terça-feira, 23 de abril de 2013

AUSTRALIANOS CRIAM COMPOSTO QUE LEVA A MORTE DE CÉLULAS CANCERÍGENAS


Australianos criam composto que leva
a morte de células cancerígenas

Estudo publicado na revista «Nature Chemical Biology»

2013-04-22
Equipa de Guillaume Lessene cria composto que bloqueia proteína BCL-XL (Imagem: Walter and Eliza Hall Institute)
Equipa de Guillaume Lessene cria composto que bloqueia proteína BCL-XL (Imagem: Walter and Eliza Hall Institute)
Um estudo publicado na revista «Nature Chemical Biology» por uma equipa de investigação do Walter e Eliza Hall Institute, na Austrália, avança que um novo composto químico bloqueia uma proteína associada à fraca resposta ao tratamento em pacientes com cancro.

A substância WEHI-539 foi criada para se ligar e bloquear a função de uma proteína chamada BCL-XL, que normalmente impede que as células morram e pode, agora, ser constituída como um novo potencial agente anti-cancro.
Segundo o investigador e primeiro autor Guillaume Lessene, “mesmo que o composto não seja optimizado para ser usado em pacientes, será uma ferramenta muito valiosa para que os cientistas possam perceber como é que a BCL-XL controla a sobrevivência da célula cancerídena”.

A morte e a eliminação de células anormais no corpo são importantes contra o desenvolvimento do cancro. No entanto, as células cancerígenas adquirem alterações genéticas que lhes permitem evitar a morte celular, o que também reduz a eficácia dos tratamentos, como a quimioterapia.

As células cancerosas podem tornar-se de longa duração, produzindo altos níveis de proteína BCL-XL, e altos níveis de BCL-XL também estão associados com piores resultados para os pacientes com cancro de pulmão, estômago, cólon e pâncreas.

O desenvolvimento de WEHI-539 foi um marco importante no caminho para a criação de agentes anticancerígenos que agem para restaurar a morte das células, inibindo BCL-XL. “Este é o primeiro composto criado a partir do zero pelos nossos químicos e que usa a estrutura tridimensional do BCL-XL para construir e redefinir o seu desenho”, concluiu o investigador.

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