Amamentar diminui o risco de depressão pós-parto
Estudo coordenado por Bárbara Figueiredo da UMinho
envolveu 145 mulheres
2014-08-27
A Organização Mundial de Saúde e outras entidades como a secção da Comissão Europeia para a Saúde Pública recomendam a amamentação exclusiva durante pelo menos seis meses. No entanto, os estudos têm tido dificuldade em identificar que mulheres apresentam maior probabilidade de não manter este tipo de amamentação.
A identificação das mães em risco de cessação precoce de amamentação é considerada uma prioridade em termos de saúde pública.
“Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos. Contudo, pouco se sabe quanto ao bem-estar psicológico da mãe no período pós-parto”, afirma a investigadora Bárbara Figueiredo, que contou com a colaboração de Catarina Canário (Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia de Psicopatologia da UMinho) e da especialista Tiffany Field (Escola Médica da Universidade de Miami)
Este estudo – “Breastfeeding is negatively affected by prenatal depression and reduces postpartum depression” – procurou verificar se a depressão durante a gravidez interferia na duração da amamentação exclusiva e se esta, por sua vez, reduzia o risco de depressão pós-parto. Envolveu 145 mulheres avaliadas no 1º, 2º e 3º trimestres de gravidez, no parto e ao 3º, 6º e 12º meses após o nascimento da criança.
Os resultados demonstraram que as mães com mais sintomatologia depressiva no terceiro trimestre de gestação tendem a amamentar por menos tempo. Além disso, concluiu-se que o aleitamento em exclusivo durante pelo menos três meses beneficia o ajustamento psicológico da mãe após o parto e pode inclusive reduzir a incidência de depressão.
“Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos. Contudo, pouco se sabe quanto ao bem-estar psicológico da mãe no período pós-parto”, afirma a investigadora Bárbara Figueiredo, que contou com a colaboração de Catarina Canário (Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia de Psicopatologia da UMinho) e da especialista Tiffany Field (Escola Médica da Universidade de Miami)
Os resultados demonstraram que as mães com mais sintomatologia depressiva no terceiro trimestre de gestação tendem a amamentar por menos tempo. Além disso, concluiu-se que o aleitamento em exclusivo durante pelo menos três meses beneficia o ajustamento psicológico da mãe após o parto e pode inclusive reduzir a incidência de depressão.
Bárbara Figueiredo
Doutorada em Psicologia Clínica pela UMinho, Bárbara Figueiredo é professora nesta instituição há 22 anos, tendo coordenado inúmeros projectos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Bial. É responsável pela Unidade de Estudos da Família e Intervenção do Centro de Investigação em Psicologia e membro do Serviço de Psicologia da UMinho. Tem mais de duas centenas de publicações a nível nacional e internacional, dedicando-se particularmente à investigação e intervenção no domínio da gravidez e parentalida
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