CONHEÇA SOBRE AS DOENÇAS REUMÁTICAS ESTE BLOG TEM COMO FINALIDADE ALERTAR AS PESSOAS SOBRE OS SINTOMAS DAS DOENÇAS REUMÁTICAS PARA QUE AO RECONHECEREM OS PRIMEIROS SINTOMAS PROCUREM UM MÉDICO, POIS SOMENTE ELE PODERÁ DAR O DIAGNOSTICO CORRETO E PRESCREVER O MEDICAMENTO EXATO.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
A TECNOLOGIA E OS VALORES HUMANOS DA MEDICINA
A TECNOLOGIA E OS VALORES HUMANOS DA MEDICINA
Público alvo: técnico e leigo.
O grande
problema da medicina clínica é a confiança que se necessita
estabelecer na relação médico-paciente. Ou o médico é um ótimo ator e tem
grande competência técnica, ou o encontro clínico não terá os resultados como
se gostaria.
Entram
em jogo aqui os efeitos placebo e nocebo. Uma pílula de medicamento não é uma
pílula qualquer, igual a milhões de outras produzidas pelo laboratório. Uma
pílula é sempre o medicamento mais a expectativa do paciente após o encontro
médico. Em outras palavras, é a pílula farmacológica mais o médico que o paciente está engolindo naquele
momento.
Vendo o paciente
De
fato, médicos falam de “ver” pacientes, enxergar a profundidade de suas
queixas, sua vida e sua alma. Recente editorial no Wall Street Journal chamou a
atenção para o fato que o curso de Medicina nada mais é que uma série de lições
visuais: desmembrar um cadáver e dissecá-lo até que se pareça com lâminas do
Atlas de Anatomia, conferências sem fim em que órgãos humanos interconectados
são mostrados como máquinas e esquemas.
E o
problema se torna claro: o médico perde o foco, seu ato de ver se estreita no paroxismo,
passa a ver o corpo como uma coleção de partes e perde a noção da pessoa à sua
frente.
Parece
ser um fato que médicos treinados em áreas humanísticas – e há vários médicos
músicos, por exemplo – têm uma compreensão inata do paciente como um todo.
Desde Hipócrates (400 AC) gerações de médicos foram ensinados a procurar
compreender pacientes a partir das
forças
benéficas e deletérias em sua vida, seu contexto familiar e social, trazendo o
balanço para o lado da saúde.
Pacientes se tornaram números
No
entanto, por mais de 100 anos a tendência da Medicina vem sendo a de ter
médicos cientistas, grandes utilizadores de avançadas tecnologias (modernos
antibióticos, equipamentos de imagem sofisticados, procedimentos invasivos os
mais variados, cirurgias robóticas). E os médicos responderam a este chamado
como seria de se esperar em mentes despreparadas: afastaram-se do paciente, de
sua compreensão como ser humano.
Os
pacientes viraram um relato de caso, números, estatísticas, rotulados por
códigos métricos e índices os mais variados.
Como
aceitar uma consulta de poucos minutos em que o médico olha apenas para a tela
de seu computador, como me relatou uma cliente? E não apenas o paciente sai
frustrado, as consequências vêm para o lado do profissional também, com vários
médicos abandonando a medicina clínica, fazendo concursos, trocando de profissão,
partindo para cargos administrativos e outros afazeres.
Pergunte a um médico se
ele aconselharia seu filho a fazer Medicina nos dias de hoje.
O futuro no passado
A comunicação entre
médico e paciente deve voltar a ser humanizada e madura, com a compreensão
aprofundada de cada pessoa que se apresenta com seu sofrimento. A tradição
médica é a do profissional que olha seus pacientes nos olhos e chega à profunda
compreensão de sua dor e sofrimento. Conforme Hipócrates:
“CURAR ALGUMAS
VEZES, ALIVIAR OUTRAS, CONSOLAR SEMPRE”.
Perseguir situações como
as da frase acima são dever do MÉDICO, em maiúsculas.
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