Deu na Mídia" - Artigo.
Novo Anti-Inflamatório em Testes Combate Dores de Difícil Controle
Autoria: ROBERTO EZEQUIEL HEYMANN
13/08/2012
13/08/2012
Um tipo de anti-inflamatório anunciado como potente está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan, em São Paulo, segundo reportagem veiculada no jornal Gazeta do Povo, do Paraná.
Destinado a aliviar dores de difícil controle, o anti-inflamatório foi testado em animais e os resultados comprovaram a eficiência do medicamento, que usa uma proteína presente no sangue, chamada ligante de cálcio S100A9. Segundo os pesquisadores, além de sua alta potência, pode ser administrado oralmente.
Comentando o medicamento em teste, o coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas das Partes Moles, o reumatologista Roberto Heymann, explica que ele envolve uma proteína muito estudada nos últimos anos, que é associada a doenças inflamatórias agudas e crônicas e com vários tipos de câncer. “Embora haja pesquisas intensas, entretanto, as funções desta proteína permanecem enigmáticas”, salienta Heymann.
Para ele, os resultados até agora divulgados no teste do instituto são bem interessantes: “Abrem uma nova linha de pesquisa, na qual, se houver sucesso, surgirão anti-inflamatórios com outros mecanismos de ação diferentes dos atuais, e quem sabe com menos efeitos colaterais e com no mínimo a mesma eficácia”, ressalta.
Na reportagem do Gazeta do Povo, o pesquisador explica que o tratamento de dores crônicas, de lesão de nervos, é difícil, pois algumas drogas, como morfina, perdem a efetividade com o tempo. Quanto a esse aspecto, Heymann explica que algumas medicações apresentam o fenômeno da tolerância, “ou seja, em certas circunstancias há necessidade de doses crescentes da medicação ao longo do tempo para obter o mesmo efeito terapêutico”, diz o reumatologista, salientando que, no caso da morfina, isto pode ocorrer.
Considerando especificamente a fibromialgia (doença que se manifesta por dor no corpo todo, principalmente nos músculos), Heymann diz que por enquanto ainda é difícil responder se o medicamento que está em teste pode trazer benefícios: “Como na fibromialgia não há inflamação, em teoria, não seria eficaz. Mas como os mecanismos envolvidos na dor são complexos nem sempre a teoria é confirmada na prática”. No tratamento ministrado para pacientes que sofrem de fibromialgia, não há presença de anti-inflamatórios, diz Heymann, justamente porque as dores não são decorrentes de um processo inflamatório.
Jornalista Responsável: Maria Teresa Marques
Destinado a aliviar dores de difícil controle, o anti-inflamatório foi testado em animais e os resultados comprovaram a eficiência do medicamento, que usa uma proteína presente no sangue, chamada ligante de cálcio S100A9. Segundo os pesquisadores, além de sua alta potência, pode ser administrado oralmente.
Comentando o medicamento em teste, o coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas das Partes Moles, o reumatologista Roberto Heymann, explica que ele envolve uma proteína muito estudada nos últimos anos, que é associada a doenças inflamatórias agudas e crônicas e com vários tipos de câncer. “Embora haja pesquisas intensas, entretanto, as funções desta proteína permanecem enigmáticas”, salienta Heymann.
Para ele, os resultados até agora divulgados no teste do instituto são bem interessantes: “Abrem uma nova linha de pesquisa, na qual, se houver sucesso, surgirão anti-inflamatórios com outros mecanismos de ação diferentes dos atuais, e quem sabe com menos efeitos colaterais e com no mínimo a mesma eficácia”, ressalta.
Na reportagem do Gazeta do Povo, o pesquisador explica que o tratamento de dores crônicas, de lesão de nervos, é difícil, pois algumas drogas, como morfina, perdem a efetividade com o tempo. Quanto a esse aspecto, Heymann explica que algumas medicações apresentam o fenômeno da tolerância, “ou seja, em certas circunstancias há necessidade de doses crescentes da medicação ao longo do tempo para obter o mesmo efeito terapêutico”, diz o reumatologista, salientando que, no caso da morfina, isto pode ocorrer.
Considerando especificamente a fibromialgia (doença que se manifesta por dor no corpo todo, principalmente nos músculos), Heymann diz que por enquanto ainda é difícil responder se o medicamento que está em teste pode trazer benefícios: “Como na fibromialgia não há inflamação, em teoria, não seria eficaz. Mas como os mecanismos envolvidos na dor são complexos nem sempre a teoria é confirmada na prática”. No tratamento ministrado para pacientes que sofrem de fibromialgia, não há presença de anti-inflamatórios, diz Heymann, justamente porque as dores não são decorrentes de um processo inflamatório.
Jornalista Responsável: Maria Teresa Marques
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