener (leia: GRANULOMATOSE DE WEGENER).
- Estresse.

Tratamento do nariz entupido nos adultos e crianças mais velhas.

Para tratar adequadamente a congestão nasal, entender qual é a sua causa é importante. Às vezes, tratar apenas os sintomas não é suficiente, sendo necessário atacar a causa diretamente. Em outros casos , não há o que se fazer em relação à causa, sendo o tratamento sintomático a conduta mais importante.
Por exemplo, se a sua constipação nasal estiver sendo provocada por fumaças, cheiros fortes, alergia a pó, comidas picantes, pólipos nasais, corpo estranho, etc., é preciso afastar o paciente destes estímulos para se conseguir desentupir o nariz. Não adianta enchê-lo de remédios para congestão nasal ou tentar dezenas de tratamentos caseiros se o estímulo que está provocando os seus sintomas permanece atuando sobre a mucosa nasal. O que se conseguirá, no máximo, é alívio temporário do entupimento nasal.
Por outro lado, quando a congestão nasal está sendo provocada por uma virose respiratória, não há o que se fazer diretamente com a infecção. O ideal nestes casos é tentar amenizar os sintomas enquanto esperamos alguns dias até o vírus ser totalmente controlado pelo nosso sistema imunológico.
a. Tratamento caseiro para o nariz entupido
Em muitos casos, o tratamento da congestão nasal não requer remédios. Algumas medidas simples podem ajudar a melhorar os sintomas. Em geral, o tratamento caseiro se baseia no tripé: umedecer, lavar e diluir.
Para se obter resultados, sugerimos a lavagem frequente da cavidade nasal com soro fisiológico, a ingestão generosa de água para ajudar a diluir o muco e uso de umidificadores ou nebulizadores para evitar que o ar respirado fique ressecado. Banhos quentes demorados são uma opção para quem não tem um nebulizador em casa. Evite ficar em locais com aquecimento ou ar-condicionado, pois os mesmos ressecam muito o ar e as mucosas, causando irritação das mesmas e piora da congestão nasal. Nós não indicamos o uso de Vick Vaporub ou qualquer outra solução que contenha odores fortes.
Evite banhos de piscina durante as crises, pois o cloro contido na água pode irritar a mucosa nasal e perpetuar os sintomas.
À noite, use dois travesseiros ou qualquer outro método para manter a cabeça um pouco mais alta, facilitando a respiração. Cuidado apenas para não forçar o pescoço e acordar no dia seguinte com um grande torcicolo.
b. Tratamento com remédios para o nariz entupido
Quando os sintomas estão muito intensos, atrapalhando as atividades diárias e/ou o sono do paciente, alguns medicamentos podem ser usados. Os anti-histamínicos ajudam bastante, pois atacam também outros sintomas de virose e, como causam sonolência, ajudam o paciente a dormir melhor durante a noite.
Descongestionantes nasais podem ajudar em casos selecionados. Porém, é importante salientar que eles não devem ser usados por conta própria nem por mais de 3 dias seguidos, pois costumam causar um efeito rebote quando o seu tempo de ação acaba, fazendo com que o paciente, que já se sentia melhor, volte a ter o nariz entupido novamente. Algumas pessoas que abusam dos descongestionantes nasais tornam-se dependentes dos mesmos, desenvolvendo rinite crônica que só alivia com o uso constante destes remédios.
Nos pacientes com rinite ou sinusite frequente, o uso de corticoides em spray nasal, como a fluticasona, pode ajudar na prevenção de novos episódios futuros. Se você sofre constantemente com o nariz entupido, converse com o seu médico sobre essa opção.

Como tratar o nariz entupido em bebês

A congestão nasal costuma ser mais incômoda nos bebês que nos adultos pelo fato dos mesmos preferirem respirar pelo nariz, enquanto nós adultos conseguimos respirar pela boca sem maiores problemas. Outro agravante é o fato das vias nasais dos bebês possuírem um calibre bem pequeno, ficando obstruídas com muita facilidade. Para completar o quadro, bebês não sabem assoar, e, portanto, além de não compreendem o que está acontecendo, eles não conseguem o alívio temporário que o ato de assoar pode propiciar.
Para melhorar os sintomas do bebê, os tratamentos caseiros descritos acima podem ser usados. Se você estiver inseguro(a) quanto à maneira correta de lavar as narinas com soro fisiológico, peça para o seu pediatra lhe mostrar como se faz. Evitar ambientes seco e usar nebulizadores apenas com soro para umidificar o ar respirado são de grande ajuda. Quando usar umidificadores de ambiente, cuidado para não deixar o quarto do bebê excessivamente úmido.
Existem no mercado alguns aspiradores nasais de borracha que ajudam a retirar o muco. Porém, nem sempre é fácil utilizá-los, pois muitos bebês simplesmente não deixam que algo seja introduzido, mesmo que superficialmente, em suas narinas. Se o seu bebê permitir, eles são de grande ajuda.
Mantenha o bebê bem hidratado, oferecendo o peito com mais frequência. O movimento de sugar pode ajudar a mobilizar a secreções nas vias aéreas superiores.
Na hora de dormir, tente manter a cabeceira um pouco mais elevada, pois se o bebê ficar totalmente deitado a zero grau, ele irá ter dificuldade para dormir.
Não se indica o uso de remédios para desentupir o nariz em crianças pequenas.

Nariz entupido na gravidez

Por incrível que parece, a gravidez é uma causa comum de congestão nasal. Uma em cada 3 grávidas passa a gravidez tendo que lidar com o nariz constantemente entupido. Acredita-se que as variações hormonais e hemodinâmicas que o corpo da gestante sofre sejam a causa do aumento da circulação sanguínea na mucosa nasal, tornando-a mais túrgida e propensa a causar obstruções. Este problema é chamado rinite da gravidez.
Ao contrário da rinite provocada por alergias e viroses, a rinite da gravidez não apresenta outros sintomas, como espirros, coceira nos olhos, coceira no rosto, cansaço, etc.
O tratamento do nariz entupido na grávida é igual ao da população em geral, exceto pelo tratamento com remédios, que devem ser evitados ao máximo na gravidez.

ESTUDO REVELA POR QUE GENOMA, CRIANÇAS EM REMISSÃO DA ARTRITE REUMATOIDE MUITAS VEZES EXPERIMENTAM RECORRÊNCIAS

Estudo revela por que Genomic Crianças em remissão da artrite reumatóide muitas vezes experimentam recorrências



29 de agosto de 2013 - Mais crianças com artrite reumatóide juvenil estão experimentando remissão de seus sintomas, graças a novas terapias biológicas, mas a remissão não é bem compreendido. Um novo estudo publicado hoje na Arthritis Research & Therapy fornece a primeira caracterização genômica de remissão em pacientes com artrite reumatóide juvenil.

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"Acontece que, apesar de essas crianças em remissão parecem ser perfeitamente normal e sem sintomas, seus sistemas imunológicos ainda estão perturbados", diz James N. Jarvis, MD, professor clínico de pediatria na Universidade de Buffalo Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas e principal autor do estudo.
O estudo observa que 35-50 por cento das crianças com artrite reumatóide juvenil atingir a remissão durante o tratamento com os tratamentos padrão, metotrexato ou metotrexato em combinação com biofármacos.
"Nosso estudo fornece algumas dicas sobre por que tantas crianças em remissão experiência alargamentos da doença, mesmo quando a doença tenha sido estável durante semanas ou meses, e por 50 por cento das crianças que tentam sair medicação experiência alargamentos da doença dentro de dois a seis meses", Jarvis diz.
A pesquisa foi conduzida na Universidade de Oklahoma Health Sciences Center por Jarvis e co-autores, e foi apoiado pelo Instituto Nacional de Saúde, o Centro de Oklahoma para o Progresso da Ciência e Tecnologia e da Arthritis Foundation, que continua a financiar Jarvis ' a investigação nesta área.Alguns membros da equipe, incluindo Jarvis, agora trabalha no Centro de Pesquisa Clínica e Translacional da UB (CTRC).
O estudo comparou os perfis de expressão de genes de dois grupos independentes de 14 pacientes cada, todos em remissão de artrite reumatóide juvenil, para os de 15 controles saudáveis.Os pacientes estavam em dois regimes de medicação diferentes. Os doentes foram seguidos de dois em dois a três meses, durante pelo menos um ano.
"Remissão, é claro, é o nosso objetivo", diz Jarvis. "Eu gostaria de dizer que é difícil chegar a algum lugar quando você não sabe onde 'em algum lugar' é. Meu laboratório está tentando construir um" roteiro genómica "para que a remissão é e exatamente como chegar lá. Dessa forma, podemos encontrar uma maneira de obter essas crianças em remissão mais rapidamente e por períodos mais longos. "
O novo estudo confirma investigação preliminar por Jarvis, sugerindo que a remissão experimentado por pacientes com artrite reumatóide juvenil em uso de medicação não é um "retorno ao normal", mas é, ao contrário, um estado biológico distinto. O estudo constata que este biológicas distintas estado resulta de respostas pró-inflamatórias, sendo contrabalançada por respostas anti-inflamatórias causadas por mudanças de expressão gênica que a medicação induz.
A principal conclusão é que a remissão desses pacientes depende HNF4A, um fator de transcrição que se liga ao DNA, agindo como um interruptor "on" ou "off" para a expressão do gene. Até agora, Jarvis diz HNF4A foi visto apenas como um regulador de metabolismo no fígado e nas células pancreáticas.
"Nossa pesquisa sugere que HNF4A é um dos que nós suspeitamos que é um grupo de chaves mestras que regulam a resposta ao tratamento", explica Jarvis.
O estudo constatou que mais de 200 genes nas células brancas do sangue foram expressos de forma diferente nas crianças que tomam um tratamento combinado de metotrexato e um medicamento biológico chamado etanercepte em comparação com controles saudáveis. Alguns desses genes diferencialmente expressos foram mostrados para se ligar a HNF4A.
Jarvis observa que os resultados irão viabilizar estudos futuros que irão identificar biomarcadores específicos envolvidos na forma como cada paciente responder às terapias específicas.
"Este é um primeiro passo em direção ao objetivo de identificar biomarcadores que acabará por permitir aos médicos personalizar o tratamento por prever quais pacientes vão responder melhor que as terapias", diz ele.
Ele acrescenta que esse tipo de pesquisa vai depender de estudos longitudinais que monitoram a expressão do gene, antes, durante e após o tratamento. Jarvis actualmente é investigador principal em um NIH doação de US $ 1,2 milhões para estudar os biomarcadores baseados microarray na artrite idiopática juvenil. Ele também está estudando o papel da epigenética na artrite reumatóide juvenil apoiado por várias doações de fundações.
Co-autoria com Jarvis no estudo são Kaiyu Jiang e Yanmin Chen, anteriormente, da Universidade de Oklahoma Health Sciences Center, agora em CTRC da UB, e Mark Frank Barton e Jeannette Osban da Oklahoma Medical Research Foundation.
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Notícia:
A história acima é baseada em materiais fornecidos pelaUniversidade de Buffalo . O artigo original foi escrito por Ellen Goldbaum.
Nota: Os materiais podem ser editadas para o conteúdo e extensão. Para mais informações, entre em contato com a fonte citada acima.

Jornal de referência :
  1. Kaiyu Jiang, M. Frank Barton, Yanmin Chen, Jeanette Osban, James N. Jarvis. Caracterização genômica de remissão em artrite idiopática juvenil . Arthritis Research & Therapy , 2013, 15 (4): R100 DOI: 10.1186/ar4280
 APA

 MLA
Universidade de Buffalo (2013, 29 de agosto).Estudo genômico revela por que as crianças em remissão de artrite reumatóide muitas vezes experimentam recorrências. ScienceDaily .Retirado 31 de agosto de 2013, a partir de
Nota: Se nenhum autor é dado, a fonte é citada em seu lugar.